sexta-feira, 11 de julho de 2008

PALAVRAS ESTÚPIDAS 23

Esta semana sobrevivi a, e passo a enumerar:
- um pai filho da p...
- uma mãe desesperada
- um anormal
- um doido varrido que deve sofrer de múltipla personalidade mas ainda não teve coragem para me dizer
- uma empresa cheia de clientes lunáticos
- o trânsito de sexta-feira à tarde
- 500.000 turistas y sus bagagens acopladas
- um desespero de tal ordem que nem sequer consigo chorar (eu bem tento, mas não sai nada ...)
- 5 documentários sobre snipers, a saber, a história do sniping, snipers do exército americano, snipers das SAS, snipers dos Seals e snipers das equipas SWAT inglesas, já para não falar do documentário sobre snipers russos sem legendas, a que tentei assistir sem êxito (o meu amor pelo russo não chega a tanto ...)
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Como se isto não bastasse, quando cheguei a casa, descobri que o porta-chaves que tenho há anos com um reizinho todo catita se tinha partido. Foi nessa altura que desesperei por completo, fiel à máxima zen que aprendi com o filme “Ghost Dog” – “As questões importantes devem enfrentar-se de forma ligeira. As questões insignificantes devem tratar-se com a maior seriedade.”
Portanto, o raio do porta-chaves deu-me a desculpa para me pôr verdadeiramente histérica.
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Curiosamente, a única coisa que me conseguiu acalmar durante a semana toda foram precisamente os documentários sobre snipers. Perguntem ao Freud porquê ... eu estou para além de querer sequer entender as razões deste misterioso efeito.
Outra coisa boa do desespero, é que descobri que perdi um quilo, o que é sempre bom, sobretudo quando se está nos 58 e o objectivo são os 56. Mais uma semanita de angústia e chego lá!
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Tenho por norma, desde há uns tempos, que as minhas angústias devem servir pelo menos um objectivo – divertir os outros. Haja algum sentido nelas. Quer dizer, se vou ou estou a sofrer, ao menos que isso sirva para divertir alguém. Desde que não se divirtam enquanto estou a desesperar, não me importo nada que se riam com as minhas desgraças.
Aprendi outra coisa. Com os 30 e muitos anos, para além de me estar a cagar para o que os outros pensam de mim, descobri que também me estou a cagar para o que eu própria penso de mim mesma, o que é verdadeiramente descompressor. Senão reparem, se estivesse preocupada, nem sequer tinha escrito este post ...
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Em contrapartida, estou a ficar uma expert em sniping. O meu sniper agradece, abana a cabeça e sorri, orgulhoso. Haja alguém que se sinta bem no meio disto tudo, mesmo que seja alguém completamente imaginário ...

çfldºçlf
P.S. Este deve ter sido o post mais estúpido que já escrevi aqui, incluindo os do Russell Crowe, mas, querem saber uma coisa? é que estou-me perfeitamente nas tintas ... (ou não? se estivesse mesmo mesmo perfeitamente nas tintas, não tinha posto este Post Scriptum, não é? ...) ... até porque ninguém lê esta porcaria ...

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