segunda-feira, 4 de agosto de 2008

PALAVRAS PARTILHADAS

OS SETE PECADOS MORTAIS

Capítulo Quarto

Avareza

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A aranha trepa meticulosamente a frágil teia da tua alma.
Só ela conhece os teus meandros fechados a sete chaves.
Porque ficou lá desde que os fechaste. Nunca mais viu a luz do dia.
Cheiras a mofo e a escuridão, aí dentro.
Há muito que o sol deixou de te querer beijar a pele.
És pálido e as tuas olheiras sentem-se em quem de ti se aproxima.
Tens as extremidades mirradas do pouco uso que lhes dás.
Os lábios secos de nunca beijarem.
As pontas dos dedos comidas de nunca se darem.
Os pés encolhidos de nunca irem ao encontro de ninguém.
A antítese do prazer é o teu único prazer. O ter.
Melhor, a simples hipótese de ter. Sem nunca o concretizar. O ter em teu ser. Espalhando este negro viscoso que te cobre e apaga qualquer necessidade.
Um crude espesso que sufoca qualquer vontade. Onde nada respira.
Pensas a fundo cada passo. Cada acção. Tudo achas um desperdício.
Gostas do som do dinheiro. Do seu tilintar.
Do seu brilho que te ofusca o negro indiferenciado do teu ser.
Escondes-te. Arrastas-te no mundo. Amorfo. Negro.
Sou AVAREZA, e estou em ti.
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Desafio partilhado com Dry Martini
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Brevemente em dois blogs perto de si, os Novos Pecados Mortais ;)

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