Prost, Alain
Escolhi Prost estático, pensativo
no interior do cockpit do seu Fórmula 1.
Porque essa era precisamente uma
das suas maiores imagens de marca.
A calma, a estratégia, o sangue-frio
no meio de um furacão que gira a mais de 300 kms/hora.
Em que pensa ele?
Que planos ardila "Le Professeur"?, perguntamo-nos.
"Sometimes I think I could have got
some better results
if I had a
different mentality;
if I could have pushed hard and attacked.
But then I would
have had a good
chance of making a mistake."
Alain Prost foi apelidado "Le Professeur"
pela sua abordagem intelectual à competição.
O seu estilo frio e calculista, dentro e fora da pista,
podia irritar o mais calmo dos pilotos rivais.
Quatro vezes Campeão do Mundo, apenas Juan Manuel Fangio (5)
e Michael Schumacher (7) o ultrapassaram.
Durante 14 anos (de 1987 a 2001) Prost deteve o recorde
de vitórias em Grandes Prémios, com 51 primeiros lugares no pódio.
A sua rivalidade com Ayrton Senna constituiu
uma das mais motivantes e fascinantes atracções
do desporto durante as décadas de 80 e 90.
Prost nunca arriscava em vão, só quando era
absolutamente necessário. Mais importante,
Prost conduzia com a cabeça, não com o coração.
E quando se conduz um carro a mais de 300 kms/hora,
essa parece-me a opção mais inteligente.
A prova disso é que terminou a sua carreira vivo e de boa saúde.
Pode não ter sido um herói, nem um mártir,
mas penso que "Le Professeur" prefere continuar por cá, inteiro.
Je vous salut et je vous aime beaucoup, Professeur.
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