De vez em quando, apetece que chova no Paraíso, para
descansarmos da praia. Assim foi hoje. Caiu um dilúvio matinal que não deixava
sequer avistar o mar do terraço. Nesses dias aproveito para dormir até mais
tarde, tomar o pequeno-almoço na cama, varrer o chão, gastar dinheiro nas
minhas duas lojas preferidas – a de roupa e a de sapatos – procurar coisas
inusitadas como cachecóis do clube extinto há cinco anos, tomar chá na varanda
e escrever e ler pela tarde fora.
Dei-me conta de um pormenor deveras interessante – é curioso
que tenha descoberto finalmente a marca de roupa diferente que adoro e a marca
de sapatos diferente que adoro precisamente no Paraíso. Andei a vida toda à
procura de roupa e sapatos diferentes e giros e estavam aqui, precisamente no
Paraíso.
Há coisas que parecem mesmo destinadas.
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