EM BUSCA DE PALAVRAS 64

O Interrogatório (cortesia dos rapazes da Judite)

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A Técnica do Bluff: Como num jogo de poker, é preciso fazer acreditar o arguido que se tem um caso indestrutível contra si, quando na verdade apenas existe um palpite

A Técnica da Cordialidade vs a Técnica do Afrontamento: Depende das situações, depende de quem temos à frente ...

As Primeiras Frases: Marcam a relação que o polícia e o interrogado vão manter daí em diante

A Sala: Deve estar o mais nua possível, para não haver pontos de distracção para o interrogado, pois o que se pretende é a focalização

A Pergunta Sacramental: Qualquer polícia, quando quer muito saber algo do arguido, pergunta: "Qual é a coisa que mais deseja?". Se o arguido responder "liberdade", então é porque acha que tem à frente um idiota, que não valorizou nem credibilizou. Esta é a resposta óbvia para polícias desesperados por informação. Se, no entanto, a resposta for mais elaborada, então o arguido prova que tem inteligência suficiente para se colocar num tabuleiro de xadrez, como uma peça de jogo

A Técnica da Simpatia: Quando um gajo fez uma coisa muito má, se o polícia for simpático com o gajo, este terá a tendência para se sentir mal com tanta simpatia repentina, face à monstuosidade do que fez

A Técnica Anti-Assédio: Quando a arguida é uma mulher, a distância entre cadeiras aumenta para um metro, para evitar acusações de assédio

A Técnica do Desvio: Como mandam as regras, começa-se por se falar de tudo menos dos factos em concreto

A Técnica da Imagem: Em presença de um presumível assassino, colocar a fotografia da vítima ou vítimas por todo o lado da sala de interrogatórios, para os obrigar a enfrentar constantemente o que fizeram, seja qual for a direcção em que olhem

A Estratégia da Progressão em Crescendo: Começa-se com muita calma, para depois atingir um pico emocional onde alguém, que se espera que seja a testemunha, expluda, desabafe e confesse