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Certa manhã, ao acordar de sonhos inquietos, Gregor Samsa viu-se transformado num gigantesco insecto. Estava deitado na cama, sobre a sua carapaça dura, e sempre que levantava um pouco a cabeça via a barriga abaulada, castanha, subdividida em escoras arqueadas, no cimo da qual o cobertor, prestes a resvalar para o chão, se mantinha a custo. As suas muitas pernas, lastimosamente magras em comparação com o resto do corpo, tremeluziam-lhe, impotentes, diante dos olhos.
“Que se passa comigo?” – pensou. Não era um sonho.”
“Que se passa comigo?” – pensou. Não era um sonho.”
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O mundo de Kafka é estranho, sufocante, irónico, absurdo e terrivelmente acutilante.
Um belo dia, um jovem caixeiro-viajante acorda no seu quarto, na casa apertada onde mora com os pais e a irmã, de quem é o único sustento, e vê-se transformado num horrível, enorme e inútil insecto que não é especificado e cuja natureza Kafka deixa ao critério de cada leitor.
Aos poucos a transformação de Gregor afecta a família de formas inusitadas e positivas, o que o leva a sentir-se ainda mais inútil e desesperado com a sua situação.
A Metamorfose é uma alegoria extraordinária à solidão, à sensação de impotência e ao absurdo aleatório da vida. Uma alegoria construída como só Kafka soube fazê-lo, porque os seus mundos são únicos e verdadeiramente inimitáveis.
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Um romance kafkiano :)
1883-1924
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