domingo, 6 de abril de 2008

EM BUSCA DE PALAVRAS 17

A Melhor Amiga de Um Sniper – Parte XIV
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Se pegar numa espingarda para simular tiros é uma experiência difícil e interessante, pegar numa espingarda de pressão de ar e atirar a um alvo situado a 10 metros, foi uma experiência difícil, interessante e viciante.
Primeiro experimenta-se na posição sentada. Se eu estivesse a aprender, experimentaria nesta posição durante alguns meses, até me levantar. Como fui apenas bisbilhotar, também disparei de pé. Em ambas as posições, consegui acertar quase todos os tiros no alvo e não muito longe do centro, o que para principiante não foi nada mau.
Quanto à pistola, foi um autêntico desastre :) Sentada, tudo bem. De pé, o braço treme por tudo quanto é músculo e consegui até um feito extraordinário - duas balas fizeram ricochete e acertei no vidro por trás de mim e em mim própria ... ou seja, se fosse com balas a sério neste momento estaria a cantar loas lá em cima.
Portanto, a pistola, para além de não me fascinar por aí além, foi mesmo para esquecer.
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Gostei muito mais da espingarda e não foi por influência do "meu" sniper em estado de incubação interior. Gostei, não tanto pelo facto de estar a disparar um cartucho e atingir um alvo, mas o que me fascinou foi toda a operação de tentar fazer pontaria a um alvo através da concentração máxima numa série de factores: visão, respiração, pressão do dedo no gatilho e posição da espingarda nos braços.
Fazer pontaria nestas condições é uma aventura e lembrei-me de uma velha anedota contada entre físicos: porque é que os físicos quânticos não conseguem fazer amor? porque quando encontram a posição não têm a velocidade e quando encontram a velocidade não têm a posição; neste caso, quando a respiração está controlada, a posição da arma ainda não é a melhor e quando finalmente a posição está no sítio certo, já se perdeu novamente todo o controlo da respiração.
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Aliás, o que me fascinou mais foi mesmo a questão da respiração. Assim que o olho pousa na mira e encaixa no alvo, é como se se entrasse numa outra dimensão ligeiramente paralela à nossa realidade física, onde o corpo se encontra. Forma-se uma visão de túnel e subitamente a respiração passa a concentrar toda a nossa atenção e ouvimo-la e sentimo-la como não é costume. Por outro lado, assim que nos apercebemos dela e de como pode influenciar a segurança do nosso tronco e braços e, consequentemente, a precisão da pontaria ao alvo, imeditamente lhe perdemos todo o controlo e começamos a respirar de forma acelerada. Entrentanto, já os braços estão cansados e lá se vai a pontaria toda por água abaixo.
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Senti que não me importava de passar meses a tentar dominar a respiração e os batimentos cardíacos. É um desporto fascinante.
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Hasta la vista, baby
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