Marlon Brando
“To grasp the full significance of life is the actor's duty,
to interpret it is his problem, and to express it his dedication.”
“To grasp the full significance of life is the actor's duty,
to interpret it is his problem, and to express it his dedication.”
Marlon Brando foi, é e continuará a ser
o maior actor que o mundo conheceu.
Quando irrompeu literalmente pela tela protagonizando
o inesquecível bruto e ordinário Stanley Kowalski
n’O Eléctrico Chamado Desejo de Tennessee Williams
ao lado da consagradíssima Vivien Leigh,
o Cinema nunca mais voltaria a ser o mesmo.
Brando não representava, Brando vivia os personagens
que lhe cabiam e para nós, seus espectadores abismados,
os personagens eram pessoas reais,
intrinsecamente ricas e profundamente humanas.
Como o descreveu magistralmente Eli Wallach,
seu colega do Método,
Brando balançava constantemente na corda bamba,
realizando um prodigioso exercício de equilíbrio
que nos deixava suspensos do seu próximo movimento,
com o coração na boca, à espera da queda abismal.
Porque o muito bom está sempre muito próximo do péssimo.
Mas Brando jamais caía,
apesar dos incríveis riscos que abraçava.
A sua carreira é de uma versatilidade esmagadora,
de uma coragem sem precedentes,
que nenhum actor consagrado imitou.
Da multiplicidade de personagens que viveram
no seu corpo e na sua alma, Brando tratou-os sempre
com a mesma dignidade e respeito,
do bruto e insuportável Stanley,
ao terno e perdido Terry de Há Lodo no Cais,
o omnipotente Don Corleone d’O Padrinho,
o atormentado Paul d’O Último Tango em Paris,
o misterioso Coronel Kurtz de Apocalipse Now,
e tantos outros, até ao derradeiro Max,
gentil e educado marchant de Sem Saída
(onde dá uma lição de representação
a Robert De Niro em 5 minutos de génio).
O seu talento era de tal forma monstruoso
que arranhava o improvável – somos agarrados por ele
como se estivéssemos a espreitar um reality show
e ficamos a vê-lo, a respirá-lo sem pensarmos
por que o fazemos, porque a realidade
da sua magistral representação nos transporta
inconscientemente para fora da ficção.
E ao mesmo tempo, quando paramos para pensar
como é que ele consegue fazer o que faz,
deparamos com um mistério incompreensível.
É este mistério que separa os simplesmente extraordinários
dos génios. Com os segundos sentimo-nos tocados
de formas que jamais supuséramos ser possível,
mas não temos a mínima noção de como isso aconteceu.
Resta-nos apenas aplaudir, o melhor agradecimento
que se pode oferecer a quem nos proporciona
de forma tão generosa momentos únicos e inesquecíveis.
No dia 1 de Julho de 2004 o mundo ficou infinitamente
mais pobre com a morte do seu Maior Actor,
o genial Marlon Brando.
Obrigada, por todos os momentos sublimes.
JGFÇLKJÇLGKÇLFD
-KGKFDG-LKFÇK
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