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Quatro dos personagens que escrevo são calmos, muito calmos. É curioso, mas natural. Curioso porque eu não sou nada calma, mesmo nada. Natural porque três deles são assassinos e o quarto é inspector da polícia.
Calma versus calma.
Poder-se-ia supor que um assassino é um ser tudo menos calmo. Nada de mais errado.
Poder-se-ia supor que um investigador da polícia tem uma vida frenética, a correr de um lado para o outro, perseguindo criminosos de arma em riste. Nada de mais errado.
Poder-se-ia pensar que duelos entre seres tão calmos e ponderados constituiriam uma secante do outro mundo. Nada de mais errado.
Como aprendi com "O Tigre e o Dragão", "Aprende a derrotar o movimento com o sossego."
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Mas estou a aprendê-lo com os meus personagens, à medida que os escrevo.
Sou apenas um veículo nas suas mãos. Se decidirem dirigir-se para a esquerda, sigo-os, obediente, se resolverem inverter o curso para a direita, vou a reboque.
Normalmente, apenas conheço a primeira ou segunda frases de um capítulo. O que vem a seguir, só aparece quando o lápis pousa na folha. E já lá vão muitos lápis e muitas folhas. Sem pressas.
Os meus personagens movem-se calmamente, movem-se em torno da personagem menos calma, por sinal a mais parecida comigo. Apertam o cerco. Aproximam-se.
Haverá sangue, claro. Haverá cicatrizes. Mas um assassino prepara sempre o seu coração para a morte. Calmamente. Ponderadamente. Sem pressas.
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