sábado, 25 de agosto de 2007

PSICANÁLISE XXXV

Homens e Cd's
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Not Falling Apart....

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Os homens são como os CD's, Charlie. É preciso gramar com muitos, até se ter a sorte de descobrir um de que se goste de todas as músicas. E suponho que o mesmo acontecerá no reverso da medalha, para os homens.
Senão, vejamos.
Quantas vezes compraste CD's de que te arrependeste? Se te aconteceu como a mim, decerto que isso aconteceu dezenas de vezes ao longo da tua vida de musicólogo.
Quantas vezes ouvi uma ou duas músicas de que gostei e fui a correr comprar o CD dessa banda com a certeza absoluta de ser agradavelmente surpreendida, para depois descobrir que afinal só havia mesmo essas poucas músicas tragáveis e o resto era lixo?
Da mesma forma, quantas vezes fui na cantiga dum parvalhão qualquer, para descobrir que o resto das músicas do pardal não valiam sequer o tempo gasto a pensar nele?
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É por isso, Charlie, que adoptei há anos um método infalível: normalmente compro apenas os Best Of das bandas. Pelo menos fico com a certeza de não ter surpresas desagradáveis e sei exactamente com o que vou contar, porque já conheço quase todas as músicas.
Infelizmente, no campo dos gajos (e das gajas) não existe essa possibilidade. Ou, pelo menos, ela dura muito menos tempo que um CD. Ou seja, até pode haver uma fase inicial de Best Of - todos nós instintivamente mostramos apenas o nosso Best Of no início de qualquer relação e só depois ganhamos coragem e/ou naturalmente deixamos cair as barreiras e começamos a mostrar aquelas músicas concebidas em dias menos inspirados. Ao contrário dos músicos, porém, o CD da nossa alma vai acumulando uma quantidade enorme de lixo, fífias descomunais, erros de produção e momentos de pura loucura, que não podemos de forma nenhuma descartar porque não temos mesa de mistura.
Essa pertencerá porventura a Deus, para aqueles que acreditam, para os outros como eu, será mesmo inexistente.
Por isso, ficamos condenados a ter que gramar com muitos CD's de muitas bandas sonoras humanas, até finalmente descobrirmos uma que nos faça querer descobrir mais.
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Por vezes, Charlie, existe aquela discografia que nos agrada bastante e continuamos a pesquisar mais e mais e mais. Até que eventualmente acabamos por descobrir também as tais fífias do nosso artista preferido. E quais Trekis da alma de alguém, ficaremos também fãs das melodias menos bem conseguidas, ou pelo menos, elas virão em conjunto com o restante material e, de vez em quando, sujeitamo-nos a ouvi-las por amor à causa, se por mais nada.
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Resta-nos esperar que um dia haja também alguém que consiga gramar com as nossas fífias, tornando-se um daqueles fanáticos de nós.
Será pouco saudável? Talvez ... Mas caramba, Charlie, todos nós temos direito a pelo menos um fanático da nossa alma!
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P.S. Este texto foi inspirado por uma agradável descoberta (o CD dos Maroon 5) e uma desilusão (o CD do Pedro Abrunhosa).
lf~dçlf

3 comentários:

Dry-Martini disse...

Os concertos ao vivo talvez sejam uma boa opção .)

Andrómeda disse...

nesse caso temos as fífias em directo e ao vivo, o que ainda é pior

Dry-Martini disse...

Mas também temos o improviso. Não seja tão pessimista. Olhe antes para o copo meio cheio. Ou se insistir em o ver meio vazio imagine-o antes com veneno .) Pode sempre usa-lo para as "fifias" :)