quinta-feira, 22 de novembro de 2007

OS ANIMAIS DE ANDRÓMEDA

Golfinho (Roaz-Corvineiro ou Nariz de Garrafa)
dlºçdlº

-s.lSD
Esta espécie de golfinhos é a mais conhecida e famosa. Vivem em águas tropicais, subtropicais e temperadas de todo o mundo, incluindo Portugal (no estuário do Sado).
As fêmeas dão à luz uma única cria, num período de gestação que dura 12 meses. A língua da cria está adaptada à captação de leite à distância, que a mãe esguicha para o exterior do mamilo. As crias acompanham a mãe até aos 4,5 anos de idade e atingem a maturidade sexual entre os 6-8 anos (fêmeas) e 10-12 anos (machos). Podem viver até aos 45 anos.
çdlºçdl
Os roazes-corvineiros são animais gregários, viajando normalmente em grupos de 2 a 4 animais, até várias dezenas ou mesmo centenas.
Possuem corpos aerodinâmicos, em forma de torpedo e uma estrutura cutânea que provoca uma deslocação laminar da água (sem remoinho), o que lhes permite deslizar rapidamente através da água, sendo um dos animais marinhos mais rápidos, chegando a atingir a velocidade de mais de 40 km/hora e saltando até cerca de 4 metros sobre a água.
A forma da sua boca faz com que pareçam estar constantemente a sorrir, o que os torna, a par com o facto de serem extremamente comunicativos, gregários e inteligentes (encontram-se ao mesmo nível dos chimpanzés, por exemplo, sendo capazes de reconhecer figuras e cores) em animais extremamente populares e utilizados até em terapia.
ldkçldk
Os golfinhos comunicam entre si utilizando um complexo sistema de guinchos e assobios. Podem realizar cerca de 1.000 tipos de sons por segundo e manter duas conversas ao mesmo tempo e cada golfinho tem um assobio peculiar, que constitui uma espécie de assinatura perante os outros membros do grupo. Utilizam ecolocalização para localizarem objectos e presas. Os sons que produzem viajam através da água, regressando ao emissor para revelar a localização, tamanho e forma do alvo.
Durante a Guerra do Vietname, a Marinha dos EUA utilizou-os como sentinelas na Baía de Conranh, para afastar sabotadores.
Os radares de ultra-som utilizados por embarcações militares têm o efeito de uma explosão nos ouvidos destes mamíferos, que podem morrer por hemorragia interna ou chegar a suicidar-se por não aguentarem a dor insuportável.
djkldj
Lenda: Diz-se que os golfinhos são os únicos mamíferos que conseguem dar “tareia” nos tubarões, mas trata-se de um mito que nasceu devido à enorme publicidade dada a um incidente peculiar ocorrido no Aquário de Miami em 1950. Quando um tubarão mostrou um maior interesse pelo nascimento de um bebé golfinho, 3 dos adultos machos rodearam o tubarão e “pontapearam-no” nas guelras até à morte. Este comportamento foi depois mitificado através da famosa série de televisão Flipper.
Na realidade, tratou-se de um acontecimento raro, uma vez que normalmente os golfinhos e os tubarões se mantém afastados uns dos outros.
Durante a década de 60 a marinha norte-americana treinou golfinhos para atacarem tubarões, atingindo as suas delicadas guelras, no entanto, e apesar do treino, os golfinhos recusaram-se a atacar espécies de tubarões maiores, o que sugere que possuem uma classificação própria e muito prática para os seus inimigos - “perigoso” ou “não perigoso”.
De resto, são encontrados mais restos de golfinhos nos estômagos de tubarões do que o oposto.
dlkçdlk
Os golfinhos encontram-se em extinção devido à captura para obtenção de comida, utilização da gordura como isco em certos tipos de pesca ou porque os pescadores acreditam que os golfinhos competem com eles por alimento. Também a captura acidental em redes de pesca e a captura intencional e indiscriminada para cativeiro ameaçam o golfinho.
lkfçldkf
kjfkldjf
Venho dos confins do universo onde o som é um eco vazio sem fundo e sem fim. Sou um sopro de infinito cortando o espaço à velocidade da luz, desde os primórdios das estrelas até ao presente. Anseio por outros lugares, lugares onde algumas civilizações chegaram o mais longe que se pode chegar. Anseio por chegar lá e poder descansar nesse espaço sem som, sem humanidade, onde o som vem dos primórdios e termina de novo nos primórdios, sem precisar do espaço para se propagar. Aí sou embalada por guinchos suaves e maternais que me dão as boas-vindas, enquanto me guiam até ao seu seio e me rodeiam de prazer e conforto. Todas as vezes a melodia é diferente. Sei descrevê-los porque aqui lhes chamam golfinhos. Sei que vivem num meio aquoso, que é diferente do sólido ou do gasoso, onde viajo. Ouvi inúmeros especialistas no assunto. Gosto de os ouvir. Mas este planeta atrai-me por outros motivos alheios à minha vontade. Se pudesse articular sons, dir-lhes-ia, aos cientistas humanos, que não vale a pena preocuparem-se com assuntos que os transcendem. Contar-lhes-ia como tão subitamente quanto surgiu (eu ouvi o primeiro som articulado de um símio), a humanidade desaparecerá numa lenta agonia alheia à consciência e dará lugar a outros que nasceram antes e lhe sobreviverão. Seres possuidores da mais virtuosa sabedoria - a da sobrevivência aliada à inteligência. Seres que não caminham sobre patas, nem escrevem poemas mas cujo guincho primordial existirá muito depois de tudo acabar.

Sem comentários: