segunda-feira, 12 de abril de 2010

PALAVRAS ESTÚPIDAS 91

Newton versus Einstein
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Sou esquisita com tudo. Sempre fui. Sou tipo a Meg Ryan no "When Harry Met Sally".
Não faço pedidos esquisitos às mesas dos restaurantes, embora uma frase recorrente na boca de quem me conhece bem seja "Mas porque é que não pedes coisas normais?" Tenho até uma máxima na vida, que sigo escrupulosamente, no que diz respeito a restaurantes e qualquer sítio onde nos sirvam coisas que vão ser ingeridas - nunca! jamais! reclamar ou arriscamo-nos a que nos cuspam no prato ... literalmente. Pensarão então, mas ela engole tudo? Sim, quase tudo (eu até gosto da comida dos aviões!). A minha vingança é não dar gorja se não vier satisfeita. Sou, por isso, bem comportada e razoável à mesa, à excepção do ocasional pedido diferente.
fkgçl
Com a vida, a história pia mais fino. Ou menos, consoante a perspectiva.
Faço pedidos esquisitos à vida. Tenho noção disso. Desde que tenho 5 anos e que pensava que era uma feiticeira, que isso passou a acontecer com regularidade. E a vida mete os pés pelas mãos para me agradar, porque infelizmente não se rege pelas mesmas coordenadas mágicas que eu meti na cabeça que deveriam existir, ou seja, comigo a velha máxima chinesa "Tem cuidado com o que pedes, porque pode tornar-se realidade" acontece mais vezes do que aquelas que seria bom ou saudável desejar.
Gosto de perlimpimpins, pronto. A realidade para mim sempre foi demasiado sensaborona e precisa de um bocadinho de ajuda. Sou demasiado céptica e, não fosse este lado fantasista completamente tresloucado, estaria encurralada numa repartição de finanças a tentar à viva força que as contas do país batessem certo pela simples lógica da matemática.
Não. Minto. Não fosse este meu lado profundamente céptico e seria uma qualquer espécie de astróloga encafuada num filme do Harry Potter.
Peço à vida impossibilidades, tenho consciência disso. Impossibilidades às quais as leis da física e da química não conseguem responder. Gosto de dobrar o tempo, de usar poções que transformam os outros em seres mais intensos do que aquilo que na realidade são, de criar mundos alternativos onde as pessoas voam, não são filhas da puta umas para as outras e entendem a incessante busca do conhecimento, da arte e do amor.
fçfçgl
As minhas árvores de Natal são sempre perfeitas, consigo isso pelo menos. E nem sequer preciso de pózinhos mágicos. Já é alguma coisa ...
Fui descobrindo às minhas custas que a vida anda umas oitavas abaixo da minha e que, em geral, obedece a Newton, raramente a Einstein.

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