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Nascemos enfeitiçando e morremos enfeitiçados. Talvez assim se pudesse escrever a receita deste feitiço.
E do pouco que sabemos quando pela primeira vez o fazemos, o nosso corpo e o nosso instinto vão escrevinhando notas miúdas mentais na pele e nos sentidos, que ao longo do tempo vão ficando ou não mais conscientes.
Porque existem feiticeiros e enfeitiçados. E existem feiticeiros conscientes e feiticeiros naturais. Abomino os conscientes, sofro de encantamento instantâneo com aqueles que me enfeitiçam sem que disso tenham qualquer noção. Esses são maravilhosos.
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Da consciência do enfeitiçamento alheio nada sei. Apenas que já enfeiticei inconscientemente, porque os meus enfeitiçados mo disseram. Outros saberão melhor que eu que ingredientes utilizam para colocar no caldeirão dos feitiços.
Da consciência do enfeitiçado posso falar. Aconteceu inúmeras vezes. E nada existe que possa fazer com que sintamos a vida pulsar mais, do que as borboletas no estômago que certos encantamentos provocam.
Mas apenas num caso me deixei enfeitiçar sabendo que do outro lado estava um feiticeiro consciente, daqueles que abomino. Porque foi o homem mais inteligente que conheci até hoje. Porque no decurso do seu feitiço, este se virou contra o feiticeiro, sem que a sua enfeitiçada tivesse qualquer responsabilidade na matéria. O feiticeiro desapareceu, como é apanágio de todos os grandes feiticeiros, mas o feitiço perdura na enfeitiçada envolto na suave e translúcida nébula da saudade. Saudade do confronto diário com uma mente brilhante e do jogo do gato e do rato, no qual o rato tinha plena consciência de ser presa e o gato plena consciência de ser reconhecido como o predador.
Confuso? Mas todos os feitiços o são. E aí reside a sua indelével atracção.
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Para ti, Carlos.
For you were the most remarkable Sith any Jedi could ever wish for.
May the dark side of the force be always with you ;)
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