terça-feira, 13 de fevereiro de 2007

OS ACTORES DE ANDRÓMEDA - PARTE I

yutytytytr
John Wayne

“Courage is being scared to death - but saddling up anyway.”

Falar de Cinema sem falar de John Wayne
é como ir a Roma e não ver o Papa.
John Wayne é provavelmente o maior símbolo dos EUA,
certamente que da época dourada dos grandes westerns
e de todo um american way of life que marcou gerações inteiras
e que influenciou (quer agrade ou não a alguns)
a cultura ocidental na sua totalidade.

Mais do que um mero actor (que nunca foi extraordinário),
John Wayne foi sobretudo um ícone. O cowboy duro e imprevisível,
sem papas na língua, de coldre à cintura,
montado num cavalo veloz e esbelto, cavalgando pelas pradarias
e desfiladeiros de uma América mitológica povoada
de peles vermelhas ameaçadores, sherifes atormentados
e belas e intempestivas mulheres.

Para mim, como suponho que para muitos, ele foi o primeiro.
Os westerns foram os meus primeiros filmes,
os primeiros autorizados pela mãe,
vistos nas sessões de cinema da tarde da RTP.
Talvez fiel, ainda que sem o saber, a raízes ancestrais
mais a sul do continente,
eu torcia sempre pelos índios e nunca pelos cowboys.
Excepto, claro, quando o sherife ou o renegado era o Duke.
É que havia qualquer coisa nele que inspirava confiança e respeito,
já naquela tenra idade. Talvez fosse a sua altura imensa,
sempre muito maior que a de todos os outros,
talvez fosse aquele seu modo de caminhar tão característico,
de quem é dono de todo o espaço que percorre, seja ele qual for,
ou em que circunstâncias for, talvez fosse aquela maneira
de falar tão peculiar, tão “não me chateies ou levas uma laçada”
(que Robin Williams imita tão bem no
Clube dos Poetas Mortos), não sei o que era.

O que sei é que quem não sorri quando vê e ouve John Wayne,
quem não se chega para a frente na cadeira e deixa
que o coração cavalgue com ele,
não pode nem tem direito a dizer-se amante de Cinema.
Porque há algo de especial no primeiro urso das nossas
brincadeiras, mesmo quando crescemos e percebemos
que ele se vê antiquado e velho, descolorido e tacanho.
Mas foi o primeiro, aquele que nos abriu as portas
para todos os outros que viriam a seguir.
O que nos fez sonhar.

Duke, well I’ll be damned if I ever forgot you!
ºgçlfkglfklgçk

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