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dçlfdldCharles - Parte II
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Charles Joseph Whitman tinha uma relação violenta com o pai, apenas apaziguada nos momentos em que ele e os seus 2 irmãos partilhavam com o progenitor a paixão pela caça. Charles era o típico escuteiro, afável, sorridente, bom estudante, loiro, de olhos azuis. Mas por trás de tanta perfeição, havia um terrível segredo - o pai batia nos filhos e na mãe e exigia demasiado de Charlie. Chegava a colocar o cinto em cima do piano, para lembrar a Charlie que ele tinha de ser o melhor.
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Nos Marines ele conseguiu finalmente ser o melhor, mas quando foi para a Universidade, a viver sozinho, sem a disciplina do pai ou do exército, revelou a sua verdadeira natureza e tornou-se um rebelde. Uma noite matou um veado com uns colegas e trouxe-o para o dormitório, para o esquartejar na banheira - uma atitude no mínimo bizarra.
Durante a crise dos mísseis de Cuba, foi chamado de volta ao exército, mas quando regressou à Universidade, as suas notas eram tão baixas que a bolsa lhe foi retirada. Deu-se ao jogo e foi apanhado com uma arma ilegal, tendo sido levado a tribunal marcial e despromovido a soldado raso. Durante esta fase conheceu uma rapariga de 19 anos e casou-se. Charles escreveu que morreria por ela facilmente. Mas, enquanto estava na prisão, a mulher prosseguia os seus estudos e Charles escrevia no seu diário que a sentia distante. Após a saída da prisão e o regresso à Universidade, Charles continuou a escrever que se sentia diminuído pelo facto de a mulher arranjar trabalhos melhores, que os sustentavam. Ela dizia que ele era violento, mas os amigos não acreditavam.
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Parecia cada vez mais frenético e desorganizado. Escrevia muito sobre a morte e revelava um egoísmo e auto-centrismo comum a assassinos em massa e serial-killers. Um professor revelou que ele era muito intenso, que levava tudo muito a sério e que acha que nunca o viu rir. Por esta altura os pais separaram-se finalmente, mas o emprego que a mãe arranjou parecia a Charles horrível e degradante. Começou a falar em subir à torre para matar pessoas.
Na madrugada de 1 de Agosto de 1966, Charles Whitman dirige-se a casa da mãe, bate-lhe na cabeça e apunhala-a no peito, deitando-a na cama e tapando-a como se estivesse a dormir. Numa carta menciona que a mãe não merecia a vida horrível que tivera e que ele porá termo a essa situação. De seguida, regressa a casa e apunhala a mulher 5 vezes no peito, falando das suas virtudes numa carta que escreve de seguida.
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De manhã, mata 13 pessoas e fere 34, do topo da torre do relógio da Universidade do Texas, antes de ser morto.
Na carta escrita de madrugada, Charles despede-se e diz que não entende o que se passa consigo. Ultimamente, diz, era atormentado por pensamentos irracionais e estranhos. Lutava com esse tormento sozinho e pedia que o seu cérebro fosse analisado após a sua morte. Com efeito, durante a autópsia, foi descoberto um cancro maligno no cérebro, localizado perto da amígdala, local comum para o aparecimento de ataques de ira e hipografia - uma necessidade incontrolável de escrever.
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Os amigos acham que o tumor é a explicação para o que aconteceu. Para outros, Charles era apenas uma bomba ambulante, que explodiu de forma planeada e estudada no dia mais quente do ano, em Austin. Estes últimos, têm uma razão de peso para pensarem assim - Charles deixou o pai vivo, de propósito, pois sabia que ele iria afirmar coisas muito inconvenientes e teria de passar a vida a explicar o que tinha acontecido.
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