quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Where The Streets Have No Name

Bor IX
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Macro Gotas de Água
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Pensou novamente no que o Grug lhe dissera. Sobre a tal coisa do sexo. Logo a seguir Grug mostrara-lhe uma Enciclopédia Virtual, onde se explicavam várias coisas acerca do sexo. Tinha até imagens. E realmente era estranho.
Olhou para o Chuveiro Orgásmico. Era o único local em toda a Cúpula onde não havia câmaras nem Mães-Observadoras para o incomodar. Nunca utilizara aquilo. Ilac fartava-se de elogiar as grandes sessões de pirilau que tinha ali dentro, porque era o único sítio onde podia fazer aquilo em paz, sem que Lamba o interrompesse com os seus acessos de insanidade. Ele não. Preferia faze-lo na semi-privacidade da sua cama, debaixo do cobertor de espuma sintética, mesmo sabendo que as câmaras de infra-vermelhos captavam tudo. Sentia-se melhor assim. Mas aquelas imagens … tinha que fazer um exame à coisa. E esse exame só seria possível no interior do Chuveiro Orgásmico. O único problema seria o de ter que se controlar enquanto procedia ao exame. Logo se veria. E também não podia ficar muito tempo porque senão seria estranho.
Decidiu-se quando avistou outra Mãe-Observadora ao fundo do túnel a norte, zumbindo pelo ar no seu vôo ondulado e persistente. Caminhou até ao Chuveiro um pouco mais depressa e entrou rapidamente, antes que ela chegasse à entrada da Praçeta. O Chuveiro era accionado automaticamente, assim que detectava uma presença física através dos sensores. Desapertou o zip do fato UV e deixou-o escorregar até aos tornozelos. O interior da cabina era estranhamente confortável, apesar da exiguidade do espaço. Talvez fosse da temperatura, que registava exactamente 37ºC, a temperatura do corpo humano. Talvez fosse do cheiro suave libertado pelos emissores de odor. Talvez fosse da respiração lenta e gradual que se ouvia ao mesmo tempo que a sua própria respiração, através dos auriculares espetados dos dois lados da cabine. Olhou para o seu pénis. Estava completamente espetado para cima, descrevendo um arco com a base da barriga. Pensou nas imagens que vira. Da vagina da mulher. E do pénis do homem a entrar na vagina. E de como aquele arco se ajustava perfeitamente à curva da vagina. Como encaixava, como se fossem duas peças destinadas uma à outra. Depois não teve tempo para pensar em mais nada. O orgasmo veio, fazendo o pénis estrebuchar, tão intenso que o fez soltar um gemido prolongado de prazer. Reparou após alguns segundos que o gemido era replicado pelos auriculares, o que o fez gemer mais um pouco. Suspirou fundo e vestiu-se novamente. Saiu da cabine. A Mãe-Observadora zumbia mesmo à sua frente.
“Código, por favor.”
Recuperou o fôlego e sentiu aquecerem-se-lhe as faces subitamente. Acanhado, estendeu a mão para o braço mecânico. Felizmente que ali dentro não era preciso ajuda manual, ou então não saberia o que teria feito.
“Destino, por favor.”
Piscou os olhos. Casa. Bastava de emoções, por hoje.
“08210040”
“Continue, por favor.”, blink … bzz … cripl …

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