sexta-feira, 7 de maio de 2010

AS TRIBOS DE ANDRÓMEDA

Yanomani
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Povo constituído por diversos grupos cujas línguas pertencem à mesma família. Denominada anteriormente Xiriâna, Xirianá e Waiká, a família Yanomami abrange as línguas Yanomami, falada na maior extensão territorial, Yanomám ou Yanomá, Sanumá e Ninam ou Yanam, as quatro com vários dialectos.
Os Yanomami vivem no oeste de Roraima, no norte do Amazonas e na Venezuela, num total de 20 mil índios. É o último povo indígena das Américas que conseguiu sobreviver mantendo o seu património cultural e social. Os seus membros, 7822 indivíduos, vivem dos dois lados da fronteira entre o Brasil e a Venezuela, próximo do Pico da Neblina.
Os Yanomami abrem várias trilhas para ligar as diferentes aldeias com as áreas de caça, os acampamentos de verão e as roças recentes e antigas. Todos os elementos da tribo vivem numa grande casa colectiva e as crianças ocupam um lugar de destaque, sendo as suas necessidades prontamente atendidas e os seus pedidos sempre tomados em consideração. Embora haja um intercâmbio frequente de mulheres e produtos, cada uma das aldeias tem completa autonomia política e administrativa.
Os garimpeiros disputavam as suas terras desde 1987, atraídos pelas grandes reservas de diamante, ouro, cassiterita e urânio, colocando em risco a sobrevivência do povo Yanomami. Em 1990, o governo brasileiro adoptou medidas de protecção às terras indígenas, iniciando a retirada dos garimpeiros.
Muitos Yanomani são guerreiros ferozes. É costume capturarem mulheres de outras aldeias, de forma a maximizarem o seu sucesso reprodutivo. Também as aldeias entram em guerra por muitas razões e esta faz parte integrante da vida dos Yanomani. Cerca de 40% dos adultos masculinos já matou outra pessoa e cerca de 25% dos adultos masculinos morrerão de alguma forma de violência.
O comércio entre os Yanomani impede muitas vezes a ocorrência de guerras, uma vez que quando uma aldeia possui bens que outra aldeia cobiça, estes podem ser trocados por mulheres.
Os arranjos matrimoniais são vitais para forjar alianças e também para manter a paz entre as famílias. A maioria das mulheres tem casamentos pré-combinados e casam muito novas. O casamento preferido pelos Yanomani é o "casamento bilateral entre primos", que ajuda a vincular relações fortes entre famílias e aldeias.
Os Yanomani dividem-se em Povo da Floresta - Caçadores - e Povo do Rio - Pescadores. O Povo do Rio é muito mais sedentário e subsiste através da pesca e do comércio de bens como canoas e anzóis. O Povo da Floresta é constituído por horticultores, caçadores e recolectores.
O facto de a maioria dos Yanomani viverem bem no interior da selva amazónica, tem sido muito significativo para a sua sobrevivência. Uma vez que a maioria dos invasores tem viajado através dos grandes rios, os Yanomani têm conseguido viver em isolamento até muito recentemente. Assim, têm conseguido preservar a sua cultura e identidade, perdida por muitas outras tribos da Amazónia.
Até 1980 os Yanomani tinam muito pouco contacto com o mundo exterior. Mas a partir dessa década foi descoberto ouro no seu território, o que levou a uma invasão ilegal de milhares de mineiros ao seu território. O ruído das máquinas e aviões afuguentou grande parte da caça necessária à sobrevivência dos Yanomani. O mercúrio usado para separar o ouro da rocha infectou as águas dos rios, destruindo eco-sistemas inteiros, incluindo a saúde das crianças, cujo desenvolvimento é afectado. Afectados pelo álcool e pelas doenças trazidas pelos mineiros, os Yanomani viram-se privados da caça e reduzidos a pedir esmola ou trocar sexo por alimentos. O governo brasileiro continua a tentar reduzir ao máximo o território dos Yanomani, de forma a poder aproveitar os seus riquíssimos depósitos minerais.
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Os Yanomami acreditam que os mundos natural e espiritual constituem uma força unificada; a natureza cria tudo e é sagrada. Acreditam que o seu destino, e o destino de todos os povos, está intrinsecamente relacionado com o destino do ambiente; com a sua destruição, a humanidade está a cometer suicídio.
Os Yanomani queimam os seus mortos e comem as suas cinzas. Eles acreditam que os espíritos, que podem ser bons ou maus, habitam as plantas e os animais.

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