terça-feira, 26 de dezembro de 2006

OS ACTORES DE ANDRÓMEDA - PARTE I


Humphrey Bogart

“The only thing that you owe the public is a good performance.”

Duro. Cínico. Feio. Improvável.

Como é que Bogart se tornou na maior estrela de Cinema de todos os tempos?
Foi sempre um mistério, até para ele, que se considerava um mau actor.

O que acontece é que Bogart possuía algo impossível de
aprender, copiar, inventar ou sequer trabalhar – carisma.
Aquela qualidade misteriosa, aquele “it” que algumas pessoas têm
e que as torna ímanes de atracção inexplicáveis.

Talvez porque Bogart representasse para cada um de nós
aquela parte mais mesquinha e escura, um lado cínico, frio e desencantado
que todos temos, mas que não mostramos facilmente.
Bogart era a faceta desconfiada e dura que existe em todos nós.

Bogart foi o herói do filme noir por excelência.
A personificação do detective misterioso, sempre de pé atrás,
sempre com um olhar esquivo e um sorriso amarelo,
que se apaixona pela mulher fatal, mas que permanece com a honra intacta
até ao final do filme, para desespero dos nossos corações.

E, no entanto, foi esta estrela improvável a escolhida
para interpretar o galã mais famoso de todos os tempos –
Rick em Casablanca, provavelmente o filme que ocupa o primeiro lugar
no maior número de listas de “Filmes da minha vida”.

Na vida real, Bogart amou uma e uma mulher apenas,
a deslumbrante Lauren Bacall, por quem se apaixonou enquanto filmavam
“Ter Ou Não Ter“ e ela lhe dizia com o ar mais sensual do mundo
“You know how to wistle, don’t you? Just put your lips together and blow …”

E quando a câmara olha para ele, Humphrey Bogart,
a estrela feia e cínica torna-se miraculosamente num dos homens
simultaneamente mais atraentes e marcantes do nosso imaginário.
LKJFLKJGLKJFDGLKJF
Here's looking at you, Boggie!
LKJFLKJGLKJFDGLKJF

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