quarta-feira, 30 de junho de 2010

PALAVRAS ESTÚPIDAS 100

Smeagol, o Gato de Biblioteca - Lição nº 2
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Os gatos vêem coisas que nós não vemos. Os românticos dirão que são fantasmas.
Serão antes minúsculas partículas da vida, apenas visíveis à sua poderosa visão, sombras efémeras que atravessam paredes, demasiado velozes para o olho humano, microscópicos insectos ou rolos de fumo demasiado disperso.
De vez em quando, a meio da noite, lá está ele a fixar uma parede branca ou uma ripa de madeira do chão, aparentemente vazias.
E por vezes, mesmo eu tão científica, me questiono se serão os gatos como as crianças d'As Asas do Desejo, que vêem os anjos que os adultos não conseguem vislumbrar. Se serão os gatos como essas crianças, mas que em vez de anjos, avistam os nossos demónios interiores?

terça-feira, 29 de junho de 2010

MAGIC MOMENTS 110

DVD 17 - Dedicatórias Verdadeiramente Dedicadas
kfdçlsf
À selecção, porque até merece. Vá lá, bora lá arrasar com esses hermanos!!!!!!
fkjldf

segunda-feira, 28 de junho de 2010

'Till I Found You

O Mundo Colapsa 25
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«L00p» Gentlemen, I think this is something worth looking at.
«Jupiter» I don’t think it’s something. I know it’s something. As you know, the probability of this happening is close to zero. They simply blow up. Which is why it is extremely interesting the fact that there are 3 PacMasters connected, as we speak.
«Devil_Master» How can you be sure that this is not a bluff?
«Le0pard» Precicely. How many times did we talk about shit like this? And how many times you, C., told me that the last people you would trust would be real people?
«Krueg» How many generations have passed? Five? Six? How can you even consider such a thing?
«L00p» How would they know? There are no records left. Nothing. Everything’s been destroyed.
«Jupiter» Because they have help from inside. One of them got caught and somehow managed to escape and became an ARLI himself. Since then, he’s been feeding them information about everything. The Net, the War, the New Era. Us. Everything. That’s how.
«Devil_Master» That’s possible … With an insider …
«Le0pard» The more reason to consider it a bluff. Do you have any data on the insider? How the hell did he get inside? That’s impossible …
«Krueg» Completely insane to consider even the idea.
«L00p» There is a possibility … Remote, but possible, statistically speaking I mean. What if someone remained? Someone that could transmit the information orally?
«Jupiter» That’s exactly what I thought. But no … Why would the machines keep a body, if they only use them for fuel and if they can preserve the mind through cloning? But there’s another possibility. There could be a system of passing the word from generation to generation, if someone thought of that in the beginning.
«Devil_Master» Very unlikely. It would get lost, eventually. Or completely distorted, just as myths do.
«Le0pard» Of course it would. People are extremely volatile and forgetful. We all know that.
«Krueg» And selfish. That would have meant a coherent effort through generations. Gentlemen, we all know that’s impossible. I don’t even know why we’re wasting any more time with this.
«L00p» Wait a minute. Your idea of Resistance is equally insane, from that point of view.
O esforço de Human era heroico, mas vão. C. sabia-o, mesmo quando insistiu:
«Jupiter» That’s right. You give me proof of your Resistance, and I’ll give you proof of my theory. We’ll see who strikes a point.
«Devil_Master» That’s not healthy at all, gentlemen.
«Le0pard» I’m not even considering this option, C. I want a vote on Krueg’s plan, gentlemen.
«Krueg» Even so, I’d like to retaliate. The point is, this is not just a feeling. If there was in fact a Resistance, it makes sense because it would have been created at the beginning and kept intact all this time through records. Not through will.
Depois rematou com o Code Green.
Podia rebentar-lhe com os miolos naquele momento e espalhá-los pela rede, se o tivesse podido fazer. Precisamente porque tinha lógica o que ele dissera.
«L00p» I disagree, but you have my Green, J.
«Jupiter» I can’t give you a Green, J. You know that. I can’t agree with something that will destroy us all.
Mostrou o Code Red.
«Devil_Master» You have my Green.
«Le0pard» Carlos, for disobeying and endangering the Program and for acting in complete disaccordance to the rules of this meeting, I give you the Rule. That’s a second, C.
Relutantemente, mostrou-lhe o Verde.
«Le0pard» I don’t know what you’re trying to do, but whatever it is I want no part in it. If you go near that PacMaster again, you’re out of the Program, C. I’m sorry. But that’s just the way it is.
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Não tinham passado sequer 10 segundos do final da CM e já o Jorge estava a enviar-lhe um Alerta.
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«Jupiter» antes de dizeres seja o que for, deixa-me frisar uma coisa – estás a colocar-te do lado errado da barricada e estás a levar 5000 almas de arrasto
Pausa. Provavelmente não tinha sequer pensado naquilo.
«Le0pard» que raio é que tu queres dizer com isso?
«Jupiter» quero dizer que as tuas más decisões não afectam apenas 5 pessoas, ou 10. Afectam 5000 contabilizados que te hão-de seguir até à morte, o que é precisamente o que o Krueg pretende. Depois desta CM não tenho mais dúvidas sobre as minhas suspeitas. Tudo isto cheira muito mal, Jorge. Não consegues ver isso? Ou o poder subiu-te de tal forma à cabeça que não consegues ver nada?
«Le0pard» Digamos que tens razão. Como é que tu queres que eu aceite um plano mirabolante como o teu? Sabes quanto tempo isso vai demorar? E se for bluff, vai tudo p’ro galheiro. Somos completamente destruidos.
«Jupiter» Mas ir directamente à Fonte usando os ARLI’s todos disponíveis não é suicídio? Qual é a diferença?
«Le0pard» Porra, Carlos! Nós temos uma enorme base de dados sobre as máquinas. Muito maior do que a que temos sobre os humanos actuais. Andamos nisto há 200 anos. Não há ninguém lá fora em quem possamos confiar.
«Jupiter» Claro. Uma enorme base de dados constituída essencialmente por informação dum tipo que se auto-denomina expert na Fonte. Não confio nele. Nunca confiei.
«Le0pard» Dá-me um motivo. Não consegues. Uma prova. Não tens. A verdade é que nunca conseguiste. E queres que eu aja em função dos teus feelings.
«Jupiter» Não tenho argumentos. Tens razão. Normalmente sou eu quem não confia neles e tu quem me diz que a culpa não é deles. E agora, ironicamente, concordo contigo. Invertemos as posições. Mais depressa confio num bando de humanos do que num ARLI. Sabes porquê? Porque o sentimentalóide que ainda vive cá dentro, aquele que não consegue fazer o upgrade nem sequer para 2ª Geração, sente que lá fora, apesar de tudo, talvez haja mais espírito humano do que cá dentro, mesmo que esteja adormecido. Chama-lhe esperança. Costumavas ter muito disso. Foi por isso que conseguimos formar o Programa. Porque tu, mais do que eu, mais do que qualquer uma de todas as 5000 alminhas que andam a vaguear aqui, tinhas esperança.
«Le0pard» E tenho porra! O que é que julgas que é isto? Sede de poder? Tou cansado, percebes? Sabes uma coisa. Lol. Nunca dormi com uma gaja. Acreditas? Andava de tal forma agarrado ao PC que nunca sequer tive tempo para molhar o pau, Carlos.
«Jupiter» Eu sei … Se isto não fosse tão grave, até conseguia rir. Vamos todos pó galheiro à conta das tuas hormonas.
«Le0pard» Não brinques, Carlos.
«Jupiter» Eu não estou a brincar. É por isso que deves ser o líder. Porque és como és. Cheio de hormonas. Cheio de humanidade. Energia. Prazer de viver. Mas eu não te posso seguir desta vez, Jorge. Pura e simplesmente não posso. Nunca hás-de perceber isso porque hás-de ter sempre 17 anos. Há coisas que um homem tem de fazer, porque tem de fazer, doa a quem doer. E esta é uma delas.
«Le0pard» Não me faças isso.
«Jupiter» Já fiz. Acabou-se. I’m out.
«Le0pard» Só sais quando eu disser que sais.
«Jupiter» Se eu continuar a investigar tens que me pôr fora.
Silêncio.
«Jupiter» Não te preocupes. O Human fica. Saio sozinho.
«Le0pard» e o José?
«Jupiter» O José faz o que eu lhe disser. E eu vou-lhe dizer para ficar.
«Le0pard» Vou-te dar tempo para pensares.
«Jupiter» Não é preciso.
çlskçlsd
DCC Chat Off.
lskls
O Human deixara-lhe uma mensagem.
«MemoServ» ASAP

domingo, 27 de junho de 2010

OS FILMES DE ANDRÓMEDA

Eléctrico Chamado Desejo (Um)
A Streetcar Named Desire
Realização: Elia Kazan (EUA)
Ano: 1951
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"Stanley Kowalski: Hey, Stelaaaaaaaaaaaaa!!!!!!!!!!!!!"
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Recordo:
... das primeiras vezes que vi Marlon Brando representar e fiquei siderada ...
... a brutalidade, a naturalidade, a veracidade, a visceralidade da sua representação ...
... o contraste magnífico com a interpretação mais tradicional de Vivien Leigh, mas igualmente magnífica ...
... a música sinuosa e sensual que, como uma autêntica serpente física se enrola por entre o filme adentro, puxando-nos para o seu interior ...
... o preto-e-branco magnífico que dispensa cor ...
... o grito de Stanley, à chuva, à beira das escadas, como uma criança mimada que quer o seu brinquedo de volta ...
... o beijo mais sensual da história do cinema, cru, primitivo, carnal ...
... Brando, Brando, Brando e mais Brando (ele sempre disse que odiava este personagem, porque era tão contrário à sua pessoa na vida real) ...
... aquela cena hilariante, à mesa do jantar, quando Stanley atira os pratos ...
... aquela deixa fabulosa, tantas vezes citada noutros filmes, "I have always depended on the kindness of strangers." ...
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sábado, 26 de junho de 2010

Fetiche #26

Fetiche
Nome masculino > 1. Objecto a que se presta culto por se atribuir poder mágico ou sobrenatural > 2. figurado. aquilo a que se dedica um interesse obssessivo ou irracional > psicologia. objecto gerador de atracção ou excitação sexual compulsiva.
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"Peo

ple are like stained-glass windows. They sparkle and shine when the sun is out, but when the darkness sets in, their true beauty is revealed only if there is a light from within.

" - Elisabeth Kubler-Ross
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[Vitral]
1. Palavra mágica e colorida > 2. Há algo num vitral que atrai, como traça em redor da luz > 3. Normalmente com motivos religiosos, suponho que porque hoje em dia seja muito dispendiosos fazer vitrais e a prática tenha sido abandonada > 4. É pena, porque os vitrais são fascinantes > 5. Normalmente nem sequer me detenho na história que contam, antes nas cores deslumbrantes que irradiam no meio da escuridão de uma igreja, de uma catedral, de um mosteiro

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Macro Secrets 41

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It's better to live on the edge than to die on the shore

quinta-feira, 24 de junho de 2010

MORMORIOS DI FIRENZE XIX

Il Vero Mostro - Parte V
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Savonarola falava contra a decadência, os excessos e o espírito humanístico do Renascimento.
Alguns anos após a tomada de posse, instigou as famosas Fogueiras das Vaidades. Os seus enviados iam de porta em porta, recolhendo objectos que Savonarola achava pecaminosos - espelhos, livros pagãos, produtos de cosmética, música secular e instrumentos musicais, tabuleiros de xadrez, cartas de jogar, roupas e pinturas. Todos estes objectos eram amontoados na Piazza della Signoria e queimados em grandes fogueiras. O artista Botticelli, que caiu sob a influência de Savonarola, ofereceu muitas das suas obras voluntariamente a estas fogueiras e pensa-se que alguns dos trabalhos de Michelangelo possam também ter perecido no fogo de Savonarola, juntamente com outras obras-primas do Renascimento, de valor incalculável.
Sob o governo de Savonarola, Florença afundou-se no declínio económico. Os Últimos Dias de que ele falava constantemente, nunca chegaram. Em vez de abençoar a cidade pela sua religiosidade descoberta, Deus parecia tê-la abandonado. O povo, especialmente a juventude, começou a desafiar os éditos de Savonarola. Em 1497, uma multidão de jovens rapazes explodiu durante um dos sermões de Savonarola; o motim espalhou-se e tornou-se uma revolta generalizada, as tabernas reabriram, o jogo foi retomado e a dança e a música podiam mais uma vez ser ouvidas, ecoando pelas travessas esguias de Florença.
Vendo o seu controlo desaparecer, Savonarola tornou-se ainda mais fanático nos seus sermões e cometeu um erro fatal - virou as críticas contra a própria igreja. O papa excomungou-o e ordenou a sua prisão e execução. Uma multidão enfurecida invadiu o mosteiro de San Marco, deitou as portas abaixo, matou alguns dos monges e arrastou-o para fora. Foi acusado de um rol de crimes, entre os quais "erro religioso". Depois de ter sido torturado durante várias semanas, foi pendurado em correntes numa cruz na Piazza della Signoria, no mesmo local onde tinha erguido as suas Fogueiras das Vaidades, e queimado vivo. O fogo foi alimentado durante horas e os seus restos mortais foram recolhidos e remisturados nas cinzas, para que não sobrasse nenhum pedaço seu, passível de ser usado como relíquia de veneração. As suas cinzas foram atiradas para o Arno.
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+fº3fº+
O Renascimento foi retomado. O Sangue e a beleza de Florença continuaram. Mas nada dura para sempre, e ao longo dos séculos, Florença perdeu gradualmente o seu lugar entre as principais cidades da Europa. Recuou para os bastidores, famosa pelo seu passado, mas invisível no presente, enquanto outras cidades italianas se tornaram mais proeminentes, sobretudo Roma, Nápoles e Milão.
Os florentinos actualmente são conhecidos pela sua clausura, considerados pelos outros italianos como arrogantes e presumidos, excessivamente formais, saudosistas e fossilizados pela tradição. Eles são sóbrios, pontuais e trabalhadores. No fundo, os Florentinos sabem que são mais civilizados do que os outros italianos. Eles deram ao mundo tudo o que é de excepção e de belo e fizeram mais do que suficiente. Agora podem fechar as suas portas e virarem-se para o interior.
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Quando o Monstro de Florença chegou, os Florentinos encararam os assassínios com incredulidade, desespero, terror e uma espécie de fascínio doentio. Eles pura e simplesmente não podiam aceitar que a sua lindíssima cidade, a expressão física do Renascimento, o próprio berço da civilização ocidental, como é apelidada, pudesse albergar um tal monstro.
Mas mais do que isso, eles não conseguiam aceitar a ideia de que o assassino pudesse ser um deles.
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retirado de "The Monster of Florence" - Douglas Preston e Mario Spezi

quarta-feira, 23 de junho de 2010

PALAVRAS ESTÚPIDAS 99

Smeagol, o Gato de Biblioteca - Lição nº I
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T. S. Elliot, no seu livro "Book of Predicted Cats" diz que um gato deve ter 3 nomes:
* um nome sensato como Victor ou Electra
* outro peculiar como Muskustrap ou Bombalurina
* e um outro secreto, que só o próprio gato conhece e nunca confessará.
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Vou aguardar pela maioridade (ainda só tem 7 meses) para lhe dar o segundo, uma vez que o primeiro já é suficientemente peculiar.
Prevejo gato adulto de enorme singularidade, capaz de aguentar com segundo nome verdadeiramente místico. Nas palavras da veterinária, "este gato vê-se que tem muita personalidade". Nas minhas palavras "este gato é completamente avariado do sistema, Smeagooooooool!!!!!!!!! tá quieeeeeeeetoooooooooooo!!!!!!!!!!!!!!"
Três meses depois de o acolher em casa constato que o primeiro nome, se bem que impronunciável por muito boa gente, acenta-lhe que nem uma luva - Smeagol é dotado, como o personagem literário, de dupla personalidade - ora arrasa a casa em vipes de loucura repentinos, ora parece um anjinho de asinhas brancas quando pede comida.

terça-feira, 22 de junho de 2010

MAGIC MOMENTS 109

DVD 16 - Dedicatórias Verdadeiramente Dedicadas
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Para o mano :)
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segunda-feira, 21 de junho de 2010

Adeus, José


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Sempre que morre um grande escritor, morre uma parte da alma do seu país e, por consequência, uma parte da alma dos seus conterrâneos.
Goste-se ou não do seu estilo, há que reconhecer a grandeza, a imaginação, a bravura das palavras.
Adeus, José Saramago.

domingo, 20 de junho de 2010

MURMÚRIOS DE LISBOA XCIV

Celeste e o Banco de Jardim
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Celeste senta-se no banco todas as tardes. Nem sempre é o mesmo banco, mas sempre que pode e está vazio, é aquele que ela escolhe porque está num cantinho do jardim, ligeiramente afastado do bulício da zona central por onde toda a gente decide cortar caminho.
Ali há sempre sombra ou sol, consoante o que se preferir, e é possível ver sem ser visto.
Celeste arruma o casaco de malha nas costas e estende as pernas escuras para as expôr a uma nesga de sol que espreita por entre os ramos das árvores. Os chinelos estão gastos, repara. Mas vamos já a meio do mês e ela não pode comprar outros ainda. Puxa a bata mais para baixo, para tapar o fim de uma nódoa negra que teima em aparecer um pouco acima do joelho.
Celeste senta-se no banco todas as tardes, para ter um pouco de paz. Fica uns quinze minutos. Não mais que isso, porque não pode. São os quinze minutos mais preciosos dos seus dias, das suas noites, da sua vida. Ali no banco, ela esquece as nódoas negras por uns instantes. Esquece os gritos, as bebedeiras, a força da mão dele no seu rosto, nas suas costas, nas suas coxas, onde calhar.
Celeste senta-se no banco todas as tardes e ali, rodeada de pétalas de lilazes esguias caídas no chão e banhada pela luz dourada do sol, ela ainda consegue acreditar que a vida pode ser uma coisa boa.

sábado, 19 de junho de 2010

'Till I Found You

O Mundo Colapsa 24
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«L00p» Yes, but when you talk about a Resistance, you mean human or artificial?

«Jupiter» That is the question. Because if it was artificial, then it could be a bluff, you're aware of that, I presume?
«Devil_Master» What's the difference?
«Le0pard» Do you really think that's an issue?
«Krueg» I see your point, gentlemen. But the thing is, if there was an idea of Resistance, an artificial one I mean, then there had to be real human Resistance, because the machines couldn't possibly make that up. They don't have the creativity to do so. They're machines ...
«L00p» So it was artificial ...
«Jupiter» You're disregarding something. The idea could have been planted by double-agents or even flipped ARLI's or even caught ARLI's. We don't know what they do to them before they dump them in the Virtual Cemetery, do we?
«Devil_Master» I see what you mean ...
«Le0pard» Is there any way to know for sure, that is my question. And as I don't think there is, the question remains this - should we just stick around for another 200 years, or should we take the risk?
«Krueg» Precicely. This is no time for cautious behaviour. That's just my point. We should go ahead with this.
«L00p» But what if it's a trap, and we're falling right into it?
«Jupiter» I'm sorry, but I can't green code a suicidal plan such as this one. Besides, my report doesn't back up anything. The criss-cross I've done comes up wit zip codes. Nothing. There are hints, fragments, but that's all.
«Devil_Master»
«Le0pard» I disagree. I've made criss-crossings and the data shows hundreds of common words to describe patterns of action
«Krueg» True. And more so - it also shows a hope of things to come, that is something which you two seem always very keen on relying upon.
«L00p» One thing is to understand and foster hope in a world of bytes. Another thing is to rely solely on a feeling of something that might be just our will to want it to be something. As for the common words in criss-crossing data, that could be just a mere coincidence. You know that as well as I do. No one in his right mind and with the knowledge the world already had in the XXI, would leave a code made up of words. Maths is the universal language.
«Jupiter» Exactly my point. I've been criss-crossing numbers in every single possible way for dozens of years and the results are always zip.
«Devil_Master» Sometimes, gentlemen, the best thing to do is just to follow your instinct. We've lost too much time already and this is becoming extremely dangerous. We don't have time. This is the third RCM in 2 days. We're playing with fire. We must do something. I say we act.
«Krueg» You have my unconditional support.
«L00p» If that's what you want ...
«Jupiter» I cannot believe what I'm reading! Ok. I didn't want to do this, but I'm forced to by the circumstances. What if I told you that, as we speak, there are a bunch of humans who know exactly what's going on and have planned to do exactly the same?
«Devil_Master» What?
«Le0pard» What do you mean?
«Krueg» You're crazy. That's impossible.
«L00p» What are you talking about?
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Começou a enviar os dados da Dheli. A Shell rodopiou. É claro que não iam ter tempo para verificar aquilo como deve ser, mas já lhe permitia que ficassem com uma ideia geral. E isso bastava para estar, ou totalmente lixado ou safo de vez. O que ele queria era fazer com que o Jorge desistisse da ideia suicida proposta pelo Krueg e se virasse para aquilo. Tinha que arriscar, mesmo sabendo que ele ia ficar possesso, porque era absolutamente proibido fazer o que fizera.
Os dados acabaram de ser transmitidos. A Shell rodopiou mais uma vez, enquanto todos analisavam a transmissão.
lkfdçlfk
«Le0pard» You're insane! What did you think you were doing?
«Krueg»
Nem falou. Deixou passar a sua vez. Não era preciso. Estava completamente enterrado. Human veio em seu auxílio.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

OS FILMES DE ANDRÓMEDA

Donnie Darko
Realização: Richard Kelly (EUA)
Ano: 2001
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"Donnie: I made a new friend today.
Dr. Lilian Thurman: Real or imaginary?
Donnie: Imaginary."
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Recordo:
... a estranheza total ...
... um mundo alternativo muitissimo bem congeminado ...
... a surpresa do "disclosure" ...
... um coelho assustador ...
... salvo erro, foi aqui que começou a moda dos filmes mesmo muito, mas mesmo muito estranhos ...
... um actor interessante, de seu nome, Jake Gyllenhaal ...
... o saudoso Patrick Swayze no papel de um daqueles tipos que ensinam as pessoas a serem mais felizes e vivem, por consequência, à custa dos seus rendimentos, muito diferente dos papeis em que estávamos habituados a vê-lo - uma boa surpresa ...
... tenho que rever este filme ...
dºfkdºçlf

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Fetiche #25

Fetiche
Nome masculino > 1. Objecto a que se presta culto por se atribuir poder mágico ou sobrenatural > 2. figurado. aquilo a que se dedica um interesse obssessivo ou irracional > psicologia. objecto gerador de atracção ou excitação sexual compulsiva.
fºçdº~fç
"Get away from her, you bitch!" - Ripley
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çlfdºçdf
[Alien]
1. Nome do pesadelo da segunda mulher mais corajosa da história do Cinema. > 2. Ripley, de seu nome, começa como uma jovem aparentemente ingénua e acaba um clone com a experiência de 7 vidas de gato > 3. Curiosamente ou não, no primeiro filme da série o seu companheiro é precisamente um gato, cujo nome não recordo > 4. O monstro, cujo criador é ainda mais estranho que a criação, é um misto de embrião gigante com enguia, com máquina de triturar e de produzir baba que é a coisa mais asquerosa de que há memória na história do cinema > 5. Alien mete medo porque é inteligente e insensível, uma verdadeira máquina de matar, apenas preocupada com a sua própria sobrevivência - na opinião de alguns cientistas contra os quais Ripley luta, o ser mais perfeito de toda a criação > 6. Todos os filmes da série foram realizados por realizadores totalmente distintos e com uma marca muito própria, o que oferece a cada um deles um lugar por direito na história da saga > 7. O preferido continua a ser o primeiro, porque Ridley Scott foi muito inteligente - à falta de budget suficiente, jogou com o nosso medo irracional, primitivo e instintivo do escuro e do desconhecido e só nos mostra partes do monstro em flashes muito rápidos > 8. Ripley é sem dúvida a minha heroína de eleição - gosto da sua determinação, da sua coragem, da sua loucura e da sua obssessão incansável > 9. Sempre que vejo um Alien faço-o com as mãos a taparem-me metade da cara e colada à parede, mas persisto, não sei exactamente porquê, adoro aqueles filmes > 10. Go Ripley, kill that motherfucker!!!!!!!!!!
kdçlsf

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Macro Secrets 40

fkdçlf
I'm a traveller at heart

terça-feira, 15 de junho de 2010

MORMORIOS DI FIRENZE XVIII

Il Vero Mostro - Parte IV
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Num calmo Domingo de Abril, um bando de assassinos Pazzi atacou Lorenzo, o Magnífico e o seu irmão, Giuliano, num momento vulnerável - durante a missa no Duomo. Mataram Giuliano, mas Lorenzo conseguiu escapar e fechou-se na sacristia. Os florentinos, enraivecidos com este ataque ao seu patrono, perseguiram os conspiradores. Um dos líderes, Jacopo de' Pazzi, foi enforcado numa janela do Palazzo Vecchio, o seu corpo desnudado e arrastado pelas ruas e atirado ao rio Arno. Apesar desta contrariedade, a família Pazzi sobreviveu, oferecendo ao mundo a famosa freira Maria Maddalena de' Pazzi que surpreendeu o mundo com os seus delírios arrebatadores durante as orações.
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Um Pazzi fictício foi criado no século XX, quando o escritor Thomas Harris fez um dos seus personagens principais no romance Hannibal, um descendente dos Pazzi, um detective da polícia florentino que ganha fama e notoriedade por resolver o caso do Monstro de Florença.
A morte de Lorenzo o Magnífico em 1492, no auge da Renascença, conduziu a um desses períodos sangrentos que marcaram a história florentina. Um monge dominicano de nome Savonarola, que vivia no Mosteiro de San Marco, consolou Lorenzo no seu leito de morte, para mais tarde se virar contra a família Medici. Savonarola era um homem estranho, escondido sob vestes castanhas de monge, magnético, vulgar, desajeitado e bruto, com um nariz adunco. Começou a pregar na igreja de San Marco contra a decadência da Renascença, proclamando que os Últimos Dias tinham chegado e contando as suas supostas visões e conversas directas com Deus.
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A sua mensagem ressoou por Florença, cujos cidadãos tinham assistido com desaprovação ao consumo desregrado e excessiva riqueza da Renascença e dos seus patronos, muita da qual lhes tinha sido negada. O seu descontentamento acentuou-se com uma epidemia de sífilis, proveniente do Novo Mundo, que assolou a cidade. Era uma doença desconhecida da Europa até então e surgiu numa forma muito mais virulenta do que aquela que existe actualmente - o corpo das vítimas ficava coberto de pústulas abertas, a pele caía, a mente enlouquecia antes da morte chegar. O ano de 1500 aproximava-se, data que parecia a alguns marcar a chegada dos Últimos Dias. Neste clima, Savonarola encontrou uma audiência receptiva às suas ameaças.
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Em 1494 Carlos VIII de França invadiu a Toscânia. Piero, o Desafortunado, que tinha herdado o governo de Florença do seu pai, Lorenzo, era um líder arrogante e ineficaz. Rendeu a cidade a Carlos sob condições desvantajosas, sem sequer opor uma luta digna desse nome, o que enfureceu os Florentinos de tal forma, que expulsaram os Médicis e ocuparam os seus palácios. Savonarola, que tinha entretanto angariado muitos seguidores, ocupou o lugar vago do poder e declarou Florença uma "República Cristã", assumindo-se como seu líder. Declarou imediatamente a sodomia, uma prática popular e mais ou menos socialmente aceitável entre os florentinos sofisticados, como actividade punida com a morte. Os transgressores e outros eram regularmente queimados na Piazza della Signoria ou enforcados fora dos portões da cidade.
O louco monge de San Marco tinha agora carta livre para acicatar o fervor religioso entre a população da cidade.
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retirado de "The Monster of Florence" - Douglas Preston e Mario Spezi

segunda-feira, 14 de junho de 2010

EM BUSCA DE PALAVRAS 110

O Fim
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jfldkjf
É o fim de uma pesquisa que deu pano para mangas. É o fim aqui, porque ela continua. Foi engraçado, didáctico, curioso, interessante e deu trabalho.
Esperemos que dê frutos, não sei quando.
Hasta la vista, baby.

domingo, 13 de junho de 2010

PALAVRAS ESTÚPIDAS 98

Dúvidas Existenciais # 5, 6, 7, 8 e 9
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kfçld
Não é um enorme contrasenso haver um partido monárquico?
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É impressão minha ou este gajo parece que se está sempre a rir, mesmo das maiores tragédias?
ksdjsdkl
Mas porque é que se metem com os israelitas? ...
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Mas porque é que Portugal ainda vai ao Festival da Canção? ...
dçkjdçl
As 80.000 pessoas eram para a Selecção ... ou para o Tony? ...

sábado, 12 de junho de 2010

MAGIC MOMENTS 108

DVD 15 - Dedicatórias Verdadeiramente Dedicadas
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To mommy, because she loves this song:
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sexta-feira, 11 de junho de 2010

'Till I Found You

O Mundo Colapsa 23
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Blink. Blink. Blink.
O sistema de suporte de vida artificial produziu uma série de impulsos e C. acordou algures num PacMaster na Ásia. Dormira tão descansado que se deixara vaguear pelo mundo e fora parar ao Japão.
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System Hybernation Interrupted
Sistem ON
Alert! Alert! Alert!
5 minutes to CM
Alert! Alert! Alert!
4 minutes and 59 seconds to CM
jfdkljf
Desligou a porcaria do Alerta.
Tinha uma mensagem do Human:
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«MemoServ» Reasonable doubt :)
kfldf
Boa. Afinal nem tudo estava perdido.
Organizou o material automaticamente e deixou a informação da Dheli em Backup. Seria utilizada somente com motivo de força maior, caso o Human não fosse suficientemente convincente e conforme corresse a CM.
slfds
Tinha outra mensagem do José:
dçfºld
«MemoServ» não lixes tudo tem calma
dçkfjçkldf
Merda. A pior coisa que lhe podiam dizer quando estava nervoso era precisamente para ter calma.
dkfldçlf
A CM começou. Como habitualmente, foi Jorge quem deu o pontapé de saída, depois das saudações iniciais.
slfdklsºç
«Le0pard» Gentlemen, please give me your reports
«Krueg» I suggest we gather all ARLI's accountable for and start an intrusion plan directly at the source. We need to know what they have. It's dangerous, but I think it's worth the shot. Devil's plan should fit in.
«L00p» Just a second. I analysed the data and I have 1 or 2 questions about some details.
«Jupiter» Me too.
«Devil_Master» About the plan, I just need more details about the new direction and I'll modify the strategy accordingly. There sould be no problems there.
«Le0pard» Please specify your doubts, L00p and Jupiter.
«Krueg» I don't think there is any doubt. There was a Resistance. The only question is, if it's useful or not. But the only way to find out is by getting close to the Source.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

OS FILMES DE ANDRÓMEDA

Cinema Paradiso
Nuovo Cinema Paradiso
Realização: Giuseppe Tornatore (Itália)
Ano: 1988
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"Alfredo: Vai-te embora! Volta a Roma. És novo e o mundo é teu. Eu sou velho. Não quero ouvir-te dizer mais nada. Quero ouvir outros a falarem sobre ti. Não voltes. Não penses em nós. Não olhes para trás. Não escrevas. Não te abandones à nostalgia. Esquece-nos a todos. Se voltares, não me venhas ver. Não te deixarei entrar em minha casa. Compreendes?
Salvatore: Obrigado. Por tudo o que fez por mim.
Alfredo: O que quer que seja que acabes a fazer, ama-o. Da mesma forma que amavas a sala de projecção quando eras um pirralho."
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Recordo:
... a homenagem mais bonita ao Cinema e sobretudo aos cinéfilos ...
... uma história de amor entre um homem e uma criança ...
... uma história de amor entre um rapaz e uma rapariga ...
... o pequeno Salvatore saltitando por todo o lado e sempre com a palavra "Alfredo!" na boca ...
... o amor de um homem pelo cinema ...
... Alfredo, Alfredo, Alfredo ...
... a espera de não sei quantos dias, debaixo de chuva e sol e vento, para provar que a amava ...
... a música lindíssima, que ainda hoje, mal a ouço, me faz chorar ...
... aquele final, com a colagem de pedaços de beijos censurados pelo padre da aldeia, que me fez chorar como jamais chorei a ver nenhum filme ...
çlfºçds

quarta-feira, 9 de junho de 2010

MURMÚRIOS DE LISBOA XCIII

Dignidade ou A Linha de Sintra
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Vitral no Museu dos Jerónimos
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José vai sentado na carruagem e os seus olhos não fixam nada nem ninguém. Apenas a vida, a sua, que a dos outros há muito que deixou de lhe interessar.
Os seus olhos são dois vitrais baços, antigos, cobertos pela poeira da vida, compostos por uma sucessão de momentos sofridos, humilhantes, plenos de injustiças. São os olhos de quem já teve que baixar a cabeça e calar demasiadas vezes, para poder ter que comer.
No seu pescoço magro, com as clavículas à mostra, a fome deixou marcas definitivas.
Há muito que José passou a idade da reforma, mas tem de continuar. Na mochila que repousa no chão entre os seus pés, vão as ferramentas de trabalho e os tupperwares vazios do almoço preparado pela mulher.
José vai sentado na carruagem. Está cansado, muito cansado, mas não pode parar. Leva os dedos aos lábios africanos grossos e limpa mecanicamente os cantos da boca que nunca sorri.
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Por vezes observa a mulher atarefada na cozinha, de roda dos tachos e das panelas, o avental envolvendo as ancas largas e cheias. Por vezes, encostado à soleira da porta, José sorri a olhar para ela. Nunca com a boca. Apenas com o fundo dos olhos opacos. Há muito tempo que não sorri para fora. Esqueceu-se como.
José vai sentado na carruagem e levanta-se na sua estação. Sai devagar, mal podendo com a pesada mochila.
Sai da carruagem, o tronco ligeiramente inclinado para um lado, as pernas abertas arrastando-se a custo com alguma mazela crónica, até um dos bancos de plástico.
Senta-se. E olha de novo em frente, perdido na sua vida.
Há mais um comboio para apanhar antes de chegar a casa. Há mais um dia que é preciso terminar, a custo.

terça-feira, 8 de junho de 2010

Fetiche #24

Fetiche
Nome masculino > 1. Objecto a que se presta culto por se atribuir poder mágico ou sobrenatural > 2. figurado. aquilo a que se dedica um interesse obssessivo ou irracional > psicologia. objecto gerador de atracção ou excitação sexual compulsiva.

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"I was walking down the street wearing glasses when the prescription ran out." - Steven Wright
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[Óculos de Ver]
1. Objecto para ajudar a ver melhor > 2. Objecto de culto > 3. Desde os 6 anos que sou míope > 4. Como tal, reservo-me o direito de dizer que sou miópe, porque acho que tem mais estilo > 5. Quando eu era miúda, usar óculos era uma das piores coisas que nos podia acontecer na vida, pior que ter borbulhas e um pouco melhor que ser-se gordo > 6. Como fui bem comportadinha e sempre os usei, quando cheguei aos 20 já não precisava deles mas ... > 7. Tarde demais ... porque tinha-me afeiçoado aos óculos > 8. Apesar de já não precisar deles, continuo a usá-los sempre que estou em casa, lugar onde se não os tiver me sinto completamente às aranhas > 9. Hoje em dia usar óculos dá um ar de intelectual muito sedutor (digam isso à criança "bullied" que eu fui!) > 10. Adoro os meus óculos (suspiro de contentamento)

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Macro Secrets 39

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É fácil morrer, difícil é viver

domingo, 6 de junho de 2010

MORMORIOS DI FIRENZE

Il Vero Mostro - Parte III
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Florença foi fundada por Júlio César no ano 59 a.C., como uma vila para soldados na reforma. Foi chamada Florentia, ou "a que floresce". Por volta do ano 250 d.C. um príncipe Arménio chamado Miniato, após uma peregrinação a Roma, instalou-se num monte nos arredores de Florença e viveu como um ermita numa gruta, da qual saía para pregar aos pagãos na vila. No tempo das perseguições aos Cristãos, durante o império de Decius, Miniato foi preso e decepado na praça principal da vila, onde (diz a lenda) ele pegou na sua cabeça cortada, colocou-a de novo nos ombros e caminhou de regresso ao seu monte para morrer com dignidade na sua gruta. Hoje em dia, uma das mais adoráveis igrejas do período Romano em toda a Itália ergue-se precisamente nesse local, San Miniato al Monte, com vista sobre a cidade e as suas colinas.
Em 1302, Florença expulsou Dante. Em troca, Dante populou o seu Inferno com florentinos proeminentes e reservou-lhes algumas das mais macabras torturas.
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Durante o século XIV, Florença enriqueceu com o comércio de lã e a banca e no final do século era uma das cinco maiores cidades da Europa. No início do século XV, Florença deu à luz um desses inexplicáveis florescimentos de génio que ocorreram menos de meia dúzia de vezes na história da humanidade. Mais tarde, este período seria apelidado de Renascença, após o longo período de trevas da Idade Média. Entre o nascimento de Masaccio em 1401 e a morte de Galileo Galilei em 1642, os Florentinos inventaram o mundo moderno. Revolucionaram a arte, a arquitectura, a música, a astronomia, a matemática e a navegação. Criaram o sistema bancário moderno com a invenção da nota de crédito. O florim de ouro, com o lírio florentino numa das faces e João Baptista na outra, tornou-se a moeda da Europa. Esta cidade, situada na margem de um rio que não era navegável, produziu brilhantes navegadores que exploraram e mapearam o Novo Mundo, e um deles chegou até a dar nome à América.
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Mais do que isso, Florença inventou a ideia de mundo moderno. Com o Renascimento, os florentinos deitaram fora o medievalismo, no qual Deus se encontrava no centro do universo e a existência humana na terra se reduzia a uma passagem negra e rápida para a outra vida gloriosa do além, e declararam que esta vida é que era o principal acontecimento. O curso da civilização ocidental mudaria para sempre.
O Renascimento florentino foi financiado em grande parte por uma única família, os Médicis. Subiram ao poder em 1434, sob a liderança de Giovanni di Bicci de' Medici, um banqueiro florentino que possuía uma enorme fortuna. Os Médicis gorvernaram a cidade nos bastidores, com um inteligente sistema de patronagem, alianças e influências. Embora fossem uma família de mercadores, desde muito cedo começaram a verter dinheiro para as artes. O bisneto de Giovanni, Lorenzo o Magnífico, foi o epítome do termo "homem do Renascimento". Em rapaz, Lorenzo tinha sido incrivelmente dotado e recebeu a melhor educação que o dinheiro podia comprar, tornando-se um exímio cavaleiro, falconeiro, caçador e criador de cavalos de corrida. Assumiu o governo da cidade em 1469, após a morte do seu pai, com apenas 20 anos. Reuniu à sua volta homens como Leonardo da Vinci, Sandro Botticelli, Filippino Lippi, Michelangelo e o filósofo Pico della Mirandola.
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Lorenzo conduziu Florença para uma Idade de Ouro. Mas até no auge do Renascimento, a beleza misturava-se com o sangue, a civilização com a selvajaria, nesta cidade de paradoxos e contradições. Em 1478 uma família de banqueiros rival dos Médicis, os Pazzis (que sinifica literalmente "homens loucos") tentaram um coup d'état contra os Médicis.
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retirado de "The Monster of Florence" - Douglas Preston e Mario Spezi

sábado, 5 de junho de 2010

EM BUSCA DE PALAVRAS 109

A Vida
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A vida é uma estupidez. Sem sentido nenhum. Ao contrário da morte, a vida não é chata, é idiota.
A vida é uma sucessão de alegrias, sofrimento e muitos tempos mortos pelo meio. Mas, até isso é preferível ao vazio.
A vida por vezes pode ser absolutamente engraçada, irónica, com um sentido muito próprio dentro da ausência de sentido total.
A vida existe e pronto. Não há nada a fazer. Estamos aqui porque o ADN quer que estejamos. Quando o ADN "decidir" começar a evoluir para outra coisa qualquer diferente do esquisito ser humano, acabou-se e não haverá nada a fazer. Bem podem construir umas naves e meter lá para dentro uns pacóvios de forma a perpetuar a espécie, congelarem-nos para que se mantenham para todo o sempre com o mesmo ADN que faz da nossa espécie a humana, mas não passarão de aberrações, monstros do passado glorioso preservados em criogénio e enviados para o espaço para andarem à deriva até serem encontrados por outra raça qualquer que os colocará em tubos de vidro para serem expostos em museus da fauna galáctica.
A vida é curta e pode acabar a qualquer momento. Não sabemos a sorte que temos.
A vida, como dizem alguns, é bem capaz de ser um milagre.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

PALAVRAS ESTÚPIDAS 97

Sofrer
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Tornamo-nos adultos quando percebemos que vamos sofrer outra vez. É esse o momento.
Quando somos crianças, quando somos adolescentes, quando somos até vintões, achamos sempre que aquela pancada será a última e que nunca mais iremos sofrer e que depois disso é que seremos felizes para sempre.
No momento em que percebemos que depois daquele virão outros momentos maus, mesmo que interrompidos por momentos felizes, é quando finalmente nos tornamos adultos.
Ser adulto é perceber que a vida, como dizia Thomas More, é sofrimento.
Mas ser adulto, é também não entrar em paranóia com essa ideia, aceitá-la e tentar tirar o melhor partido de todos os momentos, incluindo os maus. Parece daquelas frases feitas, eu sei, mas é a mais pura das verdades - porque o sofrimento, quer o aceitemos ou não, continuará lá sempre. E se não o aceitarmos não passaremos de crianças grandes histéricas (conheço algumas ...).

quinta-feira, 3 de junho de 2010

MAGIC MOMENTS 107

DVD 14 - Dedicatórias Verdadeiramente Dedicadas
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A todos os chilenos, especialmente para a minha Abuelita

quarta-feira, 2 de junho de 2010

'Till I Found You

O Mundo Colapsa 22
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A conversa com o Human tranquilizou-o. Não porque não estivesse certo do que estava a fazer, mas porque precisava de sentir que não estava sozinho. Nem tinha sido necessário esclarecer as declarações que fizera na RCM. Só o facto de ter vindo falar consigo mostrava que apenas agira diplomaticamente, para não levantar ondas.
E sobretudo estava mais preocupado com o Jorge do que consigo. O Jorge era um utópico e, como todos os utópicos, sentia as traições como autênticas facadas. Não podia abandoná-lo, mas também sabia que não podia ir contra aquilo que julgava estar certo.
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O José tentou nova transmissão. Faltavam cinco horas para a CM de emergência. Sabia o que fazer, mas queria estudar o seu próprio relatório e compará-lo com o do Krueg. Quanto ao plano de acção do Ariel, não havia nada a acrescentar - o homem nascera para aquele tipo de coisas e o Human estava lá para aparar arestas.
Cada um tinha o seu lugar, mas por vezes sentia que não estava ali a fazer nada. Se calhar o Human tinha razão. Se calhar provocara aquilo tudo porque estava farto e queria sair. Mas o Jorge também tinha razão quando observara que ele não tinha o direito de sacrificar tudo por causa duma birra. O problema é que não tinha a certeza que fosse apenas uma birra e o Human tinha o mesmo feeling que ele. Precaução, por muito que lhe custasse, era a melhor arma naquele momento. E sentir pena de si próprio era a estratégia mais errada. Na verdade, andara duzentos anos a tentar provar a todos que merecia estar no Programa por muito mais do que a lealdade que o Jorge tinha por si. E o Krueg conhecia-o suficientemente bem para saber que bastava abalar um pouco a sua confiança frágil para o colocar em rota de colisão. Por vezes esquecia-se que sem ele, provavelmente o Jorge nunca teria conseguido montar o Programa sozinho. Que estava lá por direito próprio e não apenas porque ficava bem na fotografia de família. Mas as lealdades mudavam e balançavam. Nada é eterno. Só o amo... Pffff. Queria poder pôr as mãos no fogo pelo Jorge, mas não conseguia.
O José tentou novamente. Sorriu e aceitou o DCC. O tipo devia estar alucinado. Mas ia fazer-lhe bem desopilar um pouco com as loucuras do seu Assistente.
çfdlçºf
DCC Chat On
«Fricalhado» porraaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa!!!!!!!!!!!!!!!!
«Jupiter» Sim?
«Fricalhado» sim? sim? sim? Ando a tentar falar contigo á miléniosssssssssssss
«Jupiter» e?
«Fricalhado» e?
«Fricalhado» e?
«Fricalhado» e?
«Fricalhado» e? como e? porra ouvi umas coisas o q aconteceu?
«Jupiter» uma revolução
«Fricalhado» q???????' n brinques...
«Jupiter» eu n brinco
«Fricalhado» porra Jupiter fala desembucha
«Jupiter» o q ouviste?
«Fricalhado» q o Jorge te tinha dado a regra
«Jupiter» hmmmm
«Fricalhado» como hmmmmm?
«Fricalhado» como hmmmmm? porra...
«Jupiter» sabes mt bem q n te posso confirmar uma coisa dessas
«Fricalhado» diz-me só se foi o cabrão do Krueg
«Jupiter» foi o cabrão do Krueg mas é mais complicado q isso
«Fricalhado» complicado? Como complicado? Ou é ou n é
O José e a sua impressionante forma de viver. Sorriso electrónico.
«Jupiter» falo contigo depois da RCM
«Fricalhado» vai passear
«Jupiter» pois vou e tu vais-me ajudar :P
«Fricalhado» dskjfgdjfgjfg
«Jupiter» calma
«Fricalhado» calma???????'
«Fricalhado» sabes o q é isto=? sabes? sabes? sabes?
«Jupiter» n sei mas tenho a impressão q me vais dizer
«Fricalhado» tu passas-te enfureceste o jorge tudo por causa dela
«Jupiter» dela?
«Fricalhado» dela a tua miúda sim
«Jupiter» n brinques c coisas serias
«Fricalhado» yeah yeah yeah
«Jupiter» tenho q ir
«Fricalhado» pera
«Fricalhado» pera
«Jupiter» o q foi caralho?
«Fricalhado» tu andas-te a passar por causa duma gaja q n vale a pena
«Jupiter» tu la sabes
«Fricalhado» sei sei andas te a passar por nada
«Jupiter» n fales de coisas q n sabes
«Fricalhado» n vale a pena
«Jupiter» n tem nd a verc isso
«Fricalhado» podes achar a n mas tu sabes q sim n te passes por uma gaja morta
«Jupiter» cou trabalhar
«Fricalhado» espera aí
«Jupiter» o q é q foi?
«Fricalhado» se queres tanto procura e pode ser q encontres
«Jupiter» procuro o q?
«Fricalhado» pricura a tua miuda ela pode ser que ande por aí o meu primo deixou-me umas coisas
«Jupiter» o teu primo?
«Fricalhado» sim descobri umas coisas dele escritas
«Jupiter» sabes há qts anos eu ando a analisar diários??????
«Fricalhado» sabes quantas pessoas havia no mundo? Opricura
«Jupiter» n me lixes
«Fricalhado» n lizes tu tudo por causa duma gaja q te fodeu os miolos
«Jupiter» vou trabalhar
«Fricalhado» vai
DCC Chat Off
çºflºçf
Porra mais o raio do miúdo.

terça-feira, 1 de junho de 2010

OS FILMES DE ANDRÓMEDA

Bird
Realização: Clint Eastwood (EUA)
Ano: 1988
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"Charlie Parker: There's no law that says I have to mess up."
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recordo:
... a primeira vez que ouvi a música de Charlie Parker ...
... a fabulosa interpretação de Forest Whitaker ...
... a paixão pelos filmes de Clint Eastwood que começou aqui ...
... uma vida trágica, um génio absoluto, um homem cheio de fantasmas, um artista sublime ...
... um filme que é todo ele uma composição "musical" com todas as notas no ponto certo ...
... Charlie comendo uma rosa em Paris ...
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