terça-feira, 23 de março de 2010

AS TRIBOS DE ANDRÓMEDA

Navajo
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"Thoughts are like arrows: once released, they strike their mark. Guard them well or one day you may be your own victim."

Provérbio Navajo
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Os Navajo, como os Apache, migraram para a região do Arizona/Novo México desde o Canadá e o Alasca, algum tempo antes da chegada dos Espanhóis ao Sudoeste do Continente Americano, no século XVI.
Os Navajo eram originalmente um povo nómada, constituido por caçadores, mas com a introdução de ovelhas, cabras e cavalos pelos Espanhóis, desenvolveram uma economia pastoral, cultivando também pomares e jardins; também a captura de mulheres da tribo Pueblo introduziu nos Navajo a agricultura, a tecelagem e novos rituais religiosos.
A organização familiar dos Navajo era matrilocal e matrilinear, tendo o recém-esposo que deixar a sua família para ir residir com a da sua esposa. A mulher podia pôr fim ao casamento simplesmente enviando o marido de volta para a sua família. Era comum um marido ter mais do que uma mulher, sendo a segunda frequentemente a irmã da primeira, na esperança de que este arranjo evitasse fricções entre as mulheres.
Tradicionalmente estavam identificados apenas 4 clãs Navajo, mas no século XX já existiam 75, divididos em 9 grupos principais. Duas pessoas do mesmo clã ou de clãs relacionados estavam proibidas de casar, pois era considerado incesto. Os membros de um clã relacionavam-se de forma muito próxima, utilizando os termos "irmão" ou "irmã" entre si. Não conseguir cuidar dos membros da sua família era considerada uma ofensa gravíssima e este sentido de obrigação é interpretado não como um dever, mas como um privilégio.
Ainda assim, existe também um sentido muito forte de individualismo ou auto-suficiência. Cada Navajo passava muito tempo sozinho, frequentemente em território hostil, onde a incapacidade para agir de forma independente podia ser fatal. Esta experiência pode explicar porque motivo deus é definido em termos de ordem ou controlo, enquanto que o "mal" é o caos ou a perca de controlo.
Em 1863 o General James Carlton ordenou a retirada dos Navajo para uma reserva chamada Bosque Redondo, no Novo México. A táctica usada foi destruir todos os seus meios de sobrevivência: o gado foi morto, os poços foram envenenados, as culturas e pomares destruídos. Mais de 8.000 Navajo foram forçados a caminhar cerca de 500 quilómetros. Os que não conseguiam acompanhar a caminhada, "alguns aleijados e crianças ... eram mortos a tiro". O objectivo era que abandonassem os seus modos selvagens e se tornassem pequenos homens brancos. Em 1868, no entanto, foi-lhes permitido regressar ao seu território, tendo sido assinado um tratado que definiu as fronteiras da nação Navajo. Hoje em dia esse território é constituído por cerca de 70.000 quilómetros quadrados.
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No Universo Navajo existem vários mundos. Há 4 submundos, o mundo onde vivemos, o céu e um mundo mais elevado chamado a Terra-Para-Além-do-Céu; assim, o nosso mundo é o quinto. Estes mundos constituem hemisférios, cada um deles suportado por pilares concebidos a partir de pedras preciosas. Os pilares, cujo número varia, estão dispostos em cada uma das 4 direcções (norte, este, sul e oeste). Estes pilares são chamados Aqueles-Que-Se-Erguem-Sob-o-Céu e são considerados como deidades. O espaço entre os hemisférios é preenchido por estrelas, enquanto que cada hemisfério sucessivo é um desenvolvimento do que lhe precede e, por isso, maior. Os pilares são também pontes que ligam os diferentes mundos.
A principal divindade é o Sol, que gera e cria as coisas. Tem sido sugerido que muitos, senão todos os deuses Navajo são aspectos diferentes do Sol.
Também existem diferentes explicações para a origem do Homem. Uma delas conta que os seres humanos foram transformados a partir do milho. Outro relato conta que Mulher Que Se Transforma, uma das divindades dos Navajo, esfregou pedaços da sua pele uns contra os outros, criando os 6 grupos de pessoas que subsequentemente formaram os diferentes clãs Navajo.
A sua relação com a Terra é descrita como "Estas (sagradas) montanhas são o nosso pai e a nossa mãe. Provimos deles; dependemos deles. Cada montanha é uma pessoa. Os cursos de água correm nas suas veias e artérias. A água neles é a sua vida, tal como o sangue nos nossos corpos."
Entre os inúmeros seres que podem auxiliar os homens, estão animais e pássaros que servem frequentemente de mensageiros. Os animais domésticos são considerados inferiores, vistos como propriedade, ao contrário dos selvagens.
O Coiote é a antítese da ordem, ou do "bem". É descrito como cobarde, desonesto, libertino, pouco fiável e amoral e é, por isso, desprezado.
Os Navajo não têm noção da imortalidade. Quando as pessoas morrem, a sua personalidade permanece no corpo e o defunto torna-se uma "parte indefenível do todo universal". No entanto, enquanto que parece não existir uma vida para além da morte e a noção de imortalidade pessoal ser quase universalmente repudiada, parece haver alguma forma de imortalidade através da "continuação biológica" - a perpetuação dos pais nos seus filhos.
Apesar de temerem os mortos, os Navajo gostam de falar sobre a vida, as boas acções e os feitos dos defuntos.

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