domingo, 4 de fevereiro de 2007

OS ACTORES DE ANDRÓMEDA - PARTE I



Vivien Leigh

"She had a small talent, but the greatest determination
to excel of any actress I've ever known. She'd have crawled
over broken glass if she thought it would help her performance.
In the scenes that counted, she excelled."
Elia Kazan (realizador de "Um Eléctrico Chamado Desejo")

Eleita recentemente pelos ingleses a mulher mais bela do mundo
Vivien Leigh foi provavelmente das estrelas britânicas
femininas que conquistaram Hollywood, a maior lenda de todas.

Frágil e de ferro, amarga e ácida, lúcida e louca,
púdica e picante, Vivien Leigh tinha todas estas e muitas mais
mulheres dentro de si. A doença bipolar de que padecia
não seria alheia a tanta dualidade.

Foi ela a escolhida, após dezenas de tentativas,
para interpretar uma das mais épicas heroínas do Cinema,
Scarlett O’Hara em E Tudo o Vento Levou.
Se dúvidas houvesse, elas acabaram assim que a menina Scarlett,
pela mão de Vivien, faz a sua primeira aparição intempestiva
numa fábula que conta os amores e desamores de uma jovem
sulista destemida e sem papas na língua,
tendo como pano de fundo a Guerra da Secessão Americana
e como companheiro de viagem o maior galã da altura – Clark Gable.

Foi ela também a escolhida para interpretar
(depois do sucesso na Broadway)
o lendário e cobiçado papel da perturbada Blanche DuBois
em Um Eléctrico Chamado Desejo,
ao lado do enfant terrible Marlon Brando.
E que magnífico duelo ela nos ofereceu!
A diferença de estilos entre os dois, em vez de diminuir
qualquer um deles, sublima a sua contrapartida,
num exemplo perturbante de como o trabalho de actor
é, digam o que disserem, um dos mais difíceis do mundo –
ela afirmou que “Blanche” a levou à loucura.

Na vida real, Vivien foi imensamente amada pelo
seu compatriota Laurence Olivier, com quem esteve
casada até ele não conseguir suportar por mais tempo
os efeitos devastadores da sua mente perturbada.
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