sábado, 13 de março de 2010

AS TRIBOS DE ANDRÓMEDA

Masai
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"Enkong'u naipang'a eng'en" (Sábio é o olho que viajou)
Provérbio Masai
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Pensa-se que os Masai existem como povo desde há 3000 anos atrás. A sua história é, no entanto, limitada ao que se conhece desta tribo apenas nas últimas centenas de anos. Pensa-se que os Masai migraram desde o vale do Nilo no início do século XVI e que durante um período de 200 ou 300 anos se fixaram no Grande Vale do Rift.
Os guerreiros Masai eram uma força formidável na região, responsáveis por muita da expansão territorial, à medida que conquistavam território vizinho ou roubavam o seu gado. Até os comerciantes de escravos árabes se mantinham afastados dos Masai.
Mas os poderosos Masai sofreriam um revés no final de 1800. A sua população foi devastada por anos de seca e epidemias como o sarampo, e as suas terras foram-lhes retiradas pelo governo queniano. O território foi também reduzido com a chegada dos colonos brancos, que reclamaram terras para construir os seus ranchos. Cerca de dois terços do território pertencente aos Masai foi-lhes retirado.
Para além de tudo isto, também os missionários tentaram "civilizar" os Masai, cujos hábitos primitivos chocavam a população branca. Actualmente, um grande número de Masai converteu-se ao Cristianismo, sem no entanto terem modificado as suas tradições culturais.
Muitos Masai trabalham hoje em dia como guias turísticos ou atracções artísticas e na arte da joalharia.
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Os Masai acreditam num único Deus, a quem chamam Ngai (Céu). Este não tem género masculino ou feminino, mas parece assumir variados aspectos. Existem 2 manifestações de Ngai: Ngai Narok, que é benevolente e negro; e Ngai Na-nyokie, que é furioso e encarnado, como os Ingleses.
Ngai é o criador de todas as coisas. No início, era um só com a terra e possuía o gado. Mas a certa altura, a terra e o céu separaram-se e por isso Ngai deixou de viver entre os homens. No entanto, como o gado precisava da erva da terra para sobreviver, Ngai enviou-o de regresso para os Masai, através das raízes aéreas da figueira sagrada, e disse-lhes para tomarem conta dele. Esta história é usada pelos Masai como desculpa para se apoderarem do gado de tribos vizinhas. Qualquer outro tipo de perseguição, sem ser a relacionada com a pastoral, é considerada um insulto a Ngai.
Nenhum Masai abre o chão, nem mesmo para lá colocar um corpo, uma vez que aquele é sagrado. Da mesma forma, também a erva é considerada semi-sagrada e é empunhada na mão como um sinal de paz e usada para abençoar rituais. O gado desempenha um papel importante em rituais como a iniciação, a passagem para outra idade ou o casamento, sendo sacrificado como um símbolo de união entre o homem e Deus.
Na altura do nascimento, Ngai oferece a cada homem um espírito guardião, para afastar o perigo e acompanhá-lo na hora da morte. As pessoas más são conduzidas a um deserto, enquanto que as boas viajam até uma terra de ricas pastagens e abundante gado.
Os Laiboni são os líderes rituais e espirituais da sociedade Masai, cuja autoridade é baseada nos seus poderes místicos, medicinais e curadores. Exite um Laiboni por clã, que tem por função dirigir cerimónias e sacrifícios, curar pessoas de males físicos e mentais e providenciar conselhos aos mais velhos sobre assuntos comunitários. São também profetas e shamans. Não possuem poder político, mas controlam a separação entre o Homem e Deus (ou "o outro mundo"), lendo a mente e as intenções de Deus através da divinação, por exemplo, lendo pedras atiradas a partir do corno de um boi.
Mito Sobre a Origem da Morte
Ngai criou o primeiro guerreiro, Le-eyo e ofereceu-lhe um cântico mágico para que ele recitasse sobre as crianças mortas, de forma a trazê-las de volta à vida e torná-las imortais. No entanto, Le-eyo não entoou o cântico, até o seu próprio filho ter morrido. Mas já era demasiado tarde. Devido ao egoísmo de Le-eyo, a morte terá sempre poder sobre o Homem.

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