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O verdadeiro Monstro de Florença começou a matar no Outono de 1974.
Entre esta data e o ano de 1985, sete casais foram assassinados enquanto faziam amor em carros estacionados nos bosques frondosos que rodeiam Florença. O caso tornou-se a mais longa e mais cara investigação criminal italiana. Perto de 100.000 homens foram investigados e mais de uma dúzia presos, muitos dos quais tiveram de ser libertados quando o Monstro atacou de novo.
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A geração de florentinos que atingiu a maioridade durante os assassínios afirma que estes mudaram a cidade e as suas vidas. Houve suicídios, exumação de corpos, alegados envenenamentos, partes corporais enviadas por correio, processos em tribunal, falsas evidências e vendettas judiciais. A investigação tem constituído uma espécie de malignidade, espalhando-se para trás no tempo e para fora no espaço, metastacizando para diferentes cidades e inchando em novas investigações, com novos juízes, polícias e promotores públicos, mais suspeitos, mais detenções e muitas mais vidas arruinadas.
Apesar da mais longa caça ao homem efectuada em Itália, o Monstro de Florença nunca foi descoberto.
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A investigação teve o condão de levantar o véu sobre os podres de Florença, nomeadamente sobre um submundo bizarro de cuja existência poucos florentinos tinham conhecimento - em Itália (como em outros países do Sul da Europa, incluindo Portugal), a maioria dos jovens vive em casa dos pais até casar e muitos casam tarde. Em consequência, ter relações sexuais em carros estacionados é um desporto nacional. Tem-se dito que 1 em cada 3 florentinos vivos foi concebido dentro de um carro. Em quase todas as noites de qualquer fim-de-semana, os bosques que rodeiam Florença estavam cheios de jovens casais estacionados por todo o lado. Durante a investigação do primeiro crime, a polícia descobriu que dezenas de voyeurs invadiam o campo para espiar estes casais. Localmente eram conhecidos como indiani, ou índios, porque se aproximavam sorrateiramente na escuridão da noite. Alguns chegavam até a carregar sofisticado equipamento electrónico, incluindo microfones, gravadores e câmaras de captação nocturna. Os indiani dividiam os bosques em zonas de operação, cada um gerido por um grupo ou "tribo" que controlava os melhores locais para o voyeurismo. Muitas vezes estes locais eram negociados ali mesmo, cedendo-se o posto a outro mediante o pagamento de dinheiro. Os indiani mais ricos chegavam até a contratar guias para minimizar os riscos. Depois havia ainda uma subcultura dentro desta subcultura - os que espiavam os próprios indiani para depois fazerem chantagem, ameaçando revelar as suas actividades nocturnas às mulheres, famílias e patrões.
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O Monstro de Florença teve o condão de, tal e qual como aconteceu noutros países com outros serial killers, revelar a verdadeira Florença aos próprios florentinos.
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retirado de "The Monster of Florence - A True Story" - Douglas Preston e Mario Spezi
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