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Os personagens falam connosco. Alguns falam muito, outros falam menos. Depende de muitos factores. Depende de como os estamos a incubar. Depende daquilo que sabemos sobre eles.
Mas só começam verdadeiramente a falar connosco quando sentem que estamos suficientemente preparados para os entender. Para entender os seus pensamentos e as suas acções, sem censura.
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O meu personagem principal é o que fala menos comigo, até agora. Apesar de andar há 6 meses a estudar tudo a que consigo deitar a mão sobre aquilo que ele faz na vida - matar.
Fala pouco. Sempre falou pouco. Pensei que fosse por ainda não saber tudo o que era necessário. E por isso continuei, afincadamente, à espera de o ouvir dizer qualquer coisa mais do que os monossílabos que me anda a segredar. Depois pensei que provavelmente era porque ele era uma pessoa de monossílabos. Mas não ... Não podia ser apenas isso. Havia mais qualquer coisa. Qualquer coisa que estava a faltar. E não é informação.
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Até que finalmente entendi.
Faltava-me a motivação. Faltava-me o porquê. Entendi, finalmente o motivo da morte. E, agora sim, tenho a sua absoluta confiança e posso prosseguir. Foi difícil conhecer este porquê. Mas a morte é um assunto complicado, cheio de nuances, de medos e de mistérios.
E o motivo não é nem fácil, nem bonito. Mas a beleza também se encontra nas coisas mais terríveis que um homem se vê forçado a suportar.
E até um assassino tem direito a sofrer.
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