É uma casa, abandonada. Entaipada pela câmara. Numa esquina de uma zona da cidade onde passei centenas de vezes. Porque morei lá perto, tão perto, durante anos, sem saber. Sem saber que os passos dessa Pessoa tinham calcorreado esses passeios dezenas de anos antes de mim. Sem saber que os olhos dessa Pessoa tinham espreitado pela janela dezenas de vezes e visto vista parecida, muito antes de mim. Sem saber que a Pessoa que tantos anos mais tarde me faria tanto bem à alma, morou tão perto de mim, há muito tempo atrás.
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A câmara pretende manter a fachada ... E eu acho que essa Pessoa lhes diria algo como "Mas isso é só fachada ..."
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Fernando Pessoa morou aqui. Há muitos anos atrás. No segundo andar. Deveria ser um museu, onde pudéssemos sentar-nos na sua cadeira, apalpar a sua secretária, tocar nos seus cadernos, nas suas penas, nos seus objectos. Em vez disso é apenas uma fachada entaipada e abandonada ...
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"Não sei que diga. Pertenço à raça dos navegadores e dos criadores de impérios. Se falar como sou, não serei entendido, porque não tenho Portugueses que me escutem. Não falamos, eu e os que são meus compatriotas, uma linguagem comum. Calo. Falar seria não me compreenderem. Prefiro a incompreensão pelo silêncio."
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Escritos Autobiográficos, 1929-30
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(como te entendo ...)
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2 comentários:
Para os amantes da escrita Pessoa terá sempre uma casa e estará sempre sempre em casa .)
Isso também é verdade :)
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