domingo, 19 de agosto de 2012

MURMÚRIOS DE MANHATTAN II

Empire State of Mind


A primeira coisa que chama por mim é sempre o Empire. Mesmo quando havia as torres, o meu pedaço de altura preferido era e continua a ser o Empire. A sua cúpula em bico é o símbolo da cidade para mim. Podem vir mais 20 torres com o dobro da altura do Empire, que continuará a estar no topo para mim. Quando avisto a cúpula a espreitar por entre os outros prédios, à saída do metro, fico com a garganta apertada. He's waiting for me.

Sobe-se ao Empire duas vezes, pelo menos, uma de dia e uma de noite.
De dia consegue-se ver na perfeição a vista toda da ilha e do território adjacente. Nunca subi sem lá estarem as torres, mas sei que se subir agora me vou emocionar quando não as vir, lá ao fundo, perto do rio, na ponta sul da ilha, como duas sentinelas guardiãs. I miss you.

De dia consegue-se olhar para baixo e destrinçar na perfeição o tricô das ruas paralelas e perpendiculares, com a sua cor predominantemente castanha dos prédios e os carros e as formigas das pessoas como peças de tetris tentando desencaixar-se eternamente. As peças que mais se destacam são as amarelas, os táxis.
De noite tem-se uma primeira visão do andar mais baixo, fechado. Depois, quando se chega lá acima, os olhos abrem-se desmesuradamente, tentando engolir sofregamente o espectáculo de luz, cor e veludo que se desenrola diante de nós.

Não gosto da Alicia Keyes, mas esta música é right on the spot:



These streets will make you feel brand new

Sem comentários: