sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Coisas que (ainda) nos fascinam

Nesta era em que quase tudo parece explicado, desconstruído e descodificado, ainda haverá coisas que nos fascinam, como os


DEMÓNIOS





Tal e qual os criminosos, os demónios também nos despertam a curiosidade. Porque, como os répteis ou os insectos, são seres diferentes, com caudas bifurcadas, asas de morcego, orelhas pontiagudas e chifres espetados. Por serem diferentes, repugnam-nos e fascinam-nos ao mesmo tempo. Queremos saber como funcionam, porque fazem o que fazem, o que os move, que mecanismos utilizam para se orientarem nesta vida.
São, sobretudo, seres que apenas existem na imaginação dos homens e alguns homens têm uma imaginação do caraças. E, assim, os demónios crescem dentro de nós e à nossa volta até atingirem dimensões desmesuradas. Na pintura, no cinema, na literatura, nas lendas religiosas, no teatro, até na música.
Talvez o que nos fascine acima de tudo seja o mistério que envolve desde o início da criação a lenda daquele demónio em particular que, por ser muito inteligente e por ser desobediente e armado em chico esperto, teve a ousadia de desafiar o Senhor Todo Poderoso dos Céus. Caiu, por isso, e nunca mais conseguiu regressar. Mas ele também não está muito interessado nisso, cremos. Prefere andar por cá a tentar a massa humana fraca e ingénua.
Os demónios são de extremos e a nós, pobres criaturas corpóreas e "chatas", interessa-nos o cinzento, às vezes mais até do que o negro puro. Talvez porque, de todas as criaturas da fantasia celestial, são de facto os demónios os que mais se aproximam de nós e nos entendem e vice-versa.

Os Rolling Stones cantaram Lúcifer, o mais iluminado, assim, em ritmo samba:

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