segunda-feira, 8 de novembro de 2010

MORMORIOS DI ROMA XII

O Suíço
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O mundo pára aqui. Sim. Ou flui, incessantemente. Olhem para eles. Como ovelhas desaguando mansamente no centro do mundo. Ávidos de qualquer coisa. Ávidos de respostas. De soluções. Como ovelhas. Alguns curiosos. Mesmo esses, sem querer admiti-lo a si próprios, procuram algo aqui. Procuram entender. Ouço-os, também. Expressões de júbilo, de surpresa, de fascínio, de solenidade. Sabem que estão a entrar no centro do mundo. Querem respirar o centro do mundo. Saberão eles, terão noção de quanto o centro do mundo é parecido com o mundo de cada um deles?
O mundo pára aqui. Alguns vêem-me, outros não. A maioria apenas repara nas cores ... Amarelo, encarnado, azul. Muitos pensam que foi Michelangelo quem desenhou estas riscas. Estão errados, é apenas uma lenda. Olhem para eles. De máquinas em riste, tentando roubar-me um olhar, um sorriso, uma reacção. Não posso. Sou o porteiro do centro do mundo. Somos poucos. Mas bons, ou assim nos julgamos. Por vezes parecemos ridículos, mas não brincamos em serviço. As ovelhas nem imaginam que por vezes circulamos mais próximos delas do que alguma vez julgaram possível. Sem as cores, claro. Discretos. Guardamos o centro do mundo com precisão suíça. Não fosse a explosão de cores e seríamos absolutamente invisíveis, inodoros, incolores, talvez um pouco mais insípidos.
Guardo o centro do mundo. E o mundo olha para mim. Mas eu não posso devolver o olhar.
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