domingo, 23 de janeiro de 2011

Here I Go Again On My Own

Júpiter, Saturno, Urano e Neptuno IX
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Macro Pena Gaivota
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Sheila ou Selfid elevou-se no ar e abanou as asas azuis, esvoaçando em seu redor. Parecia estar à procura de algo. Finalmente quando pousou de novo, tinha umas asas gigantes de gaivota nas mãos.
"Asas. Um bom par delas, é o que precisas."
C. olhou para as asas, desconfiado. Para que precisava ele daquilo? E porque carga de água é que ela estava a falar numa língua que ele entendia perfeitamente? Só não conseguia dizer qual era. Aliás ...
Selfid aproximou-se e colocou-lhe as asas nas costas. Costas? Mas desde quando é que ele tinha costas? Espera ... Apalpou-se. Mas como raio é que se conseguia apalpar? Olhou para um par de mãos que lhe saíam de um par de braços. Havia aqui qualquer coisa que não estava a bater certo, mas ele não conseguia apontar o dedo exactamente ao que era.
Olhou em seu redor. Estavam numa espécie de salão enorme, com candelabros pendurados por todos os lados, que projectavam uma luz reconfortante. As janelas estavam decoradas com vitrais coloridos e havia cortinados esvoaçantes por todo o lado. Ouvia-se uma música suave e havia mais formas a esvoaçarem por ali, mas C. não conseguia perceber o que eram.
Quando deu por si estava no ar, e Selfid esvoaçava novamente, desta vez ao seu lado.
"Mas onde é que eu estou?"
"Já te disse. No meu castelo. Mas existem muito mais coisas no meu País."
No meu País? ...
"Não projectes os pensamentos. Consigo vê-los todos."
"Projectar os pensamentos? ..."
"Sim. Depois ensino-te como se faz isso. Ou como não se deve fazer.", e Selfid lançou uma risada mimosa para o ar. Ao mesmo tempo que ela se riu, notas musicais sairam-lhe da boca e o dragão azul ficou envolvido numa espécie de pauta musical flutuante.
"Mas isso fica para depois. Agora vais-me contar tudo."
Tudo? Tudo o quê?
"Tudo o que se passa contigo. Quem és, de onde vens, como vieste aqui parar e, sobretudo, como raio é que foste parar às mãos daquele esquisitóide do Techi."
Estaria a referir-se a Saturno.
"Saturno?"
"Deve ser."
"Onde é que ele está?"
"Dentro duma jaula na masmorra do castelo.", Selfid riu-se outra vez.
E C. apercebeu-se de repente que não fazia a menor ideia de como haveria de responder às perguntas do dragão. Não se lembrava absolutamente de nada do que lhe tinha acontecido ou do que era antes de encontrar o planeta.

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