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A Melhor Amiga de Um Sniper – Parte I
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Um assassino contratado usa armas. O assassino contratado que me pediu que o escrevesse usa armas de fogo, mata à distância, é um sniper, usa espingardas. Quem escreve sobre um assassino tem, em princípio e sobretudo se for como eu picuinhas e perfeccionista nestas coisas (e tiver personagens exigentes dentro da cabeça), que pelo menos pegar numa arma, senão mesmo aprender a manejá-la.
Felizmente (até porque a nova lei de armas está cada vez mais restritiva e eu não tenho nenhuma pretensão de iniciar carreira no mundo do crime – estou velha e cansada ...), tenho a sorte de conhecer alguém muito próximo que é completamente maluco por armas e suficientemente maluco ponto final para me disponibilizar nada mais do que uma pistola Baikal russa de calibre 9mm e uma metralhadora Kalashnikov.
Atenção, para os mais nervosos: Não, não conheço nenhum soldado tchetcheno (infelizmente ...) e nenhuma destas armas dispara balas ou munições verdadeiras, a Baikal é de pressão de ar e a Kalash é réplica. E não, não as tenho em casa, porque não tenho licença de porte de arma, ao contrário do meu amigo que pratica desporto com armas (não com estas) e as colecciona.Ou seja, podem continuar a circular por Lisboa na paz das almas.
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Feita a ressalva, prossigamos com as maravilhosas sensações e descobertas que este mundo das armas proporciona a uma leiga como eu, que sempre se cagou de medo delas. Isto enquanto a loucura ainda não me deu para ir tirar um curso de manejo de armas de fogo que me possibilitaria a licença e porte de uma para desporto, ou lata para pedir uma licença de porte de arma de alarme colocando nos motivos do requerimento “exigência de um personagem” (já estou a imaginar o agente da PSP a olhar para mim com cara de poucos amigos, de caneta congelada no ar por cima da folha de papel, enquanto eu lhe explico que preciso de uma pistola e de uma espingarda porque vou escrever uma história onde o personagem principal é um sniper contratado para matar pessoas ... “a menina bai eshscreber uma hichtória ...” “sim, senhor agente” “Shobre um shniper?” – sobrancelha levantada até ao princípio do couro cabeludo “sim, senhor agente ...” “e prechija de shentir a arma nas mãoje ...” “sim, senhor agente ...” enfim ... como explicar a um agente da PSP que tenho mesmo que sentir a arma na mão, que tenho se possível de acordar e adormecer a pensar em armas, que tenho de saber preparar uma arma para ser disparada como se fosse uma profissional, que tenho de conhecer uma arma o mais possível como conheço a palma da minha mão, mas que isto tudo é a fingir, que não preciso de balas e que o objectivo é tão somente começar a pensar como um tipo que está habituado a lidar com armas todos os dias desde a adolescência? como explicar?!! é simples ... não se explica ... nem sequer se tenta porque há coisas que não se conseguem explicar ...)
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De modos que, felizmente, por vezes a vida tem destas coisas e tenho o tal maluco que se prontificou voluntariamente a ajudar-me na pesquisa, quando abri a boca e disse que estava a pensar escrever uma história sobre um sniper citadino. “Amanhã trago-te uma das minhas. E p’rá semana trago-te a Kalashnikov”. “A Ka...quê??!!!” “A Kalashnikov.” “Mas tu tens uma Kalashnikov???!!!” “Tenho.” Epá, adoro-te, pá!, mas mantive a compostura “E como é que vais trazer a Kalash...nikov?” “Desmontada.” “Ahhh ... claro ... pois claro ... desmontada ... que cabeça a minha.” Como é que se anda com uma Kalashnikov no meio da cidade? Desmontada. Duhhhh ...
De modo que lá me trouxe a Baikal russa e me ensinou a meter-lhe munições, carregá-la e disparar. Ora bem, ter nas mãos uma arma que dispara munições de 9mm e pesa mais de 1 kg, é uma sensação ...
Há! Achava que eu ia revelar tudo logo duma vez? Na na na na na ... Leia o próximo episódio de “A Melhor Amiga de um Sniper” ;) e descubra.
Hasta la vista, baby.
Feita a ressalva, prossigamos com as maravilhosas sensações e descobertas que este mundo das armas proporciona a uma leiga como eu, que sempre se cagou de medo delas. Isto enquanto a loucura ainda não me deu para ir tirar um curso de manejo de armas de fogo que me possibilitaria a licença e porte de uma para desporto, ou lata para pedir uma licença de porte de arma de alarme colocando nos motivos do requerimento “exigência de um personagem” (já estou a imaginar o agente da PSP a olhar para mim com cara de poucos amigos, de caneta congelada no ar por cima da folha de papel, enquanto eu lhe explico que preciso de uma pistola e de uma espingarda porque vou escrever uma história onde o personagem principal é um sniper contratado para matar pessoas ... “a menina bai eshscreber uma hichtória ...” “sim, senhor agente” “Shobre um shniper?” – sobrancelha levantada até ao princípio do couro cabeludo “sim, senhor agente ...” “e prechija de shentir a arma nas mãoje ...” “sim, senhor agente ...” enfim ... como explicar a um agente da PSP que tenho mesmo que sentir a arma na mão, que tenho se possível de acordar e adormecer a pensar em armas, que tenho de saber preparar uma arma para ser disparada como se fosse uma profissional, que tenho de conhecer uma arma o mais possível como conheço a palma da minha mão, mas que isto tudo é a fingir, que não preciso de balas e que o objectivo é tão somente começar a pensar como um tipo que está habituado a lidar com armas todos os dias desde a adolescência? como explicar?!! é simples ... não se explica ... nem sequer se tenta porque há coisas que não se conseguem explicar ...)
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De modos que, felizmente, por vezes a vida tem destas coisas e tenho o tal maluco que se prontificou voluntariamente a ajudar-me na pesquisa, quando abri a boca e disse que estava a pensar escrever uma história sobre um sniper citadino. “Amanhã trago-te uma das minhas. E p’rá semana trago-te a Kalashnikov”. “A Ka...quê??!!!” “A Kalashnikov.” “Mas tu tens uma Kalashnikov???!!!” “Tenho.” Epá, adoro-te, pá!, mas mantive a compostura “E como é que vais trazer a Kalash...nikov?” “Desmontada.” “Ahhh ... claro ... pois claro ... desmontada ... que cabeça a minha.” Como é que se anda com uma Kalashnikov no meio da cidade? Desmontada. Duhhhh ...
De modo que lá me trouxe a Baikal russa e me ensinou a meter-lhe munições, carregá-la e disparar. Ora bem, ter nas mãos uma arma que dispara munições de 9mm e pesa mais de 1 kg, é uma sensação ...
Há! Achava que eu ia revelar tudo logo duma vez? Na na na na na ... Leia o próximo episódio de “A Melhor Amiga de um Sniper” ;) e descubra.
Hasta la vista, baby.
4 comentários:
Gosto do anel...
Não quero de modo nenhum intrometer-me no seu personagem nem na colecção do seu amigo, até porque de armas percebo pouco - a julgar pelos cortes a fazer a barba :) - mas a pedido do meu Martini tem de lhe pedir uma famosa Walter PPK .)
O anel não vem incluído com a arma :)
Já lhe disse que não gosto nada do James Bond ;) Sorry ...
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