domingo, 31 de agosto de 2008

AS TELAS DE ANDRÓMEDA

Noite Estrelada (1889)
Vincent Willem van Gogh (1853-1890)
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Óleo sobre tela, Museum of Modern Art (MOMA), Nova Iorque
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"Geralmente considerado o maior pintor holandês, depois de Rembrandt. A par de Cézanne e Gaugin, ele foi o maior artista do Pós-Impressionismo. Influenciou poderosamente a corrente do Expressionismo na arte moderna. O seu trabalho, todo produzido num período de apenas 10 anos, expressa de forma assombrosa, através do uso da cor, pinceladas espessas e formas de contornos definidos, a angústia de uma doença mental que eventualmente resultou no suicídio.
Embora sofresse habitualmente de pobreza extrema e mal-nutrição, o trabalho produzido nos últimos 10 anos de vida foi prodigioso - cerca de 800 pinturas e um número similar de desenhos.
Vendeu apenas um único quadro em vida (Videiras Vermelhas em Arles, Museu Pushkin - Moscovo) e era muito pouco conhecido no mundo da arte quando morreu, mas a sua fama cresceu rapidamente a partir da sua morte. A sua influência no Expressionismo e Fauvismo e nas fases iniciais do Abstraccionismo foi enorme e pode ser observada em muitos outros aspectos da arte do século XX. A sua vida tempestuosa e dramática e a sua devoção inabalável aos seus ideais tornaram-no um dos grandes heróis culturais dos tempos modernos."  
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"Posso muito bem passar sem Deus, na minha vida ou na minha pintura, mas não posso, sofrendo como sofro, passar sem aquilo que é maior que eu, e que é a minha vida - o poder de criar."
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"Se ouvires uma voz dentro de ti dizer "não consegues pintar", então deves mesmo pintar, e essa voz será silenciada."
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P.S. Não aprecio particularmente Van Gogh, mas quando vejo alguns dos seus quadros ao vivo, há algo de extraordinariamente emotivo e puro e ingénuo nas suas pinceladas carregadas, que ultrapassa a tela e vem "falar" directamente ao meu coração. E acontece sempre que o meu coração se enche de lágrimas, sem eu perceber exactamente porquê ...

sábado, 30 de agosto de 2008

Passo os dedos pelo dicionário ao acaso e aterro em ...

LAMÚRIA
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O psiquiatra Carlos Amaral Dias diz que talvez o primeiro lamento do homem primitivo perante a morte de um ente próximo tenha constituído o primeiro passo para o desenvolvimento da inteligência. Essa primeira exclamação de surpresa pode ter sido o primeiro lamento, em vez do grunhido habitual, que conduziu por sua vez ao desenvolvimento da linguagem mais complexa que, como sabemos, foi o primeiro estadio do desenvolvimento do cérebro.
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Também os bebés aprendem desde cedo a choramingar para obterem algo em troca. Seja, fome, seja mimo ou um aborrecimento qualquer, é através do choro que começamos a comunicar neste mundo.
No filme RAN de Akira Kurosawa (afinal o filme sempre serviu para alguma coisa ... :p), alguém diz que o homem entra na vida a chorar e parte deste mundo depois de ter chorado tudo.
Há quem faça até do choro uma vocação de vida, como ritual social e aglutinador da comunidade num momento de desgosto - em Portugal existem as carpideiras, cuja função é única e exclusivamente lançar lamentos durante o velório e enterro do defunto.
Os índios da pradaria americana entoam lamentos aos mortos, que acompanham a alma do defunto até ao outro mundo.
Na cerimónia do enterro do Papa João Paulo II, os sacerdotes da Igreja Ortodoxa Grega cantaram um lamento lindíssimo, em redor do corpo do representante de Pedro na Terra.
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A lamúria é talvez a forma mais clara que o espírito tem de mostrar que está a sofrer. É também uma forma de realizar chantagem emocional, porque quase ninguém gosta de ouvir alguém chorar.
O sofrimento dos outros amedronta-nos, incomoda-nos, talvez porque não gostemos de nos sentir impotentes perante o desgosto alheio.
Egoísmo? Talvez. Raras são as pessoas que não tentam de imediato resolver o problema e parar a torrente de lágrimas. Mas, por vezes, as lágrimas precisam de cair ...
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Este egoísmo tem provavelmente uma explicação científica muito clara e simples. É que, como demonstrou Darwin, a selecção natural escolhe sempre os mais aptos, consoante as características do momento. E quando nos vemos confrontados e incomodados com o sofrimento alheio, isso nada mais poderá ser do que o ADN a segredar-nos que ali está um elo mais fraco e que isso poderá desestabilizar a cadeia inteira.
E a vida tem de continuar. Porque a vida quer viver, como diz Bill Bryson na sua "Breve História de Quase Tudo".
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Seca as lágrimas e vai em frente.
Dos fracos não reza a história ...

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

MURMÚRIOS DE LISBOA LXX

Carrix
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Motorista da Carrix prepara a sua Kalashnikov antes de sair para a selva. Todo o cuidado é pouco quando se tem de lidar com a temível raça dos utentes selvagens
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Palavra de honra que os motoristas da Carris devem ter um curso especial para lidar connosco ... ou isso ou então são de uma raça superior que só eles é que sabem e nós, o resto dos coitados, andamos aqui numa realidade virtual sem fazer a mínima, tipo Matrix.
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Já os estou a ver, barricados nos seus bunkers feitos com bocados de autocarros e peças sobresselentes da Mercedes, a única empresa que escapou ao violento dilúvio e consequente guerra de máquinas exterminadoras. A Mercedes, como patrocinava as operações de optimização das máquinas e traiu a Alemanha por mais uns marcos, foi poupada e escapou ilesa, podendo continuar a produzir autocarros para a Carris, que agora é uma sucursal da Matriz principal e se chama Carrix.
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Portanto, lá nos bunkers da Carrix, existem uns quantos coitados que são os sacrificados pelas máquinas e que servem para carne para canhão, tendo que sair para a realidade e lidar com os selvagens ... que são ... adivinharam ... os utentes dos transportes públicos de Lisboa.
De manhã, já os estou a ver, recebem o briefing costumeiro do Tenente, que é assim uma espécie de Lou Tenent Furillho da Balada de Hill Street, mas mais baixo, mais gordo e assim ... mais tuga, percebem?
"Malta! Não se esqueçam de ensinar aos novatos que não se deve dar cavaco àqueles gajos. Nunca, jamais olhem nos olhos daqueles bichos, ou podem ficar imobilizados para sempre e depois ninguém os vai lá buscar.
Quando houver trocos para dar, não se esqueçam de fazer assim um ar displicente e nem sequer olhem para a cara do bicho, deixem-no seguir lá para trás.
Parar para deixar entrar alguém que chegou a correr esbaforido à paragem, ainda nem as rodas de trás sairam do mesmo sítio e a porta acabou de se fechar???!!! Nem pensem numa coisa dessas. Há gases perigosíssimos que se formam durante as corridas de utentes da Carrix e que vos podem contaminar irremediavelmente.
Mas! Se, mesmo assim, tiverem que abrir a porta porque o bicho começa a ameaçar partir o vidro, coloquem imediatamente a Cara Nº 5 - expressão de "mas tu pensas que eu tenho a tua vidinha e que acordo atrasada e que fico no bem bom até mais tarde e depois venho a correr feito estúpido para a paragem e ainda estou à espera que o idiota do motorista me faça o favor de abrir a porta assim por dá cá aquela palha?". Quando o bicho agradecer esbaforido, não fazer contacto ocular. Os agradecimentos são uma manobra de diversão para te poderem contaminar com os raios ultra-violetas secretos que eles andam a congeminar com a ajuda do movimento de Resistência.
E ... e ... e ... onde é que pensam que vão? Vamos lá a ter cuidadinho lá fora! Aquilo é uma selva!"
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A raça de selvagens com que os intrépidos motoristas da Carrix se defrontam todos os dias
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E pronto. Deve ser isto. Tive esta ideia quando olhei para um dos Neos da Carrix e vi MEDO! MEDO! nos olhos dele.
Já o estou a imaginar lá no briefing - "Lou Tenent, Mister, aqueles gajos estão a ficar mais revoltados ... temos que passar ao Plano B" - sendo que o Plano B é os autocarros andarem simplesmente a circular sem abrir as portas, quem quiser que salte lá para cima e vá de boleia arejada até à próxima paragem ... Já faltou mais ...
Se mesmo assim isto não resultar, então há sempre o Plano C - chumbo neles que isto a malta tem que se proteger de qualquer maneira. Afinal, não há concorrência, não é? É o salve-se quem puder ... Mas pensam o quê? Isto de ser motorista da Carrix é um trabalho de alto risco. E ainda por cima são mal pagos. Qualquer tratador de chimpanzés ganha mais que um motorista da Carrix e o nível de selvajaria do primata não se assemelha sequer ao dos selvagens utentes da Carrix ...
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Exemplar móvel da Carrix vandalizado pelos selvagens Resistentes

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

PALAVRAS ESTÚPIDAS 29


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Tenho 2 heróis no desporto. Jesse Owens e Carl Lewis.
Jesse Owens ganhou 4 medalhas de ouro nos Jogos Olímpicos de Berlim, em 1936, gravando o seu nome na história do desporto para sempre. É que esses foram os Jogos Olímpicos organizados por Hitler ele mesmo, os Jogos em que Hitler pretendia demonstrar a superioridade da raça ariana perante todas as outras. Jesse Owens chegou e arrancou-lhe 4 medalhas de ouro na corrida e no salto em comprimento, humilhando Hitler de forma pungente - é que Jesse Owens era negro. E a única coisa que Hitler pôde fazer foi abandonar o estádio (diz-se que para não ter de apertar a mão a um negro) enquanto o atleta americano derrubava todos os seus adversários de forma simples e elegante.
Como Jesse dizia, os negros correm mais do que os brancos porque precisam mais de comer.
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Quarenta e oito anos mais tarde Carl Lewis fez o mesmo nos Jogos Olímpicos de Los Angeles. Não porque precisasse mais de comer. Os tempos já eram, felizmente, outros. Mas porque foi um dos atletas e campeões mais extraordinários da história do desporto. Há quem possa já nem se lembrar deste nome ou quem nem sequer tenha ouvido falar dele. Eu lembro-me bem de Carl Lewis. Quando era miúda, era ele o supra-sumo do atletismo mundial. Carl Lewis corria os 100 metros, os 200 metros, as estafetas 4x100 e 4x200 e o salto em comprimento. Em todos era campeão e em todos batia recordes. Ganhou 9 medalhas de ouro olímpicas. Foi considerado o Atleta do Século pelo Comité Olímpico Internacional e o Olímpico do Século pela prestigiada revista Sports Illustrated. Chamavam-lhe A Gazela, por a forma elegante como corria se assemelhar à passada desse mamífero. Quando A Gazela voava na pista, fazia-se silêncio para observar a magia a acontecer. Carl Lewis era o protótipo do atleta olímpico por excelência.
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Nelson Évora não é só da mesma cor que Jesse Owens e Carl Lewis. É também da mesma cepa. A cepa dos campeões. Nelson Évora fez o que se espera que um campeão faça. Que mostre aquilo que vale no momento em que é preciso mostrar, sem desculpas de que estava a
chover e que escorregou, sem fado do coitadinho e do aleijadinho lesionado, sem tretas. Um campeão faz. Seja em que circunstâncias for. Ponto final. E Nelson fez. Parabéns! E obrigada.
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P. S. Gostei da onda "Dennis Rodman" do inglês adversário. Mas ... não é com cabelos azuis e piercings que se ganham medalhas ... é com pernas e braços e determinação e trabalho.

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

EM BUSCA DE PALAVRAS 38

AVISO: Este post é de leitura interdita a menores de 18 anos ou a pessoas sem o mínimo de bom senso ou senso de humor dentro da tola
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Um Pouco de História - Parte II
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Com a entrada na II Guerra Mundial, os americanos começaram a olhar para os snipers de outra forma.
Os snipers japoneses eram quase suicidas e seguiam o código Bushido - não desgraçariam a sua família, comunidade ou antepassados rendendo-se e, por isso, lutavam até à morte e quando eram capturados suicidavam-se. Eram exímios na técnica de camuflagem, utilizando o sniping nas árvores, considerado uma táctica suicida porque apesar de oferecer cobertura anterior ao momento do tiro, não oferece cobertura quando é dado o tiro de resposta.
Os americanos utilizavam a chamada força bruta, destruindo a vegetação e as árvores.
Entretanto, na Europa, as tropas aliadas defrontaram-se com o famoso Dia D e com os exímios snipers alemães, de elite, com muita experiência e muita pontaria. Tanta, que os oficiais ingleses não usavam as suas insígnias, para não serem atingidos.
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A experiência demonstrou o chamado efeito de alter-ego: nada é tão eficaz para combater um sniper, do que outro sniper. Torna-se um jogo derradeiro, mas não acontece com muita frequência, porque quando um sniper atira muda imediatamente de posição. Outro dos pormenores a que um sniper rival aprende a estar atento é o tempo que leva entre tiros para um sniper recarregar a arma e disparar de novo. Este intervalo pode representar a diferença entre a vida e a morte.
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Um sniper não pode fumar (por causa do fumo), nem usar sabonetes ou loções (para não cheirar a nada), não anda com nada pendurado que possa fazer barulho ou brilhar. As chapas de identificação de soldado devem estar coladas com fita adesiva ao corpo ou ao vestuário, deve ter muito cuidado se usar óculos, por causa dos reflexos e com a parte dianteira da mira da sua espingarda. Normalmente coloca-se uma cobertura sobre a mira, de pano, com um buraco. Tudo isto pode parecer um exagero, mas na maioria das vezes, as acções de sniping não são a tão longas distâncias como se poderia pensar.
Ao contrário do que muitas histórias ficcionadas de Hollywood podem fazer crer, também não é muito comum um sentimento de desgosto profundo em snipers reais, quando atingem um outro soldado. Aquilo que a maioria refere é que sente que "é menos um que vai matar um dos nossos".
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Duas décadas mais tarde, durante a guerra do Vietname, os americanos tiveram que defrontar-se novamente com uma força de guerrilha exímia em camuflagem, com um conhecimento territorial profundo do seu próprio país e com uma motivação para lutar inabalável.
A desmoralização das tropas americanas conduziu ao recomeço do programa de sniping para contra-atacar os snipers vietnamitas. Em 1968 o exército americano começou a desenvolver classes especiais para snipers, tão exigentes que tinham uma percentagem de desistências de 50%. Foi também durante esta guerra que foi introduzida a visão nocturna, muito eficaz na desmoralização do inimigo.
Os êxitos do sniping no Vietname, conduziram ao estabelecimento de 2 escolas nos EUA - Fort Bragh, na Carolina do Norte e Fort Benning, na Georgia. Há milhares de candidatos, mas apenas um quarto de centena passam e obtêm o seu diploma todos os anos.
Actualmente os EUA afirmam ter os melhores snipers treinados de qualquer exército do mundo. 

terça-feira, 26 de agosto de 2008

AS TELAS DE ANDRÓMEDA

Almoço dos Remadores (1880-1881)
Pierre-Auguste Renoir (1841-1919)
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Óleo sobre tela, Phillips Collection, Washington DC
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"Pintor francês originalmente associado ao movimento Impressionista. Os seus primeiros trabalhos eram típicos retratos da vida real, cheios de cores berrantes e muita luz. Por volta de meados da década de 1880, no entanto, quebrou com o movimento e começou a aplicar uma técnica mais disciplinada e formal a retratos, particularmente de mulheres.
Renoir é provavelmente o mais amado dos Impressionistas, devido aos temas que escolhia - crianças bonitas, flores, paisagens belas e mulheres belas - que atraem de imediato. Ele comunicava a alegria que retirava dos seus retratados de forma muito directa. Um dos seus filhos foi o aclamado cineasta Jean Renoir."
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"Nunca acho que terminei um nu, até ter a sensação de que o consigo beliscar."

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

PALAVRAS EMPRESTADAS 41

"O Paraíso é aquele lugar onde o humor é britânico, os cozinheiros são franceses, os mecânicos são alemães, os amantes são portugueses e tudo é organizado pelos suíços.
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O inferno é aquele lugar onde o humor é alemão, os cozinheiros são britânicos, os mecânicos são franceses, os amantes são suíços e tudo é organizado pelos portugueses."
Anónimo
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Bem ... não sou particularmente fã de humor britânico ... a cozinha inglesa não é, como se costuma dizer, das piores do mundo (quem diz isso, é porque nunca provou plum pudding nem apple crumble, para mencionar apenas 2 acepipes british), que eu saiba os japoneses e os italianos fazem motas e carros melhores que os alemães (mas eu também não percebo nada de carros ou motas ...) e quanto à organização suíça, não será um petit trop sensaborona??? depois ... relativamente à questão dos amantes portugueses ... no comments ...
dlçkdç
Portanto, para mim, seria mais:
O Paraíso é aquele lugar onde o humor é feito pelo Woody Allen para ser dito pelo Peter Sellers, os cozinheiros são japoneses (sushi sachimi forever!!!), os mecânicos são autralianos assim do género do Russell Crowe, os amantes são iguaizinhos ao amante da Lady Chaterley (lamento, mas esta é só para quem tem cultura literária ...) e tudo é organizado pelos americanos (podem ter muitos defeitos, mas lá que sabem fazer uma festa, sabem ...)
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Já o Inferno será o lugar onde o humor é japonês sem legendas, os cozinheiros são americanos, os mecânicos são iguais fisicamente ao Woody Allen + o Peter Sellers, os amantes são australianos com o sotaque do Russell Crowe a segredarem-nos ao ouvido (yaaaaarrrchh) e tudo é organizado pelo amante da Lady Chaterley (ou seja, a história acaba sempre mal ...)

domingo, 24 de agosto de 2008

PALAVRAS PARTILHADAS


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Procura-se
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GLOBETROTTER DESTEMIDO
(M/F)
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Requisitos:
• Espírito aventureiro a valer (não da tanga, "ah sim ... eu vou ... mas depois arranja 1001 desculpas para explicar por que afinal não pode ir, mas que se a vida não fosse tão complicada até ia ... blah blah blah): capaz de partir para Nova Iorque na sexta-feira à noite e voltar na segunda-feira de manhã, se assim lhe for pedido
• Prático: com capacidade para fazer uma mala em 5 minutos e desenrascar-se no destino com o que faltar
• Versátil: Facilidade para saltitar de país para país com mochila às costas e dormir em castelos escoceses invadidos por fantasmas, hotéis de Gran Luxo em Tenerife com jacuzzi no jardim e milionários à solta por todo o lado, ao relento em Stonehendge, debaixo das estrelas em Machu Pichu, ou dentro dum contentor em Tóquio
• Alérgico a parques de campismo, pousadas da juventude sem privacidade ou tudo o que cheire a "comunidade peace&love"
• Desorientado: Quando mais despistado melhor. Capaz de se perder nas ruas numeradas de Manhattan, nos canais sem saída de Veneza ou nas estradas irlandesas, sem entrar em paranóia. Estão absolutamente banidos das candidaturas os chico/as esperto/as com a mania que se orientam muito bem em qualquer parte do mundo (vão candidatar-se a GPS humanos ...)  
• Paciente: Capaz de conduzir de uma ponta à outra dos EUA sem se maçar
• Livre e descomprometido: Sem apêndices chatos a quem é preciso ligar de 5 em 5 minutos para explicar onde se está, o que se vai comer e o que se está a ver
• Silencioso: Capaz de manter silêncios indeterminados e olhares poéticos
• Reservado q.b.: Conversas de circunstância com os nativos tudo bem; trazer 200.000 pessoas a reboque o resto da viagem NÃO!
• Espírito anti-tuga: "Detesto ouvir, ver ou cheirar português assim que cruzo a fronteira"
• Disponibilidade: Imediata. Upa! Upa! Que se faz tarde ...
• Regresso: Indefinido.
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Oferece-se:
• Óptimos conhecimentos em línguas nativas: inglês, espanhol et un petit peut de français
• Ampla experiência em negociações de mercado: Londres, Cairo, Tunes, Montmartre, Banguecoque e vendedores de artigos "hot" na 5ª Avenida
• Técnica versátil para tirar notas de viagem em quaisquer circunstâncias: No ar, em terra, no mar, na areia, em rochas, em colchões na piscina, em comboios, em carripanas aos solavancos, no meio de chuvadas ou ventanias descomunais, you name it ...
fdklçf
Enviar candidaturas para este mesmo post. Os candidatos que apresentarem as sugestões de destinos mais originais recebem um bónus na pontuação geral.
Prometemos ser breves nas respostas.
fkldçf
Boa sorte!
fdlçfk
Se não estiver interessado/a em candidatar-se a Globetrotter, pode sempre experimentar outras posições em Dry-Martini

sábado, 23 de agosto de 2008

Passo os dedos pelo dicionário ao acaso e aterro em ...

Diluviano
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Cascata Parque das Nações, junto ao Teatro Camões
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Contam os textos cristãos apócrifos (adoro esta palavra ...) que os filhos de Deus se deitaram com as filhas dos homens e que dessa união nasceram seres monstruosos a que se deu o nome de Elohim. Os Elohim não constam, porém, da versão oficial da Bíblia nem estão incluídos na classificação das ordens angelicais concebida por Sto. Agostinho na sua Cidade de Deus.
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Os Elohim eram seres malditos e por isso os filhos de Deus conceberam um reservatório de água gigantesco cujas comportas foram abertas subitamente para lançar a água diluviana sobre os Elohim e eliminar a sua raça da face do Éden. E assim nasceu a lenda do Dilúvio, depois alterada para a versão oficial de Noé e da sua arca.
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Há quem veja nesta lenda uma prova da presença extra-terrestre na Terra, nos primórdios da Humanidade. Mas os dilúvios não deixam de ser comuns a muitas crenças e a muitos povos - quase todos falam de um grande dilúvio, desde os índios da pradaria americana aos aborígenes australianos, passando pelos esquimós.
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Como se a água, fonte de vida e berço da humanidade, estivesse presente desde o coração das nossas células até à forma de moldar até o nosso próprio pensamento, relembrando-nos os famosos arquétipos do imaginário colectivo de que Jung fala.
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Mais forte que a Terra-Mãe, mais presente que o Espaço-Pai, a água. Porque dela viemos e a ela regressaremos.

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

MAGIC MOMENTS 47

Beijo # 14 - O Beijo 360º
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O sempre eterno Steve McQueen e a desconcertante Faye Dunaway em The Thomas Crown Affair. Como um jogo de xadrez pode acabar num beijo de graus elevados.



quinta-feira, 21 de agosto de 2008

AS TELAS DE ANDRÓMEDA

A Virgem do Pescoço Comprido (1534-40)
Girolamo Francesco Maria Mazzola (1503-1540)
também conhecido por Parmigianino ou Pequeno Parmesão
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Óleo em madeira, Galeria Uffizi, Florença
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"O seu trabalho é caracterizado pelo alongamentos das formas humanas, no chamado estilo Maneirista. Conseguiu traduzir de forma original os modelos do Renascimento com uma orientação já plenamente maneirista. Para ele, a função da arte era transmitir sensações estranhas e excitantes, para o que teria de criar um necessário artificialismo."
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"Dizia-se que o espírito de Rafael tinha penetrado no seu corpo, quando o jovem era tido como um pintor de tão rara qualidade e tão gentil e gracioso como era Rafael."
Giorgio Vasari, 1550

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

WINGS OF WILL XXIX ....................................... Quem disse que o homem não consegue voar?

Em tempo de jogos olímpicos, ginastas e fotógrafos unem-se para um espectáculo de vôos acrobáticos belíssimos. A força da mente dobra o corpo até infinitos impossíveis.
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terça-feira, 19 de agosto de 2008

EM BUSCA DE PALAVRAS 37

AVISO: Este post é de leitura interdita a menores de 18 anos ou a pessoas sem o mínimo de bom senso ou senso de humor dentro da tola
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A Melhor Amiga de Um Sniper - Parte XXII
DKDÇLK

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Levei cerca de 6 meses para decidir se o meu sniper usa pistola ou revólver. E este nem sequer é o instrumento primordial do seu método de trabalho. É apenas um dos muitos acessórios que ele transporta consigo - as tools of the trade.
Um conoisseur sabe que há uma enorme diferença entre estes dois instrumentos de defesa e morte.
Pistola versus revólver é um velho debate que ainda levanta dúvidas. No fim de todas as análises realizadas, caberá ao utilizador escolher aquele que melhor se adapta ao seu método, à sua experiência e ao seu objectivo. Mas existem diferenças significativas, algumas das quais são:
Revólver:
Tem várias vantagens e características únicas. O mais importante é que são mais baratos, de design mais simples e mais fidedignos do que as semi-automáticas. Um revólver é fácil de manusear, até mesmo para principiantes. Os revólveres, por qualquer motivo, parecem ser mais certeiros do que as semi-automáticas. Relativamente às desvantagens, os revólveres são limitados a 6 tiros, são relativamente lentos a recarregar, o espaço entre o cano e o cilindro resulta em menor eficácia e a força necessária para pressionar o gatilho é maior.
Pistola:
A vantagem das semi-automáticas é o uso do movimento de recuo gerado pelo cartucho disparado para ejectar a cápsula vazia, carregar o próximo cartucho e levantar o cão. Isto é mais apropriado para disparar múltiplos tiros, por isso muitas são desenhadas para carregar 15 a 19 munições. As desvantagens incluem um mecanismo mais complicado, requerem mais prática de uso e as cápsulas dos cartuchos têm de ser pequenas para funcionarem bem. Os cartuchos de revólver são mais poderosos do que os cartuchos das semi-automáticas por esta última razão.

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Picuinhices? Não ... Quero que alguém entendido em armas perceba que o meu sniper percebe das suas armas. Para o leigo será apenas um pormenor, uma curiosidade que será lida de passagem, mas para um entendido o cuidado está precisamente nos pormenores. Um idiota nem sequer sabe a diferença entre pistola e revólver. Eu era uma idiota há 9 meses atrás … Só sabia que os revóveres têm um tambor que roda e que as pistolas têm uma corrediça. Mas nem sequer sabia dar nomes a estas coisas misteriosas …
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Levarei outros tantos meses para decidir que espingarda será a sua "menina". Após 9 meses de intensa pesquisa, já consegui reduzir as opções para 3 ou 4 espingardas, entre dezenas de escolhas possíveis. Não está mau …
A escolha depende do alcance, do calibre das munições utilizadas e da versatilidade da arma para receber outros calibres diferentes, da trajectória da bala, da energia de boca de cano, do coice que cada uma delas sofre após um disparo e do comprimento, uma vez que este sniper andará com uma arma escondida no meio da cidade.
A escolha também depende do poder de imobilização do alvo. A questão não pode ser evitada. O meu personagem mata pessoas. E é um profissional. O que significa que as quer bem mortas, sem muita porcaria.
Também existe arte na morte. E a primeira regra importante a aprender sobre um profissional da morte é esta - o trabalho é limpo, preciso, eficaz. Quando houuver porcaria, estamos perante um idiota.
Depois … a beleza da ferramenta que utiliza diariamente é tão importante como o seu poder de fogo. Eu sei que parece ridículo, mas para um homem que vive de armas e que é, ele próprio, um instrumento de morte, isto não é um pormenor.

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

MURMÚRIOS DE LISBOA LXVIII

Homens-Aranha - Parte II - Murmúrios das Alturas
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Quando se vive pendurado nas alturas, é possível que se olhe para a vida de forma algo diferente.
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Talvez os problemas das formigas movendo-se lá em baixo nas profundezas do labirinto citadino, pareçam a um homem-aranha pequenas trivialidades com pouca importância.
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Talvez um homem-aranha se sinta uma espécie de herói, que chega onde outros não ousam nem em sonhos.
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Talvez um homem-aranha filosofe sobre a beleza da cidade vista a dezenas de metros de altura.
Ou talvez um homem-aranha tenha apenas mais vagar para pensar na renda da casa, naquela giraça do 11º andar ou como seria bom ter asas e voar, em vez de andar pendurado por cabos e ventosas todo o santo dia ...
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Certo, certo, é que um prédio com um homem-aranha lá pendurado fica muito mais bonito ... 
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seja qual for o ângulo pelo qual se observe a questão.
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Ah! Também existe pelo menos uma mulher-aranha pendurada nas alturas de Lisboa. Se não acredita, comprove com os seus próprios olhos.
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Até para o ano, aranhas!
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P.S. Aquela caganita de andorinha no vidro do 8º andar ficou mal limpa. Ahh... presumo que tenha de esperar um ano para que ... a limpem totalmente ... pois ... não há hipótese de voltarem e? ... claro ... pronto ... foi só uma ideia ... estúpida ...

domingo, 17 de agosto de 2008

GEOLÂNDIA 19

QUADRADO
GJKLF
~LGFÇ~

sábado, 16 de agosto de 2008

AS TELAS DE ANDRÓMEDA

Ulisses Escarnecendo de Polifemo (1829)
John Mallord William Turner (1775-1851)
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Óleo sobre tela, National Gallery, Londres
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"Um dos melhores pintores de aguarelas, cujo trabalho começou a ser exibido ainda na sua adolescência. A sua vida inteira foi dedicada à sua arte. Ao contrário de muitos artistas da sua época, Turner foi sempre bem sucedido.
Veneza foi a inspiração para alguns dos melhores trabalhos de Turner. A sua aprendizagem inicial foi como artista topográfico, mas ao longo dos anos desenvolveu uma técnica muito própria. Em vez de se limitar a reproduzir com exactidão o que via, Turner expressava as cenas que pintava traduzindo-as para os seus próprios sentimentos românticos.
Embora conhecido pelos seus óleos, Turner é um dos fundadores da aguarela paisagística inglesa."
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"É apenas quando perdemos o medo que começamos a criar."

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

PALAVRAS ESTÚPIDAS 28

O meu tio é escocês. British, portanto. Not english, please. British, diz-me ele, sempre que, em conversa, se me lhe refiro, por erro, como inglês.
Há anos que o tento entender. Não a questão do english-british (para essa questão, por favor consulte o post intitulado "Made in England", onde se esclarecem todas as dúvidas sobre por que motivo um escocês ou um galês não se considera inglês, mas sim britânico), mas o seu sotaque cerrado. Ao fim destes anos todos, por vezes ainda tenho que lhe pedir para falar mais devagar. Como bom escocês, e apesar de viver há mais de 40 anos em território inimigo, casado com uma inglesa, nunca perdeu o sotaque. Sobretudo quando se zanga. E como podia? Deus abençoou-o com o sotaque mais sexy do planeta. Seria doido varrido se o perdesse!
çflç~dl
Sempre que Portugal joga contra a Inglaterra, o meu tio liga à minha mãe para desejar boa sorte ... não para a Inglaterra ... note-se ... Normalmente já está com uns whiskies em cima. E sempre que Portugal ganha à Inglaterra, o meu tio volta a ligar histérico e a berrar a plenos pulmões: "Oh! What a beautiful game! What a beautiful game!"
lçdsklsçd
O meu tio escreve post-its a si próprio. Partilhamos o gosto por listas de tarefas, eu e ele. Sempre que me vê com as minhas listas, senta-se ao meu lado todo satisfeito e conta-me que escreve "Tom to Tom notes". O seu ar de felicidade quando partilha isto comigo é absolutamente delicioso.
jfdkçf
O meu tio ama as plantas do seu jardim mais do que a própria mulher. E sabe todos os nomes de todas as flores, ervas daninhas e bicharocos que povoam espaços verdes, como se tudo aquilo fosse um gigantesco corpo de mulher amada, cujos recantos, vales e segredos ele conhece de cor. Ai de quem mate uma aranha à sua frente! "Spiders", diz ele no seu sotaque cerrado irresistível, "are very important for the balance of the ecosystem." Depois fecha a sua mão grande cuidadosamente sobre elas e larga-as no jardim.
fjkldf
O meu tio nunca tocou num cigarro e sempre que a minha tia me chateia por causa dos cigarros, ele diz: "Oh! For God's sake, let her have her ciggie! She could die tomorrow just by crossing the friggin' street! We're all going to die, Lucieeee!"
lfkdlçf
O meu tio tem o cabelo branco desde os vinte e tal anos (suspeita-se que por aturar a minha tia desde essa altura ...). A minha tia tem um coração de manteiga, mas luta todos os dias consigo própria para que ninguém repare nisso. A maioria das vezes consegue. 
dkslçdk
Aprendi com o meu tio que "sardas" em alemão se diz "sommersprossen" e significa "beijos de Verão". Ele sabe muitas coisas deste género. Curiosidades sobre o mundo inteiro que possivelmente não interessam ao menino Jesus ... mas eu gosto delas. A filha dele nasceu cheia de "beijos de verão". Talvez tenha sido por isso que ele resolveu descobrir de onde vinham aquelas coisas maravilhosas na cara da sua filha, ou talvez lhe tenha dado tantos beijos no verão, que lá ficaram para sempre marcados.
dkfldf
Há muito tempo que queria escrever sobre o meu tio. Acho que um escocês tem sempre interesse público. Não acham? :)

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

MAGIC MOMENTS 46

Este senhor:
dfl

dçlf
é capaz disto:
dfkçld



çlfdfld
e disto:
lçfkjçld



ÇFFFÇL

Estou descansada - o maior actor português, Nicolau Breyner (o nosso Marlon Brando), já tem um sucessor digníssimo.
Nuno Lopes, és um actor extraordinário.