quarta-feira, 31 de outubro de 2012
terça-feira, 30 de outubro de 2012
segunda-feira, 29 de outubro de 2012
PALAVRAS ESTÚPIDAS 161
O Destino Somos Nós Que? ... ou?
Comecei a pensar no destino. Situação complicada, sobretudo porque sou uma pessoa inteligente, não crente.
Existe ou não existe destino?
Vamos por partes.
Primeira reacção e aquela em que acreditei durante muitos anos: Não existe destino. O destino somos nós que o fazemos. Ponto final. Tudo o resto é conversa, balelas, tretas, whishfull thinking e coisas que tais.
Sou céptica, agnóstica, científica e muito desconfiada sobre tudo o que aparentemente provém de um qualquer mundo sobrenatural invisível, situado algures entre a imaginação, a esperança e o sonho.
Factos: O mundo é caótico, a natureza não é perfeita, mas uma sucessão de erros e tentativas e coisas que, às vezes, dão certo. O que dá certo fica, os erros não. Não existe bem nem mal. A única coisa que existe é a vida a querer viver e o instinto de sobrevivência das espécies, incluindo a humana. Tudo o que fazemos, fazêmo-lo para viver e continuar a viver.
Variantes: Mas cometemos erros, claro. Ou não. Fazemos coisas certas. Estamos às vezes nos sítios certos, às horas certas, nas alturas certas, com as pessoas certas. Acaso? Provavelmente.
Ou não?
E se ...?
E se pusermos a hipótese de que de facto existe destino? Talvez não sempre, mas em alguns casos, poucos, raros provavelmente.
Como explicar certas pessoas que conheci por meríssimo acaso e que foram das pessoas mais importantes da minha vida? Dou exemplos concretos: se o sítio onde eu estava a estagiar não estivesse em obras eu nunca teria conhecido um homem que foi até hoje o homem mais importante da minha vida; se eu não tivesse visto o anúncio a pedir uma copywriter no quadro da faculdade não teria conhecido um outro homem que foi praticamente a minha cara metade durante anos; se eu não tivesse desobedecido a um maluco que me avisou contra outro maluco e se esse segundo maluco não estivesse ali, naquele sítio, àquela hora precisa, eu não teria conhecido um dos homens mais inteligentes da minha vida; se eu não tivesse resolvido de um dia para o outro tirar um mestrado de uma coisa que eu nem sequer sabia o que era, nunca teria conhecido alguém a quem me "liguei" porque era óbvio que só podia ser assim. E como estes quatro casos, poderia dar muitos outros.
Porquê? Porque é que estas coisas acontecem? Ou, dito de outra forma, será que há outras potenciais coisas que poderiam ter acontecido, se eu tivesse virado para a esquerda naquele dia e que nunca aconteceram?
Esta última hipótese, que vai de encontro às ideias expressas no início deste texto, é, convenhamos, horrível de supor. Que existam infinitas possibilidades perdidas todos os dias, não apenas meras possibilidades mas possibilidades essenciais, cruciais, como as quatro que exemplifiquei, a perderem-se constantemente pura e simplesmente por acaso?
Mas, e voltando ao início deste texto, uma vez que sou uma pessoa inteligente, tenho de admitir que esta última hipótese seja tão válida quanto a alternativa mais agradável. Certo?
Claro, poderemos supor que, e regressando aos quatro casos exemplificados, as conclusões a que eu tenha chegado o sejam pura e simplesmente porque eu decidi que elas assim fossem. Ou seja, se calhar haverá pessoas que serão muito mais importantes na minha vida, mas como eu tenho de dar sentido à minha vida que já passou, classifico os acontecimentos onde os quatro exemplos se incluem como especialmente especiais, não porque eles sejam de facto especiais, comparados se calhar com outros, mas porque eu os quero especiais.
Talvez. Mas continua a ser horrível.
É bem mais agradável acreditar que nada acontece por acaso, que não há coincidências e que o destino está escrito nas estrelas.
Balelas ... Mas que as há ... há ...
Claro, poderemos supor que, e regressando aos quatro casos exemplificados, as conclusões a que eu tenha chegado o sejam pura e simplesmente porque eu decidi que elas assim fossem. Ou seja, se calhar haverá pessoas que serão muito mais importantes na minha vida, mas como eu tenho de dar sentido à minha vida que já passou, classifico os acontecimentos onde os quatro exemplos se incluem como especialmente especiais, não porque eles sejam de facto especiais, comparados se calhar com outros, mas porque eu os quero especiais.
Talvez. Mas continua a ser horrível.
É bem mais agradável acreditar que nada acontece por acaso, que não há coincidências e que o destino está escrito nas estrelas.
Balelas ... Mas que as há ... há ...
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PALAVRAS ESTÚPIDAS
domingo, 28 de outubro de 2012
DDT - Deambulações DeMentes Teóricas 59
The Serial Killer - Part XXXIX
When we look at the individual development of serial killers, we find two common factors in most cases: a systematic abuse during childhood, wether physical (30%), psychological (69%) or sexual (40%); and the existence of a fantasy life.
The following behaviours are listed below with the according frequency:
Behaviour Childhood Teenager Adult
Compulsive masturbation 82% 81% 81%
Fantasy 82% 82% 81%
Isolation 71% 77% 73%
Cronic lying 71% 75% 68%
Involuntary urinating 68% 60% 15%
Rebelion 67% 84% 72%
Nightmares 67% 68% 52%
Destruction of objects 58% 62% 35%
Pyromania 56% 52% 28%
Theft 56% 81% 56%
Cruelty towards children 54% 64% 44%
Bad self-belief 52% 63% 62%
Violent outbursts of rage 48% 50% 44%
Sleep disturbances 48% 50% 50%
Violence towards adults 38% 84% 86%
Phobias 38% 43% 50%
Escapes 36% 46% 11%
Cruelty towards animals 36% 46% 36%
Accident propensity 29% 32% 27%
Headaches 29% 33% 45%
Destruction of personal objects 28% 35% 35%
Loss of appetite 27% 36% 35%
Convulsions 19% 21% 13%
Self-mutilations 19% 21% 32%
The majority of these murderers highlight the importance of a fantasy life based on aggressive thoughts and a ritual that blends death with sex. All of them mentioned prefering their ghosts to real life. They also reveal a high degree of egocentrism and they do not recall the existence of any positive ghosts during their childhood. It is hard to know if those positive ghosts even existed, if they were buried beneath negative thoughts or if they are totally absent from their minds. More than half of them claim they were already disturbed with rape fantasies before the age of 18 and 21% actually fulfilled those fantasies less than a year after they became conscious of them.
When asked to list their sexual preferences, the results were as follows:
pornography 81%
fetishism 72%
voyeurism 71%
sadomasochism 39%
exhibitionism 25%
bestiality 23%
obscen phone calls 22%
transvestism 17%
prostitution 11%
coprophagy 7%
As we can see, all of these sexual expressing forms are of a solitude nature. When asked about the preparation for their crimes, they insist on the importance of these fantasies. They recognize that after the first murder they became greatly absorbed and frequentely excited by the memory of the act, which helped feed the fantasies concerning following crimes.
The following behaviours are listed below with the according frequency:
Behaviour Childhood Teenager Adult
Compulsive masturbation 82% 81% 81%
Fantasy 82% 82% 81%
Isolation 71% 77% 73%
Cronic lying 71% 75% 68%
Involuntary urinating 68% 60% 15%
Rebelion 67% 84% 72%
Nightmares 67% 68% 52%
Destruction of objects 58% 62% 35%
Pyromania 56% 52% 28%
Theft 56% 81% 56%
Cruelty towards children 54% 64% 44%
Bad self-belief 52% 63% 62%
Violent outbursts of rage 48% 50% 44%
Sleep disturbances 48% 50% 50%
Violence towards adults 38% 84% 86%
Phobias 38% 43% 50%
Escapes 36% 46% 11%
Cruelty towards animals 36% 46% 36%
Accident propensity 29% 32% 27%
Headaches 29% 33% 45%
Destruction of personal objects 28% 35% 35%
Loss of appetite 27% 36% 35%
Convulsions 19% 21% 13%
Self-mutilations 19% 21% 32%
The majority of these murderers highlight the importance of a fantasy life based on aggressive thoughts and a ritual that blends death with sex. All of them mentioned prefering their ghosts to real life. They also reveal a high degree of egocentrism and they do not recall the existence of any positive ghosts during their childhood. It is hard to know if those positive ghosts even existed, if they were buried beneath negative thoughts or if they are totally absent from their minds. More than half of them claim they were already disturbed with rape fantasies before the age of 18 and 21% actually fulfilled those fantasies less than a year after they became conscious of them.
When asked to list their sexual preferences, the results were as follows:
pornography 81%
fetishism 72%
voyeurism 71%
sadomasochism 39%
exhibitionism 25%
bestiality 23%
obscen phone calls 22%
transvestism 17%
prostitution 11%
coprophagy 7%
As we can see, all of these sexual expressing forms are of a solitude nature. When asked about the preparation for their crimes, they insist on the importance of these fantasies. They recognize that after the first murder they became greatly absorbed and frequentely excited by the memory of the act, which helped feed the fantasies concerning following crimes.
sábado, 27 de outubro de 2012
AS BANDAS DE ANDRÓMEDA
Van Halen
EUA
O apelido dos dois irmãos holandeses que fundaram a banda, Eddie e Alex.
Eruption. Uma obra-prima eléctrica, do princípio ao fim. Uma coisa do outro mundo.
Mas também: Why can't this be love, Jump, Dreams, Can't stop lovin' you, Right now, When it's love
EUA
O apelido dos dois irmãos holandeses que fundaram a banda, Eddie e Alex.
Eddie, Eddie e mais Eddie.
Sammy primeiro, depois David.
Também David, mas mais pelo seu carisma do que propriamente pela sua voz.
Prefiro a voz de Sammy, é mais agradável aos meus ouvidos.
Prefiro também a fase da banda com Sammy, mais comercial dirão alguns, mais o meu género, digo eu.
O power, sobretudo, muito por culpa de Eddie.
Enfim, será preciso dizer que os Van Halen sem o brilho genial dos dedinhos de Eddie na guitarra eléctrica não seriam nada? Não seriam nada, é um facto.
A primeira vez que ouvi Eruption ficou-me gravado para a posteridade na memória - teria uns dezassete aninhos, estava a ouvir música na rádio do meu então leitor de cassettes, no escurinho da noite, dentro da cama e pimbas! aparece-me aquilo a tocar. Lembro-me que fiquei literalmente de boca aberta durante o tempo todo que durou a música, que ainda por cima era uma versão extralonga porque era ao vivo num qualquer concerto que já não recordo onde. Pensei, mas isto é possível? eu nem sequer sabia que era possível fazer isto com uma guitarra ... No dia seguinte fui tentar descobrir tudo o que pude sobre os Van Halen e, sobretudo, sobre esse Deus que acabara de nascer para mim naquela noite.
O som da banda, inconfundível, graças a Eddie e à voz de Haggar.
O cabelo de Sammy, gosto bué.
Os gritos de Sammy, também curto bué.
Os solos incríveis de Eddie, claro.
Para além de ser o melhor guitarrista do mundo (para mim), segundo melhor para muita gente (a seguir a Hendrix), Eddie não é nada feio e é sexy na fase de cabelo curto. Mas, caramba, homem que toque assim guitarra é sexy em qualquer parte do universo e arredores.
Eruption. Uma obra-prima eléctrica, do princípio ao fim. Uma coisa do outro mundo.
Mas também: Why can't this be love, Jump, Dreams, Can't stop lovin' you, Right now, When it's love
'Cause we belong in a world
that must be strong
sexta-feira, 26 de outubro de 2012
PALAVRAS TRADUZIDAS 35
Fool on the Hill - Beatles
Dia após dia,
Sozinho numa colina,
O homem com o sorriso idiota está perfeitamente quieto
Mas ninguém o quer conhecer,
Podem ver que ele é apenas um idiota,
E ele nunca responde,
Mas o idiota na colina,
Vê o sol a pôr-se,
E os olhos na sua cara,
Vêem o mundo a girar.
Aí vai ele,
A cabeça numa nuvem,
O homem das mil vozes fala perfeitamente alto
Mas nunca ninguém o ouve,
ou o som que parece fazer,
e ele parece nunca reparar,
Mas o idiota na colina,
Vê o sol a pôr-se,
E os olhos na sua cara,
Vêem o mundo a girar.
E ninguém parece gostar dele,
eles sabem o que ele quer fazer,
e ele nunca mostra os seus sentimentos,
Mas o idiota na colina,
Vê o sol a pôr-se,
E os olhos na sua cara,
Vêem o mundo a girar.
Ooh, ooh,
A girar e a girar e a girar.
E ele nunca os ouve,
Ele sabe que eles é que são os idiotas
Eles não gostam dele,
O idiota na colina,
Vê o sol a pôr-se,
E os olhos na sua cara,
Vêem o mundo a girar.
Ooh,
A girar e a girar e a girar
Dia após dia,
Sozinho numa colina,
O homem com o sorriso idiota está perfeitamente quieto
Mas ninguém o quer conhecer,
Podem ver que ele é apenas um idiota,
E ele nunca responde,
Mas o idiota na colina,
Vê o sol a pôr-se,
E os olhos na sua cara,
Vêem o mundo a girar.
Aí vai ele,
A cabeça numa nuvem,
O homem das mil vozes fala perfeitamente alto
Mas nunca ninguém o ouve,
ou o som que parece fazer,
e ele parece nunca reparar,
Mas o idiota na colina,
Vê o sol a pôr-se,
E os olhos na sua cara,
Vêem o mundo a girar.
E ninguém parece gostar dele,
eles sabem o que ele quer fazer,
e ele nunca mostra os seus sentimentos,
Mas o idiota na colina,
Vê o sol a pôr-se,
E os olhos na sua cara,
Vêem o mundo a girar.
Ooh, ooh,
A girar e a girar e a girar.
E ele nunca os ouve,
Ele sabe que eles é que são os idiotas
Eles não gostam dele,
O idiota na colina,
Vê o sol a pôr-se,
E os olhos na sua cara,
Vêem o mundo a girar.
Ooh,
A girar e a girar e a girar
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quinta-feira, 25 de outubro de 2012
PALAVRAS ESTÚPIDAS 160
Dúvida Existencial Nº 21
Sou só eu que acho isto ou não estou sozinha?
Que qualquer dos gajos que fazem o cinco para a meia-noite só fazem é merda com o nosso dinheiro de contribuintes?
Que aquilo é a maior vergonha da televisão pública a acontecer em directo de segunda a sexta?
Que em cinco gajos, não haver sequer um que tenha um pingo de piada e/ou bom gosto é obra!
Que fico possessa de cada vez que apanho algum daqueles gajos a falar merdas enquanto é pago fortunas com o MEU dinheiro!
Que, enfim, deveriam ir os cinco, não para a meia-noite, mas precisamente para a MERDA.
Que aquilo é a maior vergonha da televisão pública a acontecer em directo de segunda a sexta?
Que em cinco gajos, não haver sequer um que tenha um pingo de piada e/ou bom gosto é obra!
Que fico possessa de cada vez que apanho algum daqueles gajos a falar merdas enquanto é pago fortunas com o MEU dinheiro!
Que, enfim, deveriam ir os cinco, não para a meia-noite, mas precisamente para a MERDA.
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quarta-feira, 24 de outubro de 2012
MURMÚRIOS DO PARAÍSO XXIII
O Delfim com Pêlo na Venta
Mas voltando, portanto, ao Delfim. Ela achou-lhe piada. Foi tomar banho, voltou, fez um esforço tremendo para não olhar para ele e depois ele basou. Ela ficou com pena. Mas, habituada a esta característica do Paraíso – os galanteadores são como as marés, vão e vêm e nunca ficam muito tempo – regressou a casa resignada ao facto de que provavelmente nunca mais lhe iria pôr a vista em cima. Enganou-se.
Dois dias mais tarde lá estava ele outra vez. Quando o viu caminhar pelo areal fora na sua direcção, o coração pulou-lhe dentro do peito. A cena repetiu-se. Mas dessa vez foi ela quem se foi embora. Caramba, ele apareceu muito tarde e ela estava com frio e com vontade de fazer xixi. Deixou-o no areal, mas na esperança de que ele a seguisse até casa. Não seguiu. Ela ficou francamente desiludida. À noite fantasiou uma história de amor entre os dois. Desejou ardentemente que ele regressasse.
No dia seguinte, como ele não aparecesse, voltou para casa e regressou à praia para ir passear. Foi pelo varandim de madeira. E não é que ele estava precisamente lá sentado, provavelmente à espera dela?! Olhou-o, murmurou para dentro "Não posso acreditar nisto..." e desviou o olhar. Ele fez exactamente a mesma coisa, não sabemos o que terá murmurado interiormente, mas se for conquilheiro algo do género "C......o!" Ficou com a impressão de que ele era mais velho do que imaginara e desiludiu-se. Ao contrário da amostra de Hannibal Lecter de alguns dias atrás, desejou que ele a tivesse seguido, mas isso não aconteceu.
O
Delfim tinha pêlo na venta. Mas ela só descobriu isso alguns dias mais tarde.
Esquecera-se que todos os locais, especialmente os conquilheiros, tinham pêlo
na venta. Chegavam a ser agressivos, mesmo.
Ele
apanhou-a completamente desprevenida, claro. Não lhe acontecia uma assim há
anos, literalmente. O Delfim apareceu do nada, depois do velho, do porco e do
tarado dos cães.
Eu explico.
Primeiro foi o gordo porco e nojento que andava a passear à beira-mar para disfarçar e depois se sentou perto dela e, sem vergonha na cara, se pôs a tomar-lhe as medidas. Quando ela se levantou para se ir embora da praia, o porco chegou mesmo a afunilar os lábios em sinal de aprovação, algo que lhe fez revirar o estômago em convulsões de vómito metafórico e literal.
A seguir foi o velho, doido, que ela só descobriu que era doido quando percebeu que ele andava pela praia toda não à procura dela mas de algo indecifrável. Ao fim de dois dias disto, conseguiu arrumar o velho maluco nas rotinas do Paraíso e seguir com a sua vida.
O gordo porco faria a sua aparição mais duas vezes, ambas dignas de filmes policiais de alto calibre hollywoodiano – nesse mesmo dia, quando regressou à praia a medo para passear, depois de ter estado uma boa hora a escrutinar o areal da varanda do seu sétimo andar privilegiado, à espera que a sua figurinha desapareces, descansou quando não viu as suas banhas refasteladas em lado nenhum, para logo a seguir quase ter tido um ataque de coração quando, olhando lá para o fundo para o varandim de madeira, deu de caras com o dito cujo sentado, a escrutinar o areal. Só faltou aquele bang de música de terror de filme de perseguição assassina. Foi passear, mas só olhou para trás uma hora mais tarde. Ele não a tinha seguido. Da segunda aparição se fará aqui próximo post. Por agora se dirá apenas que Hannibal Lecter ao pé deste gordo é como um príncipe ao pé de um porco.
Finalmente, o tarado dos cães, que ela já conhece de outros anos, sentou-se a uns metros de distância nessa mesma tarde, e por artes ela não sabe de que magia, fez o raio dos cães passarem pela sua sombrinha e um deles chegou mesmo a sentar-se descaradamente durante uns segundos. O tarado dos cães também foi arrumado rapidamente na rotina – aparece sempre à tarde, passeia os cães durante uns minutos, fica um bocado sentado na areia a observar alguma turista como ela e vai-se embora. É inofensivo, apesar de incomodativo.
Eu explico.
Primeiro foi o gordo porco e nojento que andava a passear à beira-mar para disfarçar e depois se sentou perto dela e, sem vergonha na cara, se pôs a tomar-lhe as medidas. Quando ela se levantou para se ir embora da praia, o porco chegou mesmo a afunilar os lábios em sinal de aprovação, algo que lhe fez revirar o estômago em convulsões de vómito metafórico e literal.
A seguir foi o velho, doido, que ela só descobriu que era doido quando percebeu que ele andava pela praia toda não à procura dela mas de algo indecifrável. Ao fim de dois dias disto, conseguiu arrumar o velho maluco nas rotinas do Paraíso e seguir com a sua vida.
O gordo porco faria a sua aparição mais duas vezes, ambas dignas de filmes policiais de alto calibre hollywoodiano – nesse mesmo dia, quando regressou à praia a medo para passear, depois de ter estado uma boa hora a escrutinar o areal da varanda do seu sétimo andar privilegiado, à espera que a sua figurinha desapareces, descansou quando não viu as suas banhas refasteladas em lado nenhum, para logo a seguir quase ter tido um ataque de coração quando, olhando lá para o fundo para o varandim de madeira, deu de caras com o dito cujo sentado, a escrutinar o areal. Só faltou aquele bang de música de terror de filme de perseguição assassina. Foi passear, mas só olhou para trás uma hora mais tarde. Ele não a tinha seguido. Da segunda aparição se fará aqui próximo post. Por agora se dirá apenas que Hannibal Lecter ao pé deste gordo é como um príncipe ao pé de um porco.
Finalmente, o tarado dos cães, que ela já conhece de outros anos, sentou-se a uns metros de distância nessa mesma tarde, e por artes ela não sabe de que magia, fez o raio dos cães passarem pela sua sombrinha e um deles chegou mesmo a sentar-se descaradamente durante uns segundos. O tarado dos cães também foi arrumado rapidamente na rotina – aparece sempre à tarde, passeia os cães durante uns minutos, fica um bocado sentado na areia a observar alguma turista como ela e vai-se embora. É inofensivo, apesar de incomodativo.
O
Delfim surpreendeu-a no dia seguinte, quando se virou na toalha e lá estava ele
sentado. Suspirou e praguejou entredentes – “outra vez?!! não me deixam em
paz!” Mas, este era diferente. Era novo, magro, usava um boné branco na cabeça
e uns óculos espelhados que lhe tapavam a cara. Sobretudo, não olhava
descaradamente. Fingia que não olhava. Olhava para todos os lados e depois,
sorrateiramente, olhava para ela. Achou-lhe uma certa piada. Achou piada ao
facto de ele não saber o que fazer aos braços e às pernas, que coçava para
disfarçar. Achou piada ao facto de quando ele não estava a olhar ela ter a
certeza de que lhe apetecia tudo menos não olhar. E, sobretudo, não era nem
velho nem gordo, nem parecia um serial killer. Era um delfim. Conjecturou sobre a sua ocupação – desejou que
fosse conquilheiro.
Ela tem um fétiche por conquilheiros, estão a ver.
Explico.
Os conquilheiros são jovens, esguios, fortes, elegantes e danados para a brincadeira. Atiram-se descaradamente. Agressivamente. Parece que querem matar em vez de galar. Ela acha-lhes piada, desde que eles não abusem muito. O problema é que quando um conquilheiro fisga uma donzela, ela está literalmente feita. Primeiro leva com um galanteio assim um bocado demasiado exagerado mas que ela, vá, até acha piada porque não está ainda bem a ver onde é que a coisa tem potencial para chegar. Logo a seguir, sobretudo se se fizer de parva e ignorar, leva com outro galanteio que não é galanteio propriamente dito, é mesmo tipo assim uma espécie de assassino de todos os galanteios. Os conquilheiros não gostam de ser ignorados e, ela suspeita, sofrem de um qualquer complexo de inferioridade relativamente a todas as turistas armadas em boas que lhes invadem o Paraíso nos meses de Verão. Na cabeça deles, ela imagina, eles pensam: estas p.....s andam aqui a passear o cu e a usufruir do que é nosso e ainda têm o descaramento de se fazer de difíceis.
Os conquilheiros têm um dom especial – fazer uma mulher sentir-se uma princesa e, logo a seguir, sem sequer dar tempo para respirar, fazê-la sentir-se uma pega autêntica. Todos os homens deviam ter lições com conquilheiros do Paraíso, para perceberem como uma mulher se sente quando o galanteio não é galante.
Ela tem um fétiche por conquilheiros, estão a ver.
Explico.
Os conquilheiros são jovens, esguios, fortes, elegantes e danados para a brincadeira. Atiram-se descaradamente. Agressivamente. Parece que querem matar em vez de galar. Ela acha-lhes piada, desde que eles não abusem muito. O problema é que quando um conquilheiro fisga uma donzela, ela está literalmente feita. Primeiro leva com um galanteio assim um bocado demasiado exagerado mas que ela, vá, até acha piada porque não está ainda bem a ver onde é que a coisa tem potencial para chegar. Logo a seguir, sobretudo se se fizer de parva e ignorar, leva com outro galanteio que não é galanteio propriamente dito, é mesmo tipo assim uma espécie de assassino de todos os galanteios. Os conquilheiros não gostam de ser ignorados e, ela suspeita, sofrem de um qualquer complexo de inferioridade relativamente a todas as turistas armadas em boas que lhes invadem o Paraíso nos meses de Verão. Na cabeça deles, ela imagina, eles pensam: estas p.....s andam aqui a passear o cu e a usufruir do que é nosso e ainda têm o descaramento de se fazer de difíceis.
Os conquilheiros têm um dom especial – fazer uma mulher sentir-se uma princesa e, logo a seguir, sem sequer dar tempo para respirar, fazê-la sentir-se uma pega autêntica. Todos os homens deviam ter lições com conquilheiros do Paraíso, para perceberem como uma mulher se sente quando o galanteio não é galante.
Mas voltando, portanto, ao Delfim. Ela achou-lhe piada. Foi tomar banho, voltou, fez um esforço tremendo para não olhar para ele e depois ele basou. Ela ficou com pena. Mas, habituada a esta característica do Paraíso – os galanteadores são como as marés, vão e vêm e nunca ficam muito tempo – regressou a casa resignada ao facto de que provavelmente nunca mais lhe iria pôr a vista em cima. Enganou-se.
Dois dias mais tarde lá estava ele outra vez. Quando o viu caminhar pelo areal fora na sua direcção, o coração pulou-lhe dentro do peito. A cena repetiu-se. Mas dessa vez foi ela quem se foi embora. Caramba, ele apareceu muito tarde e ela estava com frio e com vontade de fazer xixi. Deixou-o no areal, mas na esperança de que ele a seguisse até casa. Não seguiu. Ela ficou francamente desiludida. À noite fantasiou uma história de amor entre os dois. Desejou ardentemente que ele regressasse.
No dia seguinte, como ele não aparecesse, voltou para casa e regressou à praia para ir passear. Foi pelo varandim de madeira. E não é que ele estava precisamente lá sentado, provavelmente à espera dela?! Olhou-o, murmurou para dentro "Não posso acreditar nisto..." e desviou o olhar. Ele fez exactamente a mesma coisa, não sabemos o que terá murmurado interiormente, mas se for conquilheiro algo do género "C......o!" Ficou com a impressão de que ele era mais velho do que imaginara e desiludiu-se. Ao contrário da amostra de Hannibal Lecter de alguns dias atrás, desejou que ele a tivesse seguido, mas isso não aconteceu.
Mas
no dia seguinte lá estava ele novamente. Observou-o com os olhos
escondidos pelos braços cruzados sobre a toalha. Era realmente um Delfim. Tinha
corpo e jeito de Delfim. Mas o rosto era mais velho do que o corpo, como
acontece com todos os conquilheiros. As agruras da vida de mar têm esse efeito.
O Delfim tem corpo de vinte anos mas um rosto indefinido de trinta misturado
com quarenta, que lhe dá um ar estranho. Dessa vez não se conteve e soltou umas
risadas que ele deve ter ouvido porque o viu rir-se também. O problema é que
ela e o seu Delfim não estavam em sintonia. Ela gosta das coisas devagar, com
sedução. O Delfim, fiel à sua condição de conquilheiro, quer ir directo à
acção. Ela levantou-se para ir tomar banho e para que ele a apreciasse. Mas ele
deve ter interpretado aquilo como uma tampa, porque enquanto estava no mar,
viu-o levantar-se decididamente e ir embora, mal humorado. Praguejou. Chamou-lhe nomes
interiormente e exteriormente. Ele nunca os ouviria. Sacana! O Delfim, por seu
lado, estava possesso. Viu-o falar com dois homens no varandim de madeira,
levantar os braços, acenar e partir. Nunca mais voltou.
Ela tem saudades dele. Bastantes. Quer a sua figura sentada no areal, magra e desajeitada, sem saber o que fazer aos braços e às pernas. Quer as suas mãos a acenderem um cigarro para fazer tempo e poder olhá-la mais um bocado. Quer aquela figura em contra-luz, recortada no sol das 4 da tarde, o boné enfiado na cabeça e os óculos espelhados que se viram de vez em quando na sua direcção e a sua boca que sorri. Gosta da sua linguagem corporal, não sabe porquê. O seu corpo franzino desperta-lhe instintos poéticos. Se ele não fosse burro nem estúpido, poderia encontrar nos seus braços uma enseada calma e apaixonada. Mas as coisas nunca são assim. Só nos filmes de Hollywood. E o Paraíso está muito longe de Hollywood.
Ela tem saudades dele. Bastantes. Quer a sua figura sentada no areal, magra e desajeitada, sem saber o que fazer aos braços e às pernas. Quer as suas mãos a acenderem um cigarro para fazer tempo e poder olhá-la mais um bocado. Quer aquela figura em contra-luz, recortada no sol das 4 da tarde, o boné enfiado na cabeça e os óculos espelhados que se viram de vez em quando na sua direcção e a sua boca que sorri. Gosta da sua linguagem corporal, não sabe porquê. O seu corpo franzino desperta-lhe instintos poéticos. Se ele não fosse burro nem estúpido, poderia encontrar nos seus braços uma enseada calma e apaixonada. Mas as coisas nunca são assim. Só nos filmes de Hollywood. E o Paraíso está muito longe de Hollywood.
terça-feira, 23 de outubro de 2012
MURMÚRIOS DE MANHATTAN X
Central Park
O Central Park chama-se assim precisamente porque é central. Ocupa o coração de Manhattan e é, obviamente, o seu pulmão.
A vista de Manhattan a partir do Central Park é mais interessante do que propriamente a vista do Central Park a partir de Manhattan. Explico: o Central Park é um rectângulo verde denso, visto de qualquer prédio que o envolve; já Manhattan vista do Central Park revela surpresas inusitadas. Pontas espigadas que saltam por entre as árvores, conjuntos de pedra de diferentes estilos que de repente nos surpreendem por trás de uma avenida de árvores. Estar no coração de Manhattan a olhar para o resto de Manhattan é reconfortante. Não nos sentimos esmagados, mas felizes, surpreendidos, abraçados, embalados pela cidade das alturas.
O próprio parque guarda surpresas inusitadas, sobretudo no que toca a estátuas. Um dia, nunca tive tempo para isso, irei passear-me por todo o parque e fazer o meu próprio inventário privado de estátuas. Não as conheço todas. Gostava. Recordo duas, uma que conheci, outra de que apenas ouvi falar - a Estátua de Hans Christian Andersen, de livro na mão e por companhia um pato e a Estátua da Pantera, que faz embuscada aos joggers algures num dos muitos corredores destinados a quem gosta de correr - chama-se Still Hunt.
O Central Park tem actividades para todos os gostos, feitios, carteiras, meteorologias e manias. A minha é observar o abraço de Manhattan a partir do seu coração. Garanto que é estarrecedor e inigualável. Em mais nenhum parque do mundo se consegue esta vista.
A vista de Manhattan a partir do Central Park é mais interessante do que propriamente a vista do Central Park a partir de Manhattan. Explico: o Central Park é um rectângulo verde denso, visto de qualquer prédio que o envolve; já Manhattan vista do Central Park revela surpresas inusitadas. Pontas espigadas que saltam por entre as árvores, conjuntos de pedra de diferentes estilos que de repente nos surpreendem por trás de uma avenida de árvores. Estar no coração de Manhattan a olhar para o resto de Manhattan é reconfortante. Não nos sentimos esmagados, mas felizes, surpreendidos, abraçados, embalados pela cidade das alturas.
O próprio parque guarda surpresas inusitadas, sobretudo no que toca a estátuas. Um dia, nunca tive tempo para isso, irei passear-me por todo o parque e fazer o meu próprio inventário privado de estátuas. Não as conheço todas. Gostava. Recordo duas, uma que conheci, outra de que apenas ouvi falar - a Estátua de Hans Christian Andersen, de livro na mão e por companhia um pato e a Estátua da Pantera, que faz embuscada aos joggers algures num dos muitos corredores destinados a quem gosta de correr - chama-se Still Hunt.
O Central Park tem actividades para todos os gostos, feitios, carteiras, meteorologias e manias. A minha é observar o abraço de Manhattan a partir do seu coração. Garanto que é estarrecedor e inigualável. Em mais nenhum parque do mundo se consegue esta vista.
segunda-feira, 22 de outubro de 2012
MAGIC MOMENTS 245
Tunes for Travelers 49fkdsf
No carro, no comboio, no autocarro, no avião, no barco. Façamo-nos às estradas deste mundo, mas que seja com estilo e energia.
No carro, no comboio, no autocarro, no avião, no barco. Façamo-nos às estradas deste mundo, mas que seja com estilo e energia.
Big wheel keep on turning
Proud mary keep on burning
Proud mary keep on burning
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MAGIC MOMENTS
domingo, 21 de outubro de 2012
sábado, 20 de outubro de 2012
DDT - Deambulações DeMentes Teóricas 58
The Serial Killer - Part XXXVIII
Serial killers are very intelligent individuals, generally speaking. Their intelligence is revealed not only through their intelectual abilities, but mainly it concerns the skills they show in preparing their crimes, manipulating those around them and in their ability to use decoys to hide their criminal activities.
Frequentely they kill the same type of victims and they can travel hundreds of miles to select and hunt their prey.
The crime is considered a ritual by the murderer. Usually serial rapists fear sex and are only able to practice it by reducing their victims to full impotence, unconscious or even dead. Henry Lee Lucas, someone we will be talking about later on, executed his victims so that he could use their different body parts to satisfy his sexual needs.
The serial killer does not consider his victim as human but as an object, a carcass, members destined to awake his desire. What matters is not the identity of the corpse but what it signifies.
Frequentely they kill the same type of victims and they can travel hundreds of miles to select and hunt their prey.
The crime is considered a ritual by the murderer. Usually serial rapists fear sex and are only able to practice it by reducing their victims to full impotence, unconscious or even dead. Henry Lee Lucas, someone we will be talking about later on, executed his victims so that he could use their different body parts to satisfy his sexual needs.
The serial killer does not consider his victim as human but as an object, a carcass, members destined to awake his desire. What matters is not the identity of the corpse but what it signifies.
The FBI conducted a series of interviews since 1979 to 36 serial killers and sexual murderers. The results were published in 1983 and do not necessarily aply to all serial killers, but they give is a serious average of what might be happening in general.
Most of the individuals questioned are the oldest son in their family, 15% being an only child and 12% adopted. The majority was raised in the 40s and 50s and some in the 60s, which gives them an advantage in a society and an age dominated by males. Almost none had any physical disability and their appearance was agreeable. In 29% of the cases their IQ is medium, in 36% of the cases having a high IQ and in 15% of the cases a very high IQ. Two thirds started their lives in traditional families, having both a mother and a father. In two halves of the cases the mother stayed home to take care of them and in 75% of the cases the father had a stable professional occupation. 80% of them belong to the middle class and only 14% come from poor families.
Most of the individuals questioned are the oldest son in their family, 15% being an only child and 12% adopted. The majority was raised in the 40s and 50s and some in the 60s, which gives them an advantage in a society and an age dominated by males. Almost none had any physical disability and their appearance was agreeable. In 29% of the cases their IQ is medium, in 36% of the cases having a high IQ and in 15% of the cases a very high IQ. Two thirds started their lives in traditional families, having both a mother and a father. In two halves of the cases the mother stayed home to take care of them and in 75% of the cases the father had a stable professional occupation. 80% of them belong to the middle class and only 14% come from poor families.
However, this apparent normality hides more important elements. The great majority of serial killers have suffered extreme episodes of physical and mental violence during their childhood. All in all, as children they have been neglected or abused and have experienced a great deal of conflicting situations, without being able to use proper defence systems. These frustrations, stress situations and anguish crisis, in association to a chronic incapacity to deal with them, can lead to total isolation from society, which the individual considers a hostile entity. Some people choose to kill themselves during their teenage years, instead of having to face a life of loneliness and frustration. They have very little self esteem. They are usually described by their family members and friends as very quiet, agreeable and closed, never seeming to accomplish their potencial. During their teenage years they may comit voyeuristic or fetishist acts which balance their inability to maintain normal intercourse with females. But they can also choose to exteriorize their hostility through agressive acts, mostly during puberty. They express themselves through anti-social activities which may lead them to murder. They want to get revenge of society by punishing those who seem to function well in it.
Half of the individuals have had criminal background. 53,3% have had psychiatric background, 60% of the families knew alcoholism, 33% used heavy drugs and 46,2% had extreme sexual difficulties. All families were unstable. In 68% of the cases the families changed homes frequentely and in 40% of the cases the individuals were sent for adoption, detention centers or psychiatric institutions before they were 18. 66% knew mental difficulties from early childhood. In 47% of the cases the biological father abandoned home before the subject was 12. On the other hand, 66% of them had domineering mothers and in 45% of the cases motherly coldness was the norm.
sexta-feira, 19 de outubro de 2012
AS BANDAS DE ANDRÓMEDA
U2
Irlanda
O nome foi um dos seis sugeridos por Steve Averill, um músico punk amigo da família de Adam Clayton. Os membros gostaram da sua ambiguidade e múltiplas interpretações.
Bono, claro.
A voz de Bono, o carisma de Bono, a singularidade de Bono, o charme de Bono.
Mas também todos os outros membros, porque os U2 são das raras bandas em que cada um dos seus membros tem uma personalidade muitíssimo vincada.
A segurança e beleza de Larry.
A loucura de Adam.
O enigma de The Edge.
As letras de Bono, que para mim deveria ser um dos nomes propostos recorrentemente ao Prémio Nobel da Literatura.
O som único da banda.
Os sons múltiplos da banda, que se tem renovado, reinterpretado, reciclado sucessivamente ao longo dos anos.
A imagem da banda, as imagens da banda, as ideias da banda, as histórias que todos os álbuns e todas as tournées nos contam.
A banda ao vivo - surpreendentemente tem-se a sensação de se estar num sítio pequeno, num clube, por exemplo, onde quatro amigos tocam para nós - apesar de estarmos num estádio apinhado de gente e parafernália tecnológica. Essa sensação é absolutamente surpreendente e mágica.
A simplicidade dos quatro rapazes irlandeses.
A seguir aos Fleetwood Mac, são sem dúvida a segunda melhor banda do Universo e arredores.
Where The Streets Have No Name, sempre.
Mas também: I still haven't found what I'm looking for, Misterious Ways, Bad, All I want is you, Sunday Bloody Sunday, A man and a woman, Numb, Beautiful day, city of blinding lights, The hands that built America, When love comes to town, One, Stuck in a moment you can't get out of, Who's gonna ride your wild horses, Walk on, The unforgettable fire, Sometimes you can't make it on your own, Pride, The Fly, All because of you
But I still haven't found what I'm looking for
quinta-feira, 18 de outubro de 2012
PALAVRAS TRADUZIDAS 34
Sign O' The Times - Prince
Oh yeah
Em França um homem magro
Morreu de uma grande doença com um nome pequeno
Por acaso a sua namorada encontrou uma agulha
E depressa fez o mesmo
Em casa há miúdos de dezasete anos
E a sua ideia de se divertirem
É pertencerem a um gang chamado os Díscípulos
Viciados em crack, empunhando uma metralhadora
Tempo, tempo
O furacão Annie arrancou o telhado de uma igreja
E matou toda a gente lá dentro
Ligas a televisão e quase todas as histórias
Te dizem que alguém morreu
A irmã matou o bebé porque não tinha dinheiro para o alimentar
E andamos a enviar pessoas à Lua
Em Setembro o meu primo experimentou erva pela primeira vez
Agora já vai na heroína, é Junho
Tempo, tempos
Não é curioso?
Quando uma nave espacial explode
E mesmo assim toda a gente quer continuar a voar
Alguns dizem que um homem não está feliz
A não ser que um homem morra verdadeiramente
Oh porquê
Tempo, tempo
Bebé, faz um discurso, guerras de estrelas voam
Os vizinhos só atraem a atenção
Mas se uma noite cair e uma bomba cair
Será que alguém verá a madrugada
Tempo, tempos
Não é curioso?
Quando um foguetão explode
E mesmo assim toda a gente quer continuar a voar
Alguns dizem que um homem não está verdadeiramente feliz
Até que um homem morra verdadeiramente
Oh porquê, oh porquê, sinal dos tempos
Tempo, tempo
O sinal dos tempos avaria-te a cabeça
Depressa antes que seja tarde
Vamo-nos apaixonar, casar, ter um bebé
Chamar-lhe-emos Nate - se for um rapaz
Tempo, tempo
Tempo, tempo
Oh yeah
Em França um homem magro
Morreu de uma grande doença com um nome pequeno
Por acaso a sua namorada encontrou uma agulha
E depressa fez o mesmo
Em casa há miúdos de dezasete anos
E a sua ideia de se divertirem
É pertencerem a um gang chamado os Díscípulos
Viciados em crack, empunhando uma metralhadora
Tempo, tempo
O furacão Annie arrancou o telhado de uma igreja
E matou toda a gente lá dentro
Ligas a televisão e quase todas as histórias
Te dizem que alguém morreu
A irmã matou o bebé porque não tinha dinheiro para o alimentar
E andamos a enviar pessoas à Lua
Em Setembro o meu primo experimentou erva pela primeira vez
Agora já vai na heroína, é Junho
Tempo, tempos
Não é curioso?
Quando uma nave espacial explode
E mesmo assim toda a gente quer continuar a voar
Alguns dizem que um homem não está feliz
A não ser que um homem morra verdadeiramente
Oh porquê
Tempo, tempo
Bebé, faz um discurso, guerras de estrelas voam
Os vizinhos só atraem a atenção
Mas se uma noite cair e uma bomba cair
Será que alguém verá a madrugada
Tempo, tempos
Não é curioso?
Quando um foguetão explode
E mesmo assim toda a gente quer continuar a voar
Alguns dizem que um homem não está verdadeiramente feliz
Até que um homem morra verdadeiramente
Oh porquê, oh porquê, sinal dos tempos
Tempo, tempo
O sinal dos tempos avaria-te a cabeça
Depressa antes que seja tarde
Vamo-nos apaixonar, casar, ter um bebé
Chamar-lhe-emos Nate - se for um rapaz
Tempo, tempo
Tempo, tempo
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quarta-feira, 17 de outubro de 2012
MURMÚRIOS DE LISBOA CXIV
The Vampire and The Werewolf - Part XI
Werewolf is Game.She thought is was unfair to the werewolf, see. So she decided to amend the situation. She wanted the werewolf in the game. After all, it is a competition and right now only the vampire is aware of everything. It’s not fair.
Werewolf is Game.She thought is was unfair to the werewolf, see. So she decided to amend the situation. She wanted the werewolf in the game. After all, it is a competition and right now only the vampire is aware of everything. It’s not fair.
So she sent the
poem to the werewolf. Literally. By real mail. She sent it. It is probably the
most foolish, crazy, insane thing she has ever done in her entire life. Sending
the poem to the werewolf is her crossing of the World Trade Center. She
couldn’t stand it anymore. To think about it and not do it. She almost went mad
for months, until she finally decided to just throw the thinking out the window
and be done with it. She sent the poem, with a short letter. The letter said
the following:
“Hello,
I wrote this
poem for you. Because life is too short, I don’t feel like keeping it in the
drawer. I don’t know you and you don’t know me. I don’t know if you’re a Jedi
or if you’re a Sith.
Am I crazy?
Probably.
An idiot?
Most surely.
But don’t
call the police because I am harmless.
I just want
you to read this and I want you to enjoy it. You can do whatever you like with
it – save it in your heart or crunch it and throw it away. It depends wether
you’re a Jedi or a Sith.
If our paths
never cross unless at a distance, may the force be with you.”
Imediately after posting
it, she felt light. She felt as if a burden had been finally lifted off her
shoulders. But now, a few hours later, she’s in a panic. She needs air. She
can’t breath. She doesn’t believe what she did. Inspite of this, she doesn’t
regret it, surprisingly.
Now it’s up to him. The
ball is on his side. He can ignore it or he can do something about it. Whatever
he decides, the werewolf is game. It’s only fair, because, after all, she does
want him to win more than anything else.
terça-feira, 16 de outubro de 2012
MURMÚRIOS DE MANHATTAN IX
Chrysler
O Chrysler é, sem sombra de dúvida, a figura mais bonita de Nova Iorque.
É elegante, esguio e tem estilo.
É discreto, mas marcante, sem ser ostensivo.
Temos vontade de subir ao seu pico e lá ficar durante horas esparramados nas suas escamas a contemplar o mundo novo que se desenrola cá em baixo.
É seguro dizer que sem o Chrysler, Manhattan não seria a mesma Manhattan.
Não faz sombra ao Empire, mas também não lhe fica a dever em nada. Convivem ambos em harmonia, sem lutas ou desavenças.
Onde o Empire é antigo, nobre e sábio, o Chrysler é aristocrata, dandy e trendy.
Estará sempre em sintonia com qualquer tempo que presencie. Seja o século XX ou o século XXX, o Chrysler não destoará nunca.
De dia ou de noite, é absolutamente inconfundível e ilumina a cidade como mais ninguém, seja reflectindo o brilho do sol, seja projectando o seu brilho nocturno.
Parece uma nave espacial concebida por um povo encharcado em bom gosto e requinte, prestes a sair disparada no céu manhattiano. Tenho a certeza que a cidade inteira o seguiria, sugada pelo seu prestígio e segurança.
O Chrysler tem personalidade. Mais, numa cidade cheia de personalidade, onde cada esquina e cada prédio tem Personalidade, que a Personalidade do Chrysler se consiga mesmo assim destacar, é obra!
segunda-feira, 15 de outubro de 2012
MAGIC MOMENTS 244
Tunes for Travelers 48fkdsf
No carro, no comboio, no autocarro, no avião, no barco. Façamo-nos às estradas deste mundo, mas que seja com estilo e energia.
No carro, no comboio, no autocarro, no avião, no barco. Façamo-nos às estradas deste mundo, mas que seja com estilo e energia.
I don't care how you get here -
just get here if you can
just get here if you can
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domingo, 14 de outubro de 2012
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