O Mundo Colapsa 18
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2200, Inverno, 00.30 GMT
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System Hybernation interrupted
System ON
Alert
30 minutes to CM
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Não pusera o programa de REM. Quando adormecia assim tinha sempre a sensação que morrera. E que ressuscitava quando acordava de novo. Era uma sensação estranha e horrível. Uma sensação de vazio absoluto. Se calhar era por isso que a natureza engendrara sonhos para os seres humanos e alguns animais. Porque os seres capazes de raciocínio e auto-consciência não suportariam mergulhar naquela espécie de limbo negro todas as noites.
Era raro hibernar sem REM. Precisamente porque da primeira vez que experimentara, logo se apercebera que estava a um passo da chamada Depressão Cibernética. Alguns ARLIs tinham ido parar ao Cemitério Virtual por causa disso. Havia os que achavam que sonhar era uma coisa do passado e que suportavam anos sem REM. O efeito secundário desta aventura era mergulharem lenta e irreversivelmente num estado de apatia sistémica. Os programas começavam a enfraquecer e, eventualmente, a desligarem-se totalmente.
Cada ARLI era constituído por um pacote-base de programas essenciais. Depois havia os que se artilhavam com coisas supérfluas, mas não era aconselhável circular com mais do que o necessário. Ele funcionava com a última versão do Linux, um update do Miles para as emergências e o WireAdvantage. Tinha tudo o que precisava. Os outros membros do Programa também.
O que acontecia aos ARLIs que dispensavam o REM era uma espécie de morte por desgosto. Iam definhando, até acabarem parados num canto da Rede, moribundos. Às vezes a Brigada Néon conseguia resgatá-los antes que o sistema os detectasse, mas era raro.
Faltavam 15 minutos para a CM quando deu por si. Começou imediatamente a recolher o material que achava mais importante, mas não incluiu o diário nº 9843852. Queria analisá-lo melhor antes de o submeter ao Programa. Havia qualquer coisa de estranho naquele diário. Parecia um diário perfeitamente normal, de alguém que fora voluntário na guerra, mas havia qualquer coisa que não batia certo.
Organizou aquilo que pensava ter relevância, incluindo os dados sobre a Dheli de Cascais. Mas sabia que no que dizia respeito à Dheli teria de investigar melhor. Ainda era muito cedo para concluir qualquer coisa e feelings nos tempos que corriam tinham de ser comprovados com factos. Mas o que tencionava fazer era arriscado. Tencionava entrar em contacto com o dono da Dheli. Mas antes teria que fazer mais observações ao local, para se certificar que as suas suspeitas tinham fundamento.
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A CM começou. Nas CM's de emergência participavam apenas os cinco Chefes, para diminuir ao mínimo o risco de detecção. Os Assistentes montavam a guarda à Shell improvisada e de cinco em cinco minutos a Shell era transferida para outro local. As CMs de emergência eram apelidadas na gíria, de RCM (Roller Coaster Meeting) porque os cinco eram transportados numa viagem alucinante dentro da Shell pelos Assistentes. Era a coisa mais arriscada que podiam fazer, porque se fossem detectados iam os cinco parar ao cemitério de uma só vez. Os assistentes detestavam as RCMs, por razões óbvias. E acusavam sempre um stress preparatório irritante. Por isso é que o José viera falar com ele. E agora estava furioso.
kjklj
«cool» ainda tenho q te salvar o coiro grrrr
«Jupiter» life sucks
«cool» devia era deixar-vos ir a todos pelos ares
«cool» tou farto desta merda
«Jupiter» welcome to the club
«cool» porra j´á te disse p falares portugues merda
«Jupiter» 200 anos e ainda n aprendeste a lingua?
«cool» vai à merda
«Jupiter» é o q vou fazer
hmpf
Os cinco Chefes estavam agora no interior da Shell, a circular algures num PacMaster indiano. C. pensou como seriam feitas as apresentações se isto se tratasse de um jogo de futebol americano.
Os cinco Chefes estavam agora no interior da Shell, a circular algures num PacMaster indiano. C. pensou como seriam feitas as apresentações se isto se tratasse de um jogo de futebol americano.
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