domingo, 2 de dezembro de 2012

Coisas que (ainda) nos fascinam

Nesta era em que quase tudo parece explicado, desconstruído e descodificado, ainda haverá coisas que nos fascinam, como o

ARCO-ÍRIS


Não sabemos onde acaba nem onde começa. Talvez apenas na nossa imaginação.
Acreditamos que nesse fim não revelado se encontra um enorme e generoso pote de ouro.
É estrada colorida que conduz aos sonhos e ninguém lhe fica indiferente.
Quando chove e faz sol procuramo-lo e julgamos ver na sua aparição nos céus um sinal de bom presságio. Se o firmamento assim sorri é porque os deuses benfeitores nos acompanham.
E assim constatamos que o ser humano associa instintivamente as cores à felicidade. Será a felicidade de todas as cores, então?
Enumeremo-las:
O Vermelho da paixão
O Laranja do apetite
O Amarelo da alegria e criatividade
O Verde da vida e da natureza
O Azul do sonho
O Indigo da imaginação
O Violeta do amor

O arco-íris é uma estrada para o céu, apesar de sabermos que se desenha no espaço efémero entre a água e a luz.
São sete as suas cores, número mágico por tradição.
Há quem tenha tido a sorte de ver um arco-íris de 360º. Já vi alguns.
Mas talvez que a forma mais amada seja em arco, carregando os nossos sonhos desde o momento em que nascem até à curva onde desejamos que sejam concretizados.

O poeta Keats queixou-se assim da explicação científica de Newton, que havia destruído, segundo ele, toda a poesia misteriosa do arco-íris:
Do not all charms fly
At the mere touch of cold philosophy?
There was an awful rainbow once in heaven:
We know her woof, her texture; she is given
In the dull catalogue of common things.
Philosophy will clip an Angel's wings,
Conquer all mysteries by rule and line,
Empty the haunted air, and gnomed mine –
Unweave a rainbow
John Keats


A incomparável Judy Garland e a sua voz que tinha todas as cores do espectro musical, cantaram-no desta forma em "Wizard of Oz", a sépia:

Sem comentários: