sexta-feira, 19 de março de 2010

'Till I Found You

O Mundo Colapsa 15
çlkdçs

dçkçdf
2200, Inverno, 14.46 GMT
fdçldsºf
Mas ele tinha razão. E como sempre, arrumara-o com a classe de um líder, sem lhe deixar sequer oportunidade de resposta. Porra! Detestava aquele Krueg.
O que o Krueg tinha podia ser um fósforo aceso no fundo do túnel. Durante duzentos anos não tinham conseguido nada. E agora isto. Duzentos anos duma porra! Até parecia que tinham andado a dormir. E ele estava cansado. Cansado de dormir e de sonhar. O ser humano era um ser estúpido e patético. Por mais que se enterrasse em bytes nunca iria conseguir esquecer-se que um dia pertencera a essa espécie.
lfkjflk
Um dia, no longínquo ano de 2030, ligara a televisão e toda a sua vida se desmoronara. Ou, por outra, toda a sua vida começara a ganhar um outro sentido, que fazia mais sentido a cada dia que passava. Houvera rumores, primeiro apenas isso. Que a guerra do Kosovo escondia algo. Estes rumores, é certo, não eram mais do que finíssimas películas de suspeita que circulavam por todo o lado, sobretudo na rede. Falava-se em experiências escondidas dos olhares comuns. Experiências genéticas a processarem-se no interior mais profundo das florestas eslavas. Ele anotou. Era um homem previdente. Não deixava passar nada, mesmo que fosse a coisa mais ridícula do mundo. Fazia colecção de teorias da conspiração por desporto. Não era por acaso que passava horas a fazer port scanning a computadores alheios. Por espírito de cruzada, é certo. Também sabia que a comunidade que fazia circular essas informações era uma casta à parte. Ela chamava-lhes os Cavaleiros do Século XXI ...Desenhou um Charlie Brown. Puf! O CB foi substituído pelo Snoopy. E o Snoopy pelo Iron Man. Hackers. Ainda hoje sentia o peso da responsabilidade de pensar em tal palavra. Se o seu pensamento, inadvertidamente, se lhe escapasse para linguagem binária, nem teria tempo de ter qualquer outro pensamento. Ou, se o tivesse, tê-lo-ia no Cemitério Virtual, rodeado de Suzys e outros ARLIs, poucos mas bons, que lá estavam a pastar como no Inferno de Dante, de cabeça enterrada.
fklçf
O hacktivism começara a fazer circular páginas fantasma com esta simples mensagem:
Beware of those who
Say will protect you
Their genes are no good
They're made of fast food
And they're playing around with yours
çlfdlçf
Isto durou uns meses. Quando começou a juntar as peças todas, queria que fosse verdade. Queria, porque o seu plano era simples. Queria desaparecer, porque tudo deixara de fazer sentido.
Experiências com genes humanos. Andavam a fabricar seres humanos na Juguslávia. Nada de novo. Sabia perfeitamente que, mesmo antes do fenómeno da ovelha Dolly, já alguns mavericks negros da comunidade científica se haviam aventurado por esses campos. Matavam-nos à nascença, como frangos em aviários. Alguns eram usados para tráfico de pedofilia, vídeos de morte e tráfico de órgãos para países árabes e dirigentes africanos cheios de papel. Nada de novo. Nada que o seu estômago não aguentasse, com a ajuda de um bom chá verde.
Mas as finas películas de suspeita postas a circular por alguns hackers juguslavos, falavam de outra coisa. Fabrico de máquinas humanas, à revelia de todos os governos, com o envolvimento de funcionários da ONU. Manutenção da guerra para encobrir essas experiências. C. não os entendia. Nunca fora hacker, apesar de poder sê-lo. Era um Larva. Perdera o comboio. Não tinha tempo. E mesmo que o apanhasse, nunca pertenceria a essa casta que seguia com olhos de coruja. Porque é que não faziam nada? Porque é que se fechavam sobre si próprios, nos seus redutos insuspeitos, nos seus canais secretos, ligados semanas inteiras às porras dos computadores artilhados até à medula? E se não pretendiam fazer nada, porque é que se armavam em deuses do ciber espaço, em consciência dos cibernautas, numa pseudo-guerra que só servia para lhe atazanar os miolos?
dçdl
Um dia ligou a televisão. O mundo estava em guerra. Abriu o jornal. O mundo continuava em guerra, gravada a letras gordas nas primeiras páginas. E eles limitaram-se a dizer
We warned you
Nobody listened
Don't come cryin'
We will be dyin'
Ressurection awaits
fkdlçf
Não tinha ninguém. A mãe morrera poucos meses antes, parecendo adivinhar que não valia a pena esperar pelo futuro. O pai já se fora há muitos anos. E ele próprio morrera há uns meses atrás ...
ºçlfçºd
Ressurection awaits.

quinta-feira, 18 de março de 2010

Macro Secrets 30

fjldkf
The lord works in mysterious ways ...

quarta-feira, 17 de março de 2010

MORMORIOS DI FIRENZE IX

O Carabinieri - Parte I
lkfdçlf

jfldkf
O Carabinieri não está habituado aos métodos e processos além-fronteiras.
Profilers! Hmmpfff!
Ele escarnece desses seres que julgam que por se tentarem imiscuir na mente dos que perseguem, poderão antecipar comportamentos e prever modus operandis. Modernices ...
Apenas servirão para os conduzir a um lento processo irreversível de loucura profunda e negra, como a dos monstros que estudam.
ÇSLºÇSD

SǺ~ÇSDÇSD
O bom investigador baseia-se em pistas e pormenores. Um olho clínico e ouvidos apurados. As discrepâncias estão nas entrelinhas das histórias que todos contam. Há sempre pistas, mesmo quando são inexistentes. Isso é também uma pista.
LºÇLD
DºÇLKºÇD
Para quê mergulhar nas profundezas interiores do Demo, quando basta examinar-lhe o rasto com minúcia? Além do mais, fede sempre a enxofre.
ÇDºÇD

DLºÇD
E que palhaçada era aquela de um homem escapar de uma prisão de alta segurança num país que tem a mania de ser o supra-sumo do estudo da criminalidade? Onde estavam os profilers, agora? Do outro lado do Atlântico, com o rabo entre as pernas.
LKÇLK
LºÇL
Seguiu o Doutor pelas estreitas ruas da cidade. A sua cidade! Ainda estava para nascer o monstro que iria aterrorizar Florença enquanto ele fosse Inspector-Chefe dos Carabinieri. Só por cima do seu cadáver.
Claro que o Inspector Rinaldo não poderia imaginar quão profético era aquele seu pensamento ...
dlfkçld
inspirado no personagem Rinaldo Pazzi, criado por Thomas Harris

terça-feira, 16 de março de 2010

EM BUSCA DE PALAVRAS 101

Laboratório de Personagens 2
lkfddçf

dflkdkf
I played with death for a long time. Now death is knocking hard on the door. I want to send it away. I want to scream at it to get the fuck away. To leave me alone. I don't want to play anymore, I tell it.
But death is deaf and blind. Like an animal, it uses its smell to track me down. It senses fear and fear is like an addicting elixir, and so death remains outside the door.
I hear it. It says: "Game Over. I've come to collect."
Like a wild, hungry wolf, death scrapes its sharp claws on the door and it doesn't give up.
You played for too long. Too long. The fun is over.

segunda-feira, 15 de março de 2010

MURMÚRIOS DO PARAÍSO XV

O Pôr-do-Sol
çfjsdl

çflçsd
No Paraíso, todos os Pôres-do-Sol são acontecimentos de grandiosidade bíblica e simplicidade perturbadora.
sdlçkf

lkfjlsd
Qualquer céptico se torna subitamente adorador do Deus Sol.
dfjlsdk
fjklsd
Qualquer zero à esquerda em artes plásticas fica subitamente inspirado para pintar um Manet, um Van Gogh ou mesmo um Turner.
lkdçslkf
dfjklsd
Os Pôres-do-Sol no Paraíso inventam cores que o Homem ainda não nomeou e transbordam emoções que o Homem ainda não sentiu.
jfldkf
fçdslk
Foi aqui (como diria o prezado Professor Hermano Saraiva) que o grande poeta irlandês Yeats, não tenho dúvidas, se inspirou para escrever a sua obra-prima "He Whishes for the Cloths of Heaven".
dlkfjdlk
çdfdlç
Qualquer habitante ou visitante do Paraíso sabe que, todos os dias existe um período de meia hora sagrada ao final do dia, em que as agendas de todos devem estar totalmente livres de compromissos. Que outra coisa pode ser mais urgente do que não perder mais um Ocaso do Paraíso?
djfklf
fçsdlf
Deslumbre-se, por isso, com as cores misturadas em godés celestiais por anjos traquinas e melancólicos.
Shiuuuuuu ... As palavras agora já estão a atrapalhar ...
kfçldfk

domingo, 14 de março de 2010

PALAVRAS ESTÚPIDAS 88

James - Parte III
ldçl

fçsdof
Second round.
Decidi inteirar-me sobre a Odisseia de Homero, antes de prosseguir a minha odisseia joyceana. Não, não bastou ler a introdução. É preciso mesmo perceber onde o senhor se foi inspirar.
(Suspiro)
Resumo da Odisseia: Telémaco, o filho de Ulisses, suportando mal a presença dos pretendentes da mãe Penélope, enquanto o pai está ausente, decide ir em busca dele. A Odisseia é a história das viagens de Ulisses e da busca do seu filho. Quando regressam, Ulisses disfarça-se de mendigo com a ajuda de Telémacos e vence os pretendentes de Penélope, matando-os.
O simbolismo da Odisseia está presente em vários aspectos: o facto de Ulisses se transformar por acção da Deusa pode significar que o ser humano está em contínua mudança, que há forças misteriosas que nos podem ajudar a vencer perigos que achamos invencíveis e que a nossa aparência, a maneira como nos vêem ou nos vemos a nós próprios é subjectiva, transformando-nos conforme o olhar que sobre nós incide.
Hmmmmm. Começo a perceber algumas coisas ...
lkfçdl
Na introdução se diz que a utilização da Odisseia foi a tentativa de Joyce conseguir "impingir" um texto revolucionário sob a respeitável capa de uma obra antiga e universalmente aceite.
fdlkfj
Entretanto, descobri uma coisa interessante e fascinante - apesar de perceber apenas 40% do que estou a ler, mesmo assim dá-me prazer prosseguir a leitura, como se estivesse a ser levada por uma doce corrente de palavras. Sinto-me flutuar ou boiar sobre o texto de Joyce, suavemente.
Descobri também que partilho a obssessão de Joyce por listas, apesar de não chegar ao exagero que o próprio pai de James descreveu: "Se aquele tipo fosse atirado para o meio do Sahara, sentar-se-ia, seria Deus e faria um mapa disso."
Descobri ainda que, para se tirar o melhor partido deles, os textos de Joyce devem ser lidos em voz alta - algo que faço sempre porque adoro ler em voz alta. Joyce, diz-se, teria preferido seguir uma carreira musical em vez da literária. Os seus textos são como sinfonias de palavras, em que cada uma delas é colocada exactamente no sítio onde deverá estar para que até o som do que se lê tenha um sentido determinado. Muito provavelmente é por isso que me sinto embalada pelo texto.
lkfjldk
Ao segundo round James já não está lá em cima a olhar para o infinito. Quer dizer, continua lá em cima, claro, mas agora estendeu-me a mão. Ou a batuta. E eu prossigo. Obedientemente. Fascinada, assustada e embalada. Thank you, James.

sábado, 13 de março de 2010

AS TRIBOS DE ANDRÓMEDA

Masai
fldkf

fldjf
"Enkong'u naipang'a eng'en" (Sábio é o olho que viajou)
Provérbio Masai
fdlkf
Pensa-se que os Masai existem como povo desde há 3000 anos atrás. A sua história é, no entanto, limitada ao que se conhece desta tribo apenas nas últimas centenas de anos. Pensa-se que os Masai migraram desde o vale do Nilo no início do século XVI e que durante um período de 200 ou 300 anos se fixaram no Grande Vale do Rift.
Os guerreiros Masai eram uma força formidável na região, responsáveis por muita da expansão territorial, à medida que conquistavam território vizinho ou roubavam o seu gado. Até os comerciantes de escravos árabes se mantinham afastados dos Masai.
Mas os poderosos Masai sofreriam um revés no final de 1800. A sua população foi devastada por anos de seca e epidemias como o sarampo, e as suas terras foram-lhes retiradas pelo governo queniano. O território foi também reduzido com a chegada dos colonos brancos, que reclamaram terras para construir os seus ranchos. Cerca de dois terços do território pertencente aos Masai foi-lhes retirado.
Para além de tudo isto, também os missionários tentaram "civilizar" os Masai, cujos hábitos primitivos chocavam a população branca. Actualmente, um grande número de Masai converteu-se ao Cristianismo, sem no entanto terem modificado as suas tradições culturais.
Muitos Masai trabalham hoje em dia como guias turísticos ou atracções artísticas e na arte da joalharia.
dçlfkdçl
Os Masai acreditam num único Deus, a quem chamam Ngai (Céu). Este não tem género masculino ou feminino, mas parece assumir variados aspectos. Existem 2 manifestações de Ngai: Ngai Narok, que é benevolente e negro; e Ngai Na-nyokie, que é furioso e encarnado, como os Ingleses.
Ngai é o criador de todas as coisas. No início, era um só com a terra e possuía o gado. Mas a certa altura, a terra e o céu separaram-se e por isso Ngai deixou de viver entre os homens. No entanto, como o gado precisava da erva da terra para sobreviver, Ngai enviou-o de regresso para os Masai, através das raízes aéreas da figueira sagrada, e disse-lhes para tomarem conta dele. Esta história é usada pelos Masai como desculpa para se apoderarem do gado de tribos vizinhas. Qualquer outro tipo de perseguição, sem ser a relacionada com a pastoral, é considerada um insulto a Ngai.
Nenhum Masai abre o chão, nem mesmo para lá colocar um corpo, uma vez que aquele é sagrado. Da mesma forma, também a erva é considerada semi-sagrada e é empunhada na mão como um sinal de paz e usada para abençoar rituais. O gado desempenha um papel importante em rituais como a iniciação, a passagem para outra idade ou o casamento, sendo sacrificado como um símbolo de união entre o homem e Deus.
Na altura do nascimento, Ngai oferece a cada homem um espírito guardião, para afastar o perigo e acompanhá-lo na hora da morte. As pessoas más são conduzidas a um deserto, enquanto que as boas viajam até uma terra de ricas pastagens e abundante gado.
Os Laiboni são os líderes rituais e espirituais da sociedade Masai, cuja autoridade é baseada nos seus poderes místicos, medicinais e curadores. Exite um Laiboni por clã, que tem por função dirigir cerimónias e sacrifícios, curar pessoas de males físicos e mentais e providenciar conselhos aos mais velhos sobre assuntos comunitários. São também profetas e shamans. Não possuem poder político, mas controlam a separação entre o Homem e Deus (ou "o outro mundo"), lendo a mente e as intenções de Deus através da divinação, por exemplo, lendo pedras atiradas a partir do corno de um boi.
Mito Sobre a Origem da Morte
Ngai criou o primeiro guerreiro, Le-eyo e ofereceu-lhe um cântico mágico para que ele recitasse sobre as crianças mortas, de forma a trazê-las de volta à vida e torná-las imortais. No entanto, Le-eyo não entoou o cântico, até o seu próprio filho ter morrido. Mas já era demasiado tarde. Devido ao egoísmo de Le-eyo, a morte terá sempre poder sobre o Homem.

sexta-feira, 12 de março de 2010

MAGIC MOMENTS 98

DVD 5 - Dedicatórias Verdadeiramente Dedicadas
çfkçsdf
Para todos os bailarinos deste mundo, de toda a espécie, feitio e formato:
çldksç

quinta-feira, 11 de março de 2010

PALAVRAS EMPRESTADAS 64


çflkdfklç
"Three Rings for the Elven-kings under the sky,
Seven for the Dwarf-lords in their halls of stone,
Nine for Mortal Men doomed to die,
One for the Dark Lord on his dark throne
In the land of Mordor where the Shadows lie.
One Ring to rule them all, One Ring to find them,
One Ring to bring them all and in the darkness bind them
In the Land of Mordor where the Shadows lie."
Verso das lendas dos Elfos - The Lord of the Rings - J.R.R. Tolkien
kjgldfkgj
"Upon the hearth the fire is red,
Beneath the roof there is a bed;
But not yet weary are our feet,
Still round the corner we may meet
A sudden tree or standing stone
That none have seen but we alone.
Tree and flower and leaf and grass,
Let them pass! Let them pass!
Hill and water under sky,
Pass them by! Pass them by!
jlkf
Still round the corner there may wait
A new road or a secret gate,
And though we pass them by today,
Tomorrow we may come this way
And take the hidden paths that run
Towards the Moon or to the Sun.
Apple, thorn, and nut and sloe,
Let them go! Let them go!
Sand and stone and pool and dell,
Fare you well! Fare you well!
fjkldf
Home is behind, the world ahead,
And there are many paths to tread
Through shadows to the edge of night,
Until the stars are all alight.
Then world behind and home ahead,
We'll wander back to home and bed.
Mit and twilight, cloud and shade,
Away shall fade! Away shall fade!
Fire and lamp, and meat and bread,
And the to bed! And then to bed!"
Bilbo Baggins - The Lord of the Rings - J.R.R. Tolkien
dfjldkf
"Farewell we call to hearth and hall!
Though wind may blow and rain may fall,
We must away ere break of day
Far over wood and mountain tall.
kfjldjf
To Rivendell, where Elves yet dwell
In glades beneath the misty fell,
Through moor and waste we ride in haste,
And wither then we cannot tell.
dlfkdl
With foes ahead, behind us dread,
Beneath the sky shall be our bed,
Until at last our toil be passed,
Our journey done, our errand sped.
kfjld
We must away! We must away!
We ride before the break of day!"
Merry e Pippin - The Lord of the Rings - J.R.R. Tolkien
dfjdlk
"Seek for the Sword that was broken:
In Imladris it dwells;
There shall be counsels taken
Stronger than Morgul-spells.
There shall be shown a token
That Doom is near at hand,
For Isildur's Bane shall waken,
And the Halfling forth shall stand."
Sonho de Boromir - The Lord of the Rings - J.R.R. Tolkien
fjdklfj
"Through Rohan over fen and field where the long grass grows
The West Wind comes walking, and about the walls it goes.
'What news from the West, O wandering wind, do you bring to me tonight?
Have you seen Boromir the Tall by moon or by starlight?'
'I saw him ride over seven streams, over waters wide and grey;
I saw him walk in empty lands, until he passed away
Into the shadows of the North. I saw him then no more.
The North Wind may have heard the horn of the son of Denethor.'
'O Boromir! From the high walls westward I looked afar,
But you came not from the empty lands where no men are.' "
Cântico de Aragorn para o defunto Boromir - The Lord of the Rings - J.R.R. Tolkien

quarta-feira, 10 de março de 2010

Fetiche #14

Fetiche
Nome masculino > 1. Objecto a que se presta culto por se lhe atribuir poder mágico ou sobrenatural > 2. figurado. aquilo a que se dedica um interesse obssessivo ou irracional > psicologia. objecto gerador de atracção ou excitação sexual compulsiva.
jdfkl
"This made me reflect upon the fair skins of our English ladies, who appear so beautiful to us, only because they are of our own size, and their defects not to be seen through a magnifying glass, where we find by experiment that the smoothest and whitest skins look rough and course, and ill colored." - Jonathan Swift, Gulliver's Travels
lkfnbçlf


çfldkçd
[Minúsculo]

1. Substantivo petit > 2. Seres vivos ou objectos inanimados cujo encanto reside precisamente na particularidade de serem infinitamente mais pequenos do que nós > 3. Rãs, sapos, girinos, bugs de toda a espécie e feitio, líquenes, insectos, pequenos detalhes minúsculos em que a natureza se revela minuciosamente sublime > 4. O misterioso encanto revelador do Micro através do Macro, porque não o conseguimos ver a olho nu > 5. O desvendar pormenorístico pela lupa, pela lente ou pelo microscópio, de um mundo que nem sequer imaginaríamos, sem as maravilhas da tecnologia > 6. Objectos de fascínio ininterrupto, desde os bancos da escola > 7. Se não fosse copywriter, teria sido bióloga - um dos meus prazeres de menina era recolher pequenas folhas de todos os formatos e feitios no parque infantil e um dos meus maiores objectos de fascínio eram pequenas poças de água doce ou salgada, pululantes de vida microscópica > 8. Continuo a desejar com todas as minhas forças que alguém um dia me ofereça uma daquelas famílias aquáticas que se criavam em aquários, publicitadas nos livros de quadradinhos do Tio Patinhas da minha infância (não me lembro do nome daquilo, por mais que tente ...) > 9. O indivisível, porque finito, talvez exerça fascínio porque no mundo Mega que vivemos tudo é infinitamente possível de dividir até à exaustão > 10. Existe poesia na queda de uma gota de água captada através de uma lente poderosa, que consegue contar todos os seus momentos infinitesimais em cinco centímetros de extensão > 11. Existe atracção por aquilo que pode ser igual a nós, mas liliputiano, como bem o comprovou Jonathan Swift quando fez o seu Gulliver gigante apaixonar-se pelo minúsculo povo de Lilliput > 12. A delicadeza a que nos obriga o minúsculo faz-nos sentir gigantes desengonçados diante de dedais de cristal, ou monstros fascinados por mundos inteiros contidos no interior de globos de vidro onde neva sempre que assim o desejarmos

terça-feira, 9 de março de 2010

'Till I Found You

O Mundo Colapsa 14
ºkfçdlk

çgkfçg
2200, Inverno, 14.32 GMT
dsfç
Estava irritado consigo próprio. Muito. Nunca pensara vir alguma vez a dizer isto, mas tinha saudades de se ver. Tinha saudades do seu corpo. Pensava que deixara esses desejos terrenos e mórbidos há muito tempo, mas a visão súbita do sujeito da Dheli tinha-lhe trazido uma saudade estúpida de vislumbrar o seu reflexo num espelho.
Como estaria agora, depois de tantos anos? Estúpido! Claro que o envelhecimento não era uma questão que se pudesse colocar. Que idiota! Mas, por outro lado, tinha curiosidade em saber como teria envelhecido. Fisicamente, porque mentalmente o seu estado actual era eterno. Algumas modificações ligeiras, porque a aprendizagem da vida continuava, mesmo artificialmente. Mas outra das vantagens da vida artificial era que a mente permanecia tal e qual como a tinha deixado quando abandonara o seu corpo. O que significava que manteria a jovialidade dos seus trinta e três anos para sempre.
Nunca fora um homem bonito. Tinha olhos demasiado grandes e pestanas muito compridas, que podiam transformar um puto de sete anos num anjinho, mas que num homem feito se tornavam estranhas e lhe salientavam ainda mais os olhos, dando-lhe um ar alucinado. O seu nariz era o único elemento digno de apreciação. Apesar de desfeito a murro durante uma das muitas brigas em que se vira envolvido (sempre por sua livre e espontânea vontade) durante a infância e adolescência, mantivera-se pequeno, no meio de um rosto ligeiramente cheio. Era até, tal como as pestanas, demasiado elegante para feições masculinas, mas não sobressaía demasiado, ao contrário das primeiras. Depois tudo o resto era vulgar, desde a boca fina às orelhas médias e à cor castanha dos olhos e do cabelo. Usara-o quase sempre cortado à escovinha porque se o deixasse crescer, rapidamente se transformava numa floresta revolta de caracóis que lhe atazanavam a paciência todas as manhãs.
O cabelo quase rapado, o corpo musculado e endurecido à custa de mais de quinze anos de musculação e a sua altura ligeriamente superior à média do homem português, conferiam-lhe um aspecto agressivo e aproximado do estereótipo do brutamontes sem cérebro, ajudado pela manutenção de uma capa de sisudez que só caía quando se sentia suficientemente à vontade com as pessoas para lhes fazer uma demonstração do seu humor corrosivo e da sua inteligência brilhante.
Sorriu, ao pensar nisto. Ou pensou naquilo e logo a seguir pensou num sorriso. Há muito tempo que a inteligência deixara de ser medida de forma tão simplista. Mas, pelos padrões do seu século, do último século que vivera fisicamente, o seu QI era bastante acima da média. E claro que sempre lhe conferira algumas vantagens na vida. Em última instância salvara-a, ou aquilo que restava dela.
Por vezes interrogava-se sobre a razão de tudo isto. Para que lutavam há dezenas de anos por uma causa aparentemente perdida? Porque não deixar simplesmente o sistema instalar-se irreversivelmente? Afinal de contas, a raça humana tinha deixado as coisas chegarem àquele ponto. Deixá-los matarem-se uns aos outros. Deixá-los aniquilarem-se à vontade. Para que se havia de preocupar com um bando de merdosos estúpidos e ingratos, quando ele próprio não tencionava voltar à sua condição humana?
ºf~çºg
Someone wants to communicate
DCC Chat
Cheking Ident
Status: On-Line
Identity: Code Red
Translation: Le0pard
flçºfg
«Le0pard» tás aí?
«Júpiter» yep
ºçflgçºdg
Pausa. J. estava excitado. Ele pressentia-o. Apesar de ser o líder, era o mais novo. Quando a guerra começara, J. atinha apenas dezassete anos e o seu espírito assim permanecera. Inocente, apesar de ter mais calo nos dedos do que todos eles juntos. C. admirava-o, invejava-o, sentia um misto de protecção e de protegido de cada vez que falava com ele. J. tinha a sabedoria toda de um velho ancião experiente, mas mantinha uma juventude doce e quase irritante, não fosse a sua aura que contagiava todos os que se aproximavam dele. J. era um líder nato, não propriamente por causa da sua tarimba, mas por causa dessa característica que faz de todos os homens e mulheres que a possuem semi-deuses, pelos quais todos os que os rodeiam estão prontos a sacrificar vidas - a esperança.
jfklsdf
«Le0pard» e?
«Júpiter» e que queres q te diga? O Krueg excedeu-se
«Le0pard» excedeu-se? que queres dizer com isso?
«Júpiter» que o Krueg pensa q descobriu a pólvora ou a roda tamos no sec XXIII porra!
«Le0pard» apanheite num momento de auto comiseração ok falamos qd estiveres mais calmo. Há CM de emergência daqui a 10 horas, arranja todo o material novo que tens. Aquele relatório dos Diários encaixa na teoria do Krueg mas antes disso falo contigo bye
çflçºd
DCC Chat off
ºçfºdg
Merda! Raio do puto!

segunda-feira, 8 de março de 2010

Macro Secrets 29

DJFDKL
Have you ever been kissed with the eyes?

domingo, 7 de março de 2010

MORMORIOS DI FIRENZE VIII

O Príncipe e o Gato
.fkkl

çkldfçlkf
Niccoló ajoelhou-se. As suas longas e pesadas vestes de veludo carmim varreram as folhas douradas espalhadas no chão do jardim em seu redor. O gato passeava languidamente perto do portão de grades que conduzia ao edifício do viveiro.
dlçºsçl
dlçsk
Era ruivo, malhado. Niccoló não poderia sabê-lo, mas o pequeno felino era incrivelmente parecido com aquele que, quatro séculos mais tarde, faria as delícias de miúdos e graúdos n'As Aventuras de Alice no País das Maravilhas.
dlçskd


dklsçl
Observou o gato. E lembrou-se do Príncipe. Príncipes e gatos eram parecidos, no porte, pelo menos. Altivo e lânguido. Pelo menos era essa a moda, nos tempos que corriam. Mas enquanto que os felinos eram astutos e matreiros, os príncipes por vezes não fariam mal em aprender com estes pequenos mamíferos a arte da negociação.
Chamou o gato. Mas este, fazendo jus à sua natureza, ignorou-o completamente e afastou-se com elegância, pestanejando suavemente.
ksçdlk


dlçksç
Niccoló decidiu vaguear mais um pouco pelos jardins do Palácio Pitti. Lorenzo estaria ocupado com assuntos de estado e, de mais a mais, ele precisava reflectir. Deambulou pelas avenidas largas sem pressas, respirando o suave aroma de algumas flores que ainda teimavam em coexistir com o Outono. Lentamente a sua obra ia tomando forma no interior da sua mente. Mas os principais postulados estavam já claramente definidos. Niccoló sabia que tinha um tema controverso em mãos. Era complicado falar de política sem recorrer à ética, numa época em que o pensamento ocidental não estava habituado a separar estas duas ciências.
dslçkçdkl

dçlsçº
Escondeu-se num carreiro coberto por folhagem perene e caminhou absorto. Como os gatos não se importavam com as consequências das suas acções, também os príncipes se deveriam apenas preocupar com a manutenção do seu poder. Todos os meios justificavam os fins mas, era preciso saber escolher os meios com cautela - aí estava a diferença entre tirania e política.
Muitos séculos mais tarde, Niccoló também não adivinharia que este seu pensamento seria tão mal interpretado que nasceria uma palavra a partir do seu próprio nome, que servia para descrever alguém sem escrúpulos absolutamente nenhuns - maquiavélico.

sábado, 6 de março de 2010

EM BUSCA DE PALAVRAS 100

Epifania
çdfjk

jfkl
São raras as epifanias. Os Eurekas. Os Ahas!!! Mas existem. Vão acontecendo ao longo da longa escrita de um livro. Normalmente são o fruto do trabalho inconsciente de processamento de toda a informação e pesquisa e ideias que concernem o enredo da história.
As "epifanias", como lhes chamo, são quando um personagem decide ir por um caminho completamente diferente daquele que tinhamos pensado para ele. São quando ele decide ser outra coisa qualquer que não era suposto ser. São quando o enredo desemboca num desenlace em que nunca tinhamos pensado, mas que faz todo o sentido.
Chamo-lhes epifanias precisamente por causa disso - porque fazem sempre sentido, apesar de surgirem aparentemente do nada e de serem completamente novas e frescas, tão novas que poderiam ser também muitíssimo verdes. Mas não são.
E por isso são epifanias. Porque mesmo não tendo, aparentemente, uma base concreta de justificação, elas funcionam, são aquilo e não poderiam ser substituídas por mais nenhuma outra opção. Sabemos, instintivamente, que só pode ser assim.
As epifanias têm outra enorme vantagem - é que não dão trabalho nenhum!

sexta-feira, 5 de março de 2010

MURMÚRIOS DO PARAÍSO XIV

Catedrais de Gaudi
çfkdçl


dfjdsk
No Paraíso todos podemos ser Antoni Gaudí. Quem diz Gaudí, Diz Raffaello ou Picasso ou Michelangelo. Se bem que seja mais fácil ser Gaudí. O Paraíso tem o condão de tranformar qualquer mero mortal em artista moderno. Será porventura influência das marés jackson pollockianas.
A verdade é que todos os anos a autora destas linhas se descobre arquitecta catalã, para gáudio dos turistas nórdicos que passam à beira-mar e se maravilham com as suas criações.
Num acto sem precedentes, aqui se irá revelar a receita secreta das obras-primas do Paraíso:
kfdk

dfkldçlfk
Ingredientes:

* Areia molhada
* Água do mar
* Poça à beira-mar
* Dedos leves
* Brisa fraca ou nula
dfkdçls

dflºdfl
Local:
De extrema importância torna-se a escolha do local, bem como do timing perfeito.
Sente-se à beira-mar e espere que venha uma onda. Não se coloque nem muito próximo da maré nem muito longe, já veremos porquê.
Enquanto espera pela onda, cave um fosso na areia, suficientemente grande para se encher com bastante água.
Pode escolher entre maré a vazar ou a encher, sendo que isto tem muito que se lhe diga. Se escolher maré a vazar, saiba que tem de ser rápido a construir a sua catedral, ou ficará sem água no fosso a meio da construção. Se escolher maré a encher, e mesmo que construa um dique de protecção, verá a sua catedral ser implacavelmente destruída alguns minutos após a sua finalização o que, no caso de ser vaidoso, se torna um verdadeiro desgosto.
dfdl
kfddçlfk
Preparação:
* Mergulhe a mão no fosso de água e apanhe uma mão cheia de areia molhada a escorrer
* Deposite na areia dura, junto ao fosso, a uma distância mínima de segurança (à medida que for retirando areia do fosso, este ir-se-á alargando, correndo o risco de fazer desabar as fundações da catedral a meio da obra)
* Repita esta operação as vezes necessárias, até criar uma base sólida e larga para a sua catedral
* Continue a mergulhar, desta vez apenas as pontas dos dedos, no fosso e a trazer porções gradualmente mais pequenas de areia
* Deixe escorrer a areia e a água delicadamente sobre a base, trabalhando em altura e diminuindo gradualmente o caudal, de forma a construir uma forma cónica que termina num pináculo
* Finalmente, a pièce de resistance, o topo da sua catedral- repita a operação as vezes necessárias até criar um topo digno - esguio, elegante, levemente arrebitado, com um volteado inusitado - é nos topos que os verdadeiros virtuosos se distinguem dos demais
kfd

´kgçdfkg
Et voilá! Admire a sua catedral e despeça-se da sua obra efémera. No dia seguinte repita. É viciante, garanto.

quinta-feira, 4 de março de 2010

PALAVRAS ESTÚPIDAS 87

As Sete Maravilhas de Andrómeda
,n,dsn

Nova Iorque
Primeiro a magia dos filmes. Depois a realidade, que ultrapassou de longe todas as expectativas há muito imaginadas. Não esqueço a primeira vez que vi aquele skyline ao longe, vinda do JFK, nem a atmosfera única da cidade que nunca dorme. A sua arquitectura fascina-me e jamais me cansa. As suas alturas são deslumbrantes e os nova-iorquinos deliciosos na sua indiferença à prova de tudo - é preciso mesmo muito para os surpreender. É, para mim, o protótipo d'A Cidade e mais nenhuma se lhe compara.
dfldçºf

Veneza
É o oposto de Nova Iorque. Não é uma cidade, é um conto de fadas feito de canais de água verde, esquinas carcomidas e labirínticas, lojas a abarrotar de máscaras deslumbrantes, ocasos que pintam os velhos palácios do Gran Canal de cores reminiscentes de gelados. Viveria aqui, feliz e satisfeita.
dçºflçºdf

Praia do Meu Paraíso Privado
Fica no fim do mundo, como costumo dizer, mas nenhuma outra se lhe compara, provavelmente porque nenhuma outra se colou de forma idêntica à minha vida. Desde que nasci até hoje não lhe falhei nunca um ano que fosse. É o meu Paraíso, o meu esconderijo, o meu Nirvana, a minha paz, a minha liberdade. Já estive em muitas praias por esse mundo fora, talvez mais bonitas, certamente mais paradisíacas, mais famosas ou mais belas. De Copacabana, passando por Malhorca, Hurghada no Egipto, até Pucket, na Tailândia. Mas a praia do Paraíso, a minha praia, é a mais bonita do mundo e sempre assim será.
çflºlçf

Divertimentos de Salzburgo
Se música fosse sinónimo de vida, esta seria certamente a sinfonia para a descrever. É impossível não abraçar a vida quando ouço esta peça, cuja cascata de notas eleva a minha alma até aos píncaros da emoção, da alegria e do júbilo absolutos.
çflºçf

Marlon Brando
Qualquer momento criado por este senhor é um diamante artístico sem rival. Aprendo mais a observá-lo um minuto do que a ler todos os tomos enciclopédicos sobre a arte de representar. Comove-me, surpreende-me, diverte-me, fascina-me, estarrece-me, choca-me, entusiasma-me. Foi, é e continuará a ser durante muito tempo o maior actor que o mundo teve o privilégio de conhecer. Pena é que 99% desse mundo não saiba sequer ou não se interesse por saber que ele existiu ...
çºdflºdçf

Vale dos Reis - Cairo - Egipto
Outro momento inesquecível - a descoberta surpreendente de um mundo hieroglífico ancestral pleno de cores deslumbrantes, escondido por baixo da terra seca e escaldante do deserto. Vale a pena suportar 50ºC à sombra para se ser assim deslumbrado. E imaginar que todas as outras pedras cá fora, antes do impiedoso sol as ter despido, foram um dia assim, uma paleta multicolorida.
dºflºdçf

He Wishes For The Cloths Of Heaven
William Butler Yeats
Had I the heavens' embroidered cloths,
Enwrought with golden and silver light,
The blue and the dim and the dark cloths
Of night and light and the half-light,
I would spread the cloths under your feet.
But I, being poor, have only my dreams;
I have spread my dreams under your feet;
Tread softly because you tread on my dreams.
fººçf
Ele Deseja as Vestes dos Céus
Tivesse eu as vestes bordadas dos céus
Gravadas em luz dourada e prateada
As vestes azuis e turvas e escuras
Da noite, do dia e da penumbra
Espalharia as vestes sob os teus pés
Mas eu, sendo pobre, tenho apenas os meus sonhos
Espalhei os meus sonhos sob os teus pés
Pisa suavemente, porque pisas os meus sonhos
fçdklf
É o poema de amor mais belo do mundo. É o poema mais belo do mundo. Simples, curto, humilde, pungente. Deslumbrante.

quarta-feira, 3 de março de 2010

AS TRIBOS DE ANDRÓMEDA

Maori
flk

dlfk
"Join those who can join sections of a canoe"
Provérbio Maori
dlfk
A chegada dos Maori à Nova Zelândia está rodeada de algum mistério. Estima-se que os primeiros polinésios chegaram a esse arquipélago há mais de 1000 anos, possivelmente por volta do ano 800 d.C., ou mais cedo. Presume-se que viajaram desde as Ilhas Cook. No final do século XIV os Maori tinham-se estabelecido por todo o território, sobretudo no clima mais quente do Norte. Viviam dos pássaros e da pesca. À medida que a população aumentava, ajustaram-se a um estilo de vida agrícola e sedentário.
As tribos desde cedo se envolveram em batalhas pela posse de território, vingança e outros motivos - os vencidos transformavam-se em escravos ou alimento. Os Maori desenvolveram tradições artísticas elaboradas, evidentes sobretudo nas casas comuns ricamente ornadas com a história dos seus antepassados. Os homens que ocupavam o estadio mais elevado da hierarquia eram decorados com intrincadas tatuagens no rosto e nas nádegas e as mulheres de prestígio similar, com tatuagens no queixo.
Em meados do século XVIII uma sociedade rica e compexa tinha-se desenvolvido por todo o país, como um só povo, com mitos e lendas que contavam histórias da chegada dos seus antepassados e da formação da Aotearoa - a Terra da Nuvem Branca Comprida.
Os primeiros viajantes europeus chegaram em 1642, mas os Maori mataram e comeram 4 membros da tripulação. Cem anos mais tarde o Capitão Cook navegou desde o Tahiti, conseguindo cartografar com sucesso a linha costeira e estabelecendo relações comerciais com muitos Maori. Embora poucos europeus tenham viajado até à Nova Zelândia nos 70 anos seguintes, a exploração dos recursos naturais do país começou imediatamente, assim como a introdução de animais e objectos fabricados - o que conduziu os Maori da Idade da Pedra directamente para a Idade do Ferro, quase de um dia para o outro.
Os primeiros colonos europeus foram caçadores de focas e baleeiros, que introduziram doenças, prostituição e armas e desenvolveram uma procura muito pouco saudável de cabeças, tanto assim que os Maori começaram a decapitar os seus próprios escravos em vez de preservarem apenas os que tinham sido vencidos na guerra.
Os Maori começaram a dizimar-se a si próprios e por volta de 1830 a sua população fora reduzida a um quarto. O álcool, o tabaco, a tuberculose, a papeira, doenças venéreas e a sobrepopulação desempenharam um papel importante na eliminação da população indígena. Entretanto os ingleses mostraram interesse em anexar a Nova Zelândia ao seu território, tendo sido redigido um tratado em 1840 que foi assinado por 500 chefes Maori. Muitos territórios foram disputados devido a mal-entendidos gerados pelo conceito de "venda". Os Maori tornaram-se cada vez mais relutantes à venda e tiveram início as chamadas Guerras Maori durante 1860. O racismo predominava entre os europeus, que abominavam as "práticas selvagens" dos Maori e destes, que desprezavam a ganância e arrogância social dos europeus.
Hoje em dia não existe sequer um único indivíduo que seja totalmente Maori no território da Nova Zelândia, apesar da sua cultura e tradições continuarem a ser preservadas pelos seus descendentes.
dfklçdf
Os Maori possuem uma visão espiritual do universo. Qualquer coisa associada ao sobrenatural está possuída de "tapu", uma qualidade misteriosa que torna os objectos ou pessoas imbuídos dela, ou sagrados ou impuros, de acordo com o contexto. Os objectos e pessoas também podiam possuir "mana", ou poder psíquico. Ambas estas qualidades, que eram herdadas ou adquiridas através do contacto, podiam ser incrementadas ou diminuídas durante o decorrer da vida.
Possuíam um panteão de seres sobrenaturais (atua). O Deus supremo era Io. Os dois progenitores primevos, Papa e Rangi, tinham 8 filhos: Haumia, o deus dos alimentos não cultivados; Rongo, o deus da paz e da agricultura; Ruaumoko, o deus dos tremores de terra; Tawhirimatea, o deus do tempo; Tane, o pai dos humanos e deus das florestas; Tangaroa, deus do mar; Tu-matauenga, deus da guerra; e Whiro, deus da escuridão e da maldade. Havia também deuses tribais, associados com a guerra e variados deuses e espíritos familiares.
A maioria dos objectos materiais dos Maori são ricamente decorados. As suas estátuas e esculturas, sobretudo com motivos de filigrana, são admirados mundialmente.
Os defuntos eram levados para um abrigo. O corpo era disposto sobre cobertores, para receber os visitantes. Após 1 ou 2 semanas de luto, o corpo era enrolado em cobertores e enterrado numa gruta, numa árvore ou no solo. Frequentemente após 1 ou 2 anos, o corpo era exumado e os ossos limpos e pintados com encarnado ocre, sendo levados de aldeia em aldeia para um segundo luto, após o que eram novamente enterrados num local sagrado. Acreditava-se
que os espíritos dos mortos realizavam uma viagem até ao seu destino final, um submundo vago e misterioso.
dflkdl
Embora se pense que a famosa "haka" fosse uma cerimónia exclusivamente masculina, as lendas e a história reflectem uma realidade diferente - a história da mais famosa haka "Ka mate!" prova estar associada à sexualidade feminina. De acordo com a lenda, a haka deriva do deus sol Ra, que tinha 2 mulheres - Hine-raumati (a essência do Verão) e Hine-takurua (a essência do Inverno). Ra e Hine-raumati tiveram um filho - Tanerore. Em dias de muito calor é possível observar a luz a dançar. Acredita-se que seja Tanerore a dançar para a sua mãe e a wiriwiri - o brilho tremelente - é hoje em dia reflectido nas mãos dos que dançam a haka. A haka era dançada quando duas tribos Maori se encontravam, garantindo que cada uma delas ficava alerta para impedir ataques surpresa da tribo oponente. A haka "Ka mate!" conta a história de um chefe de tribo que é perseguido, o seu medo de ser capturado e o seu entusiasmo por conseguir sobreviver.
fmdslfl

terça-feira, 2 de março de 2010

MAGIC MOMENTS 97

DVD 4 - Dedicatórias Verdadeiramente Dedicadas
fksfl
Para o meu novo gato, Smeagol, que encaixa na perfeição na descrição de um Jellicle cat.
çflk

kfç
Are you blind when you're born? Can you see in the dark?
Can you look at a king? Would you sit on his throne?
Can you say of your bite that it's worse than your bark?
Are you cock of the walk when you're walking alone?
çfjdslf
Because Jellicles are and Jellicles do
Jellicles do and Jellicles would
Jellicles would and Jellicles can
Jellicles can and Jellicles do
ºflkdçlf
When you fall on your head, do you land on your feet?
Are you tense when you sense there's a storm in the air?
Can you find your way blind when you're lost in the street?
Do you know how to go to the Heaviside Layer?
fçlfkdjf
Because Jellicles can and Jellicles do
Jellicles do and Jellicles can
Jellicles can and Jellicles do
Jellicles do and Jellicles can
Jellicles can and Jellicles do
dlfksç
Can you ride on a broomstick to places far distant?
Familiar with candle, with book and with bell?
Were you Whittington's friend? The Pied Piper's assistant?
Have you been an alumnus of heaven or hell?
dflkdç
Jellicle songs for Jellicle cats
Jellicle songs for Jellicle cats
Jellicle songs for Jellicle cats
Jellicle songs for Jellicle cats
fklç
We can dive through the air like a flying trapeze
We can turn double somersaults, bounce on a tire
We can run up the wall, we can swing through the trees
We can balance on bars, we can walk on a wire
gkddf
Jellicles can and Jellicles do
Jellicles can and Jellicles do
Jellicles can and Jellicles do
Jellicles can and Jellicles do
lghj
Jellicle songs for Jellicle cats
Jellicle songs for Jellicle cats
Jellicle songs for Jellicle cats
Jellicle songs for Jellicle cats
fkgçl
Can you sing at the same time in more than one key
Duets by Rossini and waltzes by Strauss
And can you (as cats do) begin with a C
That always triumphantly brings down the house
gçhlçl
Jellicle cats are queen of the nights
Singing at astronomical heights
Handling pieces from the Messiah
Hallelujah, angelical choir
fkhg
The mystical divinity of unashamed felinity
Round the cathedral rang "Vivat!"
Life to the everlasting cat!
fkklklç
Feline, fearless, faithful and true
To others who do what
fkdfkçd
Jellicles do and Jellicles can
Jellicles can and Jellicles do
Jellicle cats sing Jellicle chants
Jellicles old and Jellicles new
Jellicle song and Jellicle dance
fkdfdfg
Jellicle songs for Jellicle cats
Jellicle songs for Jellicle cats
Jellicle songs for Jellicle cats
Jellicle songs for Jellicle cats
fkjdskl
Practical cats, dramatical cats
Pragmatical cats, fanatical cats
Oratorical cats, delphioracle cats
Skeptical cats, dispeptical cats
Romantical cats, pedantical cats
Critical cats, parasitical cats
Allegorical cats, metaphorical cats
Statistical cats and mystical cats
Political cats, hypocritical cats
Clerical cats, hysterical cats
Cynical cats, rabbinical cats
fçlkdsç
Jellicle songs for Jellicle cats
Jellicle bells that Jellicles ring
Jellicle sharps and Jellicle flats
Jellicle songs that Jellicles sing
gkhfç
Jellicle songs for Jellicle cats
Jellicle songs for Jellicle cats
Jellicle songs for Jellicle cats
Jellicle songs for Jellicle cats
gjdflg
There's a man over there with a look of surprise,
As much as to say, "Well now how about that!"
Do I actually see with my own very eyes
A man who's not heard of a Jellicle cat?
What's a Jellicle cat? What's a Jellicle cat?

segunda-feira, 1 de março de 2010

PALAVRAS EMPRESTADAS 63


çljfklçkfsdfk
"The Road goes ever on and on
Down from the door where it began.
Now far ahead the Road has gone,
And I must follow, if I can,
dfkld
Pursuing it with eager feet,
Until it joins some other way
Where many paths and errands meet.
And wither then? I cannot say."
Bilbo Baggins - The Lord of the Rings - J.R.R. Tolkien
djfkldj
"Elves seldom give unguarded advice, for advice is a dangerous gift, even from the wise to the wise, and all courses may run ill."
Gildor - The Lord of the Rings - J.R.R. Tolkien
djflkd
"All that is gold does not glitter,
Not all those who wander are lost;
The old that is strong does not wither,
Deep roots are not reached by the frost.
From the ashes a fire shall be woken,
A light from the shadows shall spring;
Renewed shall be blade that was broken,
The crownless again shall be king."
Gandalf (sobre Aragorn) - The Lord of the Rings - J.R.R. Tolkien
df,mjldkf
"And he that breaks a thing to find out what it is has left the path of wisdom."
Gandalf (para Saruman) - The Lord of the Rings - J.R.R. Tolkien
dçkfçd
"The road must be trod, but it will be very hard. And neither strength nor wisdom will carry us far upon it. This quest may be attempted by the weak with as much hope as the strong. Yet such is oft the course of deeds that move the wheels of the world: small hands do them because they must, while the eyes of the great are elsewhere."
Elrond - The Lord of the Rings - J.R.R. Tolkien
jdfkg
"I will take the Ring, though I do not know the way."
Frodo - The Lord of the Rings - J.R.R. Tolkien