terça-feira, 17 de agosto de 2010

PALAVRAS ESTÚPIDAS 105

klfdkj
Escrever como quem sente
Escrever como quem mente
Escrever como quem diz
Escrever, foi o que fiz
fkdl
Escrever como dor
Escrever como pranto
Escrever como amor
Escrever como canto
dçlfkls
Escrever em desespero
Escrever como respiro
Escrever com alegria
Escrever todo o dia
jfsk
Escrever lentamente
Escrever com desvelo
Escrever docemente
Escrever como um novelo
amkljf
Escrever o que vejo
Escrever o que desejo
Escrever com punhais
Escrever até não poder mais
jgkfds
Escrever rios de tinta
Escrever vales de carvão
Escrever como quem pinta
Escrever com o coração
fklj
Escrever todas as estações
Escrever todas as emoções
Escrever todos os momentos
Escrever todos os sentimentos
fçlgk
Escrever à beira do precipício
Escrever no espaço
Escrever em suplício
Escrever até o que é baço
dçlfk
Escrever o vazio
Escrever num corropio
Escrever até morrer
Escrever para viver
dkjf
Só assim me conheço
Só assim me concebo
A escrever o que posso
A escrever como um placebo
çdfdsfkl
Escrever é para mim
Uma espada de marfim
Bela, doce, perigosa, ruim
Escrever será o meu fim
dsçfkj
Quando me for desta vida
Quero ao menos ter sido lida
Quero ter sido compreendida
E talvez até reflectida
fkjdçlf
A escrever ir-me-ei
Foi sempre assim que desejei
O lápis dos dedos largarei
E o último suspiro libertarei
çdsfj
E se existir um depois
Lá, a escrever, estarei, pois.

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