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De panamá azul na cabeça, com um carreiro de cinco formigas correndo atarefadamente atrás dele, Kurosawa palmilhava o miradouro do Jardim do Torel, dando indicações.
O cameraman e o sonoplasta filmaram durante uns momentos a vista magnífica de Lisboa, enquanto o realizador se quedava na rectaguarda, sobre uma elevação do terreno, para melhor apreciar o cenário e as suas potencialidades.
De microfone gigante empunhado sobre a câmara de filmar, o sonoplasta captava os sons típicos de Lisboa, enquanto a câmara fixava o casario a descer em cascata até à fita brilhante de rio lá ao fundo.
Depois trotaram todos em fila indiana, seguindo em azáfama o pequeno e sereno Mestre nipónico, em direcção a outro miradouro. A fila fechava com a assistente japonesa, petit, segurando uma sombrinha negra que a protegia do sol.
Confirma-se, portanto, que Kurosawa continua a fazer filmes. Outra coisa não seria de esperar. E que outro sítio poderia ele ter escolhido lá de cima, com a vista abrangente que possui a partir do Olimpo dos Deuses?
Lisboa, claro!
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