As Batalhas na Zona Literária
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Há uma zona literária em certos cérebros. Como decerto haverá uma zona pintora, escultura, cinematográfica, musical, culinária, e outras que tais, noutros cérebros.
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Há uma zona literária em certos cérebros. Como decerto haverá uma zona pintora, escultura, cinematográfica, musical, culinária, e outras que tais, noutros cérebros.
A zona literária pode ser contaminada por outras zonas, como a cinematográfica ou a musical, por exemplo, sempre ou em casos particulares. A minha zona literária, por exemplo, é constantemente contaminada por aquelas duas (penso sempre nos textos com imagens e com o ritmo do cinema e os meus personagens têm sempre bandas-sonoras acopladas) e, ocasionalmente, ela é contaminada por outras coisas (como foi o caso destes últimos dois anos em que esteve contaminada por snipers porque um dos personagens era sniper).
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Como um músculo, a zona literária tem de ser exercitada todos os dias, de modo que seja produtiva, especialmente quando se está em génese literária, isto é, quando se tem pela frente a hercúlea missão louca de erigir um mundo novo.
Esse mundo irá preencher dezenas, senão mesmo centenas, de páginas em branco (de preferência pautadas, no caso desta vossa que vos escreve) e, para que isso aconteça, é preciso lutar, por vezes. Nem sempre, mas algumas vezes.
Por vezes a coisa sai como manteiga e não é preciso ferros. Outras vezes a coisa chega ao ponto de precisar de cesariana. Mas o segredo está, em todos os casos, em não parar. A zona literária, como as criancinhas e os falcões amestrados, precisa de disciplina. Precisa também de água, nos dias mais inspirados, e estrume, nos menos inspirados. Pérolas ou merda, não interessa, o importante é manter a coisa a correr, manter a zona em movimento, seja lá como for. Em speed, em velocidade de cruzeiro ou até mesmo em câmara lenta.
Como se consegue isto? Bom, lutando literalmente com as palavras. Muitas vezes elas não querem sair, são teimosas, são tímidas, estão c'os azeites ou pura e simplesmente são preguiçosas. A gente tem que as puxar. Puxam-se as palavras escrevendo-as à força, suando as estopinhas, mesmo quando a imaginação pede time-out. E, à força de serem puxadas, elas acabam por desemperrar e trazer outras presas umas às outras. As palavras, para quem não sabe, são como as cerejas, os amendoins, as batatas fritas ou os sugos. Elas é que acham que são mais do que isso, mas não são. Atrás duma vem sempre outra.
É preciso é não nos intimidarmos e atacar na zona literária.
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