sexta-feira, 31 de outubro de 2008

A FANTÁSTICA FAUNA DE ANDRÓMEDA

Dragão
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De todas as criaturas mitológicas, o dragão é a mais conhecida. Quase todas as culturas possuem mitos com este ser.
Os dragões possuem asas de morcego, o corpo coberto de escamas, uma cauda com farpas e muitas vezes venenosa, garras e dentes afiados como lâminas e expelem fogo através da respiração. Assombram poços ou lagos, são atraídos por donzelas e princesas, guardam tesouros e são muito difíceis de matar.
É geralmente aceite que o mito do dragão nasceu do conhecimento dos dinossauros extintos, cujos vestígios foram descobertos em tempos remotos e que se acreditava serem criaturas mágicas ou sub-terrenas. A palavra dragão deriva do grego "drakonta" ou "drakon", que significa observar" ou "olhar para", o que sugere que já nesses tempos existia a noção de que o dragão era um guardião de algo. Na mitologia grega é um dragão que guarda as Maçãs Douradas do Hesperides.
Dizia-se também que os dragões possuiam uma pedra chamada Dracontias, alojada no seu cérebro e que os alquimistas dos tempos medievais procuravam ansiosamente, dado que a pedra era tida como um ingrediente essencial na confecção do Elixir da Vida.
As histórias mais antigas fazem do dragão um poder que deve ser derrotado ou aprisionado por um deus ou herói. Matar o dragão é muitas vezes uma metáfora da luta entre a luz e as trevas, sendo o tesouro a justa recompensa para aquele que é suficientemente corajoso e forte para vencer estes adversários poderosos.
No Oriente, mais concretamente na China, o dragão, pelo contrário, representa o poder espiritual mais elevado. Os dragões influenciam todos os aspectos da vida, representando o sol, os céus e a chuva fertilizadora. Os dragões orientais podem transformar-se no que quiserem e tornar-se invisíveis sempre que o desejem. São portadores de boa sorte e brincam frequentemente com uma bola de luz prateada, como a lua ou dourada como o sol. Este globo, chamada Pérola Sagrada, é suposto ser a fonte do poder do dragão.
As cores do dragão variam do verde e encarnado, ao preto, amarelo, azul ou branco. Adoram ruínas e são frequentemente encontrados em castelos, palácios ou cidades abandonadas. Também se encontram em pântanos, desertos, cavernas, montanhas e florestas.
Os poderes mágicos do dragão incluem a habilidade para guardar tesouros e o conhecimento, anunciar novos ciclos de tempo, formar e esculpir a Terra e a duração até ao fim dos tempos. O seu sangue é um elixir miraculoso que sara feridas graves e permite ao vencedor do animal compreender a fala dos pássaros e de outros seres vivos irracionais. Quando misturada com mel e azeite, a gordura do dragão faz recuperar a vista.
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Short Story: Caminhou devagar pelos trilhos escuros da floresta até se deparar com o castelo. Recortava-se contra a luz ténue do luar, erguendo-se no topo da longa colina serpenteante bordejada de pinheiros escuros e de intenso odor. Viu-a, lá em cima, os longos cabelos doirados escorrendo pela parede decrépita desde a minúscula janela. E depois ouviu o estrondoso bater de asas de morcego nos céus e dirigiu os olhos para cima. Desembainhou a espada. Aguardava-o Lux, o poderoso dragão vermelho de cauda prateada, guardião do elixir da juventude. Um dos dois morreria neste combate. Mas se sobrevivesse, sabia que teria de regressar a casa com uma anciã, em lugar da jovem donzela que o aguardava no topo do castelo.

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

EM BUSCA DE PALAVRAS 44

Mulholland Drive ou o Filme Mais Perfeito do Universo
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Mulholland Drive é um filme sobre o Cinema, passado em Hollywood, cujas duas protagonistas são uma ambiciosa starlett loira e uma ambiciosa estrela morena em ascenção.
Dito isto, a história até é simples (já o referi aqui, existem apenas um punhado de histórias para contar, mas mil e uma maneiras de as contar ...): uma jovem pretendente a estrela de cinema (a loira) chega a Hollywood cheia de sonhos na cabeça; torna-se amiga de uma actriz (a morena) protegida por um realizador famoso e acaba por se apaixonar por ela. Mas a sua paixão está mais interessada na ascenção à fama do que propriamente em continuar a partilhar a sua cama e aceita casar com o seu realizador protector, deixando a outra com ciúmes doentios e um desejo de vingança. Desesperada, e seguindo a velha máxima dos obcecados doentiamente ciumentos "se eu não te posso ter, mais ninguém poderá", a loira manda matar a morena na estrada de Mulholland Drive e afunda-se num remoinho destrutivo de drogas e respectivas alucinações paranóicas, que acabará num suicídio brutal.
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Só que ... esta é apenas uma das inúmeras interpretações que Mulholland Drive pode ter, ou não fosse o seu realizador nada mais nada menos do que esse estranho terráqueo que dá pelo nome de David Lynch. E quando este senhor decide fazer qualquer coisa, tudo é absolutamente tudo menos aquilo que parece à primeira vista.
Como o próprio Lynch refere, Mulholland Drive é para ser visto não apenas com a razão, mas também e sobretudo com a emoção. E tem toda a razão, ou não fosse o dito senhor um apaixonado por questões de psicologia e do inconsciente.
Ora queiram experimentar ver o filme e tentar apenas a explicação lógica para o seu enredo. Garanto-vos que não conseguem. Se conseguirem, só há 3 hipóteses:
a) São Einsteins
b) Não fizeram mais nada na vida até hoje, dia 30 de Outubro de 2008, a não ser tentar analisar o filme
c) Sabem mais que o próprio Lynch
Eu experimentei e dei comigo em doida. Qualquer das 3 ou 4 interpretações fez-me sempre sentir como um cão rodopiando em volta de si próprio tentando alcançar a própria cauda, sem perceber que a dita cauda, enquanto for ele próprio a perseguir-se, ficará eternamente inalcançável. Existem sempre, em cada uma das interpretações possíveis, um punhado de "falhas" que não encaixam na teoria até aí perfeita e lá regressamos desesperadamente ao início.
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Mas, quem disse que David Lynch é para ser entendido? Lynch é para se abanar a cabeça de boca escancarada e murmurar pela milésima vez: "Sacana do gajo ... mas como é que ele ... como é que ele fez isto? ..." Como diz o mestre de cerimónias no bar "Silencio": "There is no band, and yet the band is playing".
Sei apenas que quando sai um filme dele, vou a correr ver. Sem pensar. Inconscientemente. Instintivamente. É sobre moscas? Orelhas? Anões? Não interessa. Vai-se ver.
E isto, meus senhores, é o que se chama "the perfect show".
Mulholland Drive é a mãe de todos os "motherfucking-fuck-my-brains-out-and-then-some" filmes de sempre.
O que aprendi com Mulholland Drive?
* "A atitude de um homem revela até certo ponto o tipo de vida que virá a ter."
* Não tentar sequer aproximar-me das regiões habitadas por Lynch, é preciso muito cabedal
* Não é a história que conta, é a maneira como se conta que conta
* Naomi Watts nunca mais fez nada que se assemelhasse a esta perfeição de personagem
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Para entrar em paranóia total:
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P.S. Talvez seja uma boa opção experimentar ver o filme completamente pedrada ou depois de beber 4 ou 5 garrafas de vodka. Pode ser que assim resulte ...

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

PALAVRAS ESTÚPIDAS 34


Também tenho dois heróis históricos. São eles Galileu Galilei e Thomas More.
Por ironia, encontram-se em campos diametralmente opostos e foram condenados e martirizados por razões diametralmente opostas. Um porque acreditava na Ciência e no que os seus olhos viam, o outro porque acreditava na Fé e no que o seu coração lhe dizia.
As vidas destes dois homems são um exemplo de coragem, força interior, paixão e coerência, mas também são um exemplo, no outro extremo do espectro, do sofrimento atroz que a teimosia, a intransigência e o poder absoluto podem provocar naqueles que pretendem ser fiéis às suas crenças e à evidência dos factos.
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Todos conhecem a história de Galileu. Já antes dele Copérnico e outros haviam postulado ideias no sentido de que era a Terra que girava em torno do Sol e que não era, como se pensava, o centro do Universo. Mas Copérnico nunca divulgou as suas teorias ao mundo, restringindo-se aos círculos científicos mais discretos.
Galileu, pelo contrário, publicou o seu trabalho e por esse motivo foi condenado e obrigado a abjurar-se publicamente, sob ameaça de prisão. Diz-se que, à saída do Tribunal do Santo Ofício, terá murmurado "E, no entanto, ela move-se." Acabou por morrer, esquecido e abandonado, renegando publicamente o seu próprio trabalho, com a certeza de que o mundo permaneceria mais tempo do que devia nas trevas da ignorância teimosa.
A história de Galileu teve, ainda assim, um final feliz, ainda que imensamente tardio. Mais de três séculos após a sua condenação, o então Papa João Paulo II achou por bem pedir a revisão do processo de Galileu e absolvê-lo, reconhecendo que alguns elementos da Igreja haviam cometido erros, proferindo entre outras as seguintes palavras: "A grandeza de Galileu é a todos conhecida, (...)muito teve que sofrer — não poderíamos escondê-lo — da parte de homens e organismos da Igreja."
Justa homenagem a um homem cujo único pecado foi acreditar no que os seus olhos viam como óbvio.
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A história de Thomas More é mais trágica ainda do que a de Galileu. E, ao contrário de Galileu, Thomas foi amigo e confidente daquele que acabaria por condená-lo à morte.
Thomas More fez uma importante carreira política e de leis, tornando-se uma figura muito procurada em questões de diplomacia e advocacia. Aos 32 era juíz em Londres e mantinha ainda uma carreira literária e filosófica paralela tendo publicado "Utupia", uma obra que é considerada como um dos diálogos socráticos mais importantes de todos os tempos e a sua obra-prima. Naturalmente que, com este curriculum, acabou por atrair a atenção do jovem Henrique VIII que o chamou para a sua corte, primeiro como secretário particular, inúmeras vezes embaixador do rei, Chaceler do Ducado de Lancaster e finalmente como Chanceler da Inglaterra.
Os dois homens partilhavam ideias progressistas e humanistas, debatiam filosofias e pensavam a Igreja de forma moderna e dinâmica.
Até que Ana Bolena surgiu na vida de Henrique e este quis anular o seu casamento com Catarina de Aragão. Também todos conhecem o desfecho desta história. Negados os inúmeros pedidos de Henrique ao Vaticano, o jovem rei acabou por decidir a separação total da Igreja Católica Romana e auto-proclamou-se chefe da nova Igreja Anglicana, sendo todos os seus súbditos obrigados a realizarem um juramento que consagrava o soberano como chefe supremo da Igreja.
Thomas More recusou-se a fazer este juramento e não cedeu, perante os insistentes pedidos do seu soberano e amigo. Apesar de todas as ameaças, recusou-se a trair os seus princípios e ideais, a sua Fé.
Henrique, com enorme pesar e relutância, condenou-o "a ser suspenso pelo pescoço" e cair em terra ainda vivo. Após o que seria esquartejado e decapitado. O rei, "por clemência", acabou por reduzir a pena a "simples decapitação".
No momento da execução Thomas More suplicou aos presentes que orassem pelo monarca e proferiu as seguintes palavras: "I die the King's good servant and God's first."
Foi canonizado como santo da Igreja Católica em 1935 e a partir de 1980 foi incluído também na lista de santos da Igreja Anglicana.

terça-feira, 28 de outubro de 2008

PALAVRAS EMPRESTADAS 46


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"O meu amigo Sasha acompanhava-me. Sasha exprime-se numa voz tão suave que até parece tímido, mas na realidade é um detective de homicídios que mede bem cada palavra. Quando esteve no exército, praticou biatlo, um desporto que o obrigava a esquiar de espingarda a tiracolo, interrompendo a corrida para disparar contra um alvo enquanto o coração lhe batia contra as costelas. Hoje, ainda conserva essa frieza de espírito."
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"Quem manda aqui? Vladimir Putin? O seu sucessor, Dimitri Medvedev? Os míticos oligarcas? O KGB, sob o disfarce do mais gentil FSB? Como se diz na Rússia, 'quem sabe, sabe'. Certo, certo é que Moscovo está inundada de dinheiro oriundo da exploração petrolífera e que existem aqui mais multimilionários do que em qualquer outra cidade do mundo. Os milionários são tão vulgares como pombos."
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"Os negócios multimilionários esperam pela calada da noite, pois há uma tradição russa segundo a qual ninguém pode confiar num homem, nem fazer negócios com ele, sem primeiro se embebedarem juntos. Comida, vodka e dinheiro andam a par e passo."
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"Observámos as prostitutas de calças justas que se bamboleavam. Têm fama de moer comprimidos de clonidina, transformando-os em pó solúvel. A clonidina é um poderoso fármaco para a tensão arterial: se for adicionada a vodka, é suficiente para o cliente desmaiar e rapidamente será roubado. Ao acordar, a vítima não deve correr até ao agente da milícia mais próximo. Bêbedo ou não, é bom saber que os polícias das Três Estações são os proxenetas."
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"O tráfego nocturno tem uma força centrífuga que nenhum carro de polícia consegue igualar: mesmo quando algum condutor é apanhado, limita-se a subornar a polícia. Naturalmente, a Rússia tem um registo alarmante de acidentes rodoviários. Contudo, se tivermos em conta que é possível comprar a carta de condução, em vez de obtê-la após comprovação da capacidade para conduzir, o número não é assim tão mau."
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"As diversas avenidas e auto-estradas russas têm uma certa faceta suicida: uma faixa central com trânsito nas duas direcções. A faixa está reservada a automóveis identificados com sirenes azuis, para que os altos funcionários possam deslocar-se com rapidez para tratar de assuntos de Estado. Para os Novos Russos apressados, estas sirenes são um objecto de desejo: o preço actual para uma sirene azul e chapa de matrícula oficial é de 34 mil euros. Não é raro ver duas comitivas automóveis dirigindo-se uma contra a outra em direcções opostas, numa versão russa do jogo infantil no qual quem se desvia primeiro é mariquinhas."
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"Alexei explicara-me que os ocidentais nunca perceberão a Rússia por verem as coisas a preto-e-branco, enquanto os russos vêem uma enorme zona cinzenta."
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"Moscovo Nunca Dorme" - reportagem de Martin Cruz Smith para National Geographic - Edição Outubro 2008

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

SUGESTÃO DA SEMANA


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Dirija-se à Grande Tenda do Passeio Marítimo de Algés, em Lisboa. Ainda tem até 2 de Novembro para não perder a maior sensação do ano em Portugal - Cavalia - porque eles ficaram mais 3 semanas do que era suposto!
Magia sobre 4 patas. Um espectáculo de acrobacia, magia, força, vigor e poesia nunca antes visto. E muita emoção. Só eu sei o que senti quando dois alazões negros deslumbrantes entraram a galope palco adentro e me fizeram perder as estribeiras do coração.
A não perder. Recomendo vivamente!
Um poema escrito entre o homem e o cavalo. Com muito amor, respeito e confiança. Lindíssimo.
Tudo o que precisa saber em: http://www.cavalia.pt/
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domingo, 26 de outubro de 2008

OS NOVOS PECADOS MORTAIS

Ignorância
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&
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Curiosidade
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Caverna, sem Platão
Buraco negro, sem Einstein
Escuridão, sem jogo
Labirinto, sem Minotauro
Deserto, sem miragem
Tundra, sem pegadas
Nozes, sem dentes
Ver, sem querer
Ser, sem estar
Escolha, sem opção
Fé, sem razão
Fim, sem viagem
Tu, sem noção
Nunca, sem tentativa
Sim, sem não
Quanto mais cresço em ti, menos me sabes reconhecer
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Queres cometer o pecado da Curiosidade?
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Espreita em Dry-Martini

sábado, 25 de outubro de 2008

Passo os dedos pelo dicionário ao acaso e aterro em ...

PETRIFICAR
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Conversa privada, sob a pala do Pavilhão de Portugal - Parque das Nações

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Gather ye rose-buds while ye may,
Old Time is still a-flying;
And this same flower that smiles today,
Tomorrow will be dying.
Robert Herrick - "To the Virgins, to Make Much of Time" (1591 - 1674)
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Das pedras se diz que são estáticas, inanimadas. E por isso, quando alguém se vê petrificado por medo, magia ou espanto, isso significa que ficou estático, como pedra, colado ao chão, sem reacção, sem impulsos instintivos de fuga, aparentemente sem emoção, aquilo que em termos médicos se designa por "estado de choque".
Na lenda cristã, Sara, mulher de Lot, é transformada numa estátua de sal assim que olha para trás, para a destruição de Sodoma. O significado é claro - por olhar para trás, significa que talvez tenha dúvidas sobre o abandono das coisas iníquas e Deus mata-a, não a fazendo desaparecer, mas transformando-a numa estátua de sal, para que permaneça como um monumento recordatório das fraquezas humanas, a todas as futuras gerações.
As pedras são, assim, memórias. Da vida se faz pedra. E da pedra o repositório da história humana. Povoam os nossos espaços, em recantos secretos de jardins ou erguendo-se majestosamente na confluência de grandes avenidas pelas cidades desse mundo. Mas quantas vezes reparamos nelas? Quantas vezes nos aproximamos das pedras para ouvir os murmúrios segredados do passado?
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Porque das pedras também há quem faça vida. Deslumbrante e pulsante. Que engana os sentidos e parece respirar nos cantos dos olhos desviados. Como Miguel Ângelo e a sua Pietá, como Rodin e as suas mãos transbordantes de emoção. Há, por vezes, mais vida nas pedras, como se vê, do que em algumas pessoas.
Carpe Diem, sussurra o Professor Keating aos seus alunos, observando as fotografias estáticas dos seus predecessores no Colégio que frequentam, há muito enterrados. "Não são muito diferentes de vocês, pois não? Os mesmos cortes de cabelo. Cheios de hormonas, como vocês. Invencíveis, tal e qual vocês se sentem. O mundo é a sua ostra. Acreditam estar destinados a grandes coisas, como muitos de vós, os seus olhos cheios de esperança, como vós. Terão esperado até que fosse demasiado tarde para fazerem das suas vidas um centésimo do que eram capazes? Porque, reparem, estes rapazes estão agora a fertilizar margaridas. Mas se escutarem de muito perto, poderão ouvi-los segredarem o seu testamento. Avancem e escutem, não ouvem? Carpe ... ouvem? Carpe diem, aproveitem o momento, rapazes, tornem a vossa vida extraordinária."
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sexta-feira, 24 de outubro de 2008

NOTORIOUS NUMBERS

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O Número do Voador
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Confesso que não era sua fã e me passou completamente ao lado, apesar de haver uma altura na vida em que era assídua dos jogos da NBA. Eu era mais John Stockton e Karl Malone, a dupla maravilha dos Utah Jazz.
Mas, diz quem sabe, que Michael Jordan foi o maior jogador de basket de sempre. E diz quem sabe, que ele voava. Sempre com o número 23.
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quinta-feira, 23 de outubro de 2008

EM BUSCA DE PALAVRAS 43

Achamos sempre que nós somos os criadores dos personagens. Isso não é verdade.
Claro que nascem em nós e na nossa imaginação. Claro que são uma amálgama de uma série de elementos: nós próprios, os nossos desejos, as nossas incoerências, as nossas experiências, as batalhas campais travadas no seio do nosso inconsciente, outras pessoas que conhecemos, que lemos, que observamos, que às vezes apenas se cruzam connosco numa rua apinhada, mil e um pormenores que passam pelos nossos sentidos e pelos nossos pensamentos sem que muitas vezes nos apercebamos sequer disso.
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Mas os personagens vivem. É bom que vivam. É bom sinal. Sinal de que são saudáveis e têm alma. Os personagens vivem e decidem coisas. Sózinhos. Podemos querer que sejam "assim", mas se eles não quiserem ser "assim", acabam sempre por ser "assado". Não fazem fitas. Não choram. Não gritam. Não se revoltam. Não berram "Eu não quero ser assimmmmmmm!!!!! Eu quero ser assadoooooooo!!!!!!!" Não. Lentamente, suavemente, com muita delicadeza e uma determinação invejável, tornam-se "assado". Às vezes é apenas um pormenor. Um pequenino pormenor insignificante. Mas nunca é, apenas o parece. Nada é insignificante.
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Poder-se-ia imaginar que isto irritaria o autor. Que como um Deus contrariado e amuado, berraria do alto da sua altivez "Como te atreves????!!!!!! Eu é que mando aqui!!!!!!!!" Mas não. O autor ficará apenas quieto, maravilhado, quase com medo de respirar, enquanto como organismos vivos evoluindo diante dos seus olhos em caixas de Petri imaginárias, os personagens se desdobram na extraordinária dança da criação.
E a sinfonia dos personagens prossegue, harmonizando-se naturalmente, ao sabor do ritmo de cada instrumento.
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Death fascinates me
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I am an artist of death
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I kill to survive

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

PALAVRAS EMPRESTADAS 45


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"On a similar note I must confess to you, I'm giving very serious thought... to eating your wife."
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"People don't always tell you what they are thinking. They just see to it that you don't advance in life."
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"Bowels in or bowels out?"
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"He is rather twisted, you know."
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"I hate rude people."
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"A census taker once tried to test me. I ate his liver with some fava beans and a nice chianti."
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"All good things to those who wait."
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"People will say we're in love."
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"Fly, fly, fly, Clarice. Fly, fly, fly."
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"I've no plans to call on you, Clarice. The world is more interesting with you in it."
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"And be grateful. Our scars have the power to remind us that the past was real."
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"Remarkable boy. I do admire your courage. I think I'll eat your heart."
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"You will not persuade me with appeals to my intellectual vanity."
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"Have you seen blood in the moonlight? It appears quite black."
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"Rudeness is an epidemic."

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

PALAVRAS ESTÚPIDAS 33

A Classe Média
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Adoro observar a classe média. São melhores que muitas sitcoms. Adoro observar a sua ânsia em fazerem todos parte do clubinho. Que clubinho, pergunto eu? ... Não interessa, parece-me. Desde que seja aquele a que toda a gente pertence, tá-se. O que importa é não ficar de fora, claro está. Mesmo que depois se maldigam todos hipocritamente nas costas uns dos outros.
A classe média vive da hipocrisia. Alimenta-se dela, com efeito. E nada produz, apenas consome, consome, consome, como um Pac Man devorador, como um peixe no seu aquário, a quem seja disponibilizado alimento sem restrições. A classe média come até rebentar, como o peixe. E, como o peixe, vive no seu condomínio transparente, para que todos saibam o quê, quando e como consome. Porque, acima de tudo, o importante é a exibição da "galinha". Até ao endividamento.
Como lemmings em fila indiana, a classe média marcha afincadamente para um lugar qualquer que ninguém sabe. Nem ela própria sabe! O que importa é marchar. O que importa é estar-se incluído na fila indiana. As mesmas roupinhas, os mesmos carrinhos, o mesmo ginásio, as mesmas marquinhas e as mesmas opçõezinhas de vida. Tudo certinho, tudo nos conformes, comme il faux. O importante aqui é mesmo não haver desvios de rota, mesmo quando não se faz a mínima ideia sobre o destino dessa rota. Se vão todos por ali, então é porque para ali deve haver algo, mesmo que eu não esteja a ver o que é. O que importa é não provocar sobrancelhas levantadas. Isso é que não. Horror dos horrores.
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A classe média enche-se e atropela-se com o que as classes baixa e alta produzem, respectivamente, bens e ideias. E depois toma-as como suas, não se limita a devorá-las, assenhora-se delas e altera-as ligeiramente, vá. Uns leves retoques aqui e ali e a coisa fica mais nos conformes. A classe média apavora-se com extremos. Ama a ordem e a falta de criatividade. É, por isso, a única que segue de facto a moda. A que nasce nas ruas da classe baixa e é recriada pelos estilistas da classe alta. A moda é, por esse motivo, uma das coisas mais ridículas e o chamariz ideal para atrair a classe média, como uma cenoura à frente do burro. A classe média tem o dom de se apaixonar por coisas ridículas, precisamente porque não pensa pela sua própria cabeça, utiliza o que outros já pensaram por ela, sem se preocupar sequer em entender o que apropria. Dá muito trabalho.
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A classe média vive num 1984 do George Orwell, mas nunca deu por isso, provavelmente porque nunca leu George Orwell. A classe média prefere coisas mais leves, como o Código Da Vinci, por exemplo, um dos piores romances da década mas que bateu recordes de vendas ou, claro, a Tia Margarida. A classe média adora dizer mal da Tia Margarida, mas depois lê-a avidamente às escondidas. Porque se revê nela, claro. Ou, aliás, não a si própria mas aos outros, os tais que gosta de maldizer nas costas. Todos os outros é que são os retratados nas coisas que a Tia Margarida escreve.
A classe média é paradoxal e esquizofrénica. Porque ela nunca acha que é a classe média. Sim, ouvir-se-á um digno membro da classe média proferir, é verdade que o meu carro é X, mas ao contrário dos outros que andam com X só para se exibirem, existe uma razão muito válida para que eu use X e não Y. Além do mais, como vê, o meu X não é exactamente X, tem uns upgrades pessoais.
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A classe média é também, por todos estes motivos, a "casta social" onde se poderão encontrar mais depressões por metro quadrado. Precisamente porque não ouve a sua voz interior, recusa-se mesmo a admitir a sua existência. Em vez disso, evita a todo o custo qualquer hipótese de ser por ela surpreendida e esse é um dos principais motivos por que os seus membros raramente são vistos sós consigo próprios. E, como não sabe, porque só lê porcarias, que essa voz interior é essencial para o seu equilíbrio, a classe média curto-circuita facilmente sem perceber bem o motivo. E depois vai ao psiquiatra, porque também é moda, logo, socialmente aceitável. E por mais nada. Aqui há uns anos só os maluquinhos ou o Woody Allen é que frequentavam o psiquiatra. Depois a classe média começou a ler nos jornais e nas revistas da classe média notícias parecidas com esta: "A OMS estima que cerca do ano 2020 os suicídios sejam uma das principais causas de morte no mundo, a par com as doenças cardíacas." E a classe média concluiu, bem, estamos no ano 2008, portanto é melhor começar a mexer-me se quero fazer parte da estatística que está na moda.
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Por isso, apressa-te, se queres apanhar a fila, eis alguns conselhos: tem mais olhos que barriga e endivida-te até às orelhas, exibe-te à grande e à francesa sempre dentro da moda e depois crasha com estrondo e dirige-te ao primeiro psiquiatra da lista. Pode ser que até 2020 já estejas morto e enterrado e não provoques olhares de indignação.

terça-feira, 14 de outubro de 2008

A FANTÁSTICA FAUNA DE ANDRÓMEDA

Centauro
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O torso e cabeça do Centauro é humano e a parte inferior do corpo é de cavalo. Os Centauros descendem de Ixião, filho do rei dos Lápitas e de uma nuvem com a forma da deusa Hera. O seu filho, Centaurus, acasalou com éguas, gerando os bárbaros cavalos-homem das montanhas. A palavra "cento" significa "ferir" e eram conhecidos como criaturas selvagens, brutais e indomáveis. Todos excepto o sábio e delicado Quíron. A palavra "tauro" refere-se a touro, embora os centauros fossem na realidade semi-equinos, quer na aparência, quer na sua natureza.
Os Centauros frequentavam as montanhas da Tessália, onde tinham a reputação de levarem uma vida orgiástica, sensual e sem regras, sobretudo quando invadiram a festa de noivado dos Lápitas, povo grego do norte da Tessália, que se havia reunido para celebrar o casamento de Pirito. Embriagados, os centauros violaram e assassinaram as pessoas e tentaram raptar a noiva. A invasão dos Lápitas foi um famoso tema representado em muitas tapeçarias e pinturas do Renascimento.
A sua natureza apaixonada e indomável tornou-os facilmente associáveis às festas de Baco ou Dionísio e os centauros eram representados em túmulos e monumentos funerários como guardiões do mundo subterrâneo.
Posteriormente, surgiu Quíron, um líder dos centauros, famoso pela sua bondade e sabedoria, perito nas artes da música, medicina e tiro com setas. Quíron tornou-se o tutor de Aquiles, Hércules e outros heróis da Antiguidade. Hércules matou acidentalmente Quíron com uma seta envenenada e anos mais tarde recebeu a vingança de Nesso, um centauro que o presenteou com uma camisa envenenada que se colou ao seu corpo e o queimou até à morte.
A iconografia cristã utilizou os centauros para representar o diabo desferindo setas aos ímpios, tentando simular a natureza animal do homem e tentar as suas paixões para cometer actos de indecência e provocar pensamentos heréticos.
Os nativos do México consideravam os invasores soldados espanhóis e as suas montadas como sendo um só animal.
Os poderes mágicos dos centauros permitem aos humanos desbloquear desejos e pensamento reprimidos. Libertam forças instintivas que estão aprisionadas ou que foram negadas, mas nunca se lhes deve oferecer vinho, a não ser que se esteja preparado para assumir as consequências!
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Short Story: Todos os dias ele vinha beijá-la à janela. E todos os dias ela suspirava por ele. Era belo, forte, poderoso e sensual. Até que um dia se debruçou um pouco mais e o seu rosto se distorceu num esgar de horror quando viu o resto do seu corpo.

domingo, 12 de outubro de 2008

SUGESTÃO DA SEMANA

Chama-se Umbigo e é uma das melhores revistas portuguesas da actualidade.
Cada edição é uma pérola de design, conteúdos interessantes (que não versam apenas as artes) e textos bem escritos e originalmente paginados.
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Para conhecer mais: http://www.umbigomagazine.com/
Boas leituras!

sábado, 11 de outubro de 2008

NOTORIOUS NUMBERS

10
O Número do Poder
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São 10 os Mandamentos que regulam pelo menos metade do planeta.
As seitas cobram o chamado dízimo aos seus seguidores, continuando uma tradição iniciada pela própria igreja católica.
Foram também 10 as pragas inflingidas ao Egipto durante o Exodus.
São 10 os Dias de Arrependimento observados pelos seguidores do judaismo, bem como 10 as chamadas Tribos Perdidas de Israel.
Os maiores do chamado desporto-rei ostentam sempre tradicionalmente o nº 10 nas suas camisolas - Pelé, Maradona, Eusébio, Rui Costa, Platini, Zidane, Baggio e muitos outros.
Nos Jogos Olímpicos, 10 é a pontuação máxima que pode ser obtida em qualquer competição.
Sendo a base do sistema decimal, o 10 é normalmente utilizado para formar listas de rankings.
E, last but certainly not at all the least, há um número de porta, numa certa Downing Street, algures numa certa capital europeia, dentro da qual já se decidiu muitas vezes os destinos deste nosso mundo. Até 1991 era possível a qualquer pessoa passar lá perto, apesar de durante o governo de Margaret Thatcher já terem sido instalados portões em cada ponta da rua. Mas, nesse ano, a 7 de Fevereiro, o IRA lançou um morteiro a partir de uma carrinha estacionada perto de Whitehall, apontada ao número 10, que explodiu no jardim traseiro da casa, arrasando os vidros da Sala do Gabinete, onde John Major se encontrava nessa altura em reunião. A partir daí as medidas de segurança tornaram-se rigorosíssimas - foi instalado um portão de ferro que impede o acesso à rua e onde se encontra um posto de controlo ocupado por vários polícias armados até aos dentes. A porta não tem fechadura na parte de fora, sendo apenas possível abri-la do interior. Dois polícias, um no exterior e outro no interior, guardam a porta 24 horas por dia. Invisíveis, polícias à paisana patrulham os telhados da linha de prédios de toda a vizinhança e suspeita-se que possa também existir um bunker ligado a várias saídas, por baixo da rua.

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

EM BUSCA DE PALAVRAS 42

A Música dos Personagens
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Cada personagem toca uma música. É a música do seu coração. A música da sua alma. Do seu ritmo interior.
Ajuda descobrirmos essa música. O seu estilo. O seu género. A música dos personagens é meio caminho andado para percebermos os meandros sinuosos por onde ele ou ela irá caminhar. E como irá realizar essa caminhada.
A música dá-nos o "tom" do personagem. A forma como pensa, os seus tempos de acção, a forma como caminha, a forma como observa as coisas e as interpreta, até o que veste, come ou o som da sua própria voz. Também ajuda a compor o seu aspecto físico, assim como o seu passado e os seus princípios e desejos.
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Depois, basta-nos ouvir a música do nosso personagem e entramos na sua "zona" mais facilmente, sempre que queremos.
E como uma sinfonia, a pauta do enredo começa a compor-se lenta e suavemente. Somos nós o maestro ou DJ desta orquestra de personagens.
Let the music begin.
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I kill for a living

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I want to die

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I study those who kill

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Passo os dedos pelo dicionário ao acaso e aterro em ...

Intuição

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Sob a pala do Pavilhão Atlântico, de frente para o S. Gabriel
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Mistura de experiência, instinto, maturidade e sabedoria, a intuição pode, ainda assim, revelar-se como uma desconcertante e surpreendente linguagem secreta que nos segreda mensagens codificadas por entre as vísceras, aflorando à superfície da pele e do bolbo róseo-cinzento que lateja debaixo do crâneo.
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Todos nós, mulheres e homens, já a "ouvimos", uma doce ou impaciente voz que sobe do fundo das entranhas carnais e nos avisa ou nos aconselha. "Não vás pela esquerda, hoje.", "Não gosto nada daquela pessoa, apesar de a ter acabado de conhecer.", "Hoje sinto que não devia sair de casa.".
Algo se vai passar ... O quê? ... Porquê? ... Como? ... Onde? ... Com quem? ... Por vezes algumas destas perguntas têm resposta. Outras vezes não. Por vezes a voz é tão forte que quase nos puxa fisicamente. Outras vezes é tão ténue que mal a ouvimos e depois ... depois de acontecer ... sussurramos com os olhos cerrados e o desalento espraiado no espaço que vai de uma mão aberta à outra, ambas abandonadas no vazio do remorso: "Mas porque não ouço eu a minha intuição?"
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Mais não é, afinal, que uma série de peças de puzzle subitamente encaixadas da forma correcta, mais depressa do que o tempo que temos para as compreender ou avaliar e cuja geometria assim achada nesse ápice, nos urge a agir, sem pensar muito, sem razão aparente.
Falarei por mim - foram mais as vezes que me arrependi de não a ter ouvido, do que o contrário ...

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

PALAVRAS ESTÚPIDAS 32

Jack
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Steve McQueen foi e será sempre o tipo mais cool do planeta. Mas Steve morreu, infelizmente de uma doença muito pouco cool - cancro.
Paul Newman era (quando escrevi isto ainda era) não só o homem mais bonito do planeta, como a personificação de classe. Mas Paul também morreu, há poucos dias, infelizmente também da mesma doença que Steve.
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Agora imaginem Steve McQueen + Paul Newman e têm Jack Nicholson.
Jack não é a personificação do homem dinâmico e de acção que Steve era, nem tem um décimo da beleza de Paul, mas tem carradas de cool e carradas de classe. Para além disso, é louco, o que oferece sempre aquele extra de pimenta, irresistível. Aliás, acho até que se devia inventar uma palavra que descrevesse o que Jack é, ou então utilizar o seu nome para descrever alguém ou alguma coisa parecida com ele, do género "hoje estás mesmo jack" ou "mais jack era impossível".
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Gosto particularmente de o ver na cerimónia dos óscares, sempre sentado na primeira fila, como um verdadeiro Padrinho de Hollywood, sempre de óculos escuros para não ser ofuscado, sempre a mascar pastilha elástica como se tivesse interrompido um mergulho na piscina para assistir àquela coisa - ah! sim, ele já lá tem 4 em casa (um deles deve estar de certeza a servir de suporte do papel higiénico) e sempre com aquele sorriso descarado e divertido, a gozar o prato e de quem está tão de bem com a vida que eu acho que aquele refrão "the future's so bright i gotta wear shades" deve ter sido escrito a pensar nele.
Também gosto de o ver na bancada do pavilhão sempre que os LA Lakers jogam, a barafustar e vibrar com a sua equipa.
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Depois, Jack é aquele tipo de homem que ADORA mulheres, TODAS as mulheres, percebem? O que faz com que TODAS lhe perdoem o facto de andar com TODAS, porque cada uma delas é tratada como se fosse uma DEUSA enquanto está nas suas mãos. Querem mais cool do que isto, rapazes? Um gajo que se aproveita do mulherio e que ainda as deixa de sorriso na boca depois de as deixar, deve ser o guru de todos os homem, acho eu. Mas eu sou mulher ... sou suspeita.
Ainda assim, deixo aqui uma dica para os mais distraídos - quer queiram, quer não, quer aceitem isso ou não, rapazes, há uma lei da vida inquestionável - TODAS as mulheres desejam e querem e merecem ser tratadas como DEUSAS pelo seu homem - pensem bem nisto e revejam os pontapés que levaram na vida e metam isto na cabeça: enquanto não aprenderem esta lei da vida, das duas uma: ou habilitam-se a levar com pares de patins para toda a eternidade, ou, pior ainda, habilitam-se a acabar atados a uma idiota insonsa e sonsa e um dia quem vai ficar com ganas de oferecer patins são vocês. Mas pronto, isto é só uma sugestão, eu não ando aqui para dar lições de moral a ninguém ...
Só mais uma achega, para quem ainda não atingiu a ideia - é que se as tratarem como DEUSAS, existem contrapartidas que vos podem levar ao sétimo céu e voltar com um sorriso de satisfação igual ao do Jack, percebem? É que não é à toa que um gajo anda sempre com aquele sorriso descarado de Paraíso estampado nas beiças ...
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Finalmente, um gajo que é tão cool e tem tanta classe, e ainda por cima é considerado por todos os que privam consigo - mulheres e homens - como das melhores pessoas que conheceram nas suas vidas, epá, se isto não é mesmo jack, vou ali e já venho.
Parafraseando Billy Crystal numa cerimónia dos óscares: "Jaaaack! You're the man!"
Reacção do Jack: sorriso descarado e satisfeito e mais uma mastigadela da pastilha, que é como quem diz: "Se tu achas isso, pá, quem sou eu para te contrariar. Isto não é nada comigo, eu só cá vim para ver a festa."
E pronto. Adoro o Jack. Se não gostam dele, buuuuu!!! são mesmo uncool, man! bad attitude!
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P.S. Esqueci-me de referir, mas acho que nem é preciso, que o sacana do Jack também é um actor do caraças. E bastava um filme - Voando Sobre um Ninho de Cucos.
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terça-feira, 7 de outubro de 2008

MURMÚRIOS DE LISBOA LXXIII

Amélie Poulain Precisa-se - Parte II
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Vista do castelo de S. Jorge
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Amélie, filha, mas onde raio é que tu te meteste? Agora é que é. Agora tens mesmo que vir. Não dá para esperar mais. Queres ver?
O casal de lésbicas do 5º andar nunca mais foi avistado. Nem os gatos que costumavam uivar em noites de lua cheia. Muito menos o marido simpático da filha da senhoria que enfiou um pau de vassoura pelo cu acima. Da porteira nem sinal há meses. No entanto, o lixo continua, misteriosamente a ser recolhido, bem como os pagamentos respectivos.
Em contrapartida, o Lulu da filha da senhoria que enfiou um pau de vassoura pelo cu acima está cada vez mais vivaço. Terão todos tido o mesmo destino? Talvez sim ... ou talvez não ... Suspeita-se que a filha da senhoria tenha cortado o pobre marido aos pedaços, bem como o casal de lésbicas e a porteira e os ande a dar em porções somíticas ao pobre do Lulu. Talvez os gatos tenham sido incluídos na receita. Mas claro que isto pode ser apenas a imaginação demasiado profícua da maníaco-depressiva a funcionar. Até porque a maníaco-depressiva anda a escrever uma história de crime e anda um tudo nada obcecada com o assunto, só vendo criminosos a protuberarem de todos os buracos da cidade. Ou não ... também poderá ter decidido levar a sua investigação mais a sério (é comum os escritores quererem levar as suas investigações mais a sério) e experimentar a vida de crime para poder escrever sobre ela com conhecimento de causa. Tudo é possível, até porque a maníaco-depressiva vê muitos filmes.
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Sabe-se que o rapaz da garagem desistiu de lhe assobiar. Em vez disso, passou a rasar de vez em quando o passeio ao volante de um bólide que não lhe pertence, retinindo os piscas da frente para ver se consegue algum resultado. Talvez porque a maníaco-depressiva parece que não vê ninguém à frente do nariz, de tão embrenhada que anda no seu potencial romance criminal best-seller.
Por outro lado, o advogado do 3º andar, que também enfiou um pau de vassoura pelo cu acima e é, por esse motivo, muito mais sabichão que o rapaz da garagem, preferiu não só ignorar totalmente a maníaco-depressiva, como ir mais longe ainda e virar-lhe descaradamente a cara fingindo interessantes conversas ao telemóvel.
A maníaco-depressiva deixou de se importar, quer com o rapaz da garagem atrevido, quer com o advogado que enfiou um pau de vassoura pelo cu acima, e continua a olhar em frente, como se a rua estivesse completamente vazia, mas também pode ser porque anda de tal forma embrenhada no seu pseudo potencial romance policial best-seller que não vê ninguém mesmo que esteja a olhar para uma multidão.
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Em contrapartida, o dono do supermercado ecológico ou biológico ou do raio que o parta, persegue a maníaco-depressiva sem descanso. Primeiro foi por causa das avaliações acústicas urgentes das máquinas ventiladoras que poluem os ouvidos da maníaco-depressiva há exactamente um ano e 2 meses, mas sem que ela repare já nisso. Não se sabe se porque os seus ouvidos já se habituaram aos décibeis, se porque a maníaco-depressiva anda tão obcecada pelo seu possível potencial futuro romance policial best-seller que já não ouve nada acima dos décibeis imaginários que habitam a sua imaginação. Depois foi porque queria oferecer frutas à maníaco-depressiva pelos incómodos causados. A maníaco-depressiva agradeceu (com dois sacos do supermercado rival pendurados em ambas as mãos), fez de conta que sim e continuou a sua vida, sem frutas biológicas. O problema é que o ecológico ou biológico ou o raio que o parta, não só é verde, como infelizmente também é perene. Por outras palavras, não desiste. De vez em quando a maníaco-depressiva ouve assim: "Queres fruta?", mas faz ouvidos de mouca.
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Por sua vez, o dono da garagem, senhor de idade provecta mas olhos de lince para apreciar bólides antigos e maníaco-depressivas jeitosas a passarem à frente de sua garagem, não entende como é possível um idiota daqueles ter tantas intimidades com a maníaco-depressiva assim com tanta facilidade, quando ele próprio anda há exactamente 4 anos a tentar um mísero "Boa noite". Pois logo no outro dia, vejam só, aquele anormal pespega-lhe dois beijos na cara, enquanto lhe fala de cópias de avaliações acústicas e frutas!
É claro que o dono da garagem não percebe, mas o verde perene estava simplesmente a fingir intimidades com a maníaco-depressiva, uma vez que se encontrava de braço dado com a filha da senhoria que engoliu um pau de vassoura pelo cu acima e de modos que havia que fazer boa figura junto de tão ilustre entidade. Mais. A filha da senhoria nem falou à maníaco-depressiva e desatou a correr atrás do Lulu, que entretanto entrara disparado pela porta do prédio adentro, assim que a maníaco-depressiva a abriu. É claro que a filha da senhoria pensa que a maníaco-depressiva quer torcer o pescoço ao seu adorado Lulu com cara de penico.
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O caso tornou-se deveras grave quando o biológico subiu lá acima durante a avaliação acústica e reparou nos seguintes títulos das folhas pautadas A4 penduradas com fita-cola na parede da sala da maníaco-depressiva: Assassinos; Objectos Mortíferos.
Será por isso que o biológico quer cair nas boas graças da maníaco-depressiva? Será por isso que a filha da senhoria teme pela vida do seu Lulu? A maníaco-depressiva terá alguma coisa a ver com o desaparecimento do marido da filha da senhoria, o casal de lésbicas, os gatos e a porteira? Pensará o ecológico que poderá trocar a sua vida por frutas biológicas? O mistério adensa-se.
No entanto, sabemos qual é a opinião da maníaco-depressiva sobre estes e outros assuntos pertinentes - se a vida do biológico ou vegan ou o raio que o parta dependesse de frutas biológicas, o ecologista ou o biológico ou o raio que o parta bem que podia enfiá-las todas pelo cu acima e sufocar-se no processo que ela pouco se importaria. Era matéria para o seu romance policial potencial best-seller.
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Portanto, Amélie, pede-se a tua comparência ASAP no dito prédio ... seguem já as coordenadas por mail.
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P.S. Cuidado com os snipers imaginários da maníaco-depressiva. São bons, bem treinados, estrategicamente posicionados, eficazes e com poder de fogo. Envia sms antes de atravessares a rua. Over and out.

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

A Fantástica Fauna de Andrómeda

Banshee

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É dever da Banshee ou "mulher das fadas" prever a morte de alguém. As Banshees estão ligadas a determinadas famílias e o seu grito é ouvido apenas quando um dos membros da família está prestes a morrer. As Banshees tomam uma de duas aparências: ou jovens mulheres com aparência de luto ou com o aspecto de velhas bruxas. Com olhos vermelhos de tanto chorar, a Banshee penteia o seu cabelo com um pente de prata ou de ouro. Os seus gritos são imitados por carpideiras profissionais, na tradição irlandesa chamadas "bhean chaointe", que estavam incumbidas de produzir lamentos e gritos penetrantes durante os velórios.
O primeiro ser a lançar um grito destes foi a deusa Irlandesa Brigite, uma das Tuatha de Danaan (Povo das Fadas); ela lançou um lamento excruciante pela morte do seu filho, Rúadán e esse foi o primeiro lamento ouvido na Irlanda.
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Short Story: Ouviu o grito da Banshee, lancinante, terrífico, ecoando na noite, perto, muito perto. E deu-se conta que todos haviam partido há muito. Só ele ficara ...
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Basilisco
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O Basilisco original da tradição clássica era uma pequena serpente venenosa cuja garganta nunca tocava o chão e com uma coroa desenhada na testa, que lhe conferia o nome. A palavra "Basileu" significa "rei" em grego e isto garantiu que a serpente fosse recordada como o rei de todas as serpentes. Tudo no Basilisco é venenoso: a sua mordidela, o seu olhar, a saliva e o odor eram todos fatais. Para além disso, podia cuspir veneno na direcção de pássaros voadores. O veneno do Basilisco podia apodrecer os frutos nas árvores e contaminar a água. Era também considerado a causa da existência dos desertos da Líbia e do Médio Oriente.
O Basilisco partilha com a Medusa a capacidade de enlouquecer alguém apenas com o seu olhar. Havia algumas estratégias que os viajantes podiam adoptar para se protegerem contra este poder: transportar um globo de cristal para reflectir o olhar, uma doninha para responder com uma mordidela também venenosa ou um galo cujo cacarejar provocaria convulsões no Basilisco até este morrer.
Os poderes mágicos do Basilisco residem sobretudo no poder de protecção de qualquer coisa que se queira guardar contra roubo ou ataque. Muitos selos gnósticos do período tardio clássico ostentam a imagem de um basilisco de forma a impedir o mal de se aproximar, quase da mesma forma que os escudos militares ostentam uma cabeça de Medusa.
Para os cristãos, o Basilisco era o símbolo por excelência do demónio, como aquele que tentou os primeiros pais da humanidade, Adão e Eva: bela na forma e cores, mas mortífera para a raça humana.
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Short Story: Com mãos trémulas ergueu o espelho diante do basilisco. Mas só então reparou que o pequeno pedaço reflector estava agora irremediavelmente coberto da poeira opaca dourada do tesouro que o monstro protegia com a própria vida.

domingo, 5 de outubro de 2008

SUGESTÃO DA SEMANA

Comece com uma deliciosa e nutritiva Borsch (sopa de beterraba com legumes) ...
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... siga para um Bife Tártaro exquisite ...
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... complete com umas deliciosas bolas de carne picada com especiarias em natas ...
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... e termine com uma tarte de requeijão com doce de frutos silvestres divinal ...
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Um jantar russo diferente e imprescindível :)
Prijatnogo appetita! (Bom apetite)

sábado, 4 de outubro de 2008

NOTORIOUS NUMBERS

501
O Número da Pele
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A segunda pele da Humanidade, foi originalmente desenhada por Levi Strauss, em 1872. O número "501" foi simplesmente o número do lote utilizado para o modelo concebido em denim, que tinha a reputação de ser extremamente durável. Desde então as "501" são sinónimo de durabilidade. São também sinónimo de adaptabilidade. E não é só publicidade, como todos sabemos. Tenho umas há cerca de 10 anos e duram ... duram ... duram ... E ajustam-se ao corpo como uma verdadeira segunda pele.
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sexta-feira, 3 de outubro de 2008

EM BUSCA DE PALAVRAS 41


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Existem muitas regras para se escrever bem. Existem inúmeras regras para se escrever romances. Existe também a intuição, o jeito, o talento (caso exista), a técnica, a minúcia. Existe o trabalho, muito trabalho, um trabalho hercúleo, para se montar uma história com pés e cabeça, coerente, interessante, que motive quem nos lê, que o faça reflectir sobre a vida, sobre um assunto em particular ou que o faça olhar para algo de um ângulo inusitado, que nunca lhe tivesse passado pela cabeça.
Porque histórias há só uma mão cheia delas, maneiras de as contar podem ser tantas quantos os autores que existem ou já existiram neste mundo.
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Mas, em todos os anos que tenho andado a aprender a escrever, a minha modesta experiência ensinou-me que existe apenas uma regra imprescindível e a mais importante de todas, para que tudo o resto possa resultar. Sem ela, por melhor que sejam todos os outros ingredientes, a nossa história não respira vida. É uma regra minha, nunca a li em lado nenhum, não sei se é partilhada ou não, mas é a única regra que nunca me permito quebrar (todas as outras podem e devem ser quebradas).
Nunca se abandona um personagem. Ele ou ela merecem tudo o que somos capazes de lhe dar. Tudo. A partir do momento em que nasce no nosso pensamento e se forma e começa a respirar, a partir daí devemos-lhe uma vida. Digna. Inteira. Trabalhada até à exaustão. Esculpida à lupa. Bordada com paixão, aplicação e zelo. Um personagem deve ser tratado como uma peça de porcelana Ming, como um ovo de Fabergé.
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Foi esta a lição mais importante que aprendi em 20 anos de escrita. Se, no fim de tudo, soubermos isto, podemos dormir em paz e prosseguir o trabalho. Mesmo que esse personagem nunca saia da nossa gaveta e alcance as bancas de uma livraria. Não importa. O que importa é que se algum dia algum deles chegar às bancas duma livraria, o nosso coração sabe que ele está apoiado em dezenas de outros que foram esculpidos exactamente com a mesma dignidade e sem os quais aquele nunca teria chegado onde chegou.
E isto é tudo o que importa.

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

PALAVRAS ESTÚPIDAS 31

O Sabre de Luz
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Um dos sons que mais adoro neste mundo, a par do som da chuva e do das ondas do mar, é o de um sabre de luz. A primeira vez que o ouvi tinha exactamente 5 anos de idade e ficou gravado para sempre nos meus canais auditivos e na minha caixa de memórias especiais. Sei que é por essa razão e por essa única razão que amo a saga da Guerra das Estrelas.
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Também sei, ou calculo mas com quase certeza absoluta, que a Guerra das Estrelas sem o sabre de luz seria apenas mais uma curiosidade cinematográfica de ficção científica. Sim, eu sei, há o Darth Vader e o Yoda e os Jedis e as naves espaciais e toda uma mitologia brilhantemente pensada, que vai buscar inspiração ao Império Romano, ao Nazismo e ao Messias mas ... imaginem os Jedis a lutar com simples espadas ou até com o poder da mente ... hmmm ... nope ... não funciona ... Se Luke tivesse sido ensinado a eliminar um Sith com a capacidade de fazer um curto-circuito de luzes azuis intercruzando-se no topo da sua cabeça loira, a Guerra das Estrelas não passaria de um episódio kitsh do Caminho das Estrelas ou do Espaço 1999.
Não. Os sabres de luz são o que confere precisamente o elemento de intemporalidade à saga de George Lucas, fazendo com que ainda hoje pareça actual, como se não pertencesse a nenhum tempo específico e seja, por esse motivo, naturalmente aceite por todas as gerações que lhe procederam.
Os sabres de luz foram o toque de Midas, literalmente, de Lucas. Um verdadeiro golpe de génio visionário, uma espécie de ipod da década de 70, o gadget mais cool da galáxia e aquele a que todos, mesmo os que são completamente indiferentes à série, não conseguem resistir. Qualquer adulto, apanhado sozinho numa sala com um sabre de luz, pegará nele e fará figura de urso a berrar "Use the force!", como se fosse uma criança com um tentador pote de rebuçados coloridos à mão de semear.
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Sei que se não tivesse visto a Guerra das Estrelas com 5 anos, aquilo provavelmente me teria passado completamente ao lado. Sei que tive uma sorte danada por ter sido apresentada a esse universo numa idade crucial no meu desenvolvimento intelectual. A magia dos sabres de luz e do seu som brilhante, aconchegou-me os sonhos de menina e ajudou a moldar uma parte do meu carácter que já existia em potencialidade no meu código genético - a incomensurável atracção pela fantasia, qualquer espécie de fantasia.
Que essa porta maravilhosa aberta para uma galáxia infindável de imaginação e criatividade, tão presente e tão fulcral em todo o tempo de vida que tenho, pessoal e profissional, tenha sido desenhada no espaço por um magnífico sabre de luz, é uma honra e um privilégio, uma sorte, é magia!
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Thank you, George Lucas. And may the force be always with you ;)
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