terça-feira, 11 de agosto de 2009

EM BUSCA DE PALAVRAS 80

Sicario
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A palavra "sicario" tem origem na ocupação romana da Palestina. A seita judia dos sicarios, também conhecidos como Celotas, foi a primeira a usar "si carri" - alguém que escondia uma lança, uma sica, nas suas vestes e apunhalava romanos e os seus simpatizantes durante assembleias públicas. A palavra sobreviveu até à actualidade e adquiriu o significado que tem hoje em dia - assassinos contratados ou mercenários puros, que actuam sozinhos ou em grupo.
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O seu interesse é puramente económico e é por esse motivo que oferecem os seus serviços a quem quer que precise deles e pague mais alto. Fazem do assassínio um estilo de vida e uma profissão muito lucrativa. Os trabalhos são geralmente realizados por lealdade a um patrão ou patrono, mas os sicarios não hesitam em aceitar outros serviços em "horas extraordinárias".
Muitos sicarios são antigos membros das forças policiais ou soldados de países da Europa de Leste e da América Latina.
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Geralmente, actuam de duas formas distintas:
* Em Público - eliminando o alvo sem se importarem com outras pessoas presentes, apresentando o incidente como um acto simples de terrorismo ou assalto
* De forma "limpa" ou "encapuçada" - de modo rápido e eficaz, sem testemunhas que os possam comprometer (ou eliminando também as testemunhas do crime) e frequentemente fazendo o assassínio parecer um acidente, um suicídio ou uma morte em circunstâncias pouco habituais
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O contacto com os clientes é muito pontual e normalmente realizado através de outros membros da "organização", para assegurar que os sicarios executantes e os seus clientes nunca se vêem, evitando assim problemas futuros.
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Não é coincidência que a maior presença de assassinos contratados seja encontrada em países-chave associados ao tráfico de droga. Os sicarios colombianos, muitos ao serviço dos clãs de narcotráfico, são famosos e muitas vezes são contratados no estrangeiro. No México, atiradores dos estados ao longo da fronteira com os EUA são muitíssimo temidos e formam organizações criminais, impondo as suas próprias leis nos respectivos territórios. No Paraguai, um dos maiores produtores de marijuana, mercenários normalmente de nacionalidade, brasileira trabalham para defender as plantações de canabis. No Brasil existem forças armadas capazes de rivalizar com qualquer corpo policial.

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