quinta-feira, 25 de março de 2010

MURMÚRIOS DO PARAÍSO XVI

Os Caças
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Nem só de bucolismo vive o Paraíso.
Em tempos remotos, este mesmo Paraíso costumava ser invadido por pássaros grandes, poderosos e ágeis.
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Precisamente às 7 da manhã de um dia perfeitamente pacato, os habitantes e visitantes do Paraíso eram brutalmente arrancados a um sono justo por um som assustador - o som da barreira do próprio som a ser quebrada.
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O que foi isto? perguntavam-se, aturdidos, os pobres incautos em seus leitos fofos, estremunhando pela madrugada, ainda o sol não ia alto. É um pássaro? É um super-homem? Não, pelos deuses! são os danados dos caças da base ali para os lados do Alentejo que decidem brincar em procissão rasante pelos telhados do Paraíso e roubar sossegos merecidos.
"Porra!" era o que mais se ouvia pelo Paraíso nesses dias. Um coro de porras e um baque colectivo de batimentos cardíacos acelerados que, como uma onda humana, ia assaltando os peitos dos veraneantes em sucessão, à medida que o raio dos caças passavam.
Alguns conseguiam regressar aos braços de Orfeu, após mais algumas injúrias proferidas com voz cavernosa debaixo dos cobertores. Para outros, infelizmente, a manhã teria sido completamente arruinada.
Os malucos dos caças faziam de propósito. Sabe-se até de fonte segura que havia um prezado senhor-piloto que costumava rasar o Paraíso exactamente sobre o areal vespertino, só para se exibir frente à sua mais que tudo.
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Hoje em dia os malucos foram proibidos de rasar o Paraíso ou então cansaram-se. Nunca mais foram ouvidos por estas partes. Já que vistos era coisa rara, porque quando o incauto veraneante se levantava e corria para a varanda para lhes mostrar um dedo, já os doidos haviam cruzado a linha do horizonte para nunca mais serem vistos.
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