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domingo, 16 de maio de 2010

AS TRIBOS DE ANDRÓMEDA

Yamana
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Os Yaghan, também chamados Yagán, Yahgan, Yámana ou Yamana, são o povo indígena das ilhas a sul da Ilha Grande da Terra do Fogo, que se estende até ao Cabo Horn.
Os Yaghan eram nómadas, que viajavam em canoas entre as ilhas, para recolherem alimentos. Os homens caçavam leões marinhos, e as mulheres mergulhavam para apanhar marisco. Não usavam roupas até ao seu contacto com os Europeus. Mantinham-se quentes utilizando fogueiras, mesmo nas próprias embarcações. Aliás, a expressão Terra do Fogo foi dada pelos europeus precisamente por causa deste costume. Para além disso utilizavam as formações rochosas para se abrigarem e usavam gordura dos animais na pele. Ao longo do tempo desenvolveram metabolismos mais rápidos do que o comum, que lhes permitiam gerar mais calor corporal interno e também a sua habitual posição de repouso era agachada, o que reduzia a superfície de contacto com o exterior, conservando mais calor.
É possível que os Yaghan tenham sido empurrados para esta área inóspita por inimigos, mas o que é certo é que eram completamente indiferentes às condições atmosféricas agrestes, quer no exterior, quer dentro de água, pois as mulheres mergulhavam nuas em temperaturas da ordem dos 8º Celsius.
Ironicamente foram as doenças trazidas pelos Europeus que reduziram a já escassa população de 3000 indivíduos. E os Yaghan usavam este estratagema para enganarem os missionários, "adoeçendo" sempre que eram obrigados a colocar roupa. Na década de 1920 foi feita uma tentativa de preservar a tribo, recolocando-os na Ilha Keppel, nas Falklands, mas as mortes continuaram a ocorrer. A penúltima Yaghan pura morreu em 2005, chamava-se Emelinda Acuña. A última Yaghan pura é a "Abuela" Cristina Calderón que é também o último membro que ainda fala a língua Yaghan nativa.
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O colibri era reverenciado pelos Yaghan. Esta ave aparece no seu mito da criação, bem como noutras histórias da mitologia da tribo. Também o albatroz está presente na sua mitologia.
Os Yaghan têm mitos dualísticos, com a presença de dois irmãos, frequentemente em oposição um ao outro, representando leis opostas.
Era suposto os shamans da tribo possuírem poderes sobrenaturais, controlando, por exemplo, as condições meteorológicas. Acreditava-se que o shaman realizava estas proezas enquanto sonhava, permanecendo o seu corpo imóvel durante o sono, enquanto a sua mente viajava e praticava actos fantásticos.
Existe uma crença na tribo curiosa: no passado eram as mulheres que governavam os homens. A presente situação, o domínio dos homens, crê-se que se deva a uma revolta daqueles.
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= FIM =
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P.S. Este ABC foi dedicado à minha Abuelita chilena, Carolina Violeta, descendente de índios :)

sexta-feira, 7 de maio de 2010

AS TRIBOS DE ANDRÓMEDA

Yanomani
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Povo constituído por diversos grupos cujas línguas pertencem à mesma família. Denominada anteriormente Xiriâna, Xirianá e Waiká, a família Yanomami abrange as línguas Yanomami, falada na maior extensão territorial, Yanomám ou Yanomá, Sanumá e Ninam ou Yanam, as quatro com vários dialectos.
Os Yanomami vivem no oeste de Roraima, no norte do Amazonas e na Venezuela, num total de 20 mil índios. É o último povo indígena das Américas que conseguiu sobreviver mantendo o seu património cultural e social. Os seus membros, 7822 indivíduos, vivem dos dois lados da fronteira entre o Brasil e a Venezuela, próximo do Pico da Neblina.
Os Yanomami abrem várias trilhas para ligar as diferentes aldeias com as áreas de caça, os acampamentos de verão e as roças recentes e antigas. Todos os elementos da tribo vivem numa grande casa colectiva e as crianças ocupam um lugar de destaque, sendo as suas necessidades prontamente atendidas e os seus pedidos sempre tomados em consideração. Embora haja um intercâmbio frequente de mulheres e produtos, cada uma das aldeias tem completa autonomia política e administrativa.
Os garimpeiros disputavam as suas terras desde 1987, atraídos pelas grandes reservas de diamante, ouro, cassiterita e urânio, colocando em risco a sobrevivência do povo Yanomami. Em 1990, o governo brasileiro adoptou medidas de protecção às terras indígenas, iniciando a retirada dos garimpeiros.
Muitos Yanomani são guerreiros ferozes. É costume capturarem mulheres de outras aldeias, de forma a maximizarem o seu sucesso reprodutivo. Também as aldeias entram em guerra por muitas razões e esta faz parte integrante da vida dos Yanomani. Cerca de 40% dos adultos masculinos já matou outra pessoa e cerca de 25% dos adultos masculinos morrerão de alguma forma de violência.
O comércio entre os Yanomani impede muitas vezes a ocorrência de guerras, uma vez que quando uma aldeia possui bens que outra aldeia cobiça, estes podem ser trocados por mulheres.
Os arranjos matrimoniais são vitais para forjar alianças e também para manter a paz entre as famílias. A maioria das mulheres tem casamentos pré-combinados e casam muito novas. O casamento preferido pelos Yanomani é o "casamento bilateral entre primos", que ajuda a vincular relações fortes entre famílias e aldeias.
Os Yanomani dividem-se em Povo da Floresta - Caçadores - e Povo do Rio - Pescadores. O Povo do Rio é muito mais sedentário e subsiste através da pesca e do comércio de bens como canoas e anzóis. O Povo da Floresta é constituído por horticultores, caçadores e recolectores.
O facto de a maioria dos Yanomani viverem bem no interior da selva amazónica, tem sido muito significativo para a sua sobrevivência. Uma vez que a maioria dos invasores tem viajado através dos grandes rios, os Yanomani têm conseguido viver em isolamento até muito recentemente. Assim, têm conseguido preservar a sua cultura e identidade, perdida por muitas outras tribos da Amazónia.
Até 1980 os Yanomani tinam muito pouco contacto com o mundo exterior. Mas a partir dessa década foi descoberto ouro no seu território, o que levou a uma invasão ilegal de milhares de mineiros ao seu território. O ruído das máquinas e aviões afuguentou grande parte da caça necessária à sobrevivência dos Yanomani. O mercúrio usado para separar o ouro da rocha infectou as águas dos rios, destruindo eco-sistemas inteiros, incluindo a saúde das crianças, cujo desenvolvimento é afectado. Afectados pelo álcool e pelas doenças trazidas pelos mineiros, os Yanomani viram-se privados da caça e reduzidos a pedir esmola ou trocar sexo por alimentos. O governo brasileiro continua a tentar reduzir ao máximo o território dos Yanomani, de forma a poder aproveitar os seus riquíssimos depósitos minerais.
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Os Yanomami acreditam que os mundos natural e espiritual constituem uma força unificada; a natureza cria tudo e é sagrada. Acreditam que o seu destino, e o destino de todos os povos, está intrinsecamente relacionado com o destino do ambiente; com a sua destruição, a humanidade está a cometer suicídio.
Os Yanomani queimam os seus mortos e comem as suas cinzas. Eles acreditam que os espíritos, que podem ser bons ou maus, habitam as plantas e os animais.

quarta-feira, 28 de abril de 2010

AS TRIBOS DE ANDRÓMEDA

Tuareg
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Tuareg é um termo usado para identificar numerosos grupos diversos de pessoas que partilham uma língua e história comuns.
As caravanas de camelos dos Tuareg desempenharam o papel principal no comércio do Sahara até meados do século XX, quando as linhas ferroviárias e os camiões europeus levaram a dianteira. Durante milhares de anos, a economia dos Tuareg gravitou em redor deste comércio. Existiam 5 rotas de comércio que se extendiam através do deserto, desde a costa Mediterrânica africana até às grandes cidades na ponta sul do Sahara. Os mercadores Tuareg eram responsáveis pelo transporte de mercadorias desde estas cidades até ao norte. Devido à natureza do transporte e ao espaço limitado disponível nas caravanas, os Tuareg comercializavam normalmente produtos de luxo que ocupavam pouco espaço e capazes de grande lucro. Também eram responsáveis pelo transporte de escravos para o norte desde a África ocidental, para serem vendidos a Europeus e Asiáticos.
A história dos Tuareg começa na África do Norte, onde a sua presença foi registada por Herodoto. Muitos grupos se moveram entretanto para as regiões do sul, ao longo dos últimos 2000 anos, em resultado das pressões do norte e da promessa de terrenos mais férteis no sul.
Hoje em dia os Tuareg vivem em comunidade sedentárias, nas cidades fronteiras ao Sahara que foram em tempos os grandes centros de comércio da África ocidental. Embora a maioria dos Tuareg pratique alguma forma de Islamismo, não são considerados árabes.
Historicamente, a sociedade dos Tuareg encontrava-se dividida entre aqueles que trabalhavam a terra e os outros. Numa determinada época, trabalhar a terra era considerado digno apenas das classes mais baixas, enquanto as classes mais altas se envolviam no comércio.
Habitualmente grupos de Tuareg sedentários prometiam apoiar um determinado chefe eleito localmente que, por sua vez, reportava ao nobre que dominava a aldeia. Ao longo do tempo, no entanto, estes agricultores sedentários conseguiram acumular riqueza à medida que as rotas trans-Saharianas diminuiam de importância. Também lhes era dado estatuto político pelas administrações coloniais e pós-coloniais.
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A grande maioria dos Tuareg segue o islamismo. Tal como a maioria dos seguidores do Islão na África, os Tuareg acreditam na presença de vários espíritos, os djins. A divinação é conseguida através do Corão. A maioria dos homens usam amuletos protectores que contêm versos do Corão. Também começam a usar um véu aos 25 anos, que lhes cobre a totalidade do rosto, à excepção dos olhos. Este véu nunca é removido, mesmo junto de familiares.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

AS TRIBOS DE ANDRÓMEDA

Sioux
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"If you don't know where you are going, any path will take you there."
Provérbio Sioux
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A palavra Sioux é um termo colectivo para designar sete grupos tribais organizados em três unidades politicas principais - os Teton, Yankton e Santee. O povo que veio a ser conhecido como Sioux tinha-se estabelecido, por volta do século XVI, nas margens do Mississippi, Minnesota - nesta altura este povo auto-denominava-se os "Sete Lugares do Fogo".
Guerras com os Chippewas e os Crees contribuiram para a dispersão dos Sioux ocidentais.
Na história dos Sioux, o búfalo desempenha um papel crucial. Através dele os Sioux satisfaziam a maioria das suas necessidades diárias: roupas, sapatos, cordas, colheres, armas, artigos cerimoniais, arcos, setas e materiais para coser. O búfalo era também o companheiro do Sol e controlava até o amor; o seu espírito cuidava da família, desde o nascimento e durante o crescimento. Esta centralidade do búfalo na vida dos Sioux sugere quão devastador foi o seu extermínio para a sua cultura tradicional. No final do século XVIII havia provavelmente cerca de 60 milhões de búfalos nas pradarias; por volta de 1889 só restavam 85 búfalos!
Nesta altura os Sioux viram-se reduzidos a uma forma de dependência através de reservas. Pior ainda do que o extermínio do búfalo, foi a vontade do governo americano de não permitir que o índio permanecesse agarrado às suas "velhas superstições, preguiça e porcaria, quando temos o poder de elevar a sua humanidade". Nas escolas as crianças índias eram proibidas de falar a sua própria língua e de se expressarem através das suas próprias formas culturais, sob pena de serem castigadas. As crianças eram também separadas das suas famílias, cuja influência era vista como negativa para o seu progresso. A escola deveria ser a "forma de despertar lealdade para com o governo, gratidão para com a nação e esperança para eles próprios". Qualquer referência à sua "história infeliz" deveria ser reduzida ao mínimo e apenas referida de forma a contrastá-la com o "melhor futuro que está ao seu alcance". Mais ainda, "deveriam ouvir o menos possível sobre as injustiças da raça branca". As crianças deveriam ser retiradas aos seus pais o mais cedo possível.
Em 1891, e depois de vários relatórios afirmarem que os Sioux se estavam a armar novamente, tropas foram enviadas para os defrontar. Touro Sentado, um chefe índio visto pelos brancos como o seu sumo-sacerdote e apóstolo líder da Dança Fantasma, que havia sido proibida, foi detido e morto. Seguidores de Touro Sentado reagiram e marcharam até ao forte do exército com uma bandeira de tréguas. Interceptados por tropas, renderam-se incondicionalmente. No dia seguinte, enquanto as tropas tentavam confiscar as suas armas, um tiro foi disparado ao acaso e a carnificina começou. Morreram 25 soldados e 35 ficaram feridos; 84 índios morreram e 33 ficaram feridos. Diz-se que, para além das mortes físicas, "morreu ali mesmo o sonho de um povo".
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O Cachimbo Sagrado é de extrema importância para os Sioux. Ele é o mediador entre Wakan Tanka (o Grande Espírito) e a humanidade, reforçando os laços dos Sioux com todos os aspectos da Criação. Este sentido de unidade é reforçado pela Dança do Sol.
Na base das crenças Sioux está o círculo da vida. Tudo é circular - o mundo, o corpo humano, o tronco de árvore, as estações, o tempo, o ninho de uma ave. Os Sioux imitavam esta ordem natural configurando o acampamento em círculos, sentando-se em círculo durante as cerimónias e construindo tendas circulares. Metaforicamente o acampamento circular era o círculo sagrado dentro do qual tudo estava seguro, tudo era conhecido e tudo era auspicioso. O círculo simboliza assim a plenitude e ajuda a recordar Wakan Tanka que, como o círculo, não tem fim.
A estrutura do universo e de todas as coisas reflecte uma divisão de quatro. Há, por exemplo, 4 divisões do tempo: dia, noite, lua e ano; 4 partes em todas as coisas que crescem: raízes, caule, folhas e fruto; e 4 etapas da vida humana: natalidade, infância, maturidade e velhice. Assim, as cerimónias são realizadas em 4 dias; a Cabana da Purificação é construída a partir de 16 ramos de árvore; a cabana da Dança do Sol é construída a partir de 28 estacas (4x7).
Os Sioux consideram o universo como imcompreensível; a vida, o crescimento e a morte são mistérios e sugerem poderes difíceis de compreender. Uma vez que o próprio tempo é considerado como não-casual, e não incorpora noções de mudança e progresso, nada no universo pode ser considerado inevitável. Esta incompreensibilidade do universo é chamada "wakan", que também incorpora a força animadora do universo, a totalidade da qual é "Wakan Tanka" ou Grande Espírito. Ele é a soma total dos poderes personificados, que criaram todas as coisas e muitas vezes é representado através dos Seis Avós.
A humanidade formou-se e emergiu do útero da Terra Mãe, tal como o búfalo. Tudo tem o seu próprio espírito, mas todas as coisas partilham a mesma essência espiritual que é Wakan Tanka. Desta forma, os aspectos mais importantes da personalidade são partilhados por todas as coisas no universo. Outros seres partilhavam frequentemente os seus conhecimentos com os humanos ou providenciavam auxílio em tempos de crise, de forma que passaram a ser considerados "povos". A observância de características semelhantes às humanas nestes povos levou ao desenvolvimento de ligações com eles.
À nascença recebe-se de Takuskanskan, um espírito guardião e o sopro de vida ou fantasma que vem das estrelas; na hora da morte estes regressam ao mundo dos espíritos. Os rituais servem para aplacar os seres wakan ou poderes - que podem estar predispostos para o bem ou para o mal - mas também envolve um processo de contínua revelação. De regresso da sua viagem visionária, o visionador integra normalmente a sua visão na vida da comunidade através de um processo de ritualização público. Desta forma, ele enriquece o conhecimento colectivo necessário para sustentar uma relação equilibrada entre a comunidade humana e outras formas de vida, tanto animadas como inanimadas.
Os Black Hills
Os Black Hills são sagrados para os Sioux. A lenda diz que aquando da criação do universo, foi-lhe designada uma canção, sendo que cada parte do universo ficou imbuida de uma parte dessa canção; mas apenas nos Black Hills se pode encontrar a canção na sua totalidade, aqui, no "coração de tudo o que existe". A lenda também diz que os montes são " ... uma figura feminina reclinada, de cujos seios fluem forças geradoras de vida e para as quais os Sioux se dirigem como uma criança para os braços da sua mãe".
Embora as explicações sobre o que acontece ao defunto variem, diz-se que os espíritos dos Sioux mortos descansam nos Black Hills.

domingo, 11 de abril de 2010

AS TRIBOS DE ANDRÓMEDA

Pawnee
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"Misfortunes will happen to the wisest and best of men."
Provérbio Pawnee
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Os Pawnee pertencem à confederação dos Caddoan. O nome deriva provavelmente de parika, um corno, termo usado para designar a forma peculiar dos seus penteados, onde o cabelo era endurecido com tinta e gordura para se suster erecto e curvo como um corno. Os Pawnee auto-designavam-se Chahiksichahiks, `homens dos homens.'
A sua migração ocorreu por grupos separados, cujo lento processo abarcou longos períodos de tempo. As tribos Pawnee acabaram por se estabelecer no vale do Platte, no Nebrasca.
Em meados do século XVIII comerciantes franceses haviam-se estabelecido entre as tribos dos Pawnee. Era prática dos franceses e ingleses, nos séculos XVII e XVIII, obter de tribos amigas os seus cativos capturados em batalhas e vendê-los a colonos brancos como escravos. No entanto, os Pawnee não parece terem sofrido muito com este tipo de tráfico que, embora lucrativo, teve de ser abandonado devido às animosidades que provocava.
O facto de viverem em aldeias que ficavam longe das regiões contestadas por Espanhóis e Franceses nos séculos XVII e XVIII, fez com que os Pawnee escapassem durante algum tempo às influências maléficas da colonização, mas o contacto com a raça branca introduziu novas doenças e uma grande redução da população, juntamente com a perca de poder tribal.
Uma vez que grande parte do território Pawnee era atravessado pelas rotas dos colonos, aquele acabou por ser adquirido pelos EUA de forma pacífica.
A organização tribal dos Pawnee baseava-se em comunidades de vilas representando subdivisões da tribo. Cada vila tinha o seu próprio nome, o seu altar com objectos sagrados e o seu sacerdote, que estava encarregue dos rituais e cerimónias relacionados com esses objectos; tinha também os seus próprios chefes hereditários e o seu conselho composto pelos chefes e os líderes da tribo.
A tribo era mantida unida por duas forças: as cerimónias referentes a um culto comum em que cada vila ocupava o seu lugar e quota-parte, e o conselho tribal composto pelos chefes das diferentes vilas.
Os grupos de guerreiros eram iniciados por um indivíduo e compostos por voluntários. Se a vila fosse atacada, os homens lutavam sob o comando do seu chefe ou outro líder.
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As cerimónias religiosas estavam relacionadas com as forças cósmicas e os corpos celestiais. O poder dominante era Tirawa, ou "pai". Os corpos celestiais, os ventos, relâmpagos e chuva eram os seus mensageiros. As estrelas matinal e vespertina representavam os elementos masculino e feminino e estavam relacionadas com a existência e perpetuação de todas as coisas vivas na terra.
A mitologia dos Pawnee é incrivelmente rica em simbolismo e poesia e o seu sistema religioso é elaborado. As sociedades secretas, várias em cada tribo, estavam relacionadas com a crença em animais sobrenaturais. A sua função era atrair a caça, curar doenças e oferecer poderes ocultos. Os seus rituais eram elaborados e as cerimónias dramáticas.
Do mesmo modo que a doença, a morte era considerada como sendo o resultado de hostilidade e bruxaria. Os preparativos para funerais variavam de acordo com a categoria e posição do defunto. Pessoas importantes e os que morriam de velhice extrema eram pintados com um óleo sagrado encarnado, vestidos nos seus melhores fatos e envolvidos numa pele de bisonte. Acreditava-se que depois da morte a alma do defunto ascendia ao céu para se tornar uma estrela ou, no caso dos que morriam de doença ou de forma cobarde durante uma batalha, viajavam até uma vila de espíritos, para sul.

sexta-feira, 2 de abril de 2010

AS TRIBOS DE ANDRÓMEDA

Omaha
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"Ask questions from your heart and you will be answered from the heart."
Provérbio Omaha
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Omaha significa "aqueles que caminham contra o vento ou a corrente". Os Omaha são uma das 5 tribos do chamado grupo Dhegiha da família Siouan (os outros são os Kansa, Quapaw, Osage e Ponca). Por volta de 1500 o ramo dos Omaha deslocou-se ao longo do grande rio Missouri para Norte. Desde essa altura até à chegada dos colonos, os Omaha travaram constantes guerras com os Sioux. Entre 1700 e 1800, os Omaha foram a tribo mais poderosa das Grandes Pradarias. Foram os primeiros a dominar a arte equestre e desenvolveram uma extensa rede de comércio com os exploradores brancos e viajantes. Por volta de 1855 moveram-se para a região do Nebraska e aliaram-se a outras tribos. Em 1854 cederam parte das suas terras, pelo tratado de Washington, embora a porção que constitui actualmente a sua reserva lhes fosse cedida.
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Os povoados primitivos dos Omaha possuíam uma estrutura social intrincada, intimamente relacionada com o seu conceito de união inseparável entre o céu e a terra. Esta união era vista como fundamental para a a perpetuação de todas as coisas vivas. A tribo encontrava-se dividida em duas partes, o povo do Céu e o povo da Terra. O povo do Céu era responsável pelas necessidades espirituais da tribo e o povo da Terra pelo seu bem-estar físico. Cada povo era constituído por 5 clãs.
As crenças dos Omaha encontravam-se simbolizadas nos seus povoados. Durante a maior parte do ano viviam em casas de terra, em cujo centro uma fogueira simbolizava o mito da criação. A entrada estava virada para Este, para ser banhada pelo sol nascente e recordar às pessoas a sua origem e migração ao longo do rio. O desenho circular das aldeias reflectia as suas crenças. O povo do Céu vivia na parte norte da vila, a área que representava os céus. O povo da Terra vivia na zona sul, que representava a Terra. Em cada metade da aldeia, clãs individuais eram localizados de acordo com os deveres tribais dos seus membros e a sua relação com outros clãs. Eram também usadas tendas durante as caçadas, longe da aldeia.

terça-feira, 23 de março de 2010

AS TRIBOS DE ANDRÓMEDA

Navajo
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"Thoughts are like arrows: once released, they strike their mark. Guard them well or one day you may be your own victim."

Provérbio Navajo
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Os Navajo, como os Apache, migraram para a região do Arizona/Novo México desde o Canadá e o Alasca, algum tempo antes da chegada dos Espanhóis ao Sudoeste do Continente Americano, no século XVI.
Os Navajo eram originalmente um povo nómada, constituido por caçadores, mas com a introdução de ovelhas, cabras e cavalos pelos Espanhóis, desenvolveram uma economia pastoral, cultivando também pomares e jardins; também a captura de mulheres da tribo Pueblo introduziu nos Navajo a agricultura, a tecelagem e novos rituais religiosos.
A organização familiar dos Navajo era matrilocal e matrilinear, tendo o recém-esposo que deixar a sua família para ir residir com a da sua esposa. A mulher podia pôr fim ao casamento simplesmente enviando o marido de volta para a sua família. Era comum um marido ter mais do que uma mulher, sendo a segunda frequentemente a irmã da primeira, na esperança de que este arranjo evitasse fricções entre as mulheres.
Tradicionalmente estavam identificados apenas 4 clãs Navajo, mas no século XX já existiam 75, divididos em 9 grupos principais. Duas pessoas do mesmo clã ou de clãs relacionados estavam proibidas de casar, pois era considerado incesto. Os membros de um clã relacionavam-se de forma muito próxima, utilizando os termos "irmão" ou "irmã" entre si. Não conseguir cuidar dos membros da sua família era considerada uma ofensa gravíssima e este sentido de obrigação é interpretado não como um dever, mas como um privilégio.
Ainda assim, existe também um sentido muito forte de individualismo ou auto-suficiência. Cada Navajo passava muito tempo sozinho, frequentemente em território hostil, onde a incapacidade para agir de forma independente podia ser fatal. Esta experiência pode explicar porque motivo deus é definido em termos de ordem ou controlo, enquanto que o "mal" é o caos ou a perca de controlo.
Em 1863 o General James Carlton ordenou a retirada dos Navajo para uma reserva chamada Bosque Redondo, no Novo México. A táctica usada foi destruir todos os seus meios de sobrevivência: o gado foi morto, os poços foram envenenados, as culturas e pomares destruídos. Mais de 8.000 Navajo foram forçados a caminhar cerca de 500 quilómetros. Os que não conseguiam acompanhar a caminhada, "alguns aleijados e crianças ... eram mortos a tiro". O objectivo era que abandonassem os seus modos selvagens e se tornassem pequenos homens brancos. Em 1868, no entanto, foi-lhes permitido regressar ao seu território, tendo sido assinado um tratado que definiu as fronteiras da nação Navajo. Hoje em dia esse território é constituído por cerca de 70.000 quilómetros quadrados.
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No Universo Navajo existem vários mundos. Há 4 submundos, o mundo onde vivemos, o céu e um mundo mais elevado chamado a Terra-Para-Além-do-Céu; assim, o nosso mundo é o quinto. Estes mundos constituem hemisférios, cada um deles suportado por pilares concebidos a partir de pedras preciosas. Os pilares, cujo número varia, estão dispostos em cada uma das 4 direcções (norte, este, sul e oeste). Estes pilares são chamados Aqueles-Que-Se-Erguem-Sob-o-Céu e são considerados como deidades. O espaço entre os hemisférios é preenchido por estrelas, enquanto que cada hemisfério sucessivo é um desenvolvimento do que lhe precede e, por isso, maior. Os pilares são também pontes que ligam os diferentes mundos.
A principal divindade é o Sol, que gera e cria as coisas. Tem sido sugerido que muitos, senão todos os deuses Navajo são aspectos diferentes do Sol.
Também existem diferentes explicações para a origem do Homem. Uma delas conta que os seres humanos foram transformados a partir do milho. Outro relato conta que Mulher Que Se Transforma, uma das divindades dos Navajo, esfregou pedaços da sua pele uns contra os outros, criando os 6 grupos de pessoas que subsequentemente formaram os diferentes clãs Navajo.
A sua relação com a Terra é descrita como "Estas (sagradas) montanhas são o nosso pai e a nossa mãe. Provimos deles; dependemos deles. Cada montanha é uma pessoa. Os cursos de água correm nas suas veias e artérias. A água neles é a sua vida, tal como o sangue nos nossos corpos."
Entre os inúmeros seres que podem auxiliar os homens, estão animais e pássaros que servem frequentemente de mensageiros. Os animais domésticos são considerados inferiores, vistos como propriedade, ao contrário dos selvagens.
O Coiote é a antítese da ordem, ou do "bem". É descrito como cobarde, desonesto, libertino, pouco fiável e amoral e é, por isso, desprezado.
Os Navajo não têm noção da imortalidade. Quando as pessoas morrem, a sua personalidade permanece no corpo e o defunto torna-se uma "parte indefenível do todo universal". No entanto, enquanto que parece não existir uma vida para além da morte e a noção de imortalidade pessoal ser quase universalmente repudiada, parece haver alguma forma de imortalidade através da "continuação biológica" - a perpetuação dos pais nos seus filhos.
Apesar de temerem os mortos, os Navajo gostam de falar sobre a vida, as boas acções e os feitos dos defuntos.

sábado, 13 de março de 2010

AS TRIBOS DE ANDRÓMEDA

Masai
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"Enkong'u naipang'a eng'en" (Sábio é o olho que viajou)
Provérbio Masai
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Pensa-se que os Masai existem como povo desde há 3000 anos atrás. A sua história é, no entanto, limitada ao que se conhece desta tribo apenas nas últimas centenas de anos. Pensa-se que os Masai migraram desde o vale do Nilo no início do século XVI e que durante um período de 200 ou 300 anos se fixaram no Grande Vale do Rift.
Os guerreiros Masai eram uma força formidável na região, responsáveis por muita da expansão territorial, à medida que conquistavam território vizinho ou roubavam o seu gado. Até os comerciantes de escravos árabes se mantinham afastados dos Masai.
Mas os poderosos Masai sofreriam um revés no final de 1800. A sua população foi devastada por anos de seca e epidemias como o sarampo, e as suas terras foram-lhes retiradas pelo governo queniano. O território foi também reduzido com a chegada dos colonos brancos, que reclamaram terras para construir os seus ranchos. Cerca de dois terços do território pertencente aos Masai foi-lhes retirado.
Para além de tudo isto, também os missionários tentaram "civilizar" os Masai, cujos hábitos primitivos chocavam a população branca. Actualmente, um grande número de Masai converteu-se ao Cristianismo, sem no entanto terem modificado as suas tradições culturais.
Muitos Masai trabalham hoje em dia como guias turísticos ou atracções artísticas e na arte da joalharia.
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Os Masai acreditam num único Deus, a quem chamam Ngai (Céu). Este não tem género masculino ou feminino, mas parece assumir variados aspectos. Existem 2 manifestações de Ngai: Ngai Narok, que é benevolente e negro; e Ngai Na-nyokie, que é furioso e encarnado, como os Ingleses.
Ngai é o criador de todas as coisas. No início, era um só com a terra e possuía o gado. Mas a certa altura, a terra e o céu separaram-se e por isso Ngai deixou de viver entre os homens. No entanto, como o gado precisava da erva da terra para sobreviver, Ngai enviou-o de regresso para os Masai, através das raízes aéreas da figueira sagrada, e disse-lhes para tomarem conta dele. Esta história é usada pelos Masai como desculpa para se apoderarem do gado de tribos vizinhas. Qualquer outro tipo de perseguição, sem ser a relacionada com a pastoral, é considerada um insulto a Ngai.
Nenhum Masai abre o chão, nem mesmo para lá colocar um corpo, uma vez que aquele é sagrado. Da mesma forma, também a erva é considerada semi-sagrada e é empunhada na mão como um sinal de paz e usada para abençoar rituais. O gado desempenha um papel importante em rituais como a iniciação, a passagem para outra idade ou o casamento, sendo sacrificado como um símbolo de união entre o homem e Deus.
Na altura do nascimento, Ngai oferece a cada homem um espírito guardião, para afastar o perigo e acompanhá-lo na hora da morte. As pessoas más são conduzidas a um deserto, enquanto que as boas viajam até uma terra de ricas pastagens e abundante gado.
Os Laiboni são os líderes rituais e espirituais da sociedade Masai, cuja autoridade é baseada nos seus poderes místicos, medicinais e curadores. Exite um Laiboni por clã, que tem por função dirigir cerimónias e sacrifícios, curar pessoas de males físicos e mentais e providenciar conselhos aos mais velhos sobre assuntos comunitários. São também profetas e shamans. Não possuem poder político, mas controlam a separação entre o Homem e Deus (ou "o outro mundo"), lendo a mente e as intenções de Deus através da divinação, por exemplo, lendo pedras atiradas a partir do corno de um boi.
Mito Sobre a Origem da Morte
Ngai criou o primeiro guerreiro, Le-eyo e ofereceu-lhe um cântico mágico para que ele recitasse sobre as crianças mortas, de forma a trazê-las de volta à vida e torná-las imortais. No entanto, Le-eyo não entoou o cântico, até o seu próprio filho ter morrido. Mas já era demasiado tarde. Devido ao egoísmo de Le-eyo, a morte terá sempre poder sobre o Homem.

quarta-feira, 3 de março de 2010

AS TRIBOS DE ANDRÓMEDA

Maori
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"Join those who can join sections of a canoe"
Provérbio Maori
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A chegada dos Maori à Nova Zelândia está rodeada de algum mistério. Estima-se que os primeiros polinésios chegaram a esse arquipélago há mais de 1000 anos, possivelmente por volta do ano 800 d.C., ou mais cedo. Presume-se que viajaram desde as Ilhas Cook. No final do século XIV os Maori tinham-se estabelecido por todo o território, sobretudo no clima mais quente do Norte. Viviam dos pássaros e da pesca. À medida que a população aumentava, ajustaram-se a um estilo de vida agrícola e sedentário.
As tribos desde cedo se envolveram em batalhas pela posse de território, vingança e outros motivos - os vencidos transformavam-se em escravos ou alimento. Os Maori desenvolveram tradições artísticas elaboradas, evidentes sobretudo nas casas comuns ricamente ornadas com a história dos seus antepassados. Os homens que ocupavam o estadio mais elevado da hierarquia eram decorados com intrincadas tatuagens no rosto e nas nádegas e as mulheres de prestígio similar, com tatuagens no queixo.
Em meados do século XVIII uma sociedade rica e compexa tinha-se desenvolvido por todo o país, como um só povo, com mitos e lendas que contavam histórias da chegada dos seus antepassados e da formação da Aotearoa - a Terra da Nuvem Branca Comprida.
Os primeiros viajantes europeus chegaram em 1642, mas os Maori mataram e comeram 4 membros da tripulação. Cem anos mais tarde o Capitão Cook navegou desde o Tahiti, conseguindo cartografar com sucesso a linha costeira e estabelecendo relações comerciais com muitos Maori. Embora poucos europeus tenham viajado até à Nova Zelândia nos 70 anos seguintes, a exploração dos recursos naturais do país começou imediatamente, assim como a introdução de animais e objectos fabricados - o que conduziu os Maori da Idade da Pedra directamente para a Idade do Ferro, quase de um dia para o outro.
Os primeiros colonos europeus foram caçadores de focas e baleeiros, que introduziram doenças, prostituição e armas e desenvolveram uma procura muito pouco saudável de cabeças, tanto assim que os Maori começaram a decapitar os seus próprios escravos em vez de preservarem apenas os que tinham sido vencidos na guerra.
Os Maori começaram a dizimar-se a si próprios e por volta de 1830 a sua população fora reduzida a um quarto. O álcool, o tabaco, a tuberculose, a papeira, doenças venéreas e a sobrepopulação desempenharam um papel importante na eliminação da população indígena. Entretanto os ingleses mostraram interesse em anexar a Nova Zelândia ao seu território, tendo sido redigido um tratado em 1840 que foi assinado por 500 chefes Maori. Muitos territórios foram disputados devido a mal-entendidos gerados pelo conceito de "venda". Os Maori tornaram-se cada vez mais relutantes à venda e tiveram início as chamadas Guerras Maori durante 1860. O racismo predominava entre os europeus, que abominavam as "práticas selvagens" dos Maori e destes, que desprezavam a ganância e arrogância social dos europeus.
Hoje em dia não existe sequer um único indivíduo que seja totalmente Maori no território da Nova Zelândia, apesar da sua cultura e tradições continuarem a ser preservadas pelos seus descendentes.
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Os Maori possuem uma visão espiritual do universo. Qualquer coisa associada ao sobrenatural está possuída de "tapu", uma qualidade misteriosa que torna os objectos ou pessoas imbuídos dela, ou sagrados ou impuros, de acordo com o contexto. Os objectos e pessoas também podiam possuir "mana", ou poder psíquico. Ambas estas qualidades, que eram herdadas ou adquiridas através do contacto, podiam ser incrementadas ou diminuídas durante o decorrer da vida.
Possuíam um panteão de seres sobrenaturais (atua). O Deus supremo era Io. Os dois progenitores primevos, Papa e Rangi, tinham 8 filhos: Haumia, o deus dos alimentos não cultivados; Rongo, o deus da paz e da agricultura; Ruaumoko, o deus dos tremores de terra; Tawhirimatea, o deus do tempo; Tane, o pai dos humanos e deus das florestas; Tangaroa, deus do mar; Tu-matauenga, deus da guerra; e Whiro, deus da escuridão e da maldade. Havia também deuses tribais, associados com a guerra e variados deuses e espíritos familiares.
A maioria dos objectos materiais dos Maori são ricamente decorados. As suas estátuas e esculturas, sobretudo com motivos de filigrana, são admirados mundialmente.
Os defuntos eram levados para um abrigo. O corpo era disposto sobre cobertores, para receber os visitantes. Após 1 ou 2 semanas de luto, o corpo era enrolado em cobertores e enterrado numa gruta, numa árvore ou no solo. Frequentemente após 1 ou 2 anos, o corpo era exumado e os ossos limpos e pintados com encarnado ocre, sendo levados de aldeia em aldeia para um segundo luto, após o que eram novamente enterrados num local sagrado. Acreditava-se
que os espíritos dos mortos realizavam uma viagem até ao seu destino final, um submundo vago e misterioso.
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Embora se pense que a famosa "haka" fosse uma cerimónia exclusivamente masculina, as lendas e a história reflectem uma realidade diferente - a história da mais famosa haka "Ka mate!" prova estar associada à sexualidade feminina. De acordo com a lenda, a haka deriva do deus sol Ra, que tinha 2 mulheres - Hine-raumati (a essência do Verão) e Hine-takurua (a essência do Inverno). Ra e Hine-raumati tiveram um filho - Tanerore. Em dias de muito calor é possível observar a luz a dançar. Acredita-se que seja Tanerore a dançar para a sua mãe e a wiriwiri - o brilho tremelente - é hoje em dia reflectido nas mãos dos que dançam a haka. A haka era dançada quando duas tribos Maori se encontravam, garantindo que cada uma delas ficava alerta para impedir ataques surpresa da tribo oponente. A haka "Ka mate!" conta a história de um chefe de tribo que é perseguido, o seu medo de ser capturado e o seu entusiasmo por conseguir sobreviver.
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domingo, 21 de fevereiro de 2010

AS TRIBOS DE ANDRÓMEDA

Mohawk
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"A good chief gives, he does not take."
Provérbio Mohawk
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Os Mohawk que significa "comedores de homens", são uma das tribos que fazem parte da confederação Iroquesa. Auto-intitulavam-se Kaniengehaga, ou "pessoas do lugar do sílex".
Os Mohawk são constituídos por apenas 3 clãs, o Clã do Urso, do Lobo e da Tartaruga.
Até ao século XVII os Mohawk envolveram-se em variados confrontos com outras tribos, tendo sido praticamente extintos por diversas vezes. Quando os Holandeses chegaram ao Continente Americano forneceram armas de fogo aos Mohawk, de forma a que estes pudessem caçar de forma mais eficaz os castores e obter as suas peles para comércio. O uso de armas possibilitou aos Mohawk a conquista dos seus adversários, os quais aterrorizaram com estas novas armas e o seu som devastador. Os Mohawk tornaram-se adversários formidáveis e vencedores em quase todas as batalhas em que se envolviam de modo que, por volta do ano 1660 as conquistas dos confederados Iroqueses se estendiam por cerca de 2400 km de território. Por esta altura, os Mohawk constituíam-se apenas por 500 guerreiros.
Em 1630 os Mohawk começaram a vender as suas terras aos Holandeses. No início da Revolução Americana, os Mohawk tomaram o partido dos Ingleses e no final a grande maioria deslocou-se para o território Canadiano, onde residem desde então em terras concedidas pelo governo britânico. Existe também uma grande comunidade Mohawk no estado de Nova Iorque.

A comunidade de Nova Iorque foi fundada devido a um facto curioso - entre as décadas de 1930 e 1970, muitos índios Mohawk e outros membros da confederação iroquesa foram utilizados como trabalhadores na construção dos grandes arranha-céus de Manhattan, que inlcuíram o Empire State Building, algumas pontes e as extintas Torres Gémeas. Isto deveu-se ao facto de os Mohawk não temerem as alturas ou condições de trabalho perigosas.
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Os Mohawk acreditavam que os espíritos estavam em todo o lado e no interior de todas as coisas naturais. Os espíritos do Céu existem sob a forma de vento, trovão, sol, lua e estrelas. Os espíritos da Terra estão nas plantas e animais. Esta força espiritual era chamada orenda e controlava o tempo e todas as coisas vivas. O Senhor da Vida estava em constante luta com o seu irmão maléfico, Sílex. Ambos equilibravam o mundo. Tudo era bom e mau.
Uma vez que havia espíritos nos animais, quando alguém matava um animal, os Mohawk rezavam para que o seu espírito pudesse renascer numa vida melhor. Os caçadores tentavam pensar como o animal que perseguiam, para melhor compreenderem onde este se esconderia e onde poderia viver.
Os sonhos eram muito respeitados pelos Mohawk que os consideravam desejos da alma e, portanto, que deviam ser sempre concretizados. Qualquer coisa que uma pessoa sonhasse, significava que lhe iria acontecer na realidade. Os Mohawk faziam Apanhadores de Sonhos (dream catchers) para os seus filhos e casais. Estes serviam para prender os maus sonhos e deixar os bons sonhos passar.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

AS TRIBOS DE ANDRÓMEDA

Mapuche
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"Conheceres-te a ti mesmo é o primeiro passo para seres culto."
Provérbio Mapuche
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Os Mapuche são uma das poucas tribos da América do Sul que sobeviveram até aos dias de hoje sem sofrer quase nenhuma alteração nas suas tradições, desde há quase 12.000 anos atrás. Os Mapuche provêem do Chile, havendo também alguns na Argentina.
Os Mapuche resistiram a 3 grupos diferentes que os tentaram conquistar: os Incas, os Espanhóis e os imigrantes Europeus. Em 1866 os Chilenos promulgaram uma lei que permitia vender as terras dos Mapuche e em 1884 os Mapuche foram colocados em reservas. Actualmente existem leis que protegem os direitos indígenas, mas estas nem sempre são respeitadas.
A organização social dos Mapuche é patrilineal e patrilocal, o que significa que os recém-casados se mudam para a terra do pai do noivo até poderem ter o seu próprio lar. São governados por um Chefe, mas as mulheres detêm um papel importantíssimo - são elas que usam as vestes cerimoniais, as dentoras das tradições culturais e quem ensina os jovens até se tornarem adultos. Aos homens é permitido todo o sexo que desejarem, mesmo antes do casamento, sendo a única restrição ao sexo o incesto. Para evitarem isto, normalmente os homens casam com mulheres de reservas vizinhas. O casamento ideal será o de um homem com a filha do irmão da mãe. A poligamia é habitual, sendo justificada até religiosamente - quanto mais filhos um homem tiver, mais possibilidades tem o seu espírito de ser eternizado. A poligamia e o bem-estar eterno da alma estão, deste modo, intimamente relacionados na cultura Mapuche.
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As decisões agrícolas são feitas sobrenaturalmente, com rezas para boas colheitas, estando os rituais de fertilidade e os rituais funerários inter-relacionados.
Os Mapuche veneram os animais e os seus antepassados. As Machi (na maioria mulheres) são as líderes espirituais e as curandeiras da tribo. A sua principal tarefa é curar e lutar contra as bruxas más ou kalku. Eles chamam às forças do mal wekufe, como por exemplo os fantasmas, considerados vampiros que adoptam formas humanas e muito perigosos.
Acreditam na vida para além da morte, chamada Nomelafken ou wenumapu (terra superior). No ritual funerário, o corpo do defunto é colocado no meio de um círculo de forma a afastar os espíritos maus. Caso isto não aconteça, os Mapuche acreditam que os kalku podem capturar o espírito do defunto e transformá-lo num fantasma.
Os Mapuche possuem vários deuses: Ñenechen, o governador dos Mapuche e o deus principal; Ñenemapun, o criador e governador da Terra; Elchen, o criador das pessoas; Küpuka fucha e Küpuka kushe, os deuses da Abundância; Antü fucha e Antü kushe, os deuses do Sol; Kügen fucha e Kügen kushe, os deuses da Lua; Pillan fucha e Pillan kushe, os deuses do Trovão e dos vulcões; Lafken fucha e Lafken kushe, os deuses do Mar.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

AS TRIBOS DE ANDRÓMEDA

Mojave
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Antes do aparecimento dos Europeus no século XV, os Mojave eram a maior população humana que habitava o Sudoeste do Continente Americano, estando divididos em 3 grupos: os Maya Lyathum do Norte, os Hutto Pah do Centro e os Kavi Lyathum do Sul. Todos ocupavam um território que se estendia desde Black Canyon até ao vale Mojave e as montanhas Picacho.
Eram chamados Aha Macav (aha = água; macav = ao longo de), ou Pipa Aha Macav (o povo ao longo do rio) e consideravam o rio como a fonte de todas as coisas vivas, como vem relatado no seu mito da criação.
Não foi assinado nenhum tratado com os Mojave relativamente ao seu território originário. Os EUA assumiram simplesmente a propriedade das terras.
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Eram um povo profundamente espiritual, tendo os sonhos (su' mach) uma importância enorme, tanto que praticamente todos os aspectos das suas vidas, incluindo o amor, as canções, a guerra, a política e a medicina eram governados pelos sonhos: acreditavam que os sonhos lhes permitiam regressar ao início dos tempos e adquirir a sabedoria de Mastamho, o Grande Espírito e Criador, que tinha ensinado à tribo os seus modos de vida e os nomes para todas as coisas, incluindo os nomes dos clãs - estes últimos tinham nomes derivados do Sol, das nuvens e outros elementos da terra e do céu. Os Mojave também acreditavam que através dos sonhos adquiriam poderes individuais ou talentos especiais, que os ajudariam a tornarem-se melhores pessoas.
Embora a sua estrutura social fosse patrilinear, ou seja, a sua linhagem provinha dos nomes dos pais dos clãs, apenas as mulheres usavam o nome do clã. A lideranla Mojave era dividida entre os líderes dos 3 grupos e um Chefe hereditário ou "Aha Macav Pina Ta’ahon".

Os Mojave praticavam agricultura, sobretudo de feijão, milho e abóboras. Dominavam a técnica da irrigação, conduzindo a água desde o rio para os seus jardins. Também praticavam pesca usando redes e caçavam animais de pequeno porte montando armadilhas. Embora sedentários, aventuravam-se frequentemente para longe dos seus povoados para realizarem trocas de bens com outras tribos da Costa do Pacífico.
Os Mojave utilizavam tatuagens na pele do rosto.
Quando alguém morria, era cremado juntamente com os seus bens pessoais e outras oferendas dos familiares.

domingo, 24 de janeiro de 2010

AS TRIBOS DE ANDRÓMEDA

Iroquois
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"You shouldn't slaughter more than you can salt."
Provérbio Iroquês
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O território original dos Iroqueses foi a parte norte do estado de Nova Iorque, entre as montanhas Adirondack e as Cataratas do Niagara. Através de conquistas e migrações, ganharam controlo da maior parte do Nordeste dos EUA e do Leste do Canadá. No seu apogeu, em 1680, o império dos Iroqueses estendia-se para Oeste, desde a margem norte da Baía de
Chesapeake, através do Kentucky, até à união entre os rios Ohio e Mississippi; pelo norte, seguindo o rio Illinois, até ao sul do Lago Michigan; para este, através do sul do Michigan, sul do Ontario e partes adjacentes do sudoeste do Quebec; e finalmente pelo sul através do norte de New England, a oeste do rio Connecticut, através dos vales Hudson e norte do Delaware, Pennsylvania e de volta a Chesapeake.
Durante os 100 anos que precederam a Revolução Americana, guerras com as tribos Algonquin aliadas dos franceses e a colonização britânica, empurraram os Iroqueses de regresso às suas fronteiras originais. A sua decisão de apoiarem os Ingleses durante a Guerra Revolucionária, revelou-se um desastre. A invasão americana ao seu território em 1779 empurrou muitos dos Iroqueses para o sul do Ontário, onde têm permanecido desde então. Com grandes comunidades Iroquesas localizadas ao longo do norte de St. Lawrence no Quebec, quase metade da população Iroquesa tem habitado o Canadá desde então.
Nos EUA, grande parte do território Iroquês foi adquirido por especuladores de terras em Nova Iorque, numa série de tratados que se seguiram à Revolução. Apesar disto, a maioria dos Seneca, Tuscarora e Onondaga evitaram a extradição durante a década de 1830 e permaneceram em Nova Iorque. Permanecem de igual modo a habitar este estado grupos significativos de Mohawk, Oneida, Cayuga e Caughnawaga.
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O mundo sobrenatural dos Iroqueses incluía numerosas divindades, a mais importante das quais era Grande Espírito, responsável pela criação dos seres humanos, plantas e animais e as forças do bem na natureza. Os Iroqueses acreditavam que Grande Espírito guiava indirectamente as vidas do comum dos mortais.
Outras divindades importantes eram Thunderer (Trovejador) a as Três Irmãs, os espíritos de Maize, Beans e Squash.
Em oposição a Grande Espírito e outras forças benéficas, encontravam-se Espírito Maléfico e outros espíritos menores, responsáveis pelas doenças e outras más-fortunas.
De acordo com as lendas Iroquesas, os seres humanos comuns não conseguiam comunicar directamente com Grande Espírito, mas podiam fazê-lo indirectamente queimando tabaco, que carregava as suas preces até aos espíritos menores benévolos. Os Iroqueses consideravam os sonhos como sinais sobrenaturais importantes e era dada grande importância à sua interpretação. Acreditavam que os sonhos expressavam os desejos da alma e como resultado, o cumprimento de um sonho assumia uma enorme importância para o seu protagonista.
Não havia especialistas religiosos. No entanto, existiam especialistas femininas em part-time, conhecidas como as guardadoras da fé e cuja principal responsabilidade era organizar e conduzir as principais cerimónias religiosas. Estas guardiãs da fé eram nomeadas pelos anciãos e tinham enorme prestígio.
Em tempos históricos, os Iroqueses enterravam os seus mortos na posição sentada, na direcção leste. Após o enterro, um pássaro capturado era libertado, acreditando-se que carregaria o espírito do defunto. Os Iroqueses acreditavam que após a morte, a alma embarcava numa viagem e numa série de aventuras que terminavam na terra dos mortos, no mundo do céu.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

AS TRIBOS DE ANDRÓMEDA

Inuit
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O termo Inuit é o plural da palavra "Inuk", que significa "homem" ou "pessoa".
De acordo com estudos arqueológicos, os antepassados dos Esquimó-Aleut atravessaram o Estreito de Bering há cerca de 8-10.000 anos atrás. À medida que se espalhavam pelo território, os Esquimós evoluíram para distintos grupos linguísticos.
O modo de vida dos Esquimós foi alterado drasticamente com a chegada em 1741 de exploradores Russos e o subsequente estabelecimento de estações de comércio. Os Esquimós foram explorados pelos comerciantes Russos, devido à sua habilidade na caça de lontras. Os maus tratos sofridos tiveram como consequência uma revolta na década de 1760, que foi totalmente aniquilada pelo poder de fogo dos Russos. A opressão e o aparecimento de novas doenças trazidas pelos colonos dizimaram a população Esquimó, tendo o número de indivíduos sido reduzido a 1/8, por volta de 1799. Os que sobreviveram tornaram-se escravos dos comerciantes Russos, com monopólio de comércio na zona. Outra das consequências da presença Europeia na área foi o processo de conversão dos indígenas ao Cristianismo. Ao longo do tempo, muitos abandonaram as suas crenças tradicionais e converteram-se ao Cristianismo Ortodoxo professado pelos Russos.
Em 1867 o Alasca foi vendido aos EUA por 7.200.000 dólares. Os Americanos reforçaram ainda mais o impacto cultural Europeu nos povos nativos da região. A abertura da primeira fábrica de conservas em 1883 proporcionou trabalho sazonal aos nativos, o que eliminou a necessidade de manter o estilo de vida tradicional.
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As crenças dos Esquimós reflectem a cultura de caça da qual dependiam. Acreditam que todos os animais possuem uma alma, pelo que devem ser tratados com respeito. Após a captura de um animal, era frequente proceder-se a um ritual que permitia àquele regressar ao lugar de onde proviera. Havia alguns tabus no que concernia às práticas de caça: os animais terrestres e marinhos eram mantidos separados; e as mulheres, impuras devido ao nascimento e menstruação, não podiam ter acesso à caça. Amuletos fabricados com ossos eram utilizados para incrementar as possibilidades de uma caçada de sucesso. Máscaras também eram usadas em rituais religiosos, sobretudo durante o século XIX. Estas máscaras representavam os espíritos de animais, deidades ou fenómenos naturais.
O ciclo de vida era governado por uma série de ritos de passagem. À nascença era frequentemente dado a uma criança o nome de uma pessoa recentemente morta, acreditando-se que o defunto viveria através da criança. Quando um rapaz matava a sua primeira foca, era praticado um ritual de celebração, distribuindo-se a sua carne.
Após a morte, a alma vai habitar um lugar no céu ou no mar.
Em algumas tradições dos Esquimós, o shaman assume uma enorme importância. Estes entravam em transe e recebiam mensagens dos espíritos ou deidades, ou controlavam-nos para garantir o sucesso das caçadas. Os shamans eram também curandores e podiam identificar feiticeiros que usavam os seus poderes para fins maléficos.
De entre as deidades mais proeminentes, destacam-se a Mulher do Mar (também chamada Sedna), que controlava os animais; Aningaaq, o sol; e Sila, o ar.
Sedna é protagonista de uma série de mitos sobre a origem do mundo. Num deles, ela é apresentada como uma rapariga que foi atirada para fora de um barco e, enquanto tentava saltar de novo para bordo, os seus dedos foram cortados. Estes transformaram-se nos animais marinhos e ela tornou-se a Mulher do Mar, com poder para impedir acesso aos animais caso alguns tabus fossem desrespeitados.

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

AS TRIBOS DE ANDRÓMEDA

Delaware
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O nome DELAWARE foi dado aos povos que viviam ao longo do rio Delaware e o rio, por sua vez, foi nomeado de acordo com Lord de la Warr, o governador da colónia de Jamestown. O nome Delaware foi depois aplicado a quase todo o povo Lenape. Na língua dos Delaware, pertencente ao ramo Algonquian, os Delaware auto-denominam-se Lenape (len-NAH-pay), que sinifica "O Povo".
Os antepassados dos Delaware encontravam-se entre os primeiros índios que tiveram contacto com os Europeus (Holandeses, Inlgeses e Suecos), no início do século XVII. Os Delaware eram chamados a tribo "avó" porque eram respeitados por outras tribos como pacificadores, servindo frequentemente de mediadores em rivalidades entre tribos. Eram também conhecidos pela sua bravura e tenacidade como guerreiros, apesar de preferirem a paz com os Europeus e as outras tribos.
Muitos dos tratados e vendas de terras que os Delaware assinaram com os Europeus eram considerados como empréstimos. Os Delaware não faziam ideia que a terra pudesse ser vendida. Ela pertencia ao Criador e o povo Lenape limitava-se a utilizá-la para se abrigar e alimentar. Quando os exploradores desembarcavam dos seus navios, cansados e famintos, os Lenape partilhavam a terra com eles. Foram-lhes oferecidos alguns presentes, que os Lenape consideraram apenas oferendas de gratidão para com a sua hospitalidade, mas que para os Europeus constituíam na verdade o preço de compra da terra.
Os Delaware assinaram o primeiro tratado com o recentemente formado governo dos EUA a 17 de Setembro de 1778. No entanto, tiveram de continuar a ceder as suas terras e a deslocarem-se para Oeste (primeiro para o Ohio, depois Indiana, Missouri, Kansas, e finalmente, Oklahoma). Existem também reservas de Delaware no Canadá, em Ontário.
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Os Lenape acreditavam haver espíritos - chamados manetu - em seu redor. Acreditavam que o grande espírito Kishelemukong criou o mundo e que espíritos maléficos, chamados manetuwak, eram responsáveis pela doença e a morte. Acreditavam existir um espírito em cada tempestade e em cada rebento novo das árvores. Estes espíritos podiam ajudar ou dificultar a vida e deveriam ser tratados com respeito. Para ganhar a confiança de um espírito, as pessoas deixavam pequenas oferendas no local onde achavam que esse espírito vivia - por exemplo, perto de uma grande árvore, uma queda de água ou uma rocha. Estas oferendas podiam ser ramos de flores, pedaços de madeira esculpidos ou cachimbos.

sábado, 26 de dezembro de 2009

AS TRIBOS DE ANDRÓMEDA

Comanche
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"All who have died are equal."
Provérbio Comanche
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Os Comanches dominavam as grandes Planícies no século XVIII e tornaram-se conhecidos como os "Senhores das Planícies". Reconhecidos pelas suas abilidades equestres, os Comanches defendiam as suas terras de todos os intrusos. Possuíam um governo democrático, com bandos organizados liderados por Chefes de Bandos, que se reuniam para discutir questões importantes.
Por volta de 1830 o homem branco começou a invadir o território Comanche, destruindo para sempre o seu modo de vida. Actualmente os Comanches reduzem-se a 14,557 indivíduos residindo em Lawton-Ft. Sill e arredores da zona sul do Oklahoma.
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Os Comanches descrevem-se como "os
Nermenuh", que sinifica "O Povo". A sua visão cósmica não procura relacionar causa e efeito, mas antes a crença de que as suas vidas são controladas e manipuladas pela magia e pelos poderes de certas forças naturais sem forma ou substância. Não são dados ao pensamento empírico e são muito individualistas, podendo as suas crenças variar muito de grupo para grupo e até dentro do mesmo grupo familiar. São também muito secretos relativamente às suas crenças, acreditando que a eficácia da sua "medicina" ou poderes pode ser eliminada ou diminuída se discutida com ou vista por terceiros. Acreditam que muitas coisas que os rodeiam têm "poderes" ou "forças" que podem ser partilhadas se conseguirem persuadir o Sol, a Lua, o Búfalo ou qualquer outra força natural a fazê-lo. Um símbolo totémico desse poder é então colocado numa bolsa medicinal em torno do pescoço, que não é partilhado com mais ninguém. Mas não acreditam que estas forças naturais sejam deuses, são apenas criaturas com determinados poderes.
Os Comanches acreditam que a morte equaliza todas as pessoas, com muito poucas excepções: pessoas a quem tenha sido retirado o escalpe, pessoas mortas por estrangulamento e até pessoas que morram após o anoitecer, podem não encontrar o caminho até ao Terreno de Caça Feliz. Os Comanches também acreditam num dilúvio, como os cristãos, que cobriu o mundo inteiro.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

AS TRIBOS DE ANDRÓMEDA

Blackfeet
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"The gun that shoots at a wolf or coyote will never again shoot straight."
Provérbio dos Blackfeet
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Os Blackfeet são compostos por um grupo de três tribos que falam o dialecto Algonkian: os Pikuni (ou Piegan), os Kainah (ou Blood), e os Siksika (ou Northern Blackfoot). Viviam originalmente em bosques, mas ao longo dos tempos estabeleceram-se nas pradarias da bacia superior dos rios Missouri e Saskatchewan, caçando búfalos e outro tipo de caça grossa. No século XVIII tinam já adquirido cavalos e armas e puderam usá-los para expandir o seu território à custa de tribos vizinhas mais fracas, como os Shoshonis e os Flatheads. A sua força era de tal ordem que conseguiram evitar 3 tentativas de invasão por parte dos Europeus durante as primeiras décadas do século XIX. No entanto, algumas doenças, sobretudo a varicela, e a fome dizimaram a sua população na segunda metade do século, de modo que por volta de 1909 apenas restavam 4.365 Blackfeet. Para além disto, os Blackfeet perderam vastas áreas de território para o governo dos EUA, a que se seguiu a deslocação para reservas onde sobreviviam através da agricultura e criação de gado. Este estilo de vida e o impacto das missões Cristãs contribuiu muito para eliminar as tradições da nação Blackfeet. Actualmente os Blackfeet continuam a viver em reservas em Alberta e Montana.
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Os Blackfeet acreditam numa força sagrada que permeia todas as coisas, representada simbolicamente pelo sol, cuja luz sustenta tudo. A lua, a estrela matinal e certos animais como as águias, ursos, búfalos, marmotas e castores são considerados como detentores de poderes sagrados. Outro símbolo do poder sagrado é o feixe medicinal. A sua origem foi uma visão aparecida a um jovem rapaz de um espírito sobrenatural que o instruiu a recolher certos objectos e guardá-los devido ao seu poder sagrado intrínseco. O recipiente da visão também foi instruído a proceder a certos rituais sagrados.
Para além dos feixes possuídos por indivíduos, existiam também feixes colectivos. Exemplos destes eram o feixe da Dança Solar, o do Castor e o do Cachimbo Medicinal. Acreditava-se que os rituais complexos associados àqueles providenciavam benefícios gerais à tribo, como alimentos ou curas. A vida religiosa tribal era também caracterizada por cerimónias precedidas por rituais purificadores. A cerimónia mais importante era a Dança do Sol, executada no Verão, com o objectivo de permitir a renovação do mundo.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

AS TRIBOS DE ANDRÓMEDA

Aborígenes
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"Quanto mais sabes, menos precisas."
Provérbio Aborígene
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Os aborgíenes australianos vieram provavelmente da Ásia, há mais de 40.000 anos. Na altura da colonização europeia, no século XVIII, havia cerca de 500 ou 600 grupos distintos de aborígenes que falavam cerca de 200 dialectos diferentes (50 dos quais estão actualmente extintos). Embora culturalmente diversificados, estes grupos não eram entidades políticas ou económicas e não existiam hierarquias sociais ou chefes. Viviam da caça e da colecta e havia grande comércio inter-grupos em todo o continente australiano.
Os aborígenes possuem um intrincado sistema de classificação que define relações de consanguinidade e regula os casamentos. Os Kariera, por exemplo, estão divididos em hordas ou grupos locais de cerca de 30 pessoas, que por sua vez estão divididos em 4 classes ou secções. A pertença a uma secção determina rituais e a posse de território. Em metade das hordas os homens estão divididos entre as secções Karimera e Burun; na outra metade estão divididos entre as secções Palyeri e Banaka. Estas secções são exógamas e as regras que regulam o casamento, a descendência e residência determinam como estas secções interagem entre si: os homens da Karimera devem casar com mulheres Playeri e os seus filhos são Burun, e por aí fora.
Os filhos vivem nas mesmas hordas que os pais, o que faz com que a composição destas alterne em cada geração. Este sistema complexo, requerendo que cada homem case com uma mulher de apenas uma das três secções possíveis, favorece uma rede alargada de relações sociais e cria solidariedade familiar dentro da horda.
Os aborígenes mantêm sistemas elaborados de totemismo (a crença de que existe uma relação genealógica entre as pessoas e as plantas ou animais). Vêem a relação entre plantas e animais totémicos como um mapa simbólico das relações entre pessoas diferentes.
O contacto com os colonos britânicos, a partir de 1788, levou à marginalização económica, perca de autonomia política e morte por doença. A chamada pacificação pela força culminou no final de 1880, conduzindo a uma despopularização e extinsão em massa para alguns grupos. Por volta da década de 40, quase todos os aborígenes tinam sido assimilados na sociedade australiana rural e urbana como mão-de-obra barata, com direitos limitados; muitas crianças aborígenes foram retiradas aos seus pais biológicos e dados a pais adoptivos, para promover a assimilação.
Em 1976 e 1993 o governo australiano promulgou legislação sobre a propriedade, que devolveu aos aborígenes um certo grau de autonomia; também decisões judiciais em 1992, 1996 e 2006 reconheceram a propriedade aborígene e os direitos nativos. O recente incremento da população aborígene reflecte a melhoria das condições de vida e uma definição alargada e inclusiva da identidade aborígene por parte do governo. No entanto, a sua expectativa de vida e as condições de vida médias do aborígene não se comparam aos da maioria dos australianos.
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A religião Aborígene é caracterizada pela presença de um deus ou deuses que criaram as pessoas e o ambiente durante um período de criação específico, no início dos tempos. Cada tribo de aborígenes acredita num número diferente de divindades, cuja imagem é frequentemente representada através de uma forma tangível e reconhecível. Pode ser uma característica geográfica, uma imagem, um animal ou uma planta.
Acreditam também que muitos animais e plantas podem trocar de lugar com os humanos através da reincarnação. As divindades aborígenes desempenham muitos papéis e são agrupadas em 3 categorias, podendo cada divindade pertencer a uma ou mais das 3:
* Seres da Criação (seres criadores de algo, seja humano, ou não humano)
* Seres Ancestrais (ancestrais directos das pessoas vivas actualmente, que ensinaram as primeiras populações a fazer armas e ferramentas, caçar animais e recolher alimentos, etc)
* Seres Totémicos (representa a forma original de um animal, planta ou outro objecto, tal qual era no Período da Criação)
A sociedade encontra-se dividida em dois grupos, chamados "moieties", cada um deles com Seres Totémicos específicos. Todas as pessoas pertencem a um ou outro "moiety", que por sua vez estão subdivididos em secções ou subsecções. Todos os indivíduos provêm de pelo menos um Ser Totémico e estes ajudam a definir as conexões e relações de uma pessoa com o mundo, a sua relação com o passado, o presente e o futuro.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

AS TRIBOS DE ANDRÓMEDA

Aymara
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"O homem não pode fazer nada com o dinheiro, porque o dinheiro não se pode cultivar nem comer." Provérbio Aymara
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Os Aymara são um povo antigo com uma história complexa e ainda algo deconhecida. São um povo rico em mitologia, conhecimento e espiritualidade. Foram os membros de uma grande cultura das Américas pouco conhecida, centralizada na antiga cidade de Tiahuanaco. Entre 400 e 1000 d.C. Tiahuanaco era a capital de um império que cobria grandes territórios da zona central e sul dos Andes. A cultura Andina indígena contrasta fortemente com a de outras áreas da América do Sul. Para obter um desenvolvimento óptimo, a economia Andina requeria um solo rico, o adequado abastecimento de água e a ausência de florestas ou ervas enraizadas profundamente, difíceis de erradicar. Assim, faziam colheitas adequadas ao clima dos Andes. Estas características gerais foram encontradas nos vales costeiros e grandes bacias dos Andes centrais. Cada bacia e cada vale costeiro podem ser considerados como unidades culturais distintas. Cada um destes estados regionais era geograficamente isolado pela distância e pelas montanhas. Antes da conquista pelos Incas, os Aymara dividiram-se numa série de estados independentes concentrados no Altiplano do que hoje em dia é o Perú e a Bolívia. Consistiam em 12 reinos separados, colectivamente referidos como Collas. Foi explorando estas divisões que os Incas conseguiram penetrar no norte do Altiplano e eventualmente estender a sua soberania ao território Aymara no final do século XV. A comunidade índia Aymara foi grandemente transformada durante a era Colonial Espanhola, como resultado de transformações na terra e nas leis do trabalho. Como resultado das reformas sociais, políticas e económicas que se seguiram durante a Revolução Boliviana de 1952, os Aymara tornaram-se cada vez mais integrados na sociedade boliviana regional e nacional. O império Tiahuanaco desapareceu há 1000 anos mas os seus descendentes ainda cultivam a mesma terra e adoram os mesmos espíritos da terra e do céu. Os Aymara são um poco colonizado e adaptaram muitos dos seus comportamentos culturais e sociais à realidade actual. E é por isso que podem ser intitulados Povos Antigos/Modernos dos Andes.
Para os Aymara, os espíritos habitam não o céu mas as montanhas circundantes, os rios, os lagos e por aí fora, ou antes, esses locais sagrados são espíritos personificados. Os intermediários entre as esferas natural e sobrenatural são diversos tipos de mágicos como os yatiri (diviner) e laiqa e paqu (praticantes de magia negra ou branca). O objectivo das suas actividades é o equilíbrio entre os fenómenos naturais e sobrenaturais. A magia é usada na corte, nos nascimentos, para curar doenças, nos rituais de cultivo e colheita e em ritos de controlo das condições meteorológicas. São realizados ritos de passagem para os mortos, onde os alimentos e as bebidas desempenham papéis importantes. Esta série de rituais (de 3 a 10 anos) inclui o velório, o funeral, ano de luto e festas de Todos os Santos. Acredita-se que desta forma as almas dos defuntos regressam à terra, onde devem ser tratadas de forma apropriada, ou seja, alimentadas, de forma a não se vingarem. São também colocadas roupas junto do defunto, para a sua difícil viagem pelas terras altas, onde os espíritos se encontram.
Recentes estudos sobre os Ayamara revelaram que possuem um conceito de tempo totalmente oposto ao de todas as culturas estudadas até à actualidade: o passado está diante deles e o futuro para trás, um conceito muitíssimo curioso.