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domingo, 22 de março de 2009

A FANTÁSTICA FAUNA DE ANDRÓMEDA

Wendigo
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Nas lendas da América do Norte, o Wendigo é um monstro que adopta diversas formas, conforme o local de onde provém.
Para os índios do Canadá , o Wendigo é um monstro anfíbio com o corpo de um crocodilo, pés de urso ou cascos.
Entre os jibway, o Wendigo é conhecido como um ogre, invocado para assegurar o bom comportamento das crianças.
Mas para os Algonquin é o espírito de um caçador perdido que persegue os vivos de forma canibal. Esta última versão tornou-se a mais conhecida devido aos mitos urbanos aproveitados por escritores do género do horror.
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Short-Story: The hunter hunts. That is his way. So is the Wendigo way. For the Wendigo is a lost hunter. It is not natural for a hunter to get lost. And that is the reason why the Wendigo is a tormented soul. That is why he continues to hunt in the after life what he could not, in this life. And so he hunts human flesh. His thirst is unquenched. His hunger never satisfied. Beware of this dangerous, soulless creature. He walks the dark alleys of lost cities, looking for lost souls. Those who do not know what they want or who they are, will be his finest preys. You cannot hide from the Wendigo, ever. For you cannot hide from your own fears.
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FIM
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Nota: A maioria dos textos explicativos das lendas deste ABC foram retirados dos livros "The Element Encyclopedia of Magical Creatures", "O Livro dos Dragões e outros animais míticos" e da Wikipedia. As short-stories são minhas ;)

domingo, 15 de março de 2009

A FANTÁSTICA FAUNA DE ANDRÓMEDA

Zombie
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Com origem na mitologia africana, um Zombie era qualquer pessoa submetida à magia de um feiticiero, embora hoje em dia signifique um ser humano morto, cuja alma se ausentou mas cujo corpo pode ser habitado para fazer dele o que se quiser.
A palavra Zombie deriva do dialecto Congo "zumbi" que significa "fetishe" ou "espírito escravizado".
O termo Zombie tornou-se conhecido sobretudo através da religião haitiana voudou, que costuma ser profundamente mal interpretada pelos que não a conhecem. Alguns sacerdotes voudou utilizavam o veneno tetrodotoxina do peixe balão, para produzir o efeito de morte: em quantidades mínimas, este veneno nã0 mata, mas suprime os sinais de vida até um período de 48 horas e a vítima consegue recuperar. Esta prática tem sido utilizada como vingança pessoal, bem como quando as pessoas transgridem as normas de conduta social, cometendo adultério ou roubando terras, por exemplo. Acredita-se ainda que se o Zombie comer sal ou olhar o mar, retornará à sua campa.
Os Zombies também aparecem na mitologia irlandesa e britânica. O Povo das Fadas irlandês, Tuatha de Danann, traz os seus guerreiros de volta à vida de forma a reforçarem o seu exército. Estes guerreiros podem lutar mas não falar, uma vez que estão proibidos de relatar o que existe para lá da morte.
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Short-Story: A rapariga deixara o pacote de batatas fritas pousado no banco do jardim. Olhou em redor e não viu mais ninguém. Estendeu a mão devagar e agarrou no pacote. Tinha fome. Retirou um punhado de batatas e levou-as à boca. Levantou-se e atravessou o jardim, os portões, uma rua, outra rua, uma avenida longa, outra avenida. Só parou quando avistou os portões do cemitério. Era ali que devia terminar a sua caminhada. E então percebeu, com horror, que já não pertencia a este mundo.

domingo, 8 de março de 2009

A FANTÁSTICA FAUNA DE ANDRÓMEDA

Yale
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Na mitologia europeia, o Yale, também chamado Centicore, é descrito como uma criatura do tamanho de um cavalo, com o corpo de uma cabra, cauda e chifres de javali e com pintas multicoloridas por toda a pele. Mas também é descrito como possuindo a cabeça de uma cabra, a cauda de um elefante e os pés de um unicórnio.
Os seus chifres podem mover-se para se defender de um ataque frontal ou traseiro. Quando é atacado, aponta um dos chifres para a frente como uma lança e faz girar o outro para trás. Se o chifre que dá as estocadas ficar danificado, vira-o para trás e substitui-o com o outro.
Na heráldica é uma das criaturas da Rainha.
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Short-Story: A besta esperneou suspenso no ar e depois retesou-se, as patas da frente contraídas, na diagonal do corpo, as traseiras congeladas em posição de coice. O corno direito estava esticado na horizontal, apoiado na margem dianteira do abismo, a esquerda estendia-se para trás segurando-o à margem traseira. Moveu lentamente os olhos para baixo e apenas vislumbrou o negro infinito, indefinido, do abismo que se abria por baixo, contrastando com o seu corpo alvo de neve. Não havia salvação possível. Instintivamente cruzou os chifres no ar num movimento repentino e mecânico. A queda foi imediata e vertiginosa. Antes de os conseguir abrir de novo caíra algumas centenas de metros na direcção do vazio. Depois todos os seus ossos e músculos sofreram um esticão terrível, quando conseguiu abrir de novo os chifres e estes se enterraram nas reentrâncias da rocha. O suor escorria-lhe pelo focinho abaixo. Esperou a morte, pacientemente. Lá em cima, o seu oponente resfolegava de raiva e impotência.

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

A FANTÁSTICA FAUNA DE ANDRÓMEDA

Valquíria
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Na mitologia nórdica, as Valquírias são as mulheres que transportam para o além as almas dos guerreiros mortos em combate. O seu nome deriva do antigo dialecto viking "valr" (que significa "cadáver de batalha") e "kjosa", ou "escolher". Esta irmandade implacável constituída por 9 mulheres, atravessa os céus sobre os campos de batalha para reclamar os guerreiros mais merecedores do paraíso dos guerreiros, ou Valhalla.
Eram chegadas a Odin e eram muitas vezes também chamadas as éguas de Odin ou Odins meyar e as cumpridoras dos desejos de Odin ou Oskmeyjar.
O número de Valquírias varia de acordo com os diferentes mitos. No entanto, conhecem-se os nomes de 13 delas, que servem os guerreiros de Valhalla: Hrist (aquela que abana), Mist (nevoeiro), Skeggjold (idade do machado), Hildr (batalha), Thrudr (mulher de poder), Hlokk (ruído de batalha), Herfjotur (acorrentadora de exércitos), Goll (grito de guerra), Geirolul (lançadora), Randgridr (destruidora de escudos), Radgridr (a fortaleza) e Reginlefir (filha de Deus).
Em mitos mais tardios também interferem com o decurso das batalhas e determinam o seu resultado. Algumas apaixonam-se por mortais, como a famosa Brunilde. Nas óperas de Wagner que fazem parte do Ciclo do Anel, inspiradas na saga Volsung, Brunilde é a filha de Erda e Wotan, expulsa de Valhalla.
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Short-Story: Mist pairou sobre o campo de batalha como uma nuvem carregada de tempestade, a capa negra esvoaçando com a trepidação do vôo e os longos cabelos ruivos soltando-se do capacete. Como um falcão, prescrutou o caos dos destroços da guerra, os cadáveres ensanguentados, as espadas e os escudos amontoados por todo o lado, os poucos moribundos que ainda gemiam ou exalavam já o último suspiro de vida, os membros decepados, o fedor inesquecível da morte. Dos seus lábios finos soltou-se um curto lamento, entoado com uma voz profunda e grave - o Lamentos dos Guerreiros. Mist desceu suavemente e pousou próximo de um cavalo moribundo. Espalmou a sua mão firme sobre o dorso do animal e instantaneamente cessou a sua agonia. Fez o mesmo com mais 2 ou 3 machos caídos junto dos seus cavaleiros. Olhou em redor. As suas restantes 8 companheiras faziam o mesmo, espalhadas por todo o campo de batalha. Eram invisíveis para os vivos, mas a sua presença era percebida pelos que já não respiravam. Nem todos as acompanhariam. Alguns suplicavam silenciosamente, os olhos vítreos vertendo lágrimas desesperadas. Mas as Valquírias eram escolhidas porque o seu coração de aço não se deixava comover pelo desespero da morte. Mist aproximou-se do herói que estava encarregue de transportar para Valhalla, mas percebeu que regressaria sozinha - o general havia já partido para o submundo. Louco!, pensou. Mas ao mesmo tempo compreendeu a sua escolha. Valhalla seria porventura demasiado sossegado para um homem que toda a vida apenas conhecera sangue, suor e o frémito trepidante da guerra.
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Vampiro
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Os Vampiros são os cadáveres vivos dos não-mortos que, em vez de devolverem os seus corpos à terra, ao fogo, ao ar ou à água para se decomporem na forma habitual, são animados pelo seu próprio ou por outro espírito de forma a beberem o sangue ou retirarem energia, bondade ou virtude dos vivos. Aqueles que foram mordidos e por isso infectados por um vampiro tornam-se também vampiros, quando são mortos. Os Vampiros são, assim, predadores da energia vital dos vivos e têm um interesse imenso em manter a sua própria meia-vida através daqueles métodos.

Na mitologia europeia os Vampiros regressam aos seus caixões de madrugada, quando o galo canta ou os sinos das igrejas tocam. Mas os Vampiros existem também em muitas outras mitologias, como na China, Malásia, Indonésia, África e o Novo Mundo.

Os métodos pelos quais nos podemos aperceber da presença de um Vampiro são o aparecimento súbito de gado morto, a anemia dos vivos ou cadáveres estranhamente ensanguentados em sepulturas abertas. Também existem uma série de métodos pelos quais se pode destruir um Vampiro, tais como a decapitação, queimar o seu corpo, o exorcismo e o velho pau espetado no coração; usar cruzes sagradas ao pescoço, esfregar alho nas narinas e outros remédios caseiros também são supostos repelentes de Vampiros, mas estes métodos não são infalíveis, sobretudo se o Vampiro professar uma fé diferente da nossa.

Investigações mais recentes têm associado o mito do Vampiro à figura histórica do príncipe transilvano do século XIV Vlad, cuja crueldade sanguinária para com os seus inimigos envolvia a prática de empalamento até à morte. Desde o aparecimento do famoso romance de Bram Stoker, Drácula, que os vampiros têm constituído um tema muitíssimo popular na ficção literária e cinematográfica.

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Short-Story: The window is open, The wind blows strong, She let him in, He sang a song. The bed is soft, The moon shines pale, He moved closer, She told him a tale. Time twists and turns, He never grows old, He knows not what, Makes him so cold. The only thing, Warm inside him, Flows in darkness, And then begins the dream. He longs for lips, He never touched, He feels no fear, Of being watched. She waits for someone, She never met, She’s not afraid, She’ll never regret. He feels her, She sees him, In their dreams, They have been. Lovers since ever, From the dawn of time, Friends forever, Till the end of life’s rhyme. And they have met, Endless times, And they have comitted, Countless crimes. No one knows, Where they go, No one suspects, What they know. They are one, And who would understand, No one cares, No one would give them a hand. And they know it’s meant to be, To wander in eternal darkness, Meeting only in eachother’s dreams, Feeding off their own madness.
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Verme
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Na tradição nórdica europeia, "verme" é o nome dado a vários tipos de dragões. Provém da língua antiga viking "wurm" ou "dragão". Normalmente os vermes têm corpos serpenteantes e chifres, escamas duras como aço libertam fogo da garganta e possuem presas afiadas.

Vivem nas profundezas da terra, guardando ciosamente velhas pedras preciosas e ouro ou então enrolam-se em torno de montanhas, devastando e aterrorizando regiões vizinhas.

O mais famoso dos antigos Vermes foi o do rei inimigo guerreiro Beowulf. Este Verme guardou ciosamente durante centenas de anos um tesouro, até que um escravo penetrou no seu covil enquanto ele dormia e fugiu com uma taça cheia de jóias. O Verme saciou a sua sede de vingança sobre o povo da região e o velho rei enfrentou-o na sua caverna e, com a ajuda do príncipe Wiglaf, conseguiu vencer o monstro que morreu, juntamente com Beowulf. Wiglaf enterrou o tesouro do Verme no túmulo do rei.

Outro herói famoso, Siegfried, também lutou com o Fafner, o guardião do amaldiçoado Anel dos Nibelungos. Siegfried escondeu-se num poço no exterior da caverna da criatura e, quando o monstro saiu, o herói cravou-lhe a espada na barriga, a única parte do corpo do Verme que é macia. Enquanto cozinhava o coração do Verme para Regin, Siegfried provou o sangue do monstro e passou a compreender a fala dos pássaros.
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Short-Story: Ergueu a minúscula serpente no ar, mostrando-a ao Verme. A gigantesca serpente levantou a cabeça, imponente e assustadora, as abas laterais abertas em sinal de ameaça e a língua cissiando e serpenteando para fora das mandíbulas, as longas e afiadas presas escorrendo veneno negro. Como se para marcar bem as suas intenções, acocorou-se e com a mão em forma de concha, apanhou uma mão cheia de serpentes miniatura da água, erguendo-a à altura do rosto. O Verme balançou a cabeça de um lado para o outro, cissiando cada vez mais alto, o que fez com que o lobo ganisse baixinho e largasse o conteúdo da bexiga em seu redor. Murmurou-lhe palavras suaves ao ouvido e continuou a erguer as serpentes no ar, o mais alto que conseguia, porque sabia que só a visão das crias em perigo apaziguaria os instintos assassinos do Verme. Depois, lentamente, levou uma delas à boca, com o indicador e o polegar da outra mão e trincou-a suavemente, sempre com os olhos fixos no Verme. Este mergulhou a cabeça para baixo e para a frente, lançando-a na sua direcção e estacando a escassos milímetros do seu rosto lívido. Escorria litros de veneno negro como sangue ao luar e o som dos seus silvos agudos ensurdecia-o, mas não moveu um único músculo do seu corpo, desafiando o monstro. O Verme cissiou uma última vez e num movimento reptilíneo brusco abocanhou o lobo pelo pescoço e regressou ao seu lugar. Muito bem, pensou, troca por troca. Estamos a ir no bom caminho.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

A FANTÁSTICA FAUNA DE ANDRÓMEDA

Unicórnio

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Solitário e selvagem, o Unicórnio é a mais solitária criatura da natureza. Cobiçado pelas qualidades medicinais do seu chifre mágico, este animal é frequentemente perseguido, mas raramente capturado vivo ou morto. Apesar de as características variarem nas diversas mitologias que o descrevem, existe uma que é comum a todas - existe sempre apenas um único Unicórnio no mundo, o que aumenta a mística em torno desta criatura extraordinária, perseguida por gerações de místicos que nela vêem o símbolo universal da iluminação e da transformação espiritual.
O Unicórnio é geralmente descrito como um pequeno cavalo branco ou prateado, com um comprido e gracioso chifre espiralado na testa. É suposto ter sido um dos animais do Jardim do Éden, que desapareceu durante o Dilúvio, e a magia do seu chifre, chamado "alicorne", purifica as águas venenosas. Era por isso procurado por reis e imperadores, que possuíam taças feitas do seu chifre para detectarem bebidas envenenadas. Para testar se o chifre era genuíno, desenhava-se um círculo na terra em seu redor e colocava-se um escorpião, uma aranha ou um lagarto no interior deste círculo. Se fosse genuíno, a criatura não conseguia escapar do círculo. Também se acreditava que o chifre tinha propriedades afrodisíacas e que conseguia prolongar a vida do seu portador.
O Unicórnio só podia ser capturado por uma virgem, que era colocada sozinha no meio da floresta, para o atrair. O seu encanto inocente fazia o Unicórnio aproximar-se, deitar a cabeça no seu colo e adormecer, altura em que podia então ser capturado. Em algumas descrições, a virgem teria de estar também nua ou amarrada a uma árvore.
O Unicórnio está também associado à Lua e representa a delicadeza, castidade, pureza, virgindade, força mental e realeza, sendo o seu chifre um símbolo do poder individual ilimitado. Na heráldica o Unicórnio surge frequentemente representado com o leão, simbolizando respectivamente as energias da Lua e do Sol.
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Short-Story: O Unicórnio parou subitamente no meio da orla da floresta. Uma poeira dourada envolvia-o e dançava nos reflexos do sol filtrados pela tarde sossegada. Não se ouvia vivalma, até os pitassilgos, sempre tão barulhentos, se haviam calado e nenhum habitante das inúmeras tocas que enchiam cantos musgosos, decrépitos troncos ocos de árvores e amontoados de pedras húmidas do orvalho crepuscular se atrevia sequer a espreitar. Ao longe os ouvidos apurados do minúsculo cavalo prateado distinguiam apenas o suave rumor do fio de água cristalina que escorria de uma cachoeira e salpicava os pequenos girinos de pele escorregadia e transparente.
Algo de errado se passava, pressentiu. Não pensou. Um Unicórnio utiliza pouco o seu pequeno cérebro. Não precisa. O chifre espiralado ardia-lhe na testa, como se instigando-o a agir. Virou a cabeça lentamente, a crina branca agitou-se no ar, e esfregou um dos cascos na terra cor de mel, levantando uma nuvem de poeira acobreada, com cheiro de chuva. Um ser de pele rosa pálido encontrava-se prostrado junto de uma árvore, a longa crina de cabelos loiros a tapar-lhe o focinho. Não era como ele, reparou imediatamente, uma vez que apenas se apoiava nas patas traseiras e as outras duas estavam amarradas ao tronco da árvore. Cheirou-a. O seu olfacto apurado detectou todas as secreções da mulher, desde a parte inferior dos braços, passando pelo colo e até aos montes torneados que escondiam o vale dos prazeres. Cheirou-lhe também outra coisa, a primeira em que um cavalo instintivamente repara - o medo. A criatura tremia, depois levantou a cabeça e esboçou um esgar com os lábios, enquanto os olhos se abriam muito e reflectiam a sua própria imagem nas pupilas. Sentia-se atraído para aquela visão alva, de cabelos dourados e teve de lutar consigo próprio para não se aproximar. Depois deu meia volta e desapareceu a trotar na escuridão verde, em direcção ao coração mais secreto da floresta. Cheirara também outra coisa nela, o odor adoçicado e intenso do suco do seu macho.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

A FANTÁSTICA FAUNA DE ANDRÓMEDA

Troll
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Troll significa "monstro" na antiga língua dos Vikings e estes seres são certamente monstruosos nas diversas formas que adoptam através da mitologia escandinava. São por vezes descritos como gigantes hostis, embora na literatura da Idade Média fossem frequentemente descritos como inimigos que utilizavam magia negra. Nos textos islandeses mais tardios e no folclore escandinavo, os Trolls são descritos como gigantescos e extraordinariamente feios. Vivem em cavernas nas montanhas e caçam humanos. Na Suécia e na Dinamarca são parecidos com ogres, com narizes enormes e corcundas, enquanto que na Noruega podem ser muito peludos e as fêmeas muito belas, com longos cabelos ruivos.
Os Trolls detestam barulho e podem ser assustados pelo toque dos sinos de igrejas. Costumam roubar mulheres e objectos e também podem ser canibais. São considerados excelentes ferreiros e podem fazer maravilhas pela capacidade auditiva, utilizando ervas e magia. Normalmente só são avistados entre o lusco-fusco e a madrugada e são transformados em pedra se iluminados pelo sol. Por este motivo, muitas pedras erguidas nos países nórdicos são consideradas Trolls petrificados.
Mais uma vez, também JRR Tolkien os utilizou na sua trilogia, fazendo com que um Troll gigantesco ataque a irmandade do anel nas minas de Moria, no primeiro episódio da saga.
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Short-Story: O Troll agarrou na mulher e fugiu, coxeando, a corcunda protuberante parecendo uma outra cabeça, de modo que com a mulher pendurada nas costas e na luz do lusco-fusco, a silhueta do monstro parecia ter não uma mas duas cabeças e uma enorme corcunda até à base da espinha, que esperneava e se debatia. Mas o Troll calculou mal os passos, talvez desorientado com a sua carga insurrecta e, ao virar a esquina, foi atingido por um dos derradeiros raios do Sol e ali ficou, instantaneamente petrificado, com uma corcunda-mulher debatendo-se nas suas costas, presa por um braço de pedra que lhe sufocava as artérias.
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Titã
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O nome Titã tem origem na mitologia Greco-Romana mas os seres titânicos encontram-se em quase todas as grandes mitologias do mundo, onde são identificados com forças elementares poderosas, causadoras de rupturas.
Na mitologia Greco-Romana os Titãs são os 12 filhos gigantes de Urano e Gaia. Os rapazes chamavam-se Céos, Cronos, Hipérion, Jápeto, Oceanus e Créos e as raparigas, Mnemosine, Febe, Reia, Tétis, Teia e Témis. Urano era também o pai dos Ciclopes e dos Hecatonquiros, ou gigantes de 100 mãos. Os últimos causaram-lhe tanta angústia, que Urano os empurrou de volta para o útero da sua mãe, a Terra. Por esta razão, Gaia convenceu os Titãs a imporem-se a Urano e estabelecer Cronos como o chefe de todos os deuses. Mais tarde, ajudaram Zeus a destronar Cronos. Quando os Titãs entraram em guerra com Zeus, este combateu-os com armas forjadas pelos Ciclopes, famosos metalúrgicos, e aprisionou todos no submundo do Tártaro, excepto Oceanus.
Os Titãs também provocavam relâmpagos e trovoadas, tremores de terra e vulcões.
Um segundo grupo de Titãs, muitas vezes confundido com os seus parentes gigantescos, reuniu-se para destruir o deus Dionísio. Este tentou escapar transformando-se em diversos outros seres, mas quando se transformou num touro os Titãs mataram-no e comeram-no. No entanto, a deusa Atena salvou o seu coração, que deu a comer a Zeus, permitindo que Dionísio renascesse da união de Zeus com Sémele. Zeus destruiu então este grupo de Titãs e das suas cinzas criou a humanidade, causando desta forma o aspecto benévolo/malévolo da natureza humana.
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Short-Story: A formiga rastejou até junto da planta soerguida do pé de Titã, trepou diligentemente por ele acima e deambulou uns tempos pelo calcanhar do gigante. Mas o mal estava feito. Titã sentiu uma comichão insuportável e teve de baixar o calcanhar, para raspar a base do pé na rocha fria e, ao fazê-lo, desequilibrou-se. O Mundo tremeu periclitantemente nas mãos poderosas do monstro, os seus braços dançaram lentamente pelo espaço, até que finalmente Titã conseguiu travar o eminente desastre algures entre a força combinada dos músculos dos seus ombros e costas. Mas o tempo dos Titãs é diferente do tempo do Mundo. E o que para aquele Titã foram apenas uns escassos minutos de agonia, foram muitos milhares de anos para o Mundo. Já há muito que Titã o recompôs nos seus braços. O Mundo, esse, ainda treme.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

A FANTÁSTICA FAUNA DE ANDRÓMEDA

Salamandra
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A Salamandra é um pequeno dragão de 4 patas, muito mais poderoso do que o seu tamanho faria supor. Este animal é tão frio, que extingue as chamas e produz a chamada "lã de Salamandra", um tecido mágico resistente ao fogo. É um dos mais mortíferos animais e destrói aldeias inteiras com o seu veneno.
Podemos encontrar as salamandras próximo do fogo. Procurando as chamas mais quentes, as salamandras rastejam para dentro das forjas dos ferreiros e quando o fogo se extingue, aqueles sabem que há uma salamandra na oficina. Terão de a caçar e destruir, antes de poderem reacender o fogo.
A Salamandra também pode ser vista junto dos vulcões, vivendo no calor da lava que escorre. Segrega um líquido leitoso da pele e da boca que, quando tocado, provoca a queda do cabelo e a descoloração da pele.
Para os alquimistas, a Salamandra é o espírito do Fogo, um agente essencial na transformação de um metal em ouro. Na heráldica, a figura é representada em chamas, significando coragem que não pode ser consumida pela adversidade.
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Short-Story: As Salamandras eram veneradas como deusas e a pira do Fogo Eterno era guardada por uma casta de sacerdotes consanguíneos, exóticos e deformados. Viviam, comiam e dormiam junto da pira do Fogo Eterno, atiçando-a para que nunca nela faltasse o alimento às pequenas deusas de pele luzidia e escorregadia. E por viverem sempre junto do fogo eterno, os sacerdotes tinham a pele tisnada e vermelha, escamada e luzidia, embebida em óleos perfumados que os protegiam da proximidade com as chamas. E eram chamados o Povo do Archote Sagrado. E todos temiam estes sacerdotes poderosos. Na verdade, toda a vida do reino revolvia em torno destes seres, metade homem, metade monstro.
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Sereia
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As Sereias são mulheres belíssimas da cintura para cima e peixes da cintura para baixo. Transportam um pente e um espelho consigo e são muitas vezes vistas a pentearem os longos cabelos e a cantar com irresistível doçura sentadas numa rocha perto do mar.
Mas as sereias têm um lado mais obscuro. Atraem jovens rapazes para a morte e a sua aparição prenuncia tempestades e desastres. De acordo com estas crenças, as sereias não só trazem infortúnios mas também os provocam, procurando avidamente vidas humanas, devorando homens ou afogando-os. Diz-se que nascem sem alma e a única forma de obterem uma é casando com um humano.
As sereias vivem num mundo marítimo submerso de grande esplendor e riqueza, mas podem assumir a forma humana, especialmente para visitarem mercados e feiras. Atraem frequentemente os marinheiros para a sua destruição e diz-se que reúnem as almas dos afogados em jaulas.
Há muitas explicações para a origem das sereias, mas a mais comummente aceite é a que fala em deusas pagãs representadas como metade humano-metade peixe e que evoluíram depois para a lenda da sereia.
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Short-Story: O garoto percorria a praia ululando ao mar, na linguagem que o pai lhe ensinara. O pai contava-lhe histórias de sereias, com corpos de mulheres, que atraíam os homens para os devorar nas profundezas. E por isso, quando o pai não voltou da faina naquele dia, o garoto assumiu que o haviam aprisionado lá em baixo, sob o terrífico rugido das ondas. Ululava ao vento e a sua vontade de trazer o pai de volta era tão grande, que os seus gritos se ouviam na aldeia e ninguém tinha coragem para o ir arrancar às asas do mar. E assim pai e filho foram aprisionados pelas sereias, um porque contava histórias, o outro porque as ouvia e nelas acreditava.
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Shadowfax
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"And there is one among them that might have been foaled in the morning of the world. The horses of the Nine cannot vie with him; tireless, swift as the flowing wind. Shadowfax they called him. By day his coat glistens like silver; and by night it is like a shade, and he passes unseen. Light is his footfall!"
JRR Tolkien - O Senhor dos Anéis
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Um dos cavalos da região de Rohan, na trilogia do Senhor dos Anéis, Shadowfax é o chefe dos Mearas - uma raça de cavalos selvagens da Terra Média, com uma inteligência e força extraordinárias, superiores aos outros cavalos, como os Elfos são superiores aos Humanos.
Shadowfax era uma garanhão prateado que entendia a fala dos homens. Era também destemido e podia correr mais depressa do que qualquer cavalo na Terra Média. Foi domado por Gandalf e foi-lhe oferecido como presente pelo Rei Théoden, dos Rohirrim, o povo dos cavalos. Nenhum homem podia domar Shadowfax pois ele não toleraria qualquer sela ou freio e apenas transportava Gandalf porque assim o desejava.
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Short-Story: E assim foi que o Senhor suprimiu a imaginação ao homem. Pois que teve ciúmes das suas criações maravilhosas. E quis que tudo perecesse, para que Shadowfax pudesse ser imortal. Pois que enquanto a obra de Tolkien sobrevivesse, o cavalo permaneceria mortal na Terra Média. E assim que fosse destruída, Shadowfax tornar-se-ia imortal e viria até junto de si.

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

A FANTÁSTICA FAUNA DE ANDRÓMEDA

Rumpelstiltskin
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Rumpelstiltskin é um personagem de conto de fadas originário da Alemanha, recolhido pelos Irmãos Grimm. A história de Rumpelstiltskin reza o seguinte: Para se fazer mais importante do que na realidade era, um moleiro mentiu ao rei e disse-lhe que a sua filha era capaz de tecer ouro a partir de palha. O rei chamou a rapariga, encerrou-a numa torre com palha e uma máquina de fiar e exigiu que ela produzisse ouro durante três dias, caso contrário seria executada. A pobre rapariga ficou desesperada e tinha perdido já qualquer esperança de salvação, quando um anão surgiu no quarto e teceu ouro a partir da palha, em troca do seu colar. Na noite seguinte Rumpelstiltskin pediu-lhe o anel. Na terceira noite, nada mais tendo para lhe oferecer, Rumpelstiltskin pediu-lhe o seu primeiro filho. A rapariga anuiu.
O rei ficou tão impressionado com a rapariga que permitiu o seu casamento com o príncipe, mas quando o primeiro filho nasceu, Rumpelstiltskin regressou para levá-lo como prometido. "Agora dá-me o que prometeste." A rapariga, agora rainha, assustada, ofereceu-lhe toda a riqueza que tinha, se pudesse manter a criança. O anão recusou mas finalmente concordou em esquecer a promessa, caso a rainha conseguisse adivinhar o seu nome daí a três dias. Na primeira tentativa, a rainha falhou. Mas na segunda noite, o seu mensageiro ouviu o anão a saltitar em redor de uma fogueira e a cantar.
"To-day do I bake, to-morrow I brew,
The day after that the queen's child comes in;
And oh! I am glad that nobody knew
That the name I am called is Rumpelstiltskin!"
Quando o anão regressou, a rainha adivinhou o seu nome e pôde manter o seu filho. Existem várias versões para o final da história, mas o mais conhecido é aquele em que Rumpelstiltskin, louco de raiva, bate com o pé no chão com tanta força que se enfia nele até à cintura e então, num arremesso de fúria incontrolável, pega no seu pé esquerdo e se parte a si próprio em duas metades. Noutras versões, a profundidade da cova é tão grande que o anão se afunda nela para nunca mais ser visto.
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Short-Story: Aladino esfregou a lamparina, mas em vez do génio esperado, apareceu um anão. Disse a Aladino que trocava três desejos por três tesouros que Aladino lhe pudesse oferecer. Aladino deu-lhe os brincos de pérolas que trazia pendurados nas orelhas e pediu riqueza eterna. Rumpelstiltskin fez surgir uma arca cheia de jóias e disse-lhe que a arca estaria constantemente cheia, não importava quantas vezes Aladino a esvaziasse. Depois Aladino ofereceu-lhe a adaga cravejada de pedras preciosas, que trazia à cintura, e pediu protecção contra todos os que lhe quisessem mal e todas as doenças que o pudessem vir a afligir. Rumpelstiltskin deu-lhe um pequeno frasco com um líquido verde fumegante e disse-lhe para beber uma gota do frasco todas as manhãs antes de sair de casa. Finalmente, Aladino lamentou não ter mais nada para oferecer. Rumpelstiltskin disse: "Tens, sim. A lamparina mágica. Quero-a." Aladino franziu o sobrolho e retorquiu: "Mas assim nunca mais poderei trazer-te de volta quando precisar. Ela é o bem mais precioso que tenho." Rumpelstiltskin respondeu: "Tens riqueza e saúde. Que mais podes precisar? Além do mais, falta um desejo. Escolhe-o bem, pois é o último." Aladino pensou uns momentos e entregou-lhe a lamparina. "Quero a lamparina mágica de Rumpelstiltskin." Furioso, o anão não teve outro remédio senão devolver-lhe a lamparina mágica. Antes de desaparecer numa nuvem de fumo encarnado, ainda gritou: "Não sei para que queres tu desejos. Tens o bem mais precioso que qualquer homem pode possuir - inteligência! Se a usares bem, poderás ter tudo o que desejares e não precisarás de lamparinas mágicas!"

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

A FANTÁSTICA FAUNA DE ANDRÓMEDA

Quetzalcoatl
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Nos mitos da América Central, o Quetzalcoatl é a Grande Serpente Emplumada das tradições do Toltecas e Aztecas. Ele é o deus do vento que representa o espírito liberto da matéria. É um regenerador e shaman, um deus da fertilidade e aquele que traz as artes e a civilização. Toma a forma de uma serpente emplumada com as penas coloridas da ave quetzal, em vez de escamas. É frequentemente visto na companhia de beija-flores, pois representam a nahua (a alma desencorporada).
Entende-se que Quetzalcoatl percorre o mundo inteiro como um vento, presidindo os assuntos espirituais. Ele é o filho de Mixcoatl, a Serpente das Nuvens; os seus irmãos são Camaxtli a encarnada, Tezcatlipoca o deus negro da noite e Huitzilopochtli. Os quatro irmãos guardavam as 4 direcções. O símbolo de Quetzalcoatl era a estrala da mnhã, Vénus, que era um dos seus 4 templos. Os outros eram a lua, o templo da medicina e o templo de Xipe Totec, cuja entrada era apenas permitida aos que possuíam ascendência pura Toltec. Na sua encarnação humana Quetzalcoatl usava um chapéu cónico encarnado, como uma concha do mar, símbolo do seu poder como divindade do vento, uma máscara de vento, uma camisa emplumada e um arco e lança.
Quetzalcoatl desceu à terra por uma escada de corda que se assemelhava a um chicote, embora ele não desejasse nenhum sacrifício. Dois outros deuses acompanharam-no para o assistirem na ordenação da civilização. Durante a primeira era do sol, Quetzalcoatl abateu o senhor Tezcatlipoca, transformando-o num jaguar que comeu os gigantes que estavam a apoderar-se da Terra, antes de o atirar ao mar, uma acção que é repetida sempre que a constelação Ursa Maior desce na direcção do mar. Na segunda era do sol, o deus do vento Tlaloc atacou Quetzalcoatl, criando um grande furacão, mas na quarta era do sol, foram criados 4 homens para assistirem Tezcatlipoca e Quetzalcoatl, que se tornaram então os senhores dos céus. O acto de lançar o seu filho Nanautzin, que fora concebido pela deusa Chalchiuhtlicue, ao fogo, causou a quinta era do sol. Tlaloc fez o mesmo com o seu filho, que se transformou na lua. Durante esta era Quetzalcoatl tornou-se uma águia atravessando o céu durante o dia e emergindo no submundo como um ocelote.
Nas lendas Quetzalcoatl era um homem de pele branca, o que fez com que os Aztecas julgassem que o invasor espanhol Cortez era uma incarnação desse deus.
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Short-Story: E na décima era do sol, Quetzalcoatl ergueu-se de novo nos céus e voou com as asas do condor. Atravessou os ventos e as tempestades e viajou para lá das primeiras estrelas e rodeou os astros com o seu vôo que tudo abraça. Mergulhou no sol e morreu com ele.
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Quimera
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A Quimera ("cobra" em grego) era um monstro que expelia fogo, com os poderes de 3 animais - a cabeça e a parte da frente de leão, o corpo de cabra e a parte de trás de dragão. Há quem diga que, além da cabeça de leão, tinha nas costas a cabeça de uma cabra e que a cauda terminava numa cabeça de serpente.
Esta criatura era uma das grotescas filhas da cobra-mulher Equidna e de Tífon, o espírito dos furacões. A partir da sua gruta, no reino de Lícia, na Ásia Menor, devastou a região até que o rei encarregou o herói Belerofonte da tarefa de matar o monstro. Sem saber como cumprir esta assustadora proeza, o herói consultou um vidente que lhe disse que a vitória seria sua se cavalgasse o cavalo alado Pégaso. Subjugado pela oferta divina do freio mágico de ouro que Atena tinha dado a Belerofonte e que ele usou para domar Pégaso, o cavalo transportou Belerofonte pelos céus até ao antro de Quimera. O monstro expeliu fogo quando o cavalo alado desceu sobre ele e Belerofonte enfiou uma lança com ponta de chumbo entre as suas mandíbulas abertas. Derretendo-se com o calor, o metal espalhou-se pelo corpo do monstro, matando-o imediatamente.
Há quem pense que a Quimera é um vulcão com o mesmo nome, com leões a viverem no seu cume ardente, cabras pastando nas suas verdes encostas e serpentes rastejando na sua base rochosa.
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Short-Story: Inspirei o ar circundante. Cheirava-me às entranhas de Quimera, a Besta que vive nas profundezas da montanha. Quimera estava prestes a acordar. Por baixo dos meus pés a terra roncava suave mas persistentemente. As serpentes saíam das suas tocas e enroscavam-se em redor das minhas pernas. As minhas palavras suaves evitavam que me mordessem os calcanhares. Em breve rastejariam encosta abaixo, seguindo o mesmo trajecto que as cabras já haviam tomado. Ouviam-se já os rugidos na montanha. Mas eu sentei-me no chão e aguardei pela explosão do monstro. Não tinha mais para onde ir.

sábado, 17 de janeiro de 2009

A FANTÁSTICA FAUNA DE ANDRÓMEDA

Pan
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Na mitologia grega, o deus Pan é o filho de Hermes e da ninfa Driope. Diz-se que o seu nome significa "Tudo" mas a raíz é a mesma encontrada nas palavras "pasto" e o Latim "panis" (pão). É essencialmente um guardião de rebanhos. Da cintura para cima tem a aparência de um homem com chifres na cabeça, mas a parte inferior do corpo é a de um bode peludo.
Viveu essencialmente em Arcadia onde guardava rebanhos, colmeias e manadas e tomava parte nas orgias dos Oreades. Seduziu várias ninfas, incluindo Eco e Eufémia e conhecia todas as Maenades de Dionísio. O viajante desprevenido pode ser tomado de pânico na presença de Pan, mas isto apenas acontece àqueles que abandonaram o seu instinto animal e se venderam à civilização.
Apesar da sua natureza selvagem, Pan era um patrono das artes, ensinando a Apolo a arte da profecia e a Hermes a arte de tocar flauta. De acordo com uma história contada por Plutarco no seu "Sobre o Silêncio dos Oráculos", um marinheiro chamado Tamus dirigia-se a Itália quando ouviu uma voz divina chamá-lo: "Quando chegares a casa, proclama a todos que o grande deus Pan está morto." Quando desembarcou e partilhou este estranho episódio, houve lamentos da população pela perda de um tão bondoso deus. Esta história, no entanto, pode dever-se a uma interpretação errada das lamentações que ocorreram ao longo da costa este do Mediterrâneo pela morte anual do deus Tammuz, amante de Ishtar/Inanna, por quem o lamento Thamus Pan-megas Tethence ("o grande Tammuz está morto") era entoado anualmente.
Não devemos acreditar tão facilmente que Pan está morto, embora nos devamos lembrar que, a não ser que cuidemos dos lugares selvagens, em breve ele não terá mais onde viver.
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Short-Story: O Deus Pan reflectiu e apontou os seus pensamentos. Não usava nem tinta, nem palavras, mas instinto. E os seus pensamentos ficaram gravados onde sempre pertenceram - no murmúrio suave da pulsante vida ininterrupta de todos os seres verdes. E as folhas e os caules e as pétalas e as gotas do orvalho e da chuva e dos riachos e a resina e o húmus entoam um sussurro em uníssono, entoam as palavras do grande Deus Pã: "Não tenhas medo de ser aquilo que és. Assim seja."
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Pégaso
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Quando o deus grego Poseidon se deitou com Medusa, Atena transformou-a num terrível monstro cujo olhar podia petrificar quem a observasse. Só Perseus conseguiu derrotá-la e, quando a decapitou, as sementes da sua união com Poseidon foram libertadas do seu corpo, transformando-se no guerreiro Crisaor e no cavalo alado Pégaso.
Pégaso tornou-se um favorito das Musas do Monte Helicon e criou o poço sagrado, Hipocrene, calcando o solo com os seus cascos. Tornou-se ainda ajudante do herói Belerofonte, que o procurou e domou lançando um freio de ouro em redor do seu pescoço, um presente da deusa Atena. Voando no dorso do cavalo, Belerofonte destruiu a Quimera.
Mais tarde, e depois de muito elogiado pelo seu feito, Belerofonte tornou-se demasiado arrogante e julgou-se um deus. Voou até ao Monte Olimpo, morada dos deuses, mas Zeus enviou um moscardo para picar Pégaso debaixo da cauda, o que fez com que o cavalo baixasse a traseira e deixasse cair Belerofonte. Este caiu na direcção da terra e aterrou num arbusto espinhoso, vagueando pelo mundo cego, defeituoso e amaldiçoado pela sua presunção, até morrer.
Pégaso permaneceu no Olimpo como o chefe dos raios e trovões de Zeus.
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Short-Story: O ser resfolegou e relinchou silenciosamente diante de si. O seu relinchar não era como o dos outros cocheiros do vento. Nem o seu trotar. Nem a sua crina. Nem o seu porte. E, no entanto, era em tudo semelhante aos outros. Mas todos os outros empalideciam perto daquele. Havia algo de portentoso sem qualquer altivez, de feroz sem intimidação, de liberdade sem revolta, de garbo sem nobreza. E Atena explicou-lhe que aquele era Pégaso, o Senhor do Vento. E Belerofonte entendeu, quando Pégaso fez descer suavemente a cabeça e as asas se lhe abriram no dorso, imensas como mantos de espuma, azuis como as vestes do céu, ondulantes como auroras boreais, incandescentes como rebanhos de estrelas, leves como os ventos de Eolo, belas como as madrugadas no Olimpo. E Belerofonte baixou instintivamente a sua cabeça e murmurou, quase como se em oração: "Eu te saúdo, ó incomparável Senhor dos Senhores do Vento."

domingo, 11 de janeiro de 2009

A FANTÁSTICA FAUNA DE ANDRÓMEDA

Oberon

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Oberon é o Rei das Fadas na literatura medieval. As suas origens são pouco claras, mas parece ter sido primeiro mencionado no romance medieval francês Huon de Bordeaux, onde é chamado Oberon e é descrito como um rei anão e, ou o irmão de Morgan le Fay ou o seu filho, resultado da união daquela com o Imperador Júlio César. De acordo com outro romance italiano, diz-se que ele é o Rei de Avalon e nesta versão, quando o Rei Artur é mortalmente ferido na sua última batalha, é levado até ao reino de Oberon e torna-se seu herdeiro. Outras fontes referem que Oberon é filho de Cefalónia, Rainha da Ilha Escondida e que no seu baptizado as fadas o presentearam com inúmeras oferendas, embora uma fada má o tivesse amaldiçoado com a sua estatura pequena.
Mas é através da literatura que Oberon é mais conhecido. O poeta Edmund Spenser descreve-o como o pai de Gloriana no seu poema The Faerie Queene e Shakespeare imortalizou-o na peça Sonho de Uma Noite de Verão, onde é alto e belo, em vez de anão.
Os viajantes que deambulem pelos caminhos escondidos das florestas do Norte da Europa, podem encontrá-lo pelo caminho. Oberon tentará distraí-los com conversa e fazê-los perderem-se. Se responderem, perder-se-ão para sempre; se permanecerem silenciosos, Oberon fará com que chova e caia granizo e um grande rio negro surgirá no caminho. No entanto, isto não passa de uma ilusão e pode escapar-se-lhe caso o viajante tenha a coragem de atravessar esse rio.
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Short-Story: O viajante estacou subitamente. Diante de si erguia-se um jovem e esbelto mancebo, de semblante agradável e sorridente. Trajava de modo simples e não era muito alto, pelo que o viajante calculou a sua idade pelas vinte primaveras. "Está um belo sol!", afirmou o jovem. O viajante limitou-se a acentir com a cabeça. "Para onde te diriges, ó caminhante, se é que o podes revelar?" O viajante apontou para trás do seu interlocutor com o dedo indicador. O jovem piscou os olhos, continuou a sorrir e insistiu "E tendes com que te agasalhar? Dizem que trovejará esta noite. Os caminhos não são seguros por estas bandas." O viajante mostrou-lhe o embrulho que carregava debaixo do braço e que não era mais do que um manto espesso de pele de urso castanho. O jovem afastou-se, finalmente e, com um sorriso travesso a bailar no olhar, fez uma vénia e disse: "Prossegue então, viajante. Respondeste-me, mas sem proferires qualquer palavra. Se me tivesses ignorado, faria com que o Rio Negro de Avalon engolisse o teu caminho e o teu destino. Se me tivesses respondido com a garganta, não terias melhor sorte e deambularias eternamente na Floresta Cinzenta. Mas mostras cautela e intelecto, onde outros se fizeram prisioneiros da pressa e da emoção. Vai e não mais regresses por estes caminhos. Oberon só admite clemência por uma vez, quando o adversário se mostra à altura."
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Orc
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Muitos poderão ficar surpreendidos ao saberem que os Orcs não foram inventados por J.R.R. Tolkien, na sua trilogia d'O Senhor dos Anéis. Antes disso já tinham sido mencionados pelo profético poeta William Blake, que os descreveu como servidores do demónio. Porém, têm uma encarnação ainda mais antiga no mundo clássico, onde são discutidos pelo naturalista romano Plínio, o Velho, que refere o Orc como um inimigo natural da baleia, descrevendo-o como uma enorme massa de carne armada de dentes. Uma destas criaturas foi vista em Ostia durante o reinado do Imperador Cláudio, quando se banqueteou com uma carga de peles de animais que caiu de um dos navios do imperador. Mais tarde, os Saxões referem-se aos Orcs como poderosos espíritos da Terra. Surgem novamente no poema épico medieval escrito por Ariosto, "Orlando Furioso", como a Besta, num episódio que conta a história de Perseus e Andrómeda - nele o herói Rogero salva a bela Angelica da morte certa à mercê de um Orc:
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Yet with his spear in hand, though not in rest,
The ugly Orke upon the brow he strake,
(I call him Orke, because I know no beast,
Nor fish from whence comparison to take)
His head and teeth were like a boar, the rest
A mass, of which I know not what to make.
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No final, Orlando mata a criatura colocando uma âncora entre as suas mandíbulas, para que estas se abram e ele ataque do interior.
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Short-Story: E no entanto, um sobreviveu. Porque de todos era o mais inteligente. E com a sua resistência e a sua lança percorreu os caminhos de Mordor, para lá do Rio do Fogo e não descansou enquanto não encontrou o Anel Escondido de Lemler. Recordou as palavras do seu Amo:
"Quando todos tiverem perecido
E tudo te parecer perdido
Vai e procura
No berço das chamas de Mordor
Lá, onde nenhuma criatura ousará habitar sequer em pensamento
Nem Elfo, nem Anão, nem Hobbit, nem Humano
Vai, Servo Invencível, e procura
O Anel Escondido de Lemler
O Anel que a todos há-de sobreviver
O Anel que a todos fará perecer
O Anel com que Sauron tornará a reviver
O Anel do Eterno Poder
inspirei-me em personagens e lugares d'O Senhor dos Anéis

sábado, 3 de janeiro de 2009

A FANTÁSTICA FAUNA DE ANDRÓMEDA

Nessie
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O famoso monstro aquático escocês, O Monstro de Loch Ness, afectivamente conhecido como Nessie, teve a sua primeira aparição no livro escrito pelo monge irlandês do século VI, S. Columba, que fundou o mosteiro de Iona. Nele, o santo designa o monstro de "aquatilis bestia", que parece ser a tradução latina do termo gaélico "Piast" - que significa monstro aquático.
Na actualidade o monstro atrai muitas atenções, com dezenas de turistas a acorrerem ao Lago Ness todos os anos, na esperança de avistarem o famoso perfil ondulado de Nessie. Os muitos avistamentos reportados falam de um corpo com cerca de 9 metros de comprimento, com curvas que ondulam à superfície da água e ocasionalmente a cabeça de enguia ou serpente é também avistada. Várias equipas de cientistas, naturalistas e cripto-zoológos têm monitorizado o lago, utilizando radares e ultra-sons para detectar qualquer movimento. Argumentos pre-históricos citam o plesiosauro como uma possível origem do monstro.
Nessie é bem capaz de ser o único monstro aquático que possui um site inteiramente seu na internet. Foram também realizados muitos filmes com Nessie como protagonista.
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Short-Story: Sorriu e guardou cuidadosamente o filme dentro da mochila. O engodo era perfeito. Este seria O Filme, aquele que o mundo acolheria como a prova definitiva da existência do Monstro. Os anos que passara na escola de cinema afinal sempre tinham servido para alguma coisa. Podiam vir todos os peritos de imagem com os seus métodos de detecção mais avançados. Era impossível detectarem qualquer anormalidade. E depois, a fama, o sucesso, o dinheiro, todos quereriam entrevistas, documentários, aparições em talk-shows. E talvez então pudesse realizar os filmes que sempre sonhara. Virou-se e deu uma última olhadela ao lago. Destruira todas as provas da sua armação. As águas estavam quietas e cálidas, nem um murmúrio. Mas então ... que raio era aquela forma ondulada lá ao fundo que acabava de emergir e logo a seguir desaparecer na superfície calma? Pegou nos binóculos e avançou pela lama escorregadia da margem do lago, atarantado. E viu-o de novo. Deus do céu! Seria possível? Deslizou mais um pouco, na ânsia de ver com mais nitidez a silhueta ondulada que acabava de reaparecer à superfície. Seria possível?... Piscou os olhos e escorregou fatalmente, desequilibrando-se. A mochila pendurada no pulso deslizou irremediavelmente na direcção das águas profundas e afundou-se. Caiu de rabo na lama e ali ficou, os binóculos pregados aos olhos. O Monstro desapareceu silenciosamente e não mais se fez avistar. Perdera o seu filme. Perdera a preciosa câmara. E perdera tudo. Ninguém iria acreditar no que os seus olhos tinham visto.
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Ninfa
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A palavra "ninfa" significa "noiva" ou uma mulher em estado casadoiro.
As Ninfas são espíritos femininos ou semi-divindades, todas provenientes da grande deusa Gaia. Gaia criou as montanhas, cujos vales as Ninfas adoram percorrer.
Das Meliae, ou Ninfas de Cinza, que originaram das gotas de sangue que Uranus verteu quando foi castrado, resultou uma raça de homens fortes.
As Ninfas costumam viver em habitats naturais e associam-se aos locais onde vivem, que também protegem. Como mulheres jovens e belas, também estão associadas a deuses como Pan, Hermes, Apolo, Dionísio e Artemisia - todas elas divindades que recorrem a lugares selvagens e secretos. São frequentemente vistas na companhia de sátiros.
As Ninfas dividem-se de acordo com os locais onde habitam - são divididas em ordens tais como as Driades, Hamadriades, Meliae, Naiades, Nereides, Oceanidas e Oreades.
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Short-Story: A Ninfa mais velha olhou a ninfa mais nova e suspirou. "Estás apaixonada, minha querida?" A outra não respondeu. Apenas soluçou silensiosamente. "Mas não sabes tu que o deus dos cascos se deita com todas e não retém nenhuma no seu coração?" As lágrimas pingaram no rosto rosado de veludo. "Minha querida, de que matéria és tu feita, que nem pareces nossa? Não somos de ninguém, não retemos ninguém, somos de todos e o todo é de nós. Assim são as leis de Gaia. O amor é para os humanos." "Talvez eu seja mais humana, que divina, nesse caso. A ideia de partilhá-lo revolta-me as entranhas." A mais velha suspirou novamente. "Terás então de nos abandonar. Para o bem de todos. Parte e junta-te aos seres menores. Talvez então entendas como o amor é carrasco e porque aqui não queremos nada com ele. Vai. E não regresses."

domingo, 28 de dezembro de 2008

A FANTÁSTICA FAUNA DE ANDRÓMEDA

Mandrágora
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A mandrágora é uma planta. Porque contém alcalóides alucinogénicos e as suas raízes bifurcadas se assemelham muitas vezes à figura humana, a mandrágora tem sido desde há muito associada à prática de magia.
De acordo com a lenda, quando a raíz é arrancada, grita e mata todos os que a ouvirem.
Em muitos países acreditava-se que uma mandrágora cresceria no local onde o sémen de um homem enforcado pingasse; isto justificaria os métodos empregues pelos alquimistas que "aplicavam a semente humana na terra animal".
Na série de Harry Potter, a autora aproveitou a lenda para apresentar a mandrágora como uma planta que os alunos devem aprender a arrancar e transplantar para outro vaso, usando sempre protectores auriculares para evitar os seus gritos estridentes.
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Short-Story: Consultaria a mandrágora, pensou. Era sempre o cabo dos trabalhos, claro, mas valia a pena. Claro que primeiro teria de ouvir um chorrilho de insultos berrados a plenos pulmões, quando a desenterrasse. Possuía os encantamentos necessários para se escudar. E quando ela acalmasse, sacar-lhe-ia os segredos que circulavam no interior da terra, por entre os interstícios das raízes ancestrais. Saberia se os exércitos se aproximavam e a que distância estariam. E ganharia um trunfo de ouro perante a rainha. Um trunfo que lhe daria o poder com que nenhum exército seria capaz de rivalizar.
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Medusa
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A Medusa é uma das Górgonas, três irmãs transformadas em monstros pela deusa Atena depois de Poseidon (ou Neptuno) ter violado Medusa, num dos templos sagrados de Atena. São descritas como semelhantes a mulheres mas com asas de morcego, enormes caninos protuberando da boca e serpentes como cabelo.
Medusa tem também garras nas mãos, feitas de metal. Qualquer mortal que olhasse o seu rosto era instantameamente transformado em pedra. Ao contrário das irmãs, Euríale e Esteno, Medusa era mortal e encontrou o seu fim às mãos de Perseus, que a decapitou enquanto ela dormia. Do seu sangue derramado nasceram a monstruosa Crisaor e o cavalo alado Pégaso. Embora perseguido pelas irmãs de Medusa, Perseus escapou e acabou por utilizar a cabeça decapitada para petrificar os seus inimigos.
O nome Medusa significa "regente" ou "rainha" e a sua aparência era por vezes também representada como um cavalo alado ou como o corpo de uma mulher com pernas traseiras de cavalo, como um centauro, mas com asas na cabeça, em vez de serpentes.
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Short-Story: "Medusa, qual é a tua resolução para o século XXI?" - perguntou-lhe Zeus. "Libertarei da fria pedra todos quantos me olharam." Zeus revirou os olhos e suspirou, resignado, pensando para com o seu raio "Oh não! Por mim próprio! Como se não houvesse já confusão suficiente no mundo ..." e começou a contar pelos dedos as estátuas que havia lá em baixo ...

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

A FANTÁSTICA FAUNA DE ANDRÓMEDA

Lâmia
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Monstro do deserto líbio, a Lâmia devora crianças e atrai os homens para a morte.
A criatura mais conhecida desta espécie é um animal de 4 patas com cabeça e seios de mulher, um corpo com escamas como um dragão e uma longa cauda de cavalo. As patas da frente têm garras como os ursos e as de trás cascos como uma cabra.
Diz-se que esta Lâmia é uma das criaturas mais velozes, capaz de perseguir e capturar qualquer presa. Mata também à traição. Com a doçura da sua voz, atrai para perto os viajantes do deserto e mata-os. O animal viaja também para o mar nas margens do deserto e fica à espreita para atacar os marinheiros naufragados que vagueiam na praia.
A primeira Lâmia era uma bela rainha líbia, amada por Zeus, de quem teve muitos filhos. Zeus escondeu-a da mulher Hera, numa caverna em África, onde lhe pediu que deixasse os seus olhos todas as noites lá fora, de guarda, enquanto dormia. Mas Hera encontrou-a e, enraivecida pelo ciúme, a deusa assassinou os filhos gerados pelo seu divino esposo. Incapaz de se vingar sozinha dos deuses, a Lâmia assassinava crianças mortais como vingança.
O seu rosto tornou-se horrendo, como um pesadelo. Podia arrancar os seus próprios olhos e voltar a colocá-los nas suas órbitas. Outras Lâmias, assumindo a forma de mulheres, são famosas por atraírem os homens a deitarem-se com elas para lhes sugarem o sangue. Outras ainda têm forma de mulher acima da cintura e de serpente da cintura para baixo. Estas são aparentadas com a Sereia grega.
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Short-Story: Gostava de brincar com eles. A mãe ralhava e pedia-lhe que nunca mostrasse aquilo a ninguém. Gostava de se ver a si própria agachada, enquanto os olhos rolavam no tapete como berlindes. Ela não sabia, mas um dia haveriam de ser muito úteis.
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Lobisomem
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Um Lobisomem é um homem que tem a capacidade de se transformar num lobo, embora o termo também possa ser utilizado genericamente para descrever um ser humano que se transforma noutro animal sob a influência de feitiçaria ou encantamentos. Os lobisomens agem exactamente como um lobo enquanto estão sob essa forma e caçarão qualquer outro homem ou animal.
Um homem pode transformar-se num lobisomem se for amaldiçoado, encantado, se dormir sob a luz da lua cheia, se for concebido na lua nova, se comer carne de lobo, se beber onde os lobos tiverem bebido ou se envergar a pele de um lobo. O efeito ocorre durante as horas de escuridão e os lobisomens escondem a sua pele e as suas actividades durante o dia. Uma vez transformado em lobisomem é muito difícil reverter o encantamento. Ser atingido por uma bala de prata ou uma seta costumam surtir efeito.
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Short-Story: Na aldeia chamavam-no o homem lobo. Porque passava dias e noites a estudá-los. O que não sabiam era que dominara até o estudo dos diferentes uivos e que era capaz de manter conversações inteiras com eles. E que não era capaz de se ausentar sem se despedir convenientemente. A noite seria longa. Os uivos prolongados. Mas ninguém se ausenta de um amigo sem uma explicação, certo?
Baseado numa reportagem lida há anos sobre um biólogo português, que estuda e ajuda a proteger o lobo ibérico e cujo nome, infelizmente, não fixei

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

A FANTÁSTICA FAUNA DE ANDRÓMEDA

Karkadan
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Semelhante a um touro, o Karkadan possui um longo e curvilíneo chifre na testa. Este chifre é tão mortífero, o seu hálito tão mau e o seu rugido tão ameaçador que infunde o terror em quase todas as criaturas vivas.
Entre os animais selvagens, apenas o elefante faz frente ao Karkadan. Para vencer o seu inimigo, a criatura de um só chifre tem que evitar a tromba serpenteante que consegue erguer no ar até um Karkadan e lançá-lo ao solo. Ataca o elefante por baixo, mergulhando o chifre na barriga do animal, mas o corpulento elefante cai morto sobre o chifre, cegando o Karkadan, que fica assim indefeso.
Diz-se que o herói persa Iskandar, ou Alexandre o Grande para os ocidentais, foi o primeiro homem a subjugar um Karkadan. Como conta a lenda, o futuro conquistador do mundo era ainda adolescente quando ofertaram um Karkadan ao seu pai, Filipe da Macedónia. Filipe ofereceu o animal e um prémio em ouro a quem conseguisse montá-lo. Outros tentaram em vão, procurando dominar o animal, mas quando Iskandar falou com ele suavemente, o Karkadan ajoelhou-se diante dele.
Este violento animal podia também permanecer horas deitado deliciando-se com o canto do pombo-torcaz.
O chifre do Karkadan pode ser transformado em cabos para facas que ressoam na presença de veneno.
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Short-Story: Todos haviam perdido a luta, claro. Ou não sabiam que com um karkadan não se luta? Sentou-se no meio da arena e esperou que o animal desse pela sua presença. Quando este começou a resfolegar fumo azulado das narinas, retirou o pombo do interior da capa. O pombo começou a cantar e o karkadan deixou-se cair pesadamente no chão, estremecendo tudo à sua volta. Cemicerrou os olhos e assim se quedou, meio adormecido. Os aplausos ressoaram em redor da arena. Mas ela não aplaudiu, ele reparou. Em vez disso, deu meia volta e lançou a capa raivosamente atrás de si, enquanto abandonava a tribuna real. Agora sim, teria de lutar pelo prémio conquistado, com uma fera bem mais perigosa que o karkadan ... e não haveria pombo que o viesse socorrer ...

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

A FANTÁSTICA FAUNA DE ANDRÓMEDA

Incubo
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As crenças clericais medievais acreditavam que o Incubo era um espírito masculino que se deita com as mulheres à noite, provocando a sua luxúria. De acordo com as lendas anglo-saxónicas, Merlim é filho de uma união desta natureza. A sua mãe recusou-se a revelar quem se tinha deitado com ela e começaram a surgir histórias de que o seu visitante nocturno era na realidade um demónio.
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A fêmea do Incubo é a Súcubo, que também se acreditava ser um espírito feminino que vinha deitar-se com os homens à noite. A súcubo era suposto ser a causa dos chamados "sonhos molhados" e estava também por vezes associada aos pesadelos.
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Short-Story: Deitou-se. Sentiu aquela sensação estranha, que já antes experimentara. Um desejo, uma vontade inexplicáveis. O roçar inadvertido das próprias mãos no corpo, sobre o hábito negro, acelerava-lhe o coração. Uma excitação no peito e ao mesmo tempo medo. Ele viria, a meio da noite e fá-la-ia arfar de prazer. Uma presença invisível. Era estranho. Coincidia sempre com as visitas daquele monge ao convento. Havia algo que a atraía e ao mesmo tempo a repelia nele. E por isso, talvez, os demónios a quisessem tentar. Ou os anjos castigar ...
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terça-feira, 2 de dezembro de 2008

A FANTÁSTICA FAUNA DE ANDRÓMEDA

Hipocampo
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O Hipocampo tem a cabeça e patas dianteiras de cavalo, a parte inferior do corpo com escamas de peixe e a cauda de golfinho. Pode ainda ter patas dianteiras com membrana interdigital em vez de cascos e uma barbatana em vez de crina. Alguns têm asas, tal qual Pégaso, ou até um corno como o Unicórnio. Todos vivem nos grandes oceanos do mundo.
Os hipocampos puxavam o cavalo do deus do mar Poseidon (ou Neptuno na mitologia romana) e as suas filhas, as Nereidas, cavalgavam nas suas costas. Quando o deus batia na água com o seu tridente, levantando os ventos, os cavalos do mar pareciam ondas de espuma, cavalgando para a costa.
Se o estômago do Hipocampo que comeu algas venenosas for dissolvido em vinho, todos os que beberem este vinho ficarão com convulsões. Os que sobreviverem perderão a memória e mergulharão na loucura. Ansiando por estar próximo da água, caminharão para o mar e vaguearão ao longo da praia.
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Short-Story: Relinchou docemente. O mar convidava-o a entrar. Seria uma viagem sem regresso. Não mais poderia cavalgar sobre a terra. Deixou que as ondas lhe banhassem os cascos e sentiu uma dor aguda. As barbatanas começavam a nascer. E avançou. Para o mundo do silêncio e da liberdade.
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Hidra
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A monstruosa Hidra, ou Serpente da Água (em grego) é um dragão com muitas cabeças. Assim que uma delas é destruída, outras nascem no seu lugar.
A mais famosa das Hidras foi a de Lerna, irmã de Cerberus, uma das muitas abominações criadas por Equidna e Tífon. Vivia nos pântanos, envenenando o ar com a sua respiração e fazendo estragos na região circundante. Uma das cabeças, feita de ouro, era imortal e não podia ser destruída.
Foi esta que o rei Euristeu ordenou a Hércules que matasse, como o segundo dos seus 12 trabalhos. Hércules atacou a Hidra com a sua clava, mas, por cada cabeça que esmagava, outras se erguiam para o atacar. Em desespero, Hércules pediu ajuda ao seu cocheiro, Jolan, que correu com tochas a arder e quando Hércules cortava uma das cabeças, Jolan queimava o coto com o fogo, o que impedia que voltassem a crescer mais no seu lugar. Finalmente, Hércules conseguiu cortar a última cabeça, a imortal e enterrou-a debaixo de uma pedra, onde ainda hoje se ouve sibilar.
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Short-Story: Perseguiu a borboleta pelo jardim fora, a correr e a rir. A mãe estava no topo das escadas a regar algumas plantas. O mundo era seguro e belo. Tropeçou numa pedra e caiu. Ouviu sibilar atrás de si, levemente. Pareceu-lhe ver uma língua bifurcada a escapulir-se rapidamente por debaixo da pedra. Haveria de se lembrar sempre daquele dia, mas não por causa da borboleta ou da mãe ou das flores perfumadas. Aquele foi o dia em que o seu mundo deixou de ser seguro e belo.