domingo, 27 de janeiro de 2013

Coisas que (ainda) nos fascinam

Nesta era em que quase tudo parece explicado, desconstruído e descodificado, ainda haverá coisas que nos fascinam, como o


ESCURO



Assusta-nos. Aos mais corajosos. Porque não sabemos o que nele se esconde. Porque ficamos privados de um dos sentidos mais importantes - a visão, e do sentido de orientação.
No escuro vivem todos os monstros, todos os papões, todos os maus da fita, todos os fantasmas e almas penadas que a nossa imaginação é capaz de engendrar.
Por vezes, na maioria das vezes, com efeito, o escuro cresce apenas no interior da nossa mente que, assim privada de coordenadas, é capaz de criar histórias, seres e universos de uma complexidade, essa sim, assombrosa.
Mas o escuro também é sinistro por si só - o escuro dos cemitérios, do fundo do mar, das grutas, dos castelos, dos calabouços, da ignorância.
E basta um pequeno gesto para todo o fascínio desaparecer - acender a luz!

Leonard Cohen descreveu-o assim:

I caught the darkness, it was drinking from your cup
I caught the darkness drinking from your cup
I said is this contagious?
You said just drink it up.

I said is this contagious
She said just drink it up
I got no future,
I know my days are few
The presence not the pleasant
Just a lot of things to do
I thought the past would last me
But the darkness got that too

I shoulda seen it coming
It was right behind your eyes
You were young ant it was summer
I just had to take a dive

When I knew was easy, the darkness was the price.
I don't smoke no cigarette, I don't drink no alcohol
I ain't had much loving yet
But that's always been your call
Hey I don't miss it baby
I got no taste for anything at all

I used to love the rainbow
And I used to love the view
Another early morning, I'd pretend that it was you
But I caught the darkness baby
And I got it worse than you

I caught the darkness, it was drinking from your cup
I caught the darkness drinking from your cup
I said is this contagious?
You said just drink it up

sábado, 26 de janeiro de 2013

Coisas que (ainda) nos fascinam

Nesta era em que quase tudo parece explicado, desconstruído e descodificado, ainda haverá coisas que nos fascinam, como os


DIAMANTES




São os melhores amigos das mulheres, dizem ... De algumas ... acrescento. A verdade é que são certamente os melhores amigos dos homens gananciosos e há quem por eles seja capaz até de matar.
Valiosos, sim. Muito. E puros? Nem tanto, apenas aparentemente. No interior da transparência límpida de um diamante poderemos descobrir os pesadelos mais negros que o ser humano é capaz de albergar.
Talvez o maior fascínio dos diamantes, comparativamente com outras pedras preciosas, porventura mais belas e coloridas, seja precisamente a polidez e o seu minimalismo. Apenas uma pedra branca, transparente. Mas neste apenas podem esconder-se todos os segredos do mundo e do Homem.

Na impossibilidade de colocar aqui Marilyn e o seu Diamond's are a girl's best friend, vai a Madonna, um diamante em bruto nada puro:

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Coisas que (ainda) nos fascinam

Nesta era em que quase tudo parece explicado, desconstruído e descodificado, ainda haverá coisas que nos fascinam, como os


DEMÓNIOS





Tal e qual os criminosos, os demónios também nos despertam a curiosidade. Porque, como os répteis ou os insectos, são seres diferentes, com caudas bifurcadas, asas de morcego, orelhas pontiagudas e chifres espetados. Por serem diferentes, repugnam-nos e fascinam-nos ao mesmo tempo. Queremos saber como funcionam, porque fazem o que fazem, o que os move, que mecanismos utilizam para se orientarem nesta vida.
São, sobretudo, seres que apenas existem na imaginação dos homens e alguns homens têm uma imaginação do caraças. E, assim, os demónios crescem dentro de nós e à nossa volta até atingirem dimensões desmesuradas. Na pintura, no cinema, na literatura, nas lendas religiosas, no teatro, até na música.
Talvez o que nos fascine acima de tudo seja o mistério que envolve desde o início da criação a lenda daquele demónio em particular que, por ser muito inteligente e por ser desobediente e armado em chico esperto, teve a ousadia de desafiar o Senhor Todo Poderoso dos Céus. Caiu, por isso, e nunca mais conseguiu regressar. Mas ele também não está muito interessado nisso, cremos. Prefere andar por cá a tentar a massa humana fraca e ingénua.
Os demónios são de extremos e a nós, pobres criaturas corpóreas e "chatas", interessa-nos o cinzento, às vezes mais até do que o negro puro. Talvez porque, de todas as criaturas da fantasia celestial, são de facto os demónios os que mais se aproximam de nós e nos entendem e vice-versa.

Os Rolling Stones cantaram Lúcifer, o mais iluminado, assim, em ritmo samba:

domingo, 20 de janeiro de 2013

PALAVRAS EMPRESTADAS 82



"Being smart spoils a lot of things, doesn't it?"

Hannibal Lecter para Clarice Starling em The Silence of the Lambs
(Thomas Harris)