sábado, 31 de maio de 2008

GEOLÂNDIA 13

A QUESTÃO
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ÇDLKDÇL

sexta-feira, 30 de maio de 2008

MAGIC MOMENTS 37

Em dia de Rock in Rio ...

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É verdade que esta senhora abre a boca e, pedrada, alcoolizada, a dormir, knockout ou seja como for, sai-lhe sempre de lá de dentro uma alma gigante, difícil de acreditar que exista em corpo tão frágil e pequeno. É verdade. E é pena que o caminho seja o da auto-destruição, como não é difícil de se prever. É verdade que me ponho a imaginar como seria a sua voz se não tivesse álcool, e substâncias acabadas em "ina" a circularem regularmente pelo seu sangue. Também é verdade que me ponho a imaginar que, se calhar, em vez de ficar ainda melhor do que já é, talvez a sua voz ficasse pior sem essas substâncias. Muitas vezes, as tais substâncias, feliz ou infelizmente, provocam efeitos surpreendentes nos seus consumidores.
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Mesmo assim, mesmo com esta alma toda, prefiro mil vezes esta senhora:
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Nasceu uma voz nova, fresca, diferente, metálica.
Nasceu a Duffy. E eu aposto nela. Há muito tempo que uma voz feminina não me deixava tão entusiasmada. E esta canção é electrizante.

Eu se fosse à Amy, tinha cuidadinho e começava a ter juizinho na carola.
A ver vamos, se ganho a aposta :)

quinta-feira, 29 de maio de 2008

AS TELAS DE ANDRÓMEDA

Retrato de Jeanne Hebuterne (1919)
Amedeo Modigliani (1884-1920)

Óleo sobre tela, Colecção particular
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“Amedeo Modigliani desenvolveu um estilo único, mas o reconhecimento do seu trabalho viria apenas após a morte. Em vida, poucos para além dos seus colegas artistas, conheciam o seu talento. Modigliani morreu aos 35 anos, em extrema pobreza e sofrendo de tuberculose, alcoolismo e drogas.
Desenvolveu um estilo maneirista (alongamento da figura humana) sofisticado, construído à base de arabescos decorativos e formas simplificadas. Hoje em dia é famoso pelos seus nus alongados, mas são os seus retratos que constituem as suas obras mais extraordinárias.”

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Jeanne Hebuterne foi o grande amor de Modigliani, sua companheira e modelo para muitas telas, mas a sua história é trágica. Dois dias após a morte de Amedeo, Jeanne suicidou-se, grávida do seu segundo filho. A família, que não aprovava a sua relação com Modigliani, não permitiu que Jeanne fosse sepultada ao lado de Amedeo. Isso só veio a acontecer 10 anos mais tarde.

P.S. Se tivesse muito dinheiro, era este o quadro que eu queria ter.

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"A felicidade é um anjo de rosto sério."

quarta-feira, 28 de maio de 2008

Passo os dedos pelo dicionário ao acaso e aterro em ...

BABILÓNICO

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Torre Vasco da Gama - Parque das Nações

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Conta a lenda cristã que os humanos quiseram construir uma torre que chegasse ao céu. Deus castigou esta ambição desmesurada gerando a confusão linguística no seio da humanidade. E assim os homens passaram a não se entender.
With Babel's Tower a multitude of languages were created and with them a multitude of cultures and different ways of understanding the world.
Le français, l'anglais, le portugais, l'espagnol, l'arabe, l'hebraique. Il y a ce qui disent que Babel a etê le principe de tous les guerres dans le monde.
Y jamas desde essos tiempos remotos, el hombre a logrado crear una unica lengua o vision comunes.
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A lenda de Babel ensina-nos que há empreendimentos demasiado faraónicos até para a desmesurada capacidade imaginativa do Homem e que a natureza tem sempre a última palavra.
Em Setembro de 2001, nunca nada foi tão mais graficamente representativo da lenda de Babel como a queda das torres do World Trade Center, em Manhattan. Os dois gigantes de aço e vidro erguiam-se há cerca de 30 anos sobre as alturas da ilha mais cosmopolita do planeta, como duas sentinelas majestosas separando os homens dos deuses. Nas suas entranhas trabalhava uma multidão de formigas de todas as nacionalidades, credos e ocupações.
Bastaram 2 aviões comerciais para as reduzir a cinzas e abalar as fundações e as certezas do mundo ocidental.
krfepo
No romance "As Fontes do Paraíso", Arthur C. Clarke descreve a construção de um elevador colossal, com 36.000 quilómetros de altura, que uniria a Terra a um satélite geoestacionário, permitindo aos homens viajar entre os dois corpos com rapidez e segurança, num futuro longínquo.

A Torre de Babel relembra-nos sempre que quanto maior for a altura, maior será a queda e que não devemos nunca atirar pedras ao vizinho quando nós próprios temos telhados de vidro.
Essa torre descrita por Arthur C. Clarke apenas será possível quando a humanidade aprender a aceitar-se e às suas idiossincracias tão diferentes.
Só então, todos juntos, poderemos ambicionar o infinito e mais além ...

terça-feira, 27 de maio de 2008

EM BUSCA DE PALAVRAS 25

A Melhor Amiga de Um Sniper – Parte XVIII
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“Quanto maior for a mentira, mais pessoas acreditarão nela.” - Adolph Hitler
~lfdºdlf
Fazer pesquisa sobre snipering e não estudar aquele que é talvez o assassínio (ou deverei dizer chacina?...) público executado por uma equipa de atiradores, mais bem perpetrado de toda a história, seria uma falta grave.
Eis-me, portanto, a viajar no tempo até uma tarde solarenga em Dallas, no dia 22 de Novembro de 1963.
O alvo era John Fitzgerald Kennedy, o 35º Presidente dos EUA, o delfim da dinastia Camelot, como o apelidavam os seus detractores – por ser o primeiro presidente católico (de ascendência irlandesa) e um homem que queria a paz, numa nação que vivia e vive à custa da guerra.
º~çfº
De acordo com a teoria defendida por Oliver Stone, no filme JFK (que mistura factos e suposições), em 1963 Kennedy planeava retirar todas as forças militares americanas do Vietname até ao final de 65; 2 anos antes, logo após o episódio gorado da Baía dos Porcos, Kennedy ordenou a redacção de um documento que colocava todas as acções subversivas dos militares em tempo de paz (as chamadas Black Ops ou Operações Negras) sob a alçada do Estado-Maior, o que punha fim ao reinado da CIA, “despedaçando-a em mil pedaços”, como Kennedy prometera que faria. Era algo sem precedentes, que despoletou uma onda de choque pelos corredores do poder de Washington. Estas directrizes nunca foram implementadas, por “resistência burocrática”, mas um dos resultados foi que a Operação Cuba foi entregue às Black Ops. com um orçamento anual de centenas de milhões de dólares, 300 agentes, 7.000 cubanos especialmente seleccionados e 50 empresas falsas para lavagem de dinheiro, que mantiveram uma guerra sem tréguas contra Castro composta por sabotagem industrial, fogos postos, etc.
O desejo de retirada da guerra, o fracasso da invasão da Baía dos Porcos em Cuba e os cortes orçamentais nas forças militares americanas, originaram um ódio silencioso em alguns sectores, que culminou no que a teoria defende como um “golpe de estado” invisível, cujo objectivo era a morte de um Presidente muito incómodo.
ªFçgfº~g
O plano era simples: Seriam necessários 3 operadores em 3 locais diferentes. Um edifício de escritórios e uma arma potente. A chave seria um fogo cruzado em triângulo. Um tiro diversivo faria os serviços secretos olharem para o outro lado, enquanto se dispararia um segundo tiro certeiro. Um dos homens teria de ser sacrificado. No meio da confusão, o trabalho seria feito.
O bode expiatório escolhido foi Lee Harvey Oswald, um comunista, com ligações a Cuba e ao governo soviético.
A Comissão Warren, designada para investigar o assassínio (chefiada por uma das “vacas sagradas” despedidas por Kennedy) apresentou a seguinte teoria:
Lee Harvey Oswald teria disparado 3 tiros com uma Carvano (a pior arma de ombro do mundo, cuja mira estava defeituosa) a partir do 6º andar de um armazém junto do qual o desfile passou, em apenas 5,6 segundos (o 2º e o 3º tiros foram quase seguidos e leva no mínimo 2,3 segundos para recarregar a arma para novo tiro). Desceu as escadas a correr até ao 2º andar (passando por 2 testemunhas que nunca o viram), onde foi visto pelo menos por 3 testemunhas, calmo e sem saber o que se passava. Saiu pela porta principal do prédio (embora tivessem já passado 10 minutos sobre os tiros, o prédio ainda não fora selado), dirigiu-se a casa (onde a empregada ouviu um carro apitar duas vezes lá fora, como se fosse um sinal), pegou na sua magnum .38 e saiu, percorrendo 1,6 km, matando o guarda Tippit (apesar de ter havido 2 testemunhas nunca ouvidas pela Comissão que afirmam, uma não ser Oswald o homem que viu disparar, a outra, ter visto 2 homens, nenhum dos quais era Oswald) e regressando 800 metros para se ir enfiar no Texas Theatre, tudo isto em apenas 11 minutos! Aí, seguindo uma denúncia por ter entrado sem ter pago o bilhete, foi preso por 30 carros-patrulha que acorreram ao local e saiu no dia seguinte, acusado do assassínio de Kennedy, sendo alvejado diante das câmaras de TV por Jack Ruby, um suposto patriota fanático que queria poupar a senhora Kennedy a ter de depor em tribunal num julgamento.
Fim do caso. Não haveria julgamento por morte do principal suspeito. Tudo foi varrido para debaixo do tapete. Kennedy estava eliminado. A Guerra do Vietname, com o apoio do vice Johnson, agora no poder, poderia continuar.
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Nos próximos episódios, a teoria do que supostamente aconteceu na realidade e a famosa “Teoria da Bala Mágica”, uma bala que, de acordo com as conclusões da Comissão Warren, terá provocado 7!!! feridas em Kennedy e no Senador Connally, saindo completamente intacta de ambos os corpos para ser estrategicamente encontrada na maca que carregava o Presidente moribundo.

segunda-feira, 26 de maio de 2008

PALAVRAS ESTÚPIDAS 16

And Now For Something Completely Alien
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Gosto de ficção científica.
Adoro a saga da Guerra das Estrelas e o 2001 fascina-me. São gostos com explicações bem claras.
Guerra das Estrelas é o primeiro filme que me lembro de ver no cinema. Devia ter uns 5 anos e houve imagens que me ficaram na cabeça, gravadas a cinzel para o resto dos meus dias: Luke a correr num corredor branco e comprido, os capuzes e os olhos amarelos dos Jawa, R2-D2 e 3-CPO a tropeçarem no meio do deserto, a figura e a voz de Darth Vader e dzzzzzzzzzzz dzzzzzzzzzzzzzz (não preciso de explicar, os fãs saberão a que se refere a onomatopeia). De resto, o Yoda é simplesmente irresistível, se não fosse por mais nada.
A Guerra das Estrelas tem, pois, uma razão emocional fortíssima – quando for grande, quero ser uma Jedi e ter uma espada de laser que faz o barulho mais cool da galáxia.
2001 – Odisseia no Espaço é totalmente racional. Vi-o pela primeira vez já adolescente e o sinistro computador HAL, que enlouquecia aos poucos e ganhava vida própria, conquistou imediatamente os meus neurónios - “I’m not feeling very good, Dave ...” (sure you ain’t feeling good, you’re loosing it upstairs ...)
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Agora ... sou COMPLETA, ABSOLUTA e IRREMEDIAVELMENTE maluca, tarada, fanática, pelo Alien. E não faço a mínima ideia porquê. Isto porque abomino, tenho terror de bichos repelentes, sobretudo se forem rastejantes, escorregadios e luzidios e tenho pavor do escuro total. Ora, para quem conhece a saga, estes elementos são, por assim dizer, os ex-libris de Alien – existe uma “coisa” asquerosa e repelente (e, terror dos terrores! ainda por cima dotada de inteligência) que persegue e chacina tripulantes espaciais, normalmente em cantos, corredores, túneis ou compartimentos de naves e planetas mergulhados em escuridão. A própria “coisa” é negra, viscosa, rastejante, rápida e repugnante, com um visual gótico-tecnológico arrepiante.
çºlfg
Freud teria um “field day” comigo, para entender porque adoro o Alien (será da cabeça fálica? ... será da cauda fálica? ... será da baba fálica ... será de qualquer outra coisa fálica? ... com Freud é tudo fálico, mesmo que não tenha nada a ver ...).
Já tentei racionalizar a coisa, mas não deu resultado. Se eu vejo os filmes a gemer e a tremer, de costas coladas com super-cola ao sofá e metade do filme com uma mão sobre os olhos com os dedos entreabertos, se depois de ver os filmes ando uma semana inteira a examinar a retrete minuciosamente antes de me sentar nela, a espreitar por trás da máquina de lavar roupa 50 vezes ao dia e a procurar vestígios de baba de Alien por cima das mesas, porque carga de água é que ADORO ver aquilo?!!!
ºf~çgº
É que eu já tou cansada de saber que o filho da mãe vai chaçinar toda a gente e que não vai sobrar ninguém e que não vai ser nada agradável de se ver e que vai haver gente a correr em pânico por tudo quanto é sítio e que no fim só sobra baba viscosa e um clone da Sigourney!
E eu ainda por cima nem sequer morro de amores pela Sigourney (para além do Alien, só gosto dela no “Gorilas na Bruma” e mesmo assim gosto mil vezes mais dos gorilas do que dela).
Não consigo perceber isto.
Alguém me explica?
~ºçflgºçf
P.S. Xiçaaaaaaaaaa!!!!!!!! Fiquei toda arrepiada só de escrever isto!!!!!! Yaaaaaaarchhhhhh!!!!! Brrrrrrr!!!!!!!!!!!!!! O que é aquilo ali no canto superior do écran?????!!!!!!! É gosma de Alien????!!!!!!! Aaaaaarghhhhhhhhhh.........................!!!!!!!!!!!! Help meeeeeeeeeeeeeeeeeeee, Sigourneeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeyyyyyyy!!!!!!!!!
çldkfçlfdk

domingo, 25 de maio de 2008

MAGIC MOMENTS 36

Para ti, Frágil
ºpfpd~
Ontem acordei e lembrei-me de ti.
E tu lembraste-te, sei.
Sei-o como sei que o sol nasce todos os dias.
Foi há 14 anos.
Amo-te, como se fosse hoje.
lkflçkfd

sábado, 24 de maio de 2008

AS TELAS DE ANDRÓMEDA

David e Golias (sem data)
Michelangelo Merisi da Caravaggio (1573-1610)
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Óleo sobre tela, Museu do Prado, Madrid
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“Provavelmente o artista mais revolucionário do seu tempo, o pintor italiano abandonou as regras que tinham guiado séculos de artistas antes dele e que haviam idealizado a experiência humana e religiosa. A suas cenas incrivelmente realistas e dramáticas, escandalizaram os seus contemporâneos, mas apesar das críticas violentas, Caravaggio ganhou uma enorme reputação e inveja dos seus pares.
Caravaggio utilizava fundos obscuros, muitas vezes totalmente negros e agrupava as cenas em primeiro plano com focos intensos de luz sobre os pormenores, geralmente os rostos. Este uso de sombras e luz é uma das características mais marcantes nos seus quadros, que de certa forma nos atrai para dentro da cena.”
çldºçld

çdçdºçd
“Todas as obras de arte, não importa quais ou quem as tenha pintado, não são mais que bagatelas e brincadeiras infantis ... a não ser que sejam inspiradas e pintadas a partir da vida, e não pode haver nada melhor do que seguir a natureza.”

quinta-feira, 22 de maio de 2008

MURMÚRIOS DE LISBOA LXI

Vladimir e a Chuva
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Cascata Parque das Nações
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Veio a chuva e com ela Vladimir regressou.
O céu parecia limpo e, no entanto, a chuva caía como se o céu estivesse a brincar connosco. Gotas grossas e persistentes. O sol espreitava suavemente de quando em vez. E depois apareceu o arco-íris.
Vladimir sorria sozinho e mexia os lábios. Nunca o tinha visto sorrir. Tem um sorriso bonito. Luminoso. Como a chuva. Como o sol. Como o arco-íris.
Está cansado e algo atarantado. Fala sozinho. E olha através da janela a chuva que cai, e sorri.
Agora, quando o vejo, é sempre ao cair da tarde.
Pus os óculos escuros para o observar melhor e Vladimir continuava a sorrir. E eu também fiquei com vontade de sorrir.
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Olhei a chuva lá fora. Adoro chuva. Deve ser da costela inglesa. Será? A minha mãe, que é muito mais inglesa que eu, odeia chuva. Talvez a chuva salte uma geração ...
Ou talvez eu goste dela porque me apetece cantar quando a chuva cai, porque a relva cheira mais forte e sabe a fresco, porque o céu se pinta de 7 cores diferentes, porque cheira a molhado e é bom, porque me lembro sempre do corpo elástico de Gene Kelly a pisar as poças de água aos saltos e a sapatear e a cantar com a sua voz aveludada “I’m singin’ in the rain ... just singin’ in the rain ...” e me apetece sempre fazer exactamente aquilo e encharcar as calças e não ter medo da água nem do ridículo e andar aos pulos pelos passeios de Lisboa, com o chapéu a girar, a girar sem parar e cantar aos altos berros e fazer piruetas nos candeeiros e molhar toda a gente à minha volta e estar-me perfeitamente nas tintas se acham que devo estar internada num manicómio ...
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Quando saiu, estavam a cair gotas bem grossas, mas Vladimir não abriu o seu guarda-chuva. Passeou-se calmamente.
Deve ser como eu. Também deve gostar de chuva.
Como me dizia uma vez um táxista, quando lhe disse que adorava a chuva “Oh menina, já somos poucos, mas bons.”
Nós, os que gostamos de chuva.

quarta-feira, 21 de maio de 2008

EM BUSCA DE PALAVRAS 24


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Nas prisões dos EUA, na ala dos condenados à morte, quando um prisioneiro sai da sua cela para ser, finalmente, executado, o guarda que lidera a “comitiva” grita “Dead Man Walking!”
O prisioneiro segue então para uma sala, para ser preparado para a morte.
Irão dar-lhe uma injecção letal. Irão atá-lo a uma cadeira com correias grossas e enfiar-lhe uma agulha no braço. Primeiro será anestesiado, a injecção nº 1. Depois vem a injecção nº 2, que lhe destruirá os pulmões. A injecção nº 3 paraliza-lhe o coração. O seu rosto adormece, enquanto por dentro os órgãos se desfazem. Os músculos deveriam contorcer-se, mas a primeira injecção descontrai-lhe os músculos, para que quem está a assistir não se impressione.
Será uma morte clean, sossegada, arrumadinha, clínica e autorizada.
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Um homem vai morrer. Tudo se acabou para ele. Os recursos, os pedidos de clemência, os perdões, as revisões de sentença, os novos julgamentos por descoberta de novas provas ou o encerramento do caso por descoberta de erros processuais.
E porque vai este homem morrer? Porque matou alguém. É um assassino, sem remorso, quase até ao fim. Um assassino que se julga uma vítima, que se desculpa com as más companhias, com a droga, com o álcool, com os ricos, com o mundo. Com tudo, menos com os seus próprios actos.
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Dead Man Walking é um dos filmes mais extraordinários das carreiras de Tim Robbins, Susan Sarandon e Sean Penn. É um filme em estado de graça. Um filme soberbo.
É um filme sobre a morte. A morte de dois inocentes. A morte de um assassino. A morte da esperança. A morte física. A morte espiritual. A morte da família. A morte do casamento. A morte do amor. E a morte de um jovem que se perdeu muito tempo antes de se ter tornado um assassino.
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Com este filme, Tim Robbins contou, no entanto, a história de duas vidas e a história de um amor belo e puro, incondicional. Contou a história de um amor incompreensível, teimoso, redentor e infinito.
Neste filme Susan Sarandon é simplesmente PERFEITA. Não há uma única mácula na sua interpretação de uma freira que decide salvar a alma de um assassino condenado.
E neste filme Sean Penn é DIVINO. Ultrapassa-se e torna-se um gigante da arte de representar, provando-me de uma vez por todas que Marlon Brando tem um digno, assombroso, sucessor – continua a estar a léguas de Brando, porque Brando só houve um e chegava a sítios impossíveis, mas é um dos dois que mais se aproximam da corda bamba onde Brando caminhava sempre (o outro é Johnny Depp).
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Revi o filme por motivos óbvios. Mas a medo. Receava que passados alguns anos, estaria mais atenta a falhas. Não há falhas. Continua imaculado. E não há palavras para o descrever. É preciso ver.
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Para quem nunca viu:

terça-feira, 20 de maio de 2008

Passo os dedos pelo dicionário ao acaso e aterro em ...

FRIGORÍFICO
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Repositório de memórias olfactivas e gustativas, o frigorífico é uma caixa mágica, branca e luminosa, que repousa placidamente nas nossas cozinhas, emitindo um zumbido ocasional e conservando nas suas entranhas um espelho fiel de quem somos, do que queremos, desejamos, evitamos ou fantasiamos.
Lá dentro está a nossa vida concentrada em cheiros e sabores oriundos dos cinco cantos do planeta. Lá dentro estão todos os nossos pecados, coloridos, empacotados, com prazos de validade, listas de ingredientes e tabelas de compostos químicos elaborados em laboratórios de multinacionais longínquas, que adquirimos nas mercearias do nosso bairro ou nas grandes superfícies da nossa cidade.
A Gula, guardada dentro de caixas transbordando de gordura, açúcares e molhos.
A Preguiça, empacotada em refeições rápidas prontas em 1 minuto de micro-ondas.
A Ira, engarrafada em vidros de bolhas gasosas que afogam as nossas mágoas.
A Luxúria, embrulhada em licores e elixires pecaminosos.
A Avareza, nos pacotes de delícias que guardamos só para nós, sem partilhar com mais ninguém.
O Orgulho nos pratos requintados que preparámos "como só nós sabemos fazer".
A Inveja nos desastres culinários que não ousamos mostrar aos nossos rivais.
Lá dentro guardam-se os segredos de uma vida de excessos, de uma existência anorética ou bulímica, ou de um percurso equilibrado, saudável e ecológico.
çlfºçfl
Abra-se o frigorífico de alguém e conheceremos de imediato uma parte da sua essência. Porque somos aquilo que comemos, ou a comida nos faz aquilo que somos, ou pela boca morre o peixe ou, simplesmente, porque quem vê frigoríficos verá alguma parte dos corações dos seus donos.
Está vazio? O seu dono não pára muito em casa e costuma comer fora. É livre e foge das regras e talvez exista um buraco no seu coração que anseia por plenitude familiar e refeições caseiras. Poderá odiar comer sozinho.
Está a abarrotar? O seu proprietário sofre de ansiedade e, como os esquilos, armazena víveres para casos de emergência imaginários, que apenas existem na sua mente.
Está compartimentado e etiquetado, com datas e nomes, arrumadinho e sempre impecável? O seu dono é regrado e disciplinado, talvez com a mania das limpezas.
Existem coisas vivas a fermentarem lá dentro há semanas, abandonadas? Estamos perante alguém desleixado, possivelmente viciado em algo, ou um globe-trotter crónico.
O nosso frigorífico diz muito dos nossos hábitos e do nosso carácter e até das nossas fantasias.
çlfºçdf
Também diz muito das nossas viagens físicas. A maioria de nós decora-o com recordações dos sítios por onde passámos, colorindo a sua superfície lisa e incolor com os rastos carregados de memórias, cheiros, sabores e emoções da nossa passagem por este mundo.
Curioso ... quando fui ver ao dicionário, um dos sinónimos de frigorífico é “estrangeiro”.
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Finalmente, também nos fartamos de escrever sobre ele. Listas de compras, recados amorosos, lembretes de reuniões, consultas médicas, contas para pagar. Porque sabemos que, se não for no frigorífico, a mensagem poderá perder-se para sempre.
ºdfçklgºçfdl
O frigorífico é a nossa memória, olfactiva, gustativa, emocional e organizativa.
E quantas vezes nos lembramos disso, de entre as dezenas de vezes que o abrimos por dia?

segunda-feira, 19 de maio de 2008

PALAVRAS ESTÚPIDAS 15

Continuo indecisa ...
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António ...


(tem tudo ... incluindo uma Melanie assanhada ...)
çlºçl
... Paul ...


(oh tempo, volta para trás ...)
ç.lºçl
... Mathew ...

(... mas lá está ... este é dos que tem mais problemas mentais cás mulheres ...)
ºçlºç
... Jude ...

(demasiado perfeito ... parece um anjo de Botticelli ...)
çlºçl
... Josh ...


(é gigolo a mais p’rá minha camioneta ...)
º~çº~ç
... Jake ....


(epá ... mas sou eu que tou vesga ou é o gajo que me parece meio vesgo? ...)
çºçl
... Harvey ...

(ah ... se fosse verdade que os homens não se medem aos palmos ...)

çlºç

... Ralph ...

(lamento ... mas, apesar do olhar ... tem cara de parvo ...)

çdlfºçd

... Beckam ...

(demasiado burro ...)

lfdkfçld
... ou Gerard? ...


(sim ... talvez haja esperança aqui ... talvez ... as perspectivas são boas ... maaaaaaaaas ... ainda não me apetece ...)
lkfçldkf
Náááááááá............
Fico-me mesmo pelo Russell.
Impossível resistir a isto ... este ... pecado ... esta coisa ... boa ... este ... ufff!!!! está calor aqui ou estou com menopausa precoce? Abram as janelas!
(So sorry, guys ... Fica para uma próxima ... vida ...)

çlkfdçlkf

(suspiro de contentamento e plenitude ...)
çdflçºdf
P.S. Maximus! Maximus! Maximus!

domingo, 18 de maio de 2008

PALAVRAS EMPRESTADAS 38


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"Permaneceu junto da sepultura.
'Mischa, retiramos conforto de sabermos que não existe nenhum Deus. Que não estás aprisionada num Céu, feito para beijares o cu de Deus para toda a eternidade. O que tens é melhor que o Paraíso. Tens o abençoado esquecimento. Sinto a tua falta todos os dias.'
(...)
'Herr ... Dortlich. Em meu nome e em nome da minha defunta família, quero agradecer-lhe ter comparecido aqui hoje. Significa muito para nós e para mim pessoalmente, tê-lo aqui. Fico contente por ter esta oportunidade de falar consigo seriamente sobre ter comido a minha irmã.'
(...)
'Então vamos cantar por Mischa, Herr Dortlich. Conhece esta canção. Mischa adorava-a.' Virou o cavalo Cesar de costas para Dortlich. 'Não quero que vejas isto,' segredou ao ouvido do cavalo."
Hannibal Lecter em "Hannibal Rising" - Thomas Harris
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" 'É um crime juvenil, Etienne. Um crime de paixão. Não quero uma convicção, quero que seja declarado mentalmente insano. Num asilo podem estudá-lo e tentar descobrir o que ele é.'
'O que pensa que ele é?'
'O rapazinho Hannibal morreu em 1945 lá fora na neve tentando salvar a sua irmã. O seu coração morreu com Mischa. O que é ele agora? Não existe ainda uma palavra para isso. Na falta de uma palavra melhor, chamar-lhe-emos um monstro.' "
Inspector Popil em "Hannibal Rising" - Thomas Harris
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" 'Sobre porque motivo está aqui. Sobre o que lhe aconteceu.'
"Nada me aconteceu, Agente Starling. Eu aconteci. Não pode reduzir-me a um conjunto de influências. Abandonou a bondade e a maldade pelo behaviorismo, Agente Starling. Enfiou toda a gente em calças de dignidade moral - nunca nada é culpa de ninguém. Olhe para mim, Agente Starling. Pode dizer que eu sou maléfico? Serei eu maléfico, Agente Starling?'
'Penso que tem sido destrutivo. Para mim é a mesma coisa.'
'A maldade é apenas destruição? Então as tempestades são maléficas, se for assim tão simples. E temos fogo, e depois haverá o granizo. As seguradoras classificam tudo debaixo de 'Actos de Deus.' "
'Actos deliberados ...'
'Eu colecciono colapsos de igrejas, recreativamente. Viu o mais recente na Sicília? Maravilhoso! A fachada caiu em cima de 65 avós durante uma missa especial. Isso foi maldade? Se foi, quem o fez? Se Ele está lá em cima, Ele simplesmente está a adorar tudo, Agente Starling. Febre tifóide e cisnes - vem tudo do mesmo sítio."
Hannibal Lecter e Clarice Starling em "O Silêncio dos Inocentes" - Thomas Harris
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"Quando estás diante de mim e olhas para mim, que sabes tu das mágoas que há em mim e que sei eu das tuas?"
Franz Kafka
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sábado, 17 de maio de 2008

AS TELAS DE ANDRÓMEDA

Filósofo em Meditação (1632)
Rembrandt Harmenszoon van Rijn (1606-1669)
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Óleo em madeira, Louvre, Paris
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“Pintor holandês, do século XVII, um gigante na história da arte. As suas pinturas são caracterizadas por pinceladas luxuriantes, cores ricas e uma mestria do chiaroscuro (claro-escuro). Numerosos retratos e auto-retratos exibem um profundo trabalho sobre a personalidade dos retratados. O maior artista da escola Holandesa, era um mestre da luz e das sombras.”
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“Pratica o que sabes e isso ajudar-te-á a tornar claro o que ainda não sabes.”

quinta-feira, 15 de maio de 2008

EM BUSCA DE PALAVRAS 23

AVISO: Este post é de leitura interdita a menores de 18 anos ou a pessoas sem o mínimo de bom senso ou senso de humor dentro da tola
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A Melhor Amiga de Um Sniper – Parte XVII
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LFKGÇLFKDG
AAAAAARRRRRGGGGGHHHHHH!!!!!!!!!
Velocidades .... energia cinética ... trajectórias ... rotação ... automática, semi-automática e manual ... força do impacto ... consequências do impacto em tecidos humanos .... resíduos na pele ... curta, média e longa distância ... orifício de entrada e orifício de saída da bala ... estrias na bala ... interrogatórios policiais ... estatísticas de criminalidade ... Magnums, Remingtons, Winchesters, Glocks .... cenas de crime ... autópsias ... vidros, roupas, pele ... estilhaços ... formato das gotas de sangue junto do cadáver ... objectos contundentes que rasgam a pele ... traumas cranianos causados por balas .... coronhas, culatras, gatilhos, canos, munições, calibres, cartuchos ... revólver ou pistola? ... chumbo ... cobre ... alumínio ... caçadeira ou carabina? ... ondas de choque ... deformação da bala ... elasticidade dos órgãos atingidos ... nariz redondo, achatado ou côncavo ... resíduos ... direcção do tiro ... silenciadores ... libertação de gases ... fuligem ... alvos intermédios ...
AAAAAARRRRRGGGGGHHHHHH!!!!!!!!!
Mas porque é que tinha logo que ser um sniper e ainda por cima um que sabe o que está a fazer ???????!!!!!!
SOCORROOOOOOOO!!!!!!!!!
E pensar que há 5 meses atrás eu achava que um sniper era um maluco que disparava uns tiros em cima de uns prédios ... bons velhos tempos em que eu não sabia pevas ....
ÇLKFÇDKL
Pensavam que era só amandar uns tiros e o vosso alvo (a sogra, o colega irritante, o palhaço do patrão, o lulu da vizinha) caía pó lado como nos filmes?
Pois é. Não é bem assim …
É que a trajectória de uma bala depende de, e vou passar a enunciar:
- energia cinética
- massa
- velocidade
- aceleração da gravidade
- peso
- coeficiente balístico
- densidade seccional da bala
- formato da bala
- arrasto
- desvio da rota
- densidade do meio através do qual a bala se desloca
- calibre
- retardação
- rotação da bala
E eu podia continuar aqui o dia todo … mas não tenho tempo. Tenho que ir estudar estes e outros factores deveras interessantes, para que o meu sniper não só saiba o que está a fazer, como tenha uma autora que não o envergonhe ...
FÇLKGÇLF
Bem-vindos, portanto, ao incrível mundo da balística!

KJFDKLJF
P.S.1 Precisava de desabafar. Acho que estou a enlouquecer com o processamento de tanta informação.

P.S.2 A verdade é que nunca pensei que balística fosse um assunto tão interessante

quarta-feira, 14 de maio de 2008

MAGIC MOMENTS 35

BRAIN MAGIC
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kjgl
Os nossos neurónios devem ser tratados como "pets". Ou seja, devemos acarinhá-los, cuidar muito bem deles, proporcionar-lhes uma vida feliz, educá-los, exercitá-los e, de quando em vez, oferecer-lhes um "treat", um docinho, uma "ida ao McDonald's".
O docinho que os meus neurónios mais gostam é algo muito simples. Sempre que me preparo para lhes dar este docinho, ouço-os completamente excitados, numa algazarra total, em êxtase absoluto.
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Eles sabem que nem sempre isto é possível, uma vez que lhes faria mal terem este docinho todos os dias. E por esse motivo, mais especial se torna a ocasião, quando acontece. E não precisam sequer de se portarem bem para que eu lhes dê este "treat". Aliás, sou apologista de que um "treat" deve ser oferecido dessa forma, não porque o seu destinatário se portou bem, mas porque nós gostamos dele e lhe queremos dar algo, sem qualquer motivo especial.
A razão pela qual não lhes posso oferecer este docinho todos os dias é porque não sou uma pessoa matinal e acordo sempre num estado deplorável, quando acordo. Isto é, quando não vou a dormir em pé, literalmente.
lkgçflg
Por isso, nos raros dias em que isso é possível, ofereço-lhes o meu "treat" muito especial. Tiro o mp3 da mala, enfio os auscultadores nos ouvidos e eles têm direito a 6 músicas seguidas dos Van Halen, em altos berros, logo pela manhã, enquanto viajo para o trabalho.
"Malta!!! Ela vai dar-nos o Eddie!!!! Fixeeeeeee!!! Ihááááááá!!!! Schchchchchiuuuuuuuu!!!!"
Ouvir as rifadas do Eddie e a voz do Sammy ou do David de rajada logo pela manhã, é a melhor coisa que eu posso oferecer aos meus neurónios. Os gajinhos ficam completamente doidos de felicidade. E eu também :)
lfkgçlfg

terça-feira, 13 de maio de 2008

MURMÚRIOS DE LISBOA LX

DAVID
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Viajando por baixo da Ponte 25 de Abril
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"Everybody’s got wings. You just have to find them and open them."
David Gahan - Depeche Mode
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Há muito tempo que não via nenhum anjo famoso no autocarro. Escusado será descrevê-lo. Era a cara chapada do David Gahan, o vocalista dos Depeche Mode (vão ver ao google). A única diferença é que era mais baixo.
Entrou no aeroporto, claro. E saiu na minha paragem, claro. Está, portanto, em trânsito, via Lisboa.
Sei para onde.
Para um reino onde só é permitida a entrada a anjos cinzentos, de asas bem grandes e bem abertas. Para um reino onde só têm acesso anjos de vozes poderosas, que rasgam a alma e abrem feridas desconcertantes. Um reino que apenas admite a entrada de anjos corajosos, que não têm medo de dizer o que pensam nem de sofrer as consequências.
lfkçlfk
Neste reino há espectáculos todas as noites. David é sempre uma das estrelas. Tem sempre uma plateia repleta de anjos de asas abertas ou fechadas, consoante o estado de espírito do seu portador. Não se vê nem preto, nem branco, nem outras cores. Apenas cinzento. Múltiplos matizes de cinzento, matizes nunca antes avistados do lado de cá.
Cada matiz representa a alma de cada anjo. E há-os de todas as espécies imagináveis. Tantos tons de cinzento, que há quem jure conseguir ouvir mesmo sons ou sentir sensações quando olha as asas destes anjos. No fim, ninguém aplaude. Abanam-se asas, com maior ou menor convicção, consoante o grau de prazer disfrutado pela actuação no palco.
lkfçl
Sempre que David canta, se fecharmos os olhos, podemos ouvir um frissom de penas, milhares de penas, a friccionarem-se umas nas outras, suave, mas persistentemente. Se abrirmos os olhos, poderemos ver que eles, os anjos da assistência, têm os seus fechados e que um sorriso, ou doce, ou angustiado, lhes emoldura o semblante.
É que sempre que David canta, ele fala com as almas cinzentas do seu público de anjos. É uma linguagem secreta, que traz memórias ternas ou negras. Lá estão Janis e Elvis e Maria, de olhos cerrados e sorriso tenso. Lá estão Jim e Michael e John de sorriso doce. Há quem diga que também já viu por lá Luciano e até mesmo Frank.
dlkdçlk
Estes anjos nunca viram Deus, nem Deus os viu a eles. Deus também não sabe chegar a este local. É preciso errar muito para lá chegar e ter o privilégio de entrar.
O caminho? Sei apenas que para lá chegar, a este reino de anjos cinzentos, é preciso apanhar um comboio. Qualquer um. A viagem deve ser lenta, sossegada, compassada, embalada e, sobretudo, demorada. Com muitos erros.

segunda-feira, 12 de maio de 2008

PALAVRAS ESTÚPIDAS 14

Estou indecisa ...
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Aragorn ...
dklkld

ldkjdl
... ou Boromir? ...
fkçlf

fkjklf
... Vigo ...
fklçf

fçlklf
... ou Sean? ...
jlgkljf

klfgçlf
Não me consigo decidir ...
Mas se calhar, vou fazer assim: Aragorn às Segundas, Quartas e Sextas, Sean às Terças e Quintas e o Russell aos fins-de-semana, feriados, pontes, férias da Páscoa, Carnaval, férias do Verão ... pausas para cigarro, momentos de descontracção ... Natal, Fim de ano, sestas e demais actividades lúdicas ...
... ou não ...
se calhar vou fazer mas é assim: Russell a toda a hora e o Vigo e o Sean a cada 60 minutos, intercalados ...
... acho que é melhor assim ...
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domingo, 11 de maio de 2008

Passo os dedos pelo dicionário ao acaso e aterro em ...

FÚRIA

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Das fúrias se pode dizer que são públicas ou privadas, solitárias ou em massa.
Das privadas não reza a história e apenas o próprio saberá dos graus, das características e dos consequentes cacos de loiça partida.
Há quem nunca as tenha públicas e as guarde sempre para si. Mesmo quando o esforço necessário para as esconder possa provocar úlceras, maxilares doridos e unhas cravadas dolorosamente na pele.
Há quem as solte a torto e a direito, sem pejo nem vergonha, libertando tensões no momento exacto em que acha que devem ser soltadas.
Há quem nunca as solte e as vá acumulando lenta e perigosamente. E um dia, um belo dia, as solte todas duma vez só, não numa fúria mas numa hecatombe apocalíptica.
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As nossas fúrias libertam-nos, aliviam-nos. As nossas fúrias ou assustam os outros, ou fazem-los rir, ou ter dó.
Há quem mate por causa duma fúria momentânea. As nossas aldeias portuguesas estão cheias de homicidas involuntários. Há quem mate por causa duma fúria antiga, incompreensível, doentia e desconhecida. As estradas americanas, por exemplo, são profíquas a produzir homicidas voluntários, em série.
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Depois há as fúrias massificadas. No futebol, nos comícios, na guerra, em manifestações. O comportamento mais pacífico pode transformar-se, por via de um fenómeno chamado comportamento das multidões, no espírito mais furioso, como se a multidão fosse um mar, as suas fileiras as ondas e cada um dos presentes uma gota arrastada no entusiasmo da maré.
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E há quem nunca tenha fúrias. Dalai Lama vem-me à ideia. Como Ghandi. Como Martin Luther King. Como Madre Teresa de Calcutá. E há os que não era suposto nunca terem fúrias e ... no entanto as tiveram. Como Jesus, escavacando bancas e artefactos numa explosão repentina. Nesse dia deu-lhe uma fúria das grandes e nem lhe passou pela cabeça oferecer a outra face. Às vezes só assim é que nos ouvem ... Às vezes só assim é possível mostrar aos outros o quanto nos fazem doer ...

sábado, 10 de maio de 2008

AS TELAS DE ANDRÓMEDA

Os Esponsais dos Arnolfini (1434)
Jan van Eyck (c. 1390-1441)
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Óleo em madeira, National Gallery, Londres
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“Pintor flamengo que aperfeiçoou a técnica recentemente desenvolvida na época, de pintura a óleo. Os seus painéis naturalistas, a maioria retratos e temas religiosos, utilizavam uma infinidade de símbolos religiosos escondidos. Utilizou o óleo para representar uma variedade de elementos com incrível realismo e um detalhe microscópico. van Eyck seleccionava e dispunha criteriosamente o seu tema, fossem objectos, fossem pessoas, de forma a oferecerem um significado simbólico profundo aos seus quadros.”

Neste quadro, por exemplo, entre uma infinidade de outros símbolos ocultos sobre o casamento, o próprio pintor encontra-se reflectido no espelho pendurado na parede ao fundo da imagem.
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“A pintura é uma forma de profunda libertação criativa”

quinta-feira, 8 de maio de 2008

EM BUSCA DE PALAVRAS 22

A Melhor Amiga de Um Sniper – Parte XVI
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There will be a wolf.
It showed itself a couple of months ago. The wolf looks at me, but it’s not really looking at me. It’s looking through me, to someone else. Someone who is looking at him.
The two observe and measure eachother. They have known eachother for quite some time. They are not friends. You cannot be friends with a wolf. Not even when it lets you get close enough to the clearing of the forest. You cannot be friends with this man either. Not even when his right index finger is nowhere near the trigger of the rifle resting on the floor by his side.
The wolf is in the edge of the forest, parcially hidden by the shadows of the night the moon draws through the dense foliage of the wild pines. It’s a young grey wolf, reaching maturity. It is 2 years old. In the wild a wolf survives roughly 7 years. In captivity it may reach 14. But this wolf is free. And it will remain free until its death. Like the man who is watching it. That is why they measure and, somehow, understand eachother. Because they are two of a kind.
klfçdkl
There will be a wolf. With no name. Just as the man who watches it. He is also nameless. This man looks for this wolf often. Looking at it apeases his soul. When he looks at this wolf he feels peace. Peace of mind. Piece for his conscience. Peace.
When it looks at this man, this wolf feels a restlessness within him. An excitement, a fear mixed with an unbearable atraction. It recognizes the smell of this man from a long distance and it always knows when he’s coming to visit. It has learned that this stranger will not threaten its territory.
Either one of them does not approach the other more than they should.
They respect eachother. They fear one another. They feel atracted to eachother. It’s a game. Between two very different creatures. Between two very identical souls.

quarta-feira, 7 de maio de 2008

GEOLÂNDIA 12

ÍNDIOS

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terça-feira, 6 de maio de 2008

PALAVRAS EMPRESTADAS 37

MADE IN ENGLAND

“If you’re made in England
You’re built to last”
Elton John - Made in England
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“Se vieres de um pequeno arquipélago no Mar do Norte, de formato estranho e assolado por chuvas, podes responder que vens de ‘Inglaterra’ (a não ser que sejas Escocês ou Galês) ou “Britânia” (a não ser que venhas dos 6 condados do Ulster). O nome do país é, na realidade, Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte, que é o nome, não de um lugar, mas de um estranho compromisso político do século XVII.”
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“Há aldeias chamadas Piddletrenthide (piddle=urinar), por exemplo, ou Botus Fleming, ou East (e West) Wittering (fanfarronice), ou Upper (e Lower) Slaughter (chacina). Quando eu era pequeno vivia numa pequena vila chamada Crapstone (pedra de bosta) e ansiava mudar-me para que os meus colegas de escola parassem de me gozar por causa disso. E de facto mudámos – para uma vila no Sussex chamada Funtingdon, que não foi melhor do que eu esperava. E claro que nem todos estes nomes são pronunciados como se escrevem: isso tornaria as coisas demasiado fáceis. Estão à procura da vila de Leominster? Lembrem-se, por favor, quando pedirem direcções, de especificar ‘Lemster’. Daventry? Digam apenas ‘Daintree’. E só para fazer com que os visitantes se sintam ainda mais em casa e à vontade, os próprios ingleses – sobretudo os de classe alta – têm nomes de família que não têm qualquer relação com a forma como se pronunciam. Marjoribanks, por exemplo, diz-se ‘Marchbanks’. Featherstonehaugh é ‘Fanshawe’. Cholmondeley é ‘Chumley’. E por aí fora.”
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“Sua Majestade, a Rainha, foi recentemente fotografada a torcer o pescoço a um faisão ferido numa das suas muitas propriedades, e tem um marido que tem de andar alguns passos atrás dela quando aparece em público. (...) O melhor de tudo é que ninguém em Inglaterra/Britânia/Albion/o Reino Unido parece achar nada disto estranho. E porque haveriam? Não é como se os números de telefone e códigos de área das diferentes cidades do país fossem todos do mesmo tamanho. Onde é que alguma vez teria alguma piada standardizar isto?”
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“Conheci um homem, mais um fazendeiro do que um aristocrata, que quando ficava doente, chamava um veterinário. ‘Porque’, dizia ele, ‘o homem sabe fazer um diagnóstico sem perguntar um raio de uma resma de perguntas idiotas.’ ”
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“Costumava ir ao Speaker’s Corner em Hyde Park nas tardes de Domingo e inalar o puro ar da contestação britânica. Ali estavam todos eles: o grupo que podia provar que os Ingleses eram a tribo perdida de Israel e o sector rival que podia explicar os segredos da pirâmide do meio. É claro que há doidos como estes em todas as sociedades, mas raramente se lhes é oferecido um tão especial pedaço de propriedade de destaque – mesmo ao pé do Marble Arch neste caso, e não longe do Palácio de Bukingham – especialmente dedicado às suas necessidades recreativas reconfortantes. Durante a sua breve permanência em Inglaterra, Lenine costumava ir lá para aperfeiçoar o seu inglês.”
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“Um aristocrata que possuía uma propriedade, tinha uma tabuleta à entrada da mesma que ostentava o seguinte pedido comovedor: ‘Tenho que pedir a qualquer pessoa que entre nesta casa que nunca me contradiga ou discorde de mim de qualquer modo, uma vez que interfere com o funcionamento dos meus sucos gástricos e me impede de dormir à noite.’ ”
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“Outro senhor concebeu um revólver em miniatura cuja função era atirar a vespas.”
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“Em 1999 foi decidido pelo governo de Tony Blair que a nem todos os membros hereditários da Upper House da Casa dos Lordes, seria permitido deter os seus lugares automaticamente. Aguardando a decisão sobre se suas senhorias iriam ou não realizar o corte, foi-lhes pedido para submeterem manifestos breves declarando o que podiam contribuir e que medidas favoreciam. O Visconde Monckton de Brenchley ergueu-se à altura das circunstâncias, exigindo que todos os gatos deveriam ser obrigados a usar açaimos quando saíssem à rua. Esta medida, defendia ele, era suposto ‘acabar com a tortura angustiante dos ratos e pequenos pássaros.’ ”
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“A excentricidade existe particularmente nos Ingleses e em parte, penso eu, por esse conhecimento peculiar e satisfatório da infalibilidade, que é a trave-mestra e o direito de nascimento da nação Britânica.” – Dame Edith Sitwell
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in Vanity Fair – Janeiro 2008
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P.S. Made in England and bloody well PROUD of it!

segunda-feira, 5 de maio de 2008

MAGIC MOMENTS 34

Beijo #10 - O Beijo Molhado

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domingo, 4 de maio de 2008

AS TELAS DE ANDRÓMEDA

Aula de Dança (1873-1875)
Edgar Degas (1834-1917)
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Óleo sobre tela. Museu d'Orsay, Paris
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"Pintor francês, reconhecido como o mestre do desenho da figura humana em movimento. É mais conhecido pelas suas pinturas, desenhos e bronzes de bailarinas e cavalos de corrida. A sua arte reflecte uma preocupação pela psicologia do movimento e expressão e pela harmonia da linha e continuidade do contorno. Estas características destacaram Degas de outros pintores impressionistas."
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"A arte é vício. Não nos casamos com ela legitimamente, violamo-la.”

sábado, 3 de maio de 2008

PALAVRAS ESTÚPIDAS 13

Aviso à navegação: Mais um post execrável, mas este é publicado por motivos altruistas, a bem da PGN - Protecção de Gajas Navegadoras
lçdkdçl
Andrómeda apresenta as suas dicas de sobrevivência para gajas que navegam no IRC ou no MSN:
ldkdlç
* Se um gajo for antipático, é porque é giro; se for simpático, deve ser feio como o caraças....
ddkkd
* Se um gajo não sabe escrever, normalmente também é feio; aparentemente, a iliteracia acompanha a fealdade, vá-se lá saber porquê ...
dkjdl
* Se um gajo não te perguntar se és casada, é porque ele é de certeza
kdkld
* Se um gajo não te perguntar nada, manda-o passear, não há segundos sentidos nenhuns - é porque é mesmo burro ....
ldkjlkd
* Se um gajo for todo falinhas mansas e ultraaaaaaaa simpático, tem cuidado! tá encalhado há séculos ...
kldjkld
* Se um gajo não te responder quase em simultâneo, esquece! das duas uma, ou tens mais 50 rivais ou tá a fingir que tens mais 50 rivais
ldkçlkd
* Se um gajo se põe com "vamos jogar um jogo", já sabes que o que ele quer é perguntar-te as mesmas coisas que os outros mas parecer culto a perguntá-las
ldkçld
* Se um gajo quer ir logo para o msn à 3ª pergunta, manda-o dar uma curva, o que ele quer é ver se a tua foçanha vale bater nas teclas mais que 20 vezes
lkfçldk
* Se um gajo te insulta à 5ª pergunta, fica com pena dele, não deve dar uma há séculos ....
fkçldk
* Se um gajo nunca se chateia, nem mesmo quando o mandas à merda, epá, foge o mais depressa que puderes e reza para que ele não te siga
lfkçlfk
* Se um gajo só sabe falar com termos abstractos ... desconfia seriamente se ele não fará colecção de corpos decapitados no armário lá de casa ....
kjlklk
* Se um gajo te pedir para ires beber um café, não te faças de difícil, vai é mas é conhecer a aberração o mais depressa possível e fica com o caminho livre para as outras potenciais aberrações (é melhor ser um potencial aberração do que uma aberração de facto)
lkfçdlk
* Se um gajo te disser que "estamos em sintonia" explica-lhe que há muito tempo que deixaste de acreditar que o sol é que gira à volta da terra ...
lfdkçldgçl
* Se um gajo te disser "és muito inteligente", das duas uma: ou ainda não te viu e quer mesmo dizer é que "foste a única até agora que aguentou a minha conversa da treta tanto tempo"; ou já te viu e quer-te é saltar para cima ...
çºflçdf
* Se um gajo estiver pelo irc ou msn a uma sexta à noite ..................... é preciso explicar porque é que ele está lá? .........
ldfkdlkf
* Se um gajo tiver um nick acabado em "inho", não respondas, não olhes, não respires sequer enquanto ele não tiver desaparecido para bem longe
lkfçldkf
* Se um gajo tiver um nick acabado num número, tipo 34, 28, etc - certifica-te que está actualizado, normalmente é de há 10 anos atrás
dçlkçd
* Se um gajo vier ter contigo assim que entras num canal do irc, não é um gajo, é um bot automatizado para snifar gajas ... quaisquer gajas ... qualquer coisa que mexa e seja do sexo feminino ....
dçlçdld
* Se um gajo te fizer uma pergunta do género "alguma vez estiveste à beira-mar dentro dum carro, no lugar do passageiro, com os pés nus em cima do tablier?", não é um gajo, não é um bot, é o Hannibal Lecter ....
ºdldºç
* Se um gajo só te faz perguntas com siglas, tipo ddtc, m/f, idd, e responde com monossílabos, atenção, noutros sítios também deve ser apressadinho .....
ldkldç
* Se um gajo te responde aos comentários que fazes no canal do irc ...... é porque não tem mais nada para fazer ..... a não ser responder aos teus comentários no canal (gajo silencioso é gajo popular ....)
çlkçldk
* E para finalizar - Se um gajo andar por estes sítios, a falar, calado, a dormir, a comer, a meditar ou a respirar,
pensa 50 vezes antes de falares com ele
çlçld
P.S. Se um gajo não gostar nada deste post, é porque se revê em uma ou várias destas categorias e não tem uma pinga de sentido de humor