sábado, 10 de novembro de 2012

MURMÚRIOS DE MANHATTAN XII

Times Square




É sempre dia em Times Square. Mas também é sempre noite em Times Square.
Times Square é uma pequena Las Vegas em miniatura.
As luzes, cores, animação, ruído, movimento e vida que acontecem nesta praça todos os dias a todas as horas do dia ou da noite é única no mundo.
Times Square poderá talvez ser comparada a uma amostra da cidade de Manhattan. Se fossemos a uma loja como quem compra tecidos e pedissemos uma amostra do tecido Manhattan, obteríamos um quadrado chamado Times Square, que teria todas as características do metro de Manhattan concentradas e ensanduichadas naquele pequeno quadrado.
Times Square é assim apelidada porque é aí que se encontra o edifício do jornal mais famoso e mais respeitado do planeta - o New York Times.
Apelidada de Cruzamento do Mundo é, de acordo com uma sondagem realizada, a atracção turística mais visitada do planeta - 39 milhões de pessoas todos os anos. É muita gente para praça tão pequena. Porque ela é pequena. E torna-se ainda mais pequena pelo efeito de altura dos edifícios que a rodeiam, que a estrangulam ainda mais.
Na realidade, Times Square não tem nada de extraordinário, a não ser uma data de anúncios em néon coloridos e movimentados, que piscam e rolam e giram e se acendem e apagam a todos os segundos. E pessoas. E trânsito. Mas é ... como dizer? se houvesse um centro do mundo, tipo uma espécie de meeting point universal onde toda a gente marcasse encontros, esse meeting point teria de ser Times Square. Não sei é se as pessoas se encontrariam de facto, porque podiam passar umas pelas outras sem se verem, distraídas com todas as outras.
É também na Times Square que o mundo dá as boas-vindas ao novo mundo, todos os anos. Uma bola desce. Nada de especial. É apenas uma bola. Mas milhões de pessoas concentram-se todos os anos lá para ver essa bola descer. E depois ... bom, depois caem milhares de papelotes às cores e Times Square fica ao mesmo tempo ainda mais pequena e maior.

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