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Pela estrada se conhecem as formas deste Paraíso suave, matizado de verdes e castanhos, brancos e azuis.
Pelos prados salpicados com lã de ovelhas brancas, curvamos e deslizamos na serpentina da estrada negra de alcatrão.
O verde fez-se certamente aqui, com godés e pincéis de druidas, misturando cores sagradas e concluindo que não seria possível escolher apenas um de entre os muitos resultados obtidos.
Todos seriam igualmente belos, mágicos, evocadores de algo fundamental - o verde esmeralda, o verde vida, o verde terra, o verde flor, o verde água, o verde mar.
O caldeirão de tintas foi mexido e remexido com prudência, sabedoria e delicadeza e para cada concha de cor se determinou um nome.
A estrada prossegue e contorna montes e vales doces ou agrestes, que dançam na brisa marítima. Subitamente, apercebemo-nos que o azul tomou posse do verde.
Lean percebeu que a sua filha, a de Ryan, ganharia contornos mágicos e eternos se fosse filmada contra o fundo desta moldura deslumbrante.
E em que outro lado poderiam dois amores, um desesperado e urgente, o outro calmo e eterno, encontrar ninho mais perfeito, senão aqui? Entre o verde enfeitiçado e o azul sonhado.
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