segunda-feira, 17 de novembro de 2008

SUGESTÃO DA SEMANA


dçºlçdl

çdlºçd
Never in my wildest dreams, pensei vir a postar esta sugestão em particular, mas aqui vai.
Nunca fui fã, por diversos motivos, entre os quais dois sobressaem: a total inverosimilhança (quando estamos fora da fantasia, gosto de coisas bem coerentes e lógicas) e o machismo absoluto da série (as mulheres são retratadas como meros acessórios decorativos, objectos sexuais de prazer, beleza e glamour e pouco mais - Bond nunca se apaixona por raparigas feias ... vá-se lá saber porquê ...). E, apesar de a minha ancestralidade quase tornar obrigatória uma aficcion pelo agente ao serviço de Sua Majestade (a minha mãe adora-o), essa aficcion é completamente inexistente.
Nos últimos anos tenho aplaudido de forma desinteressada um crescente aprofundamento dos papéis distribuídos pela prole feminina da série, certamente fruto da mudança dos tempos que assim o exigem (há cada vez mais compradoras femininas com massa para os artigos de luxo do product placement do marketing dos filmes). Mas fico-me por aí.
kjelkjf
Até que um belo dia, a pele do 007 começou a ser vestida por um tal Mr. Daniel Craig. E não é que o senhor tem algo? Certo é que já vi 2 filmes do Bond com ele e passei 20 anos sem ligar pevas aos outros todos.
Passo então a explicar.
Gosto daquele ar de rafeiro que ele tem. Gosto daquela ideia que ele passa que a gente dá-lhe um pontapé e o danado do rafeiro se agarra imediatamente ao nosso calcanhar e ferra os dentes até sentir o osso, e não larga por nada deste mundo.
Há algo de Steve McQueen nele (salvo as devidas abissais distâncias) e isso agrada-me. Aliás, ou me engano muito, ou o paralelismo é intencional - há dois momentos em duas cenas de perseguição que parecem cópias de dois momentos exactos em 2 filmes do McQueen (para os cinéfilos enciclopédicos: durante a perseguição automóvel no início do filme e durante a perseguição de mota lá mais para o meio).
Daniel Craig é um James Bond intenso, mais bruto, mais assolado por demónios internos e isso dá-lhe algo que na minha opinião, faltava a alguns dos outros recentes Bond. Desde o Sean e o Roger que a coisa andava um bocado insonsa para o meu gosto.
dlkf
Depois, pela primeira vez, adorei a Bond Girl. Para variar um bocado do estereótipo, é uma tomboy (maria-rapaz) também com ar selvagem, apesar de ser belíssima e dá um belo contraponto ao nosso Bond e, amazing! she can actually act! O cartaz do filme está super bem conseguido: os dois todos cobertos de poeira do deserto, avançam decididos, olhando cada um para seu lado, cada qual a braços com os seus fantasmas interiores.
Depois, não se descansa um segundo na cadeira do cinema. É divertido, repleto de acção até dizer chega (ele é carros, aviões, barcos a motor, motas, o diabo a cétera ...) e as cenas de acção, apesar de continuarem a ser completamente inverosímeis, estão tecnicamente do melhor que há por aí.
What's that again? Bond? James Bond?
dlkldç
dklçdk
P. S. Nada é perfeito. Ao contrário dos filmes, sempre adorei as músicas. Esta é muito provavelmente a pior de sempre de toda a série ...

Sem comentários: