terça-feira, 15 de junho de 2010

MORMORIOS DI FIRENZE XVIII

Il Vero Mostro - Parte IV
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Num calmo Domingo de Abril, um bando de assassinos Pazzi atacou Lorenzo, o Magnífico e o seu irmão, Giuliano, num momento vulnerável - durante a missa no Duomo. Mataram Giuliano, mas Lorenzo conseguiu escapar e fechou-se na sacristia. Os florentinos, enraivecidos com este ataque ao seu patrono, perseguiram os conspiradores. Um dos líderes, Jacopo de' Pazzi, foi enforcado numa janela do Palazzo Vecchio, o seu corpo desnudado e arrastado pelas ruas e atirado ao rio Arno. Apesar desta contrariedade, a família Pazzi sobreviveu, oferecendo ao mundo a famosa freira Maria Maddalena de' Pazzi que surpreendeu o mundo com os seus delírios arrebatadores durante as orações.
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Um Pazzi fictício foi criado no século XX, quando o escritor Thomas Harris fez um dos seus personagens principais no romance Hannibal, um descendente dos Pazzi, um detective da polícia florentino que ganha fama e notoriedade por resolver o caso do Monstro de Florença.
A morte de Lorenzo o Magnífico em 1492, no auge da Renascença, conduziu a um desses períodos sangrentos que marcaram a história florentina. Um monge dominicano de nome Savonarola, que vivia no Mosteiro de San Marco, consolou Lorenzo no seu leito de morte, para mais tarde se virar contra a família Medici. Savonarola era um homem estranho, escondido sob vestes castanhas de monge, magnético, vulgar, desajeitado e bruto, com um nariz adunco. Começou a pregar na igreja de San Marco contra a decadência da Renascença, proclamando que os Últimos Dias tinham chegado e contando as suas supostas visões e conversas directas com Deus.
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A sua mensagem ressoou por Florença, cujos cidadãos tinham assistido com desaprovação ao consumo desregrado e excessiva riqueza da Renascença e dos seus patronos, muita da qual lhes tinha sido negada. O seu descontentamento acentuou-se com uma epidemia de sífilis, proveniente do Novo Mundo, que assolou a cidade. Era uma doença desconhecida da Europa até então e surgiu numa forma muito mais virulenta do que aquela que existe actualmente - o corpo das vítimas ficava coberto de pústulas abertas, a pele caía, a mente enlouquecia antes da morte chegar. O ano de 1500 aproximava-se, data que parecia a alguns marcar a chegada dos Últimos Dias. Neste clima, Savonarola encontrou uma audiência receptiva às suas ameaças.
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Em 1494 Carlos VIII de França invadiu a Toscânia. Piero, o Desafortunado, que tinha herdado o governo de Florença do seu pai, Lorenzo, era um líder arrogante e ineficaz. Rendeu a cidade a Carlos sob condições desvantajosas, sem sequer opor uma luta digna desse nome, o que enfureceu os Florentinos de tal forma, que expulsaram os Médicis e ocuparam os seus palácios. Savonarola, que tinha entretanto angariado muitos seguidores, ocupou o lugar vago do poder e declarou Florença uma "República Cristã", assumindo-se como seu líder. Declarou imediatamente a sodomia, uma prática popular e mais ou menos socialmente aceitável entre os florentinos sofisticados, como actividade punida com a morte. Os transgressores e outros eram regularmente queimados na Piazza della Signoria ou enforcados fora dos portões da cidade.
O louco monge de San Marco tinha agora carta livre para acicatar o fervor religioso entre a população da cidade.
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retirado de "The Monster of Florence" - Douglas Preston e Mario Spezi

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