Rosa Mota
Pequena, magra, frágil?
Nem pensar. As aparências enganam, e muito
no caso de Rosa Mota.
Criticavam-na por não se depilar nas axilas
e mesmo assim levantar os braços em sinal de vitória.
Rosinha queria lá saber disso.
Ela só se importava com uma coisa - ganhar!
"Dá-me prazer correr a maratona
porque gosto de apreciar a paisagem."
Rosa Mota foi a primeira mulher portuguesa
a ganhar uma medalha nos Jogos Olímpicos,
de bronze, em Los Angeles, em 1984.
Antes disso já vencera a maratona
do Campeonato Mundial de Atenas, em 1982.
Depois disso ganhou a medalha de ouro
em Tóquio, em 1986 e a de ouro nos Jogos Olímpicos de 1988, em Seul.
Todos nos recordamos de certeza daquele momento emocionante
e algo cómico quando Rosa dá uma volta ao estádio
e pergunta se já acabou. Por ela daria mais umas 10 se fosse preciso,
foi a sensação que todos tivémos.
A menina do Douro, que corria por vielas e descampados
para fugir ao escuro, teve uma doença rara que só o médico,
futuro companheiro e treinador José Pedrosa
conseguiu curar: asma de esforço.
Propôs-lhe a maratona.
E ela aceitou.
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